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Vice-Presidente: Rodrigo Calado
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Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240129463826
AMANDA AIRES
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Aspectos Jurídicos
Amanda Aires
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Aspectos Jurídicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Aspectos Jurídicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Noções de Direito Aplicadas às Operações de Crédito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Instrumentos de Formalização das Operações de Crédito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.1. Aspectos Gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2. Contratos por Instrumento Público e Particular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3. Cédulas e Notas de Crédito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.4. Títulos de Crédito — Nota Promissória, Duplicata, Cheque . . . . . . . . . . . . . . 25
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
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Amanda Aires
APRESENTAÇÃO
Olá, futuro(a) concursado(a)!
Tudo bem? E os estudos? Para quem ainda não me conhece, meu nome é Amanda Aires
Vieira. Atualmente sou Secretária de Estado do Governo de Pernambuco, estando à frente
da pasta de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo – pasta que alcança toda a
ação que envolve geração de emprego e renda. Sou doutora em economia pela Universidade
Federal de Pernambuco, com um doutorado sanduíche pela Université Laval, no Canadá. Sou
professora do Gran desde 2018 e tenho dois livros de economia publicados para o público
de concursos. Registro aqui a minha felicidade em estar escrevendo este livro digital para
te ajudar a atingir o sucesso na carreira que você sonha.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias,
exercícios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para
que você surpreenda a banca examinadora, e não o contrário.
Nesse ponto, este material vai te ajudar a chegar à posse.
Sendo assim, estude a matéria de economia num formato diferente. E acredite: saber
economia não é apenas imprescindível para a sua aprovação, pode ser o diferencial na hora
da prova. Não é possível ir para as provas sem ler este material. Então, aproveite!
Lembre ainda que eu tenho vários cursos em vídeo aqui no GRAN. Então, caso você
precise de um suporte de vídeo, também terá este material completo.
No fim do nosso material, existe um resumo e uma lista de questões. A proposta é que
você consiga fazer muita ação prática para não se surpreender na hora da prova.
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de economia, buscando
sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de concursos anteriores para que
você fique preparado(a) para surpresas do examinador.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado(a) no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do Aluno!
Vamos começar?
Amanda Aires Vieira.
@profamandaaires
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ASPECTOS JURÍDICOS
1. ASPECTOS JURÍDICOS
1.1.1. SUJEITO
Sujeito de direito é o centro de imputação de direitos e obrigações referido em
normas jurídicas com a finalidade de orientar a superação de conflitos de interesses
que envolvem, direta ou indiretamente, homens e mulheres.
Nem todo sujeito de direito é pessoa e nem todas as pessoas, para o direito, são seres
humanos. Em que pese a possível abstração deste conceito, é necessário compreender
que o sujeito de direito serve de instrumento para a centralização de direitos e deveres.
Por exemplo, uma pessoa física capaz (maior de 18 anos, por exemplo) é responsável pelos
direitos e deveres contraídos pelos atos que pratica.
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SUJEITOS PERSONIFICADOS
Personificados são os sujeitos de direito dotados de personalidade jurídica. Os sujeitos
personificados são as pessoas, que podem ser físicas (também chamadas “naturais”) ou
jurídicas (“morais”). As pessoas físicas são sujeitos de direito humanos, e as jurídicas, não
humanos. Ambas estão autorizadas à prática dos atos e negócios jurídicos em geral. Podem
fazer tudo o que quiserem, desde que para elas não seja proibido.
Neste contexto, personalidade jurídica é uma autorização genérica concedida pelo
direito para determinados sujeitos, tornando-os aptos à prática de qualquer ato jurídico não
proibido. É uma decorrência do princípio da legalidade, expresso em norma constitucional:
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
As pessoas jurídicas de direito privado, ao receberem o atributo da personalidade jurídica,
tornam-se aptas à prática de quaisquer negócios jurídicos. Podem comprar e vender,
contratar seguro, celebrar contrato de trabalho como empregadora, iniciar novas atividades
(respeitados os regulamentos específicos), alienar ou adquirir direitos creditórios etc. Para
todos esses atos, e muitos mais, não é necessária uma específica e expressa autorização,
porque a personalidade que ostenta equivale a uma autorização genérica.
Para as pessoas sujeitas ao regime de direito público, o princípio da legalidade possui
significado invertido. Isto mesmo! Enquanto paras as pessoas de direito privado não estão
proibidas de fazer nada que não seja vedado em lei (podem fazer de tudo, desde que a lei
não proíba), as pessoas jurídicas de direito público só podem fazer aqui que for permitido
pelas normas jurídicas.
O Estado não pode praticar todos os atos para os quais inexista proibição. A legalidade
de direito público é mais estreita. As pessoas públicas só podem praticar atos com base
em preceito legal autorizativo. Não basta a inexistência de proibição para que a pessoa de
direito público esteja apta a praticar o ato jurídico pretendido. Para ela, é indispensável
amparo legal autorizando, em termos gerais ou específicos, a referida prática.
Guarde bem esta diferença da aplicação do princípio da legalidade às pessoas de
direito público e privado, pois é muito importante!
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Por fim, esclareça-se que a aptidão para a prática de atos e negócios jurídicos conferida
pela personificação não assegura a validade e regularidade dos que vierem a ser praticados.
Não é porque o sujeito responsável pelo ato jurídico é pessoa que está afastada a possibilidade
de equívocos, desatendimentos a formalidades essenciais ou mesmo fraude.
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Bom, a ideia aqui é a mesma. Assim como nos sujeitos personificados, que são separados
entre pessoas físicas e jurídicas para fins de separação patrimonial e centralização da
capacidade de contrair direitos e deveres, o sujeito despersonificado não humano possui
o mesmo objetivo. No entanto, cabe lembrar que eles possuem limitações, pois só pode
praticar os atos ínsitos às suas finalidades ou expressamente previstos na lei, diferentemente
dos sujeitos personificados não humanos que seguem o princípio da legalidade de maneira
mais ampla.
Os principais exemplos de sujeito de direito despersonificado são o espólio, o condomínio
edilício e a massa falida. Vejamos suas características principais:
• Espólio → A pessoa física, ao morrer, deixa de ser sujeito de direito. Não poderá mais,
assim, titularizar direitos ou obrigações. Alguns de seus interesses extrapatrimoniais
permanecem tutelados, como projeção de seus direitos da personalidade, mas nenhum
direito ou obrigação pode ser imputado ao falecido. Contudo pode haver, e geralmente
há, pendências obrigacionais deixadas pela pessoa morta. Dívidas que não pagou,
créditos que não recebeu. Há, por outro lado, os bens de seu patrimônio que precisam
ser administrados até a final partilha entre sucessores (herdeiros ou legatários).
Para cuidar daquelas pendências e administrar provisoriamente os bens do de cujus,
cria o direito um sujeito despersonificado, que é o espólio. Ele é representado pelo
inventariante, nomeado pelo juiz perante o qual tem curso o processo de inventário.
Se o devedor do falecido resiste a honrar seu compromisso, o espólio tem ação contra
ele. Se uma dívida do falecido não foi paga porque contestada sua existência, não
se podendo resolver o incidente no processo do inventário por sua complexidade, o
espólio poderá ser demandado pelo credor.
• Condomínio edilício → Os proprietários de unidades de uma edificação (como, por exemplo,
os apartamentos de determinado edifício) têm interesses comuns, relacionados às áreas
comuns, segurança, limpeza, manutenção de equipamentos e outros. A administração
desses interesses comuns é feita por um sujeito de direito despersonificado não humano,
chamado condomínio edilício ou de edificação. Ele está autorizado a praticar os atos
de contratação de empregados, aquisição de material de limpeza, proceder ao rateio
das despesas condominiais etc. Além disso, o condomínio pode ser responsabilizado
por atos culposos ou dolosos dos empregados, titularizar crédito perante o condômino
inadimplente e ser devedor dos tributos incidentes sobre as áreas comuns e das taxas
não discriminadas por unidade (normalmente, o fornecimento de água, recolhimento
do lixo e outras). O representante do condomínio chama-se síndico.
• Massa falida → Quando o exercente de atividade empresarial (comerciante, industrial,
prestador de serviços etc.) não consegue honrar, no vencimento, as dívidas, pode ser
decretada sua falência pelo juiz. Na falência, todos os bens do empresário falido serão
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Exato! Mesmo que a pessoa tenha certo direito, como, por exemplo, compra/vender etc.,
ela pode ter o exercício deste direito limitado, visto apresentar incapacidade.
Certo.
002. (CESPE/TJ TJDFT/2013) Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue
o item a seguir.
A interdição do pródigo irá restringir-lhe a prática de atos, tanto patrimoniais quanto
pessoais.
Como vimos, o pródigo é incapaz apenas para os atos de conteúdo patrimonial listados
no art. 1.782 do CC: emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou
ser demandado e os atos que não sejam de mera administração. Para os demais atos da
vida civil — casar, adotar, reconhecer filhos, testar, doar órgãos para retirada em vida ou
manifestar sua recusa expressa em ser doador, submeter-se a esterilização voluntária e
outros —, a assistência do curador é desnecessária, podendo o pródigo praticar o negócio
jurídico diretamente.
Errado.
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ESTRUTURA
• Contratos unilaterais ou bilaterais
Não existindo contratos de uma parte apenas, percebe-se que a sua classificação como
unilaterais ou bilaterais não tem a quantidade de partes por critério de distinção.
O contrato é unilateral quando apenas uma das partes está obrigada, e bilateral quando
todas se obrigam. São unilaterais a doação pura, o comodato, a fiança, e o mútuo. São
bilaterais a compra e venda, a locação, a doação gravada, o depósito e outros.
Assim, contratos unilaterais colocam deveres a apenas uma das partes. Bilaterais, aos
dois lados do negócio.
• Contratos sinalagmáticos ou díspares
Os contratos bilaterais subdividem-se em sinalagmáticos ou díspares. Na primeira
categoria, as obrigações assumidas pelas partes podem ser equivalentes e, presumivelmente,
equivaler-se. Diz-se, por isso, que os contratantes assumem obrigações recíprocas. Na
segunda, não pode haver equivalência, porque ela desnaturaria o contrato.
• Contratos comutativos ou aleatórios
Aleatórios são os contratos onerosos em que uma só parte terá vantagem, sendo
impossível antecipar-se qual delas será. Comutativos são os demais contratos onerosos,
em que todas as partes presumivelmente auferem vantagem econômica.
Não se pode confundir a aleatoriedade com o risco da atividade econômica. Na corretagem,
o corretor assume obrigação de fim; quer dizer, só tem direito à remuneração caso o seu
cliente feche negócio com alguém localizado por ele. Desse modo, o corretor pode investir
bastante tempo e recursos num determinado trabalho, mas nada receber de remuneração
porque seu cliente não se entendeu com os potenciais interessados que havia identificado.
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A frustração dos esforços empregados pelo corretor, porém, não faz da corretagem um
contrato aleatório; ela representa o risco próprio da atividade econômica explorada pelo
corretor. A corretagem é contrato comutativo, porque eventual desvantagem do corretor
não decorre de azar; por outro lado, também o cliente está em desvantagem, se não fecha
contrato com nenhum dos pretendentes trazidos por aquele.
• Contratos onerosos ou gratuitos
Os contratos podem trazer, quando regularmente executados, proveito econômico para
todas as partes, ou para uma delas somente. Quando todas têm vantagem econômica, ele
é oneroso; se uma das partes não a tem, gratuito.
A maioria dos contratos pode ser onerosa ou gratuita, dependendo só da vontade das
partes. Em geral, a empreitada é onerosa, porque o empreiteiro explora profissionalmente
a atividade de construção. Mas, se ele concorda em prestar seus serviços a alguém sem
qualquer remuneração, a empreitada será gratuita.
Há, contudo, alguns contratos que são essencialmente onerosos ou gratuitos. Na
compra e venda e na locação, a onerosidade é essencial, assim como na doação e comodato
a gratuidade não pode deixar de existir.
FORMA DE CONSTITUIÇÃO
• Consensuais
São os contratos para cuja constituição não se exige nada além do encontro de vontade
dos contratantes. A generalidade dos contratos insere-se nessa categoria.
EXEMPLO
Um bom exemplo de contrato consensual é a locação, pois apenas o entendimento e vontade
entre as partes basta.
Para que a constituição do vínculo contratual se sujeite a outro requisito qualquer além
do acordo das partes, é necessária previsão legal expressa. Assim, não existindo norma
específica definindo certo contrato como de outra espécie, ele é consensual.
• Formais
São os contratos para cuja constituição exige a lei, além do consentimento das partes,
a forma escrita. Não admitem, por isso, a contratação oral. Antes de confeccionado e
assinado o instrumento, o contrato não existe.
Para ser formal o contrato é indispensável expressa previsão na lei, já que, em regra,
qualquer forma é admissível para os negócios jurídicos.
• Reais
São reais os contratos que se constituem mediante a tradição (transferência da posse)
da coisa móvel (de bem móvel). Não basta somente o consenso e eventual formalização.
Enquanto um contratante não entrega a coisa ao outro, o vínculo obrigacional não se constitui.
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EXECUÇÃO
Dividem-se os contratos, segundo a forma de execução, em instantâneos ou contínuos.
Os contratos instantâneos são os que se cumprem por um único ato de cada parte. Na
compra e venda à vista, o vendedor transfere o domínio da coisa, enquanto o comprador
paga o preço. É contrato de execução instantânea, porque cada contratante adimpliu sua
obrigação por meio de um só ato.
Os contratos instantâneos podem ser de execução imediata ou diferida. Quando
imediata a execução, ela coincide com a constituição do vínculo contratual e verifica-se a
simultaneidade dos adimplementos. No supermercado, consumidor e fornecedor celebram
compra e venda à vista, um contrato de execução instantânea e imediata. A seu turno, a
execução instantânea é diferida quando ocorre em momento não coincidente com o da
constituição do contrato. Ainda é um ato só a ser praticado por cada contratante ao adimplir
a obrigação contraída.
Os contratos contínuos são os que se cumprem por uma sucessão de atos de pelo menos
um dos contratantes. O contrato de locação é dessa espécie. Enquanto vigora o contrato,
o locador cumpre sua obrigação respeitando a posse do locatário sobre o bem locado; e o
locatário, pagando o aluguel, que normalmente é devido a cada mês de locação. O seguro
é outro exemplo.
TIPICIDADE
• Contratos típicos
Os contratos típicos são os disciplinados pela lei, em termos de imputação de direitos
e obrigações aos contratantes. Quando há tipicidade, os contratantes nem sempre têm
inteira liberdade para dispor sobre os seus interesses.
Os contratos típicos são aqueles em que os direitos e obrigações dos contratantes
estão, em parte, pelo menos, disciplinados na lei, por normas cogentes ou supletivas. Esses
direitos e obrigações, portanto, não se esgotam nas cláusulas do instrumento contratual
assinado pelas partes.
• Contratos atípicos
Os contratos atípicos regem-se exclusivamente pelo que as partes consignaram no
instrumento contratual nos limites das balizas gerais da autonomia privada (como as cláusulas
de boa-fé e função social). Os usos e costumes, que compõem o tipo social do contrato,
são úteis na interpretação de eventuais cláusulas obscuras do instrumento contratual.
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LIBERDADE DE CONTRATAR
Os contratos podem ser, de acordo com a liberdade de contratar das partes, voluntários ou
necessários. São voluntários, se todas as partes têm a escolha de não contratar; necessários,
se pelo menos uma delas não tem essa opção.
EXEMPLO
Não se pode, por exemplo, morar num centro urbano sem contratar da concessionária
específica os serviços de fornecimento de energia elétrica e água. É impossível, por outro
lado, ter um automóvel sem contratar o DPVAT, o seguro obrigatório
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EXEMPLO
Por exemplo, se o vendedor é fornecedor e o comprador é consumidor, a compra e venda é
contrato de consumo.
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EXEMPLO
Por exemplo, enquanto o comodato é necessariamente gratuito, o mútuo não; no comodato,
quem empresta mantém a propriedade da coisa, no mútuo não.
Para nossa prova interessa o contrato de mútuo, cujas características relevantes seguem.
CONTRATO DE MÚTUO
Mútuo é o contrato pelo qual uma das partes (mutuante) transfere temporariamente
à outra (mutuário) o domínio de coisa fungível (CC, arts. 586 e 587).
O mutuante — que é necessariamente o proprietário do bem mutuado torna-se,
em decorrência do mútuo, credor do mutuário por coisa do mesmo gênero, qualidade e
quantidade da emprestada. Na maioria expressiva das vezes, o mútuo tem dinheiro por objeto.
Trata-se, aliás, do exemplo mais comum de coisa fungível, como já citamos anteriormente.
No mútuo, a coisa emprestada passa, com a tradição, para o domínio do mutuário.
Isso significa que os riscos de perda ou deterioração da coisa mutuada são suportados
exclusivamente pelo mutuário (devedor), ainda que o dano derive de força maior. Em outros
termos, se, após a tradição, a coisa emprestada se perder total ou parcialmente, o mutuário
continua obrigado a entregar, no vencimento do mútuo, ao mutuante, outra coisa de igual
gênero, qualidade e quantidade.
EXEMPLO
Imagine que mutuante e mutuário estabeleçam um contrato de mútuo, pelo qual ocorre a
transferência de dinheiro. Ao receber os valores, o mutuário é furtado. Mesmo que a culpa do
furto não possa ser creditada ao mutuário, ele ainda permanece com a obrigação de entregar
os recursos no vencimento ao mutuante, conforme estabelecido no contato.
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É temporal, pois as coisas fungíveis são transferidas ao mutuário sempre por um certo
prazo, já que ele que se obriga, no vencimento, a restituí-las mediante a entrega de coisas
de igual gênero, qualidade e quantidade. A obrigação de restituir no vencimento é condição
essencial dessa espécie de contrato e, se a transferência é feita desacompanhada de tal
condição, não será mútuo, mas contrato diverso (doação, venda etc.).
É contrato real, quer dizer, que se aperfeiçoa apenas com a tradição da coisa.
E, finalmente, o mútuo é contrato unilateral, porque gera obrigações apenas para uma
das partes, o mutuário. O mutuante não tem obrigação passiva nenhuma em decorrência do
vínculo contratual, posto que uma vez feita a tradição da coisa — que é o ato constitutivo
do contrato —, a execução do negócio se verifica exclusivamente pelo cumprimento de
obrigações do mutuário.
• SOCIEDADE: contrato em que duas ou mais pessoas se unem para exercer uma
atividade econômica comum, visando ao lucro.
• FIANÇA: contrato em que uma pessoa se compromete a ser responsável pelo
cumprimento das obrigações de outra, caso esta não as cumpra.
O fiador é uma pessoa (física ou jurídica) que se compromete, junto ao credor, a pagar
uma dívida, caso o devedor não pague.
Principais Características:
• Firmada por escrito;
• Não depende de consentimento do devedor;
• Depende de autorização do cônjuge do fiador, exceto se forem casados com separação
total de bens;
• Fiador tem o chamado benefício de ordem;
• Obrigação subsidiária;
• Fiador pode renunciar ao benefício de ordem;
• Fiança bancária: o fiador é um banco.
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PRINCÍPIOS
Do regime jurídico disciplinador dos títulos de crédito, podem-se extrair três princípios:
cartularidade, literalidade e autonomia das obrigações cambiais.
• Cartularidade → O exercício dos direitos representados por um título de crédito
pressupõe a sua posse. Somente quem exibe a cártula (isto é, o papel em que se
lançaram os atos cambiários constitutivos de crédito) pode pretender a satisfação
de uma pretensão relativamente ao direito documentado pelo título. Quem não se
encontra com o título em sua posse, não se presume credor. Como o título de crédito
se revela, essencialmente, um instrumento de circulação do crédito representado, o
princípio da cartularidade é a garantia de que o sujeito que postula a satisfação do
direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas não conferem a mesma garantia,
porque quem as apresenta não se encontra necessariamente na posse do documento
original, e pode já tê-lo transferido a terceiros.
• Literalidade → Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os
atos lançados no próprio título de crédito. Atos documentados em instrumentos
apartados, ainda que válidos e eficazes entre os sujeitos diretamente envolvidos, não
produzirão efeitos perante o portador do título. O princípio da literalidade projeta
consequências favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor:
nenhum credor pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do
conteúdo do título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que
não será obrigado a mais do que o mencionado no documento. Se alguém deve mais
do que a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo
valor do documento.
• Autonomia → Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que
comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito,
não se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento. As implicações
do princípio da autonomia representam a garantia efetiva de circulabilidade do título
de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar as condições em que o
crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade ou
ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu direito prejudicado.
Tendo em vista os conceitos básicos acima apresentados, podemos passar ao estudo das 3
modalidades de títulos de crédito solicitadas pelo Edital: nota promissória, duplicata e cheque.
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NOTA PROMISSÓRIA
A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do beneficiário
da promessa (credor).
O primeiro é referido por subscritor (embora não esteja incorreto chamá-lo sacador,
emitente ou promitente); e o segundo é o tomador (por vezes chamado também de sacado).
Pela nota promissória, o subscritor assume o dever de pagar quantia determinada ao
tomador, ou a quem esse ordenar.
A nota promissória é uma promessa do subscritor de pagar quantia determinada ao
tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o título.
Ninguém está obrigado ao saque da nota promissória, e o credor não pode impor ao
devedor essa específica alternativa de documentação da relação jurídica que os vincula
(salvo se o obrigado houvera assumido o compromisso de sacar a nota, em contrato).
São os seguintes os requisitos da nota promissória:
a) a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua utilizada
para a sua redação;
b) a promessa incondicional de pagar quantia determinada;
c) nome do tomador;
d) data do saque;
e) assinatura do subscritor; e
f) lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.
Para que produza os efeitos de uma nota promissória, o documento deve atender a
determinados requisitos. Somente se revestido da formalidade prescrita por lei, o instrumento
escrito poderá ser transferido e cobrado, sob o regime do direito cambiário.
Não produzirá efeitos cambiais a nota promissória emitida ao portador, já que o nome
do tomador é exigido. Também não poderá ser considerada nota o título que sem indicação
de valor líquido, ou que sujeite a exigibilidade da promessa a qualquer sorte de condição,
suspensiva ou resolutiva.
Uma nota, portanto, redige-se assim: “aos trinta e um de janeiro de..., pagarei, por essa
única via de nota promissória, a fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data
do saque, assinatura do subscritor”.
Em resumo, todas os requisitos supracitados devem estar presentes na nota promissória
para que ela se configure como tal. Faço apenas parêntese, pois a falta de menção à época
e local de pagamento não desnatura o documento como nota promissória, na medida em
que, faltando época do pagamento, reputa-se o título à vista; e, faltando o lugar, considera-
se pagável no local do saque ou no mencionado ao lado do nome do subscritor.
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DUPLICATA
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Outro ponto interessante sobre a duplicata é o aceite, que não pode ocorrer por simples
vontade do sacado. Dispõe o art. 8º da lei das duplicatas que a recusa deste título só pode
ocorrer nos seguintes casos: a) avaria ou não recebimento das mercadorias, quando
transportadas por conta e risco do vendedor; b) vícios, defeitos e diferenças na qualidade
ou na quantidade; c) divergência nos prazos ou preços combinados.
As possibilidades de recusa da duplicata pelo devedor implicam que, mesmo com aceite
obrigatório, ele não é irrecusável. Quando o vendedor não cumpriu satisfatoriamente suas
obrigações, o comprador pode se exonerar do cumprimento das suas. A recusa do aceite
cabe nessa situação e nas demais citadas acima.
Caso o vendedor cumpra com suas obrigações, a falta de aceite é motivo de protesto
da duplicata, assim como a devolução ou falta de pagamento.
Em outros termos, a duplicata recusada, retida e não paga será protestada uma só vez;
pouco importa o tipo de protesto, porque os seus efeitos são idênticos, em qualquer hipótese.
O lugar do pagamento é também o do protesto. Os cartórios devem, por isso, recusar
a protocolização quando verificada — no exame formal prévio, de caráter indispensável —
a discrepância entre a base territorial de sua competência e o constante na duplicata. O
protesto deve ser providenciado, pelo credor, no prazo de 30 dias, seguintes ao vencimento
da duplicata, sob pena de perda do direito creditício contra os codevedores do título e seus
avalistas.
CHEQUE
Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de provisão
(valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco pagador), proveniente
essa de contrato de depósito bancário (conta-corrente, por exemplo) ou de abertura de
crédito (limite de crédito, por exemplo).
O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode
ser aceito se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).
Nesse sentido, são essenciais ao cheque:
a) a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a
sua redação;
b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
c) o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);
d) data do saque;
e) lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;
f) assinatura do emitente (também chamado de sacador).
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Como visto, para que o título de crédito possa ser considerado como cheque faz-se
necessário o atendimento dos termos acima citados. Não é possível, portanto, a pessoa
preencher uma folha em branco como se esta fosse uma folha de cheque.
O primeiro requisito a) corresponde à “cláusula cambial”, no sentido que o emitente
se obriga por título a pagar a quantia ali prevista. Ninguém está obrigado a documentar
sua dívida por cheque; se o faz, concorda em vir a pagar, eventualmente, o valor do título
a terceiro, mesmo que tenha razões juridicamente válidas para questionar a existência ou
extensão da dívida, perante o credor originário.
No atendimento ao segundo requisito (b), o cheque precisa do valor que o banco sacado
deve pagar ao credor do título. Em caso de divergência entre indicação por extenso e em
algarismos, a primeira prevalece.
O nome do banco a quem a ordem de pagamento é dirigida deve constar também do
título (correspondente ao item c).
A data do saque (d) deve ser expressa pelo dia, mês e ano em que o sacador preencheu o
cheque. Como se trata de ordem de pagamento à vista, não caberia, em princípio, a inserção
de qualquer outra data no instrumento.
O lugar do saque (e) é aquele em que se encontra o sacador, no momento em que
preenche o cheque.
Sua importância é fundamental, porque o prazo para a apresentação do título ao banco
sacado varia de acordo com a coincidência, ou não, entre o município do local do saque e
o da agência pagadora.
Quando coincidentes, o cheque se considera da mesma praça e deve ser apresentado ao
sacado nos 30 dias seguintes ao da emissão; se não coincidentes, ele é de praças diferentes,
e o prazo de apresentação se alarga para 60 dias.
Portanto, lembre-se do seguinte: cheques da mesma praça devem ser pagos em 30
dias; cheques de praças diferentes, em 60 dias.
Também é requisito essencial do cheque a assinatura do emitente (f), que pode ser
mecânica, ou por processo equivalente, por exemplo eletrônico.
Há, ainda, um requisito essencial do direito brasileiro, para os cheques superiores a R$
100,00, que é a identificação do tomador, da pessoa em favor de quem é passada a ordem
de pagamento. Cheques ao portador somente são liquidados se o valor é de até R$ 100,00,
inclusive.
Existem 4 modalidades de cheque, sendo 3 delas interessante ao nosso certame:
• Visado → O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou
do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência
de fundos suficientes para a liquidação do título.
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Somente pode receber visamento o cheque nominativo ainda não endossado (adiante
veremos este conceito).
Ao visar o cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente,
numerário bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.
É evidente que esta modalidade de cheque confere mais garantias quando ao seu
pagamento, tendo em vista o visamento e provisão de fundos realizados.
• Administrativo → O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para
liquidação por uma de suas agências. Nele, emitente e sacado são a mesma pessoa.
Ou seja, a instituição financeira ocupa, simultaneamente, a situação jurídica de quem
dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.
Serve também essa modalidade de cheque ao aumento da segurança no ato de
recebimento de valores. Afinal, é improvável (mas não impossível) que o banco emita um
cheque sem fundos.
• Cruzado → O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois
traços transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem
cruzar o título.
Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica nenhum
banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo banco é
identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os mesmos traços.
O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao portador, já que,
uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta aos assentamentos
do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado.
Claro que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00.
O cheque com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá encaminhá-
lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o título do sacado. Já,
se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago ao banco mencionado
no interior dos dois traços.
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a) O cheque estipulado pagável a favor de pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa
à ordem, é transmissível por via de endosso.
b) Assim como os demais títulos de crédito, o cheque deve ser apresentado para aceite,
sob pena de não ser executável.
c) Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador,
em nenhuma hipótese, exceções fundadas em relações pessoais com o emitente.
d) O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado,
ficando desonerados os obrigados para com este em virtude do cheque.
e) Após emitido o cheque, caso o seu emitente venha a falecer ou ser declarado incapaz,
os efeitos do cheque serão invalidados.
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RESUMO
1. Sujeito de direito: é o centro de imputação de direitos e obrigações referido em
normas jurídicas com a finalidade de orientar a superação de conflitos de interesses que
envolvem, direta ou indiretamente, homens e mulheres.
2. Objeto do direito: é o bem ou a vantagem determinada pela ordem jurídica em
relação à pessoa.
3. O fato descrito em norma jurídica como pressuposto da consequência por ela imputada
é chamado de fato jurídico.
4. Ato jurídico é a ação de sujeitos de direito que gera consequências estabelecidas
em normas.
5. A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e
obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.
6. As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes
podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de outra pessoa.
Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não ser com o auxílio ou a
intervenção de mais alguém.
7. A pessoa jurídica é, para o direito, um ser não humano. Existe tão somente no plano
dos conceitos jurídicos com a finalidade de servir à melhor composição dos interesses das
pessoas naturais que vivem em sociedade.
8. O conceito de contrato é construído basicamente em torno da noção de acordo de
vontades. O contrato é o resultado do encontro das vontades dos contratantes e produz
seus efeitos jurídicos (cria, modifica ou extingue direitos ou obrigações) em função dessa
convergência.
9. Contratos Formais: são os contratos para cuja constituição exige a lei, além do
consentimento das partes, a forma escrita. Não admitem, por isso, a contratação oral.
Antes de confeccionado e assinado o instrumento, o contrato não existe.
10. Contrato de Compra e Venda: o contrato em que uma das partes (vendedor) se obriga
a transferir o domínio de uma coisa e a outra (comprador) a pagar-lhe o preço em dinheiro.
11. Contratos de Empréstimo: é o ato de entregar algo a quem se compromete a
restituí-lo.
12. Sociedade: contrato em que duas ou mais pessoas se unem para exercer uma
atividade econômica comum, visando ao lucro.
13. Fiança: contrato em que uma pessoa se compromete a ser responsável pelo
cumprimento das obrigações de outra, caso esta não as cumpra.
O fiador é uma pessoa (física ou jurídica) que se compromete, junto ao credor, a pagar
uma dívida, caso o devedor não pague.
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Principais Características:
• Firmada por escrito;
• Não depende de consentimento do devedor;
• Depende de autorização do cônjuge do fiador, exceto se forem casados com separação
total de bens;
• Fiador tem o chamado benefício de ordem;
• Obrigação subsidiária;
• Fiador pode renunciar ao benefício de ordem;
• Fiança bancária: o fiador é um banco.
14. Nota Promissória: uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do beneficiário
da promessa (credor).
15. Duplicata: é um título de crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente
se pode dar para a documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e
de vinculação obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao
pagamento da duplicata, ainda que não a assine.
16. Cheque: é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de
provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco pagador),
proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta-corrente, por exemplo) ou de
abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).
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QUESTÕES DE CONCURSO
002. (CESPE/TJ TJDFT/2013) Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue
o item a seguir.
A interdição do pródigo irá restringir-lhe a prática de atos, tanto patrimoniais quanto
pessoais.
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005. (CESPE/TJ TJDFT/2013) Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue
o item a seguir.
Os direitos da personalidade não se aplicam à pessoa jurídica.
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GABARITO
1. C
2. E
3. E
4. E
5. E
6. C
7. C
8. C
9. E
10. C
11. a
12. E
13. C
14. b
15. d
16. E
17. C
18. a
19. a
20. c
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GABARITO COMENTADO
Exato! Mesmo que a pessoa tenha certo direito, como, por exemplo, compra/vender etc.,
ela pode ter o exercício deste direito limitado, visto apresentar incapacidade.
Certo.
002. (CESPE/TJ TJDFT/2013) Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue
o item a seguir.
A interdição do pródigo irá restringir-lhe a prática de atos, tanto patrimoniais quanto
pessoais.
Como vimos, o pródigo é incapaz apenas para os atos de conteúdo patrimonial listados
no art. 1.782 do CC: emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou
ser demandado e os atos que não sejam de mera administração. Para os demais atos da
vida civil — casar, adotar, reconhecer filhos, testar, doar órgãos para retirada em vida ou
manifestar sua recusa expressa em ser doador, submeter-se a esterilização voluntária e
outros —, a assistência do curador é desnecessária, podendo o pródigo praticar o negócio
jurídico diretamente.
Errado.
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005. (CESPE/TJ TJDFT/2013) Em relação a pessoas jurídicas, pessoas naturais e bens, julgue
o item a seguir.
Os direitos da personalidade não se aplicam à pessoa jurídica.
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Não é porque a pessoa jurídica é não humana e está excluída da prática dos atos para os
quais o atributo da humanidade é pressuposto que a ela não aplicam certos direitos da
personalidade.
Estes se aplicam no que couber como, por exemplo, o direito a pleitear dano moral. O erro
da questão é generalizar.
Errado.
Esta é a forma que se dá o cruzamento, como visto na parte teórica deste tópico.
Certo.
Qualquer cheque cruzado só pode ser pago mediante depósito em conta, nunca em espécie.
Errado.
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É exatamente desta forma que se procede o pagamento de cheque com cruzamento especial.
Certo.
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Primeiro, o fiador pode exigir que o credor busque satisfazer a dívida com os bens do devedor.
Certo.
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a) é proibida a prestação de fiança por pessoa casada, ainda que com autorização do cônjuge,
exceto no regime da separação absoluta de bens;
b) se o fiador se divorciar dentro do prazo de vigência do contrato garantido, ficará
desobrigado da fiança;
c) se o fiador casado for sócio de sociedade empresária, não poderá prestar fiança;
d) nenhum dos cônjuges pode prestar fiança, sem autorização do outro, exceto no regime
da separação absoluta de bens;
e) o fiador casado não poderá renunciar ao benefício de ordem, salvo no regime da separação
absoluta de bens.
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Meus amigos, o beneficiário do cheque não precisa de autorização do emitente para endossar
o cheque. Por isso, a letra a é o nosso gabarito!
Agora, confira os erros das outras alternativas:
b) Assim como os demais títulos de crédito, o cheque deve ser apresentado para aceite,
sob pena de não ser executável.
c) Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador,
em nenhuma hipótese, exceções fundadas em relações pessoais com o emitente.
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Segundo o art. 25 da Lei do Cheque, quem for demandado por obrigação resultante de
cheque não pode opor ao portador exceções fundadas em relações pessoais com o emitente,
ou com os portadores anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em
detrimento do devedor.
d) O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado,
ficando desonerados os obrigados para com este em virtude do cheque. O avalista se
obriga da mesma maneira que o avaliado. Subsiste sua obrigação, ainda que nula a por ele
garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de forma.
e) Após emitido o cheque, caso o seu emitente venha a falecer ou ser declarado incapaz,
os efeitos do cheque serão invalidados.
Letra a.
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Abra
caminhos
crie
futuros
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