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Licensed to Álvaro Bueno Sanchez - alvarobuenosanchez@gmail.com - 019.723.

170-59 - H

EDIÇÃO

2023

+ DE 30 FÓRMULAS PARA O DIA A DIA!

MANUAL DE
FÓRMULAS
F O L H A D E P A G A M E N T O

VANESSA SILVA
Licensed to Álvaro Bueno Sanchez - alvarobuenosanchez@gmail.com - 019.723.170-59 - H

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou


meio desta obra. A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610 /1998) é
crime estabelecido pelo Artigo nº 184 do Código Penal.

Data de fechamento da edição: Julho de 2023.

1ª Edição - 2023

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ÍNDICE
SOBRE A AUTORA ...................................................................................................... 04
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 05
JORNADA DE TRABALHO............................................................................................ 06
CONVERSÃO DE HORAS ............................................................................................. 07
SALÁRIO PROPORCIONAL ......................................................................................... 08
SALÁRIO POR DIA ...................................................................................................... 09
SALÁRIO POR HORA .................................................................................................. 10
COMISSÕES E DSR .................................................................................................... 11
HORA EXTRA .............................................................................................................. 12
HORA EXTRA (DOMINGOS/FERIADOS)...................................................................... 14
HORA EXTRA (REFLEXO NO DSR)............................................................................... 15
HORA EXTRA E ADICIONAL NOTURNO....................................................................... 16
HORA NOTURNA ........................................................................................................ 17
ADICIONAL NOTURNO ............................................................................................... 18
HORA EXTRA NOTURNA ............................................................................................. 19
HORA EXTRA NOTURNA E ADICIONAL NOTURNO .................................................... 20
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA .............................................................................. 21
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ............................................................................... 22
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ............................................................................. 23
FALTAS ...................................................................................................................... 24
ATRASOS OU HORAS NÃO TRABALHADAS ................................................................ 26
DESCONTO DO DSR .................................................................................................... 27
FORNECIMENTO DE VALE TRANSPORTE ................................................................... 28
DESCONTO DE VALE TRANSPORTE ........................................................................... 29
FORNECIMENTO DE AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO........................................................... 30
DESCONTO DE AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO.................................................................... 31
DESCONTO DE INSS ................................................................................................... 32
DESCONTO DE IRRF ................................................................................................... 37
SALÁRIO FAMÍLIA .................................................................................................... 42
RAT - RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO ............................................................. 43
FAP - FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO ........................................................... 46
RAT AJUSTADO PELO FAP ........................................................................................ 46
INSS EMPRESA OU INSS PATRONAL ........................................................................ 47
FPAS .......................................................................................................................... 48
TERCEIROS ................................................................................................................ 49
FGTS .......................................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 52
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SOBRE A AUTORA

Meu nome é Vanessa Silva.


➡️Possuo vasta experiência em áreas administrativas e nos setores de Recursos
Humanos, Departamento Pessoal e Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho.

➡️ Formações Acadêmicas: Análise de Sistemas, Recursos Humanos e Engenharia


Civil. Pós graduação em Direito do Trabalho e Processo Trabalhista, Gestão de
Departamento Pessoal, Engenharia de Estruturas e Fundações e Engenharia de
Segurança do Trabalho, pela PUC.

➡️ Professora de Legislação Trabalhista e Departamento Pessoal, com mais de


37.000 alunos na Udemy (dados de abril/2023). Ministra palestras em
universidades e empresas, com temas relacionados as áreas citadas, e desenvolve
trabalhos de consultoria em empresas de pequeno a grande porte.

➡️ Sócia e fundadora da empresa Denva Treinamentos e Consultoria.


🎯 Uma empresa especializada em soluções para Departamento Pessoal, Recursos
Humanos e Engenharia de Segurança do Trabalho. Oferecemos serviços de
consultoria para Departamento Pessoal, processos de recrutamento e seleção e
engenharia de segurança do trabalho. Além disso, temos vários treinamentos nas
modalidades presencial e a distância.

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MANUAL DE
FÓRMULAS
F O L H A D E P A G A M E N T O

Bem-vindo ao "Manual de Fórmulas: Folha de Pagamento", um e-book com mais de


30 fórmulas para melhorar o dia a dia do profissional do departamento pessoal. Esse
é um guia a fim de promover a compreensão de tópicos importantes relacionados à
folha de pagamento e também fornecer as fórmulas necessárias para a análise e
conferência da folha de pagamento.

O objetivo desta publicação é fornecer informações de forma simplificada para


auxiliar profissionais do departamento pessoal a entenderem melhor a folha de
pagamentos em todos os seus aspectos. As fórmulas abordadas podem ser
aplicadas na gestão de pessoas em todas as dimensões e ajudarão na hora de
conferir a folha de pagamento, sejam elas para operações dos cálculos dos valores
pagos ou descontos para todos os empregados da empresa.

Neste e-book, serão abordadas fórmulas para folha de pagamento considerando a


Legislação Trabalhista, a Previdências e a Tributária.

O conteúdo tratará assuntos relacionados às decisões de negócio, como, formas de


pagamento, regras de descontos, deduções, impostos etc. Também iremos tratar
das fórmulas específicas utilizadas para realização da folha de pagamento, como o
cálculo dos descontos previdenciários, da alíquota de IRRF e da remuneração líquida
a ser paga aos empregados.

Cada fórmula será explicada detalhadamente e à medida que o ebook progredir,


iremos entender cada teoria por trás das fórmulas, assim como suas
particularidades e variáveis envolvidas.

Esperamos que as informações abordadas no "Manual de Fórmulas: Folha de


Pagamento" contribuam significativamente com seu trabalho, com aperfeiçoamento
dos processos de folha de pagamento.

O objetivo é mostrar as formas mais simples e eficientes de calculá-los e também


contribuir para a otimização da folha de pagamento dentro da empresa. Esperamos
que essa explicação detalhada das variáveis e fórmulas envolvidas seja útil para a
execução no seu dia a dia e que este e-book sirva como um guia para melhorar o
seu desempenho como profissional do departamento pessoal.

Aproveite!
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01 JORNADA DE
TRABALHO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

De acordo com a legislação trabalhista brasileira, jornada de trabalho é o tempo em


que o empregado está à disposição do empregador para desempenhar suas
atividades.

A jornada de trabalho limite são 8 horas diárias e 44 horas semanais, conforme Art.
7º, XIII, da Constituição Federal de 1988 - CF/1988 e Art. 58 da Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT.

CF/1988: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

CLT: Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer


atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.

A legislação entende que o mês comercial tem cinco semanas e que o trabalhador
com uma jornada de 44 horas semanais terá uma jornada mensal de 220 horas. Isso
se aplica a jornadas semanais menores, como veremos na sequência.

JORNADA_MENSAL = JORNADA_SEMANAL* 5

Passo a passo de cálculo:

➡️ Verifique a jornada semanal do empregado;


➡️ Multiplique por 5.
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02 CONVERSÃO
DE HORAS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Os números decimais podem ser representados de várias formas. Por exemplo, eles
podem ser escritos como frações, como 3/10, ou como porcentagem, como 30%,
ou por exemplo, o número decimal 3,14.

Quando estamos trabalhando no departamento pessoal com cálculos que envolvem


horas, precisamos converter essas horas em decimais.

Muitos softwares de cálculo na folha de pagamento fazem a conversão automática,


mas quando precisamos conferir um cálculo de horas extras, adicional noturno ou
outro que utilize horas que serão multiplicadas por algum número decimal para
encontramos valores (R$), precisamos necessariamente fazer essa conversão (horas
de relógio para números decimais).

A inserção de dados no sistema para o cálculo deve ser feita de acordo com cada
sistema, podendo ser inseridos em horas e minutos ou o já valor convertido.

HORA_DECIMAL = (MINUTOS/ 60) + HORAS_INTEIRAS

Esta conversão só será utilizada quando tivermos minutos


apenas ou horas e minutos.

Passo a passo de cálculo:


➡️ Separe os minutos das horas, se houver;
➡️ Divida os minutos por 60;
➡️ Pegue o resultado da divisão e some com as horas inteiras,
se houver.
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03 SALÁRIO
PROPORCIONAL
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Para o empregado mensalista, o SALÁRIO MENSAL abrange o pagamento dos dias


trabalhados no mês e também os dias de repouso e feriados, chamados de DSR
(Descanso Semanal Remunerado). A base legal é a Lei 605, de1949, art.7º, § 2º.

Art. 7º, § 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do


empregado mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal ou quinzenal,
ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou
de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente.

Quando temos a admissão de um empregado, a rescisão contratual ou afastamento


(início ou fim), pode ser que o empregado trabalhe somente alguns dias no mês,
gerando o direito de recebimento de SALÁRIO PROPORCIONAL.

Somente nos casos acima, iremos utilizar no divisor da fórmula os dias do mês,
conforme Art. 64, parágrafo único, da CLT.

Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido


dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere
o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o
cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.

SALÁRIO_PROPORCIONAL =(SALÁRIO/DIAS_MÊS) * DIAS_TRABALHADOS

Passo a passo de cálculo:


➡️Verifique qual o salário do empregado e quantos dias trabalhados no
mês;
➡️ Divida o salário pelo número de dias do mês, conforme competência
do cálculo;
➡️ Após multiplique pelos dias trabalhados, considerando dias corridos
para os mensalistas.
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04 SALÁRIO POR
DIA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Para alguns cálculos será necessário encontrar o valor do salário por dia do
trabalhador, como por exemplo, nos seguintes cálculos:

➡️ Desconto de faltas;
➡️ Desconto do descanso semanal remunerado - DSR.

Para encontrar o SALÁRIO POR DIA do trabalhador basta utilizar o divisor por 30,
conforme CLT, Art. 64, caput.

Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido


dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere
o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.

SALÁRIO_DIA = (SALÁRIO / 30)

Passo a passo de cálculo:


➡️ Verifique qual o salário do empregado;
➡️ Divida o salário por 30, sendo este um divisor
fixo, neste caso.
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05 SALÁRIO POR
HORA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Para alguns cálculos será necessário encontrar o valor do salário por hora do
trabalhador, como por exemplo, nos cálculos de:

➡️ Hora extra;
➡️ Adicional Noturno.

Para encontrar o SALÁRIO POR HORA do trabalhador basta utilizar o divisor igual a
jornada mensal.

Como mencionado anteriormente, em "Jornada de trabalho semanal e mensal", a


legislação entende que o mês comercial tem cinco semanas, então multiplica-se a
jornada semanal por cinco para encontrar a mensal.

SALÁRIO_HORA = (SALÁRIO / JORNADA_MENSAL)

Passo a passo de cálculo:


➡️Verifique qual o salário do empregado;
➡️ Verifique qual a jornada mensal do empregado;
➡️ Divida o salário pela jornada mensal.
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06 COMISSÕES E
DSR
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Alguns empregados são contratados para receber comissões ou salário mais


comissões.

De acordo com o Manual de Cálculo da Justiça do Trabalho da 3ª Região, pág. 65, as


comissões "integram a remuneração (art. 457, §1º, CLT) pela média dos últimos
doze meses, refletindo nos 13º salários, nas férias, no FGTS, nas verbas rescisórias,
nos RSR´s e nas horas extras".

O empregado comissionaista tem direito aos feriados e ao DSR semanal, porém o


cálculo do valor desse DSR, também conhecido por RSR - Repouso Semanal
Remunerado, é separado:
"Para o cálculo do RSR sobre as comissões, divide-se o valor total das comissões
pelo número de dias úteis trabalhados e multiplica-se pelo total de dias de RSRs."

DSR_COMISSÃO = (TOTAL DE COMISSÕES/ DIAS ÚTEIS) *


DIAS NÃO ÚTEIS

Passo a passo de cálculo:


➡️ Verifique o número de dias úteis (trabalhados) pelo
empregado no mês;
➡️ Verifique o número de dias não úteis, ou seja, quantos
DSR's e o valor total da comissão;
➡️ Primeiro divida o total de comissões pelos dias úteis.
Após, multiplique pelos não úteis.
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07 HORA EXTRA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Como discutimos no item 1, "Jornada semanal e mensal", conforme Art. 7º, XIII, da
CF/1988 e Art. 58 da CLT, "a duração normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias".

Há algumas atividades previstas com jornadas menores que 8h diárias, como os que
empregados que são contratados como telemarketing. Neste caso, quando houver
previsão de outro limite, que é inferior a 8h diárias, este deverá ser acatado.

Quando o empregado trabalha além da jornada diária, há três possibilidades:


➡️ Cômputo das horas excedentes para inserção em banco de horas, caso a
empresa tenha implementado;

➡️ Cômputo das horas excedentes para compensação dentro do mesmo mês (Art.
59, § 2º, CLT)

➡️Cômputo das horas excedentes para pagamento na folha de pagamento como


horas extras.

O percentual mínimo da hora extra é de 50% sobre as horas normais, conforme Art.
59, §1º, da CLT. A Convenção Coletiva do Trabalho- CCT ou o Acordo Coletivo do
Trabalho - ACT podem estabelecer percentuais mais favoráveis aos trabalhadores
da classe.

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento)
superior à da hora normal.
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07 HORA EXTRA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Para horas extras realizadas em domingos e feriados o percentual é de 100%,


conforme Súmula 146 do TST:

SÚMULA Nº 146 - TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO


O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em
dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

HORA_EXTRA = SALÁRIO_HORA * [ (% HORA EXTRA / 100) + 1] *


HORA_DECIMAL

OU
FATOR_MULTIPLICADOR = [ (% HORA EXTRA / 100) + 1]

HORA_EXTRA = SALÁRIO_HORA * FATOR_MULTIPLICADOR *


HORA_DECIMAL

Passo a passo de cálculo:


➡️Faça o cálculo do salário por hora. Consulte item 5 deste manual;

Observações: Se o empregado receber insalubridade ou


periculosidade, soma-se esses adicionais ao salário, para somente
depois proceder com o cálculo do salário por hora (SALÁRIO_HORA).

➡️ Faça o cálculo do FATOR_MULTIPLICADOR: Na primeira fórmula


está junto com os demais cálculos e na segunda, separado.
➡️ Apure quantas horas extras foram realizadas, para o percentual
calculado no FATOR_MULTIPLICADOR, e se necessário, converta para
número decimal.
➡️ Faça as multiplicações do salário por hora (SALÁRIO_HORA) com o
FATOR_MULTIPLICADOR e com a hora convertida em número
decimal (HORA_DECIMAL).
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08 HORA EXTRA
T R A B A L H O E M D O M I N G O S E F E R I A D O S , N Ã O C O M P E N S A D O )

Como mencionado no item 7, "HORA EXTRA", quando houver horas extras realizadas
aos feriados e DSR's, o percentual mínimo a ser utilizado na fórmula será de 100%,
todavia a CCT ou ACT podem estabelecer percentuais maiores.

Observação: Quando for realizado o trabalho no feriado ou DSR e este for


compensado em outro dia, não é devido o pagamento de horas extras.

SÚMULA Nº 146 - TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO


O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em
dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

HORA_EXTRA = SALÁRIO_HORA * [ (% HORA EXTRA / 100) + 1] *


HORA_DECIMAL

OU

FATOR_MULTIPLICADOR = [ (% HORA EXTRA / 100) + 1]

HORA_EXTRA = SALÁRIO_HORA * FATOR_MULTIPLICADOR *


HORA_DECIMAL
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09 HORA EXTRA
R E F L E X O D A H O R A E X T R A N O D S R

As horas extras refletem no DSR, assim, após a realização do cálculo das horas
extras, procede-se com o cálculo do reflexo da hora extra no DSR, conforme Súmula
nº 172 do TST:

SÚMULA Nº 172 - REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO


Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente
prestadas.

DSR_HORAS_EXTRAS = (HORA_EXTRA/ DIAS ÚTEIS) * DIAS NÃO


ÚTEIS

Passo a passo de cálculo:


➡️Em "HORA_EXTRA", utiliza-se em valores, o total calculado no mês;
➡️Verifique o número de dias úteis e os não úteis, ou seja, quantos
DSR's e o valor total da comissão;
➡️ Primeiro divida o resultado do cálculo da hora extra
(HORA_EXTRA) pelos dias úteis. Após, multiplique pelos não úteis.
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10HORA EXTRA + ADICIONAL NOTURNO


I N S A L U B R I D A D E E P E R I C U L O S I D A D E ( B A S E D E C Á L C U L O )

No item 15 e 16 deste manual conceituamos o adicional de insalubridade e


periculosidade, porém, quando há horas extras ou adicional noturno, ao fazer o
cálculo do salário por hora será necessário incluir o valor da insalubridade ou da
periculosidade, para só após proceder com o cálculo da hora extra ou do adicional
noturno. Essa soma da periculosidade ou da insalubridade ao salário chamamos de
globalidade salarial.

GLOBALIDADE_SALARIAL = SALÁRIO + INSALUBRIDADE

GLOBALIDADE_SALARIAL = SALÁRIO + PERICULOSIDADE

SALÁRIO_HORA = (GLOBALIDADE_SALARIAL/ JORNADA_MENSAL)


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11 HORA NOTURNA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

De acordo com o Manual de Cálculo da Justiça do Trabalho, 3ª Região, pág. 61,


temos:
"Previsto no art. 73 da CLT (CF, 7º, IX) e corresponde ao acréscimo de no mínimo
20% sobre o valor da hora diurna.
O trabalhador urbano tem hora noturna de 52,5 min, adicional noturno de no mínimo
20% e horário noturno das 22 h às 05 h. O rural tem hora noturna de 60 min, o
adicional noturno de no mínimo 25% e os horários noturnos das 20 às 04 h
(pecuária) e 21 às 05 h (agricultura)."

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Redação
dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.

Quando o trabalhador registra seu horário de trabalho e este está em horário


considerado noturno, é necessário fazer a conversão de 60 minutos para 52 minutos
e 30 segundos.

HORA_NOTURNA = HORA_DECIMAL * 1,143


OU
HORA_NOTURNA = HORA_DECIMAL * (60 / 52,5)
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12 ADICIONAL NOTURNO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

A hora noturna, conforme Art. 73 da CLT, é calculada com o percentual de 20%.

Para este cálculo também há a possibilidade da CCT ou ACT trazer um percentual


mais vantajoso para o empregado.

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Neste item não estamos tratando da hora extra noturna, mas sim da hora noturna
que é realizada durante a jornada habitual do empregado.

ADICIONAL_NOTURNO = SALÁRIO_HORA*
(%_ADICIONAL_NOTURNO/100) * HORA_NOTURNA

Passo a passo de cálculo:


➡️ Calcula o salário por hora (SALÁRIO_HORA), conforme item 5
deste manual;
➡️ Faz a conversão das horas para horas noturnas
(HORA_NOTURNA), conforme item 11;
➡️ Encontre o fator de conversão, utilizando o percentual da hora
noturna divido por 100;
➡️ Na sequência multiplique os valores encontrados nos passos
anteriores
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13 HORA EXTRA NOTURNA


C O N C E I T O E F Ó R M U L A

A hora extra, como especificado no item 7 deste manual, tem como base legal o Art.
59 da CLT, e a hora noturna e o adicional noturno, dos itens anteriores, tem como
base legal o Art. 73 da CLT, mas também há a possibilidade de termos horas extras
noturnas, que são aquelas realizadas no horário considerado noturno pela legislação
trabalhista.

MULTIPLICADOR = [ (% HORA_EXTRA / 100) +1] * [(%


ADICIONAL_NOTURNO / 100) +1]

Passo a passo de cálculo:


➡️ Calcule individualmente o multiplicador das horas extras (%
HORA_EXTRA / 100) +1. Se for 50%, este multiplicador resultará em 1,5.
➡️ Calcule individualmente o multiplicador do adicional noturno (%
ADICIONAL_NOTURNO / 100). Se for 20%, este multiplicador resultará
em 1,2.
➡️Após multiplique o multiplicador da hora extra com o do adicional
noturno. Considerando os percentuais mencionados anteriormente,
teríamos (1,5 * 1,2), que resultaria em 1,8.

H.E._NOTURNA = SALÁRIO_HORA * MULTIPLICADOR *


HORA_NOTURNA

Passo a passo de cálculo:


➡️ Após encontrar o salário por hora (item 5 deste manual),
multiplique pelo MULTIPLICADOR, da fórmula acima, e por último
multiplique pela hora noturna, que é hora convertida para 52
minutos e 30 segundos (item 11 deste manual).
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14 HORA EXTRA NOTURNA E ADICIONAL


NOTURNO
R E F L E X O S N O D S R

As horas extras, horas extras noturnas e adicional noturno refletem em várias outras
verbas trabalhistas, mas iremos tratar neste item do reflexo no descanso semanal
remunerado - DSR.

Segundo o Manual de Cálculo da Justiça do Trabalho, 3ª Região, podemos utilizar de


duas fórmulas para o cálculo, como demonstrado a seguir.

CRITÉRIO RÁPIDO = Apurar 1/6 sobre o número das horas extras


mensais ou adicional noturno mensal

Passo a passo de cálculo:


➡️Verifique o valor total de horas extras calculadas, considerando a
soma de todos os percentuais ou o valor total calculado como
adicional noturno. Em ambos, considerar a competência de cálculo.
➡️Dividir por 6.

CRITÉRIO TÉCNICO E MAIS ACEITO PARA O CÁLCULO DO REFLEXO:

REFLEXO_HORA_EXTRA = (HORA_EXTRA / DIAS ÚTEIS) *


DIAS_NÃO_ÚTEIS
REFLEXO_ADICIONAL_NOTURNO = (ADICIONAL_NOTURNO/ DIAS
ÚTEIS) * DIAS_NÃO_ÚTEIS
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15 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O adicional de transferência é devido quando há a transferência provisória do


empregado, incluindo o empregado que exerce cargo de confiança ou mesmo que
haja previsão de transferência no contrato de trabalho.

Este adicional corresponde a 25% do salário que o empregado recebia no momento


da transferência, ou seja, no local anterior ao que foi transferido, com base legal no
Art. 469, § 3º da CLT.

Art. 469, § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o


empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as
restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento
suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.

Este adicional de transferência é devido quando a transferência é provisória, mas se


for permanente, não será aplicado.

ADICIONAL_TRANSFERÊNCIA = SALÁRIO * 25%

Passo a passo de cálculo:


➡️ Identifique qual o salário do empregado antes de realizar a
transferência ou do local anterior ao da transferência;
➡️ Aplique 25%.
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16 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O adicional de insalubridade está previsto no Art. 192 da CLT. Este adicional é


devido aos empregados que estão expostos a agentes nocivos, considerando que a
exposição esteja acima do limite de tolerância definido na Norma Regulamentadora
nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de


tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e
10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus
máximo, médio e mínimo.

O pagamento do adicional de insalubridade é feito na folha de pagamento mensal do


empregado e terá incidência em outras verbas trabalhistas, como férias, décimo
terceiro e aviso prévio.
A base documental para que o departamento pessoal inclua esse adicional na folha
de pagamento, que poderá ser de 10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo
nacional ou regional, é o Laudo de Insalubridade elaborado por Médico do Trabalho
ou Engenheiro de Segurança do Trabalho.

INSALUBRIDADE = SALÁRIO_MÍNIMO_NACIONAL *
%_INSALUBRIDADE

INSALUBRIDADE = SALÁRIO_MÍNIMO_REGIONAL *
%_INSALUBRIDADE

Passo a passo de cálculo:


➡️ Identifique quais são os empregados que terão o adicional e qual
o salário mínimo a ser aplicado (Nacional ou Regional, para os
estados que possuem);
➡️ Com base no Laudo de insalubridade, identifique o % a ser
aplicado (10, 20 ou 40%).
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17 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O adicional de periculosidade está previso na Norma Regulamentadora nº 16 e no


Art. 193 da CLT.

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.

O adicional de periculosidade corresponde a 30% sobre o salário do empregado.


Para as atividades destacadas no Art. 193 há o adicional ou quando o Médico do
Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho determinar através do Laudo de
Periculosidade.

PERICULOSIDADE = SALÁRIO * 30%

Passo a passo de cálculo:


➡️Identifique quais são os empregados
que terão o adicional;
➡️ Com base no Laudo de
periculosidade ou nas funções do Art.
193, aplica-se 30% sobre o salário de
cada empregado que têm o direito.
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18 FALTAS (S)
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Quando o empregado não cumpre sua jornada diária de trabalho, não


comparecendo a empresa e não justificando a sua ausência, conforme legislação
vigente para o abono do (s) dia (s), há o desconto do (s) dia (s) deste trabalhador.

Cabe ressaltar que várias são as situações em que o empregado poderá se ausentar
ao trabalho sem prejuízo de sua remuneração. A base legal das faltas justificadas é o
Art. 473 da CLT.

Além do artigo da CLT mencionado, cabe ressaltar que o instrumento coletivo, seja
CCT ou ACT, poderá majorar esses dias, gerando mais dias de faltas justificadas, ou
ainda, poderá criar dias que não são considerados como faltas injustificadas, como é
o caso do dia considerado como feriado da classe de trabalhadores ao qual a
empresa faz parte.

CLT: Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e
previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por 5 (cinco) dias consecutivos, em caso de nascimento de filho, de adoção ou de
guarda compartilhada;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária
de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos têrmos
da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar
referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame
vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX -
pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de
entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional
do qual o Brasil seja membro.
X - pelo tempo necessário para acompanhar sua esposa ou companheira em até 6
(seis) consultas médicas, ou em exames complementares, durante o período de
gravidez;
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18
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta
médica.
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização
de exames preventivos de câncer devidamente comprovada.
Parágrafo único. O prazo a que se refere o inciso III do caput deste artigo será
contado a partir da data de nascimento do filho.

Além das situações elencadas no artigo acima, a Lei nº 605 de 05 de janeiro de


1949, traz no artigo 6º algumas situações em que as faltas são justificadas.

Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu
horário de trabalho.
§ 1º São motivos justificados:
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do
Trabalho;
b) a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da administração do
estabelecimento;
c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não
tenha havido trabalho;
d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do seu
casamento;
e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho;
f) a doença do empregado, devidamente comprovada.

Mesmo que não haja justificativa para o abono, se o empregador assim definir,
poderá ser feito o abono do(s) dia (s), ou seja, não será efetuado o desconto dos
dias. Porém, esta decisão é única e exclusiva do empregador, na hipótese de ser
uma falta considerada como injustificada perante a legislação trabalhista.

FALTA = (SALÁRIO / 30 ) * Nº DE FALTAS

Passo a passo de cálculo:


➡️ Identifique qual o salário do empregado e encontre o valor por dia
dividindo por 30;
➡️ Após, multiplique pelo número de dias de faltas, ou seja, dias em
que o empregado não compareceu ao trabalho e não apresentou ou
que não há justificativa legal para o abono.
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19 ATRASOS OU HORAS
NÃO TRABALHADAS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Quando o empregado não cumpre sua jornada diária de trabalho, seja por atrasos
ou por não trabalhar certo período do dia ou da noite, caso não seja justificada a
ausência conforme a legislação vigente, há o desconto desses minutos ou horas não
trabalhadas.

Diferente do desconto de faltas, nos descontos de atrasos/horas não trabalhadas o


empregado comparece à empresa, mas não cumpre sua jornada integralmente.
Cabe ressaltar que há uma tolerância na legislação para os descontos de minutos a
serem considerados como atrasos na jornada, conforme Art. 58, §1º, da CLT.
Quando o empregado tiver variações no registro de ponto menores ou igual a 5
minutos, não serão descontadas do empregado, sendo o limite diário de 10 minutos.

Art. 58 - § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária


as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários.

ATRASOS = (SALÁRIO /JORNADA_MENSAL) * HORA_DECIMAL


ou
ATRASOS = SALÁRIO_HORA * HORA_DECIMAL

Passo a passo de cálculo:


➡️Faça o cálculo da jornada mensal, conforme item 1 deste
manual;
➡️ Faça a conversão dos minutos e horas para números
decimais, conforme item 2 deste manual;
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20 DESCONTO DO DSR
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Quando o empregado não cumpre sua jornada de trabalho, seja por atrasos ou
faltas, é possível efetuar o desconto do DSR da semana seguinte ao da falta. A base
legal para o desconto é a Lei nº 605 de 05 de janeiro de 1949, Art. 6º, caput.

Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu
horário de trabalho.

Para o direito do trabalho e para fins de DSR, consideramos a semana iniciando na


segunda-feira e finalizando no domingo. O empregado que não cumpre a jornada da
semana anterior, não tem direito a remuneração do descanso semanal remunerado.
O direito ao descanso se mantém, mas há o desconto do dia na folha de pagamento.

DESCONTO_DSR = (SALÁRIO_DIA * DIAS_DSR)

Passo a passo de cálculo:


➡️Identifique quantas faltas ou atrasos o empregado teve.

🔴 Atenção: Mesmo que tenha mais de uma falta/atrasos na


semana, o desconto do DSR será apenas um, que seria o da
semana seguinte.

➡️ Identifique o número de DSR's (DIAS_DSR) que o empregado


terá de desconto.
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21 FORNECIMENTO DE
VALE-TRANSPORTE
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O vale-transporte é um direito do empregado, se por ele solicitado. Este vale-


transporte deverá ser fornecido de forma antecipada, por exemplo:
➡️ Ao iniciar o mês de janeiro, o empregado deve estar de posse dos valores
correspondentes ao vale transporte para utilização exclusiva de ida e volta ao
trabalho.

Os empregados que utilizam meio próprio para ir e voltar do trabalho, como carros,
motos, bicicletas, etc., não tem direito ao vale transporte.

O vale-transporte não é devido quando o empregado está de férias ou se ausenta ao


trabalho por qualquer motivo. Só é devido quando se verifica a efetiva utilização
para ida e volta do trabalho.

O Vale-transporte deverá ser fornecido em forma de cartão magnético ou ticket, mas


não é aconselhável o pagamento em dinheiro ao empregado. O vale-transporte
deverá ser fornecido no valor exato que o empregado irá utilizar.

VALE_TRANSPORTE = (DIAS_TRABALHADOS *
VT_DIA * VALOR_VT)

Passo a passo de cálculo:


➡️ Identifique quantos dias trabalhados o
empregado terá no mês.
➡️ Identifique o número de vale-transporte o
empregado utilizará por dia (VT_DIA).
➡️ Identifique o valor de cada vale-transporte
(VALOR_VT).
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22 DESCONTO DE VALE-
TRANSPORTE
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O vale-transporte é um direito do empregado, se por ele solicitado, como visto no


item anterior.

Deste valor fornecido para o deslocamento de ida e volta do trabalho, o empregado


participa nos gastos, ou seja, o empregador arca com o valor que exceder 6% do
salário básico do empregado, não podendo o valor resultante dos 6% exceder o
total de vales-transportes fornecidos na mesma competência.

A base legal para o desconto do empregado, referente aos 6% sobre o salário


básico, é a Lei nº 7.418/1985, Art. 4º, como pode ser observado abaixo.

Art. 4º - Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do


trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por
cento) de seu salário básico.

DESCONTO_VT = (SALÁRIO * 6%)


ou
DESCONTO_VT = (SALÁRIO * 0,06)

Passo a passo de cálculo:


➡️ Identifique qual o salário base do
empregado, ou seja, não adicione ao salário
outras parcelas, como horas extras, adicional
noturno, insalubridade, periculosidade,
prêmios, etc.
➡️ Multiplique o salário base por 0,06 ou 6%.
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23 FORNECIMENTO DE
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

A concessão do auxílio-alimentação não é uma obrigatoriedade do empregador,


salvo se este estiver estipulado em instrumento coletivo.

De acordo com o Art. 457, §2º da CLT, o valor concedido de auxílio-alimentação não
tem natureza salarial e não reflete em outras verbas, porém é vedado o pagamento
em dinheiro. Além disso, não constitui base de cálculo de INSS, IRRF ou FGTS.

Art. 457, § 2º: As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,
auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem,
prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.

Devido a vedação do fornecimento em dinheiro do auxílio-alimentação, podemos


fazer a concessão em forma de ticket ou cartão. Se não estipulado em instrumento
coletivo, a empresa que irá definir o valor do auxílio.

AUXILÍO_ALIMENTAÇÃO = (DIAS_TRABALHADOS *
VALOR_VA/VR)

Passo a passo de cálculo:


➡️ Identifique quantos dias trabalhados o
empregado terá no mês (DIAS_TRABALHADOS).
➡️ Identifique unitário de cada alimentação ou
refeição (VALOR_VA/VR)
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24 DESCONTO DE
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

A concessão do auxílio-alimentação, como dito anteriormente, não é uma


obrigatoriedade do empregador, salvo se este estiver estipulado em instrumento
coletivo.

Diferente do vale-transporte, que devemos descontar o percentual de 6% sobre o


salário, o desconto da participação do empregado no auxílio-alimentação não é
obrigatório, desta forma, a empresa poderá escolher não realizá-lo, porém é
recomendável que realize algum tipo de desconto.

Caso a empresa opte pelo desconto, o montante pode chegar até 20% do valor
pago pelo benefício. Se for estipulado em instrumento coletivo, poderá ser definido
um percentual mais benéfico ao empregado ou um valor de limite de desconto, por
exemplo.

DESCONTO_ALIMENTAÇÃO = (AUXILÍO_ALIMENTAÇÃO * 20%)


ou
DESCONTO_ALIMENTAÇÃO = (AUXILÍO_ALIMENTAÇÃO * 0,20)

Passo a passo de cálculo:


➡️ Faça o cálculo, como mostrado no item 23, do valor total fornecido
a título de Auxílio-Alimentação (AUXILÍO_ALIMENTAÇÃO).
➡️ Multiplique o valor de AUXILÍO_ALIMENTAÇÃO por 0,20 ou 20%.

➡️ Se for definido outro percentual menor em instrumento coletivo, é


necessário utilizá-lo no cálculo em substituição aos 20%.
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25 DESCONTO DE INSS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Todos os empregados são segurados obrigatórios da Previdência Social e isso


implica em um desconto compulsório sobre a remuneração do empregado, como
podemos observar na Lei nº 8.212/1991, em seu § 12º.

Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas


físicas:
I - como empregado:

a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não
eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor
empregado;

b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em


legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de
substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de
serviços de outras empresas;

c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular


de carreira estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros dessas missões
e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o
brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão
diplomática ou repartição consular;

e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais


brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá
domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país
do domicílio;

f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como


empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante
pertença a empresa brasileira de capital nacional;

[...]
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25 DESCONTO DE INSS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O desconto de INSS ocorre na folha de pagamento mensal, no cálculo de férias, nas


rescisões e no décimo terceiro salário. Esse desconto é compulsório para os
empregados, incluindo os aprendizes, e tem como base uma tabela publicada
anualmente pelo Governo através de Portaria.

A tabela a ser utilizada possui algumas alíquotas e faixas de contribuição, que


devem ser observadas no momento do cálculo, de acordo com a competência. Por
exemplo: Se a folha de pagamento mensal é da competência de maio do ano "x", é
necessário utilizar no cálculo de INSS a tabela vigente em maio do ano "x".

Primeiramente, para fazer o cálculo de INSS é necessário entender quais os valores


que integram a base de cálculo.

Algumas rubricas que você irá incluir no cálculo:


Salário Mensal ou proporcional;
Hora Extra;
Adicional Noturno;
Reflexo da hora extra e do adicional noturno no DSR;
Comissão e DSR de comissão;
Adicional de Insalubridade;
Adicional de Periculosidade;
Desconto de faltas e/ou atrasos;
Desconto do DSR, em virtude de faltas e/ou atrasos;
Férias mais o 1/3 constitucional, incluindo as médias.
Saldo de Salário na rescisão contratual;
Décimo Terceiro Salário, com ou sem médias.

Algumas rubricas que você NÃO irá incluir no cálculo, pois possuem natureza
indenizatória:
PLR - Participação nos Lucros e Resultados;
Ajuda de custo;
Auxílio-Alimentação;
Diárias para viagem;
Abonos, como o abono de férias;
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25 DESCONTO DE INSS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Vale-transporte;
Salário-Família;
Prêmios, como assiduidade;
Férias indenizadas pagas em rescisão contratual;
Aviso indenizado;
Plano de saúde e odontológico.

Abaixo poderá ser consultada a tabela de INSS de janeiro a abril de 2023 e também
a partir de maio de 2023, que foi a publicada através da PORTARIA
INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 27, DE 4 DE MAIO DE 2023.

Esta tabela é válida para os descontos de INSS de empregados, de modo geral,


incluindo os aprendizes, os empregados domésticos, e também, os trabalhadores
avulsos.

Para fazer o desconto de INSS precisamos utilizar de quantas alíquotas forem


necessárias, de acordo com a base, pois o cálculo é progressivo.
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25 DESCONTO DE INSS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

BASE DE CÁLCULO= (SOMATÓRIO DE RUBRICAS - RUBRICAS DE


DESCONTO)

Exemplo 01:

BASE DE CÁLCULO= (R$ 1.980,00 + R$ 55,60+ R$ 11,12 - R$ 66,00 - R$ 66,00)


BASE DE CÁLCULO= R$ 1.914,72

Considerando nossa base, de R$ 1.914,72, precisamos distribuir nas alíquotas.


Até R$ 1.320,00 aplicaremos o percentual de 7,5%, conforme primeira faixa da
tabela acima.
A diferença até chegar em R$ 1.914,72, aplicaremos o percentual de 9%, de
acordo com a segunda faixa. Ou seja, de R$ 1.320,01 até o valor da base, R$
1.914,72, o percentual aplicado será de 9%.
A diferença entre a base, R$ 1.914,72, até R$ 1.320,01, é de R$ 594,71.
Resumindo: (R$ 1.914,72 - R$ 1.320,01) = R$ 594,71
Sobre o valor de R$ 594,71 será aplicado o percentual de 9%.

DESCONTO DE INSS 01 = R$ 1.320,00 * 7,5%


DESCONTO DE INSS 01 = R$ 99,00

DESCONTO DE INSS 02 = R$ 594,71 * 9%


DESCONTO DE INSS 02 = R$ 53,52

DESCONTO DE INSS (total) = DESCONTO 01 + DESCONTO 02


DESCONTO DE INSS (total) = R$ 99,00 + R$ 53,52
DESCONTO DE INSS (total) = R$ 152,52

Todavia, para facilitar o dia a dia podemos utilizar um macete de cálculo. Este
macete de cálculo não é o oficial divulgado pelo governo, mas ele gerará resultados
corretos.
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25 DESCONTO DE INSS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Exemplo 02:
BASE DE CÁLCULO= (SOMATÓRIO DE RUBRICAS - RUBRICAS DE DESCONTO)
BASE DE CÁLCULO= (R$ 1.980,00 + R$ 55,60+ R$ 11,12 - R$ 66,00 - R$ 66,00)
BASE DE CÁLCULO= R$ 1.914,72

Agora faremos o mesmo cálculo (DESCONTO DE INSS), porém de uma forma


simplificada, utilizando a tabela não oficial acima, ou seja, com esse macete de
cálculo terá um ganho de tempo e menos fórmulas para aplicar.

Com o valor da base, identifique em qual alíquota estará.


No exemplo, a base de cálculo é R$ 1.914,72, assim, estaremos na segunda
faixa, com salários de contribuição que variam entre R$ 1.320,01 a R$ 2.571,29.
Com isso, verifique a alíquota referente a faixa e a parcela a deduzir, ou seja,
alíquota de 9% e parcela a deduzir de 19,800.
Nesta fórmula de cálculo não iremos passar de faixa a faixa, mas em substituição
a isso, iremos utilizar essa parcela a deduzir e aplicar a alíquota diretamente
sobre o base.

** Note que este cálculo chegará no mesmo valor do anterior, já que estamos com
uma mesma base, porém o que mudou foi a forma de calcular.

DESCONTO DE INSS (total) = (BASE DE INSS * ALÍQUOTA) - PARCELA A DEDUZIR


DESCONTO DE INSS (total) = (R$ 1.914,72 * 9%) - 19,800.
DESCONTO DE INSS (total) = R$ 152,52

** Utilize somente duas casas decimais e ignore o restante, ou seja, nosso resultado
foi R$ 152,5248, mas iremos utilizar somente R$ 152,52.
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26 DESCONTO DE IRRF
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O desconto de IRRF é devido na folha de pagamento, décimo terceiro, férias e nas


rescisões contratuais.

Seja na folha de pagamento, seja nas férias ou nas rescisões contratuais, o desconto
não será devido se o resultado do cálculo for inferior a R$ 10,00, conforme a Lei nº
9.430 de 1990:

Art. 67. Fica dispensada a retenção de imposto de renda, de valor igual ou inferior a
R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar a
base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual.

Essa dispensa de retenção de valores inferiores a R$ 10,00 NÃO se aplica na folha


de décimo terceiro salário.

Primeiramente, para fazer o cálculo de IRRF é necessário entender quais os valores


são tributáveis, ou seja, sobre quais valores no seu cálculo tem incidência de IRRF.

Algumas rubricas que possuem incidência de IRRF:


Salário Mensal ou proporcional;
Hora Extra;
Adicional Noturno;
Reflexo da hora extra e do adicional noturno no DSR;
Comissão e DSR de comissão;
Adicional de Insalubridade;
Adicional de Periculosidade;
Desconto de faltas e/ou atrasos;
Desconto do DSR, em virtude de faltas e/ou atrasos;
Férias mais o 1/3 constitucional, incluindo as médias.
Saldo de Salário na rescisão contratual;
Décimo Terceiro Salário, com ou sem médias;
1/3 constitucional, referente ao abono pecuniário de férias.
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26 DESCONTO DE IRRF
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Algumas rubricas NÃO possuem incidência de IRRF:


Ajuda de custo;
Auxílio-Alimentação;
Diárias para viagem;
Abonos, salvo o 1/3 sobre o abono de férias

Quando o assunto é o 1/3 constitucional sobre o abono de férias, de acordo com a


SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 209, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021, temos a
incidência de IRRF.

Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF


ABONO PECUNIÁRIO. TERÇO CONSTITUCIONAL.

O abono pecuniário de férias de que trata o art. 143 da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, tem a sua
tributação pelo imposto sobre a renda afastada em decorrência de jurisprudência
pacífica do Superior Tribunal de Justiça, reconhecida pelo Ato Declaratório PGFN nº 6,
de 16 de novembro de 2006.

O adicional constitucional de férias (terço constitucional) incidente sobre o abono


pecuniário de férias, pago no curso do contrato de trabalho, é tributado pelo imposto
sobre a renda.

Dispositivos Legais: Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, art. 17; Regulamento


do Imposto sobre a Renda (RIR/2018), aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22 de
dezembro de 2018, art. 682, § 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de
outubro de 2014, art. 62; Ato Declaratório PGFN nº 6, de 16 de novembro de 2006.
Assunto: Processo Administrativo Fiscal

CONSULTA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA.


Não produz efeitos a consulta quando o fato estiver disciplinado em ato normativo
publicado na Imprensa Oficial antes de sua apresentação.
Dispositivos Legais: Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, art. 52, inciso VI;
Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013, art. 18, inciso IX.
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26 DESCONTO DE IRRF
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Ainda, sobre o cálculo de IRRF, é necessário saber sobre duas informações que
serão utilizadas:
Se o empregado possui dependentes para IRRF;
O valor do INSS descontado.

Outro ponto fundamental quando o assunto é IRRF, é que ele é REGIME CAIXA, ou
seja, para formar a base de cálculo é preciso verificar todos os rendimentos pagos
ao empregado no mês "x", independente da competência. Por exemplo:

Se no mês de junho o empregado recebeu os seguintes pagamentos:


No 5º dia útil recebeu os valores calculados na folha de pagamento da
competência de maio;
No dia 20 de junho recebeu o adiantamento da folha de pagamento da
competência de junho;
Note que tanto os valores recebidos do 5º dia útil de junho, quanto os valores
recebidos do adiantamento, no dia 20 de junho, irão compor a base de cálculo,
mesmo que seja de competências diferentes das folhas de pagamento;
O INSS a ser utilizado no cálculo, neste caso, será o que foi descontado na folha
de pagamento paga no 5º dia útil de junho, referente a competência de maio.

A tabela de IRRF a ser utilizada é a válida no momento do cálculo. Tomando como


base o exemplo anterior, o desconto de IRRF será efetuado no adiantamento e a
tabela de IRRF a ser utilizada é a vigente em junho.

Considerando as tabelas de IRRF, cabe mencionar que durante o período de


04/2015 a 04/2023 utilizamos uma mesma tabela de IRRF, pois esta não foi
atualizada, mas a partir de 05/2023 temos uma nova tabela publicada mediante
Decreto.

Considerando o Decreto que atualizou a tabela de IRRF, temos uma novidade no


cálculo:
A partir de 05/2023 temos duas formas de fazer o cálculo, utilizando a fórmula
clássica ou um desconto simplificado.
A escolha pela forma de cálculo será baseada no menor desconto para o
empregado, ou seja, na que for mais benéfica ao empregado.
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Com base em todos esses conceitos apresentados, vamos conhecer a tabela vigente
de 04/2015 a 04/2023.

** Nesta tabela não temos a opção de fazer o cálculo pelo desconto simplificado,
como iremos apresentar para a tabela a partir de 05/2023.

Base legal: LEI Nº 13.149, DE 21 DE JULHO DE 2015.

A partir de maio de 2023, uma nova tabela de IRRF foi publicada e junto com ela
uma nova forma de calcular, através de desconto simplificado.

Base legal: DECRETO Nº 1.171, DE 30 DE ABRIL DE 2023.

Como mencionei por diversas vezes, a partir de maio de 2023 temos uma nova
forma de calcular o IRRF. Pode surgir uma dúvida enquanto a leitura segue: "Como
saber qual a forma a ser utilizada?"

Resposta: Será utilizada a que gerar o cálculo mais benéfico ao empregado, ou seja,
que resulte em um menor valor de IRRF a ser descontado.
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Para relembramos os conceitos:
Para fazer o cálculo é necessário saber quais as rubricas terão incidência de
IRRF;
Após, é necessário saber quantos dependentes de IRRF o empregado possui, o
valor descontado de INSS, se há ou não pensão alimentícia judicial e a partir
disso, formar a base de cálculo. Com a base de cálculo formada, faz-se a
aplicação da alíquota e da parcela a deduzir, chegando no valor de desconto de
IRRF.
A base de cálculo também poderá ser formada através do desconto simplificado,
que corresponde a R$ 528,00 para o ano de 2023. Com a base de cálculo
formada, faz-se a aplicação da alíquota e da parcela a deduzir. Neste caso em
que é utilizado o desconto simplificado, não iremos utilizar os dados referentes a
dependentes,

RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS = (SOMATÓRIO DE RUBRICAS COM


INCIDÊNCIA DE IRRF)

BASE DE IRRF = (RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS - INSS -


DEPENDENTES - PENSÃO) OU

BASE DE IRRF = (RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS - DEDUÇÃO


SIMPLIFICADA)

DESCONTO DE IRRF = (BASE DE IRRF * ALÍQUOTA) - PARCELA A


DEDUZIR

*** Caso haja falta, atrasos e desconto do DSR, os valores referentes


entrarão na fórmula "RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS " diminuindo.
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27 SALÁRIO-FAMÍLIA
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O salário-família é um benefício previdenciário, a depender de duas condições:


Empregado com dependente menor que 14 anos ou, conforme legislação
vigente, declarado como inválido, independente da idade.
Ter remuneração mensal inferior a um limite estabelecido anualmente.

Além desses dois pontos, destaco mais alguns:


O termo "inválido" está na própria legislação que disciplina o assunto.
Se o salário contratual é maior que o limite estabelecido para o ano, o
empregado não terá direito ao valor da cota do salário-família, mesmo que no
mês em análise o salário fique inferior ao limite devido aos descontos efetuados,
mesmo que tenha dependentes para salário-família.
É devido o pagamento do salário-família proporcional somente nos casos de
admissão e demissão.

Anualmente, através de Portaria, é publicado o valor dos reajustes dos benefícios


previdenciários, incluindo o salário-família. Na PORTARIA INTERMINISTERIAL
MPS/MF Nº 26, DE 10 DE JANEIRO DE 2023, temos no no Art. 4º a cota do salário-
família de R$ 59,82, a partir de janeiro de 2023.

Art. 4º O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14
(quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2023, é de
R$ 59,82 (cinquenta e nove reais e oitenta e dois centavos) para o segurado com remuneração
mensal não superior a R$ 1.754,18 (mil setecentos e cinquenta e quatro reais e dezoito
centavos).

Salário-família = VALOR DA COTA * Nº DE DEPENDENTES

Salário-família PROPORCIONAL = {[(VALOR DA COTA * Nº DE


DEPENDENTES ) / DIAS DO MÊS] * DIAS TRABALHADOS}

Passo a passo de cálculo para o salário-família proporcional:


➡️Identifique quantos dias têm no mês da admissão ou demissão;
➡️Identifique quantos dias trabalhados foram (dias corridos);
➡️
Faça a primeira parte do cálculo: (VALOR DA COTA * Nº DE
DEPENDENTES )
➡️ Com o resultado do cálculo anterior divida pelo n° de dias do mês;
➡️ Por fim, multiplique pelos dias trabalhados, contando os dias
corridos no mês da admissão ou demissão.
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RAT - RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

A alíquota RAT, a depender do tipo de tributação da empresa, terá impacto


financeiro na folha de pagamento. Quando temos esse valor na folha de pagamento,
ajustamos a alíquota RAT, multiplicando por outra alíquota, que a alíquota FAP -
Fator Acidentário de Prevenção, que veremos no item 29.

Todas as empresas estarão enquadradas em uma alíquota RAT, mas nem todas
terão o cálculo na folha de pagamento do RAT * FAP, que chamamos de RAT
Ajustado.

Empresas optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas de recolher este valor
(RAT Ajustado), salvo as optantes pelo Simples Nacional e enquadradas no Anexo
IV. Nas demais empresas teremos este RAT Ajustado presente na folha de
pagamento.

Quando há o cálculo do RAT Ajustado, temos um custo integral do empregador, pois


é calculado o RAT Ajustado, aplicando a alíquota na BASE DE INSS. Este valor é
calculado e recolhido sobre cada empregado. O montante dos valores são pagos
juntamente com o DARF contendo os demais valores previdenciários.

Como o valor do FAP poderá variar anualmente e cada empresa terá seu próprio
valor do FAP, como consequência, o valor do RAT Ajustado poderá variar de um ano
para outro (janeiro a dezembro).

Resumindo: Se há o cálculo do RAT Ajustado na folha de pagamento, ele será


realizado para cada empregado, sendo que, este valor não é descontado do
empregado, mas sim um custo integral do empregador.

A alíquota de contribuição para o RAT será de 1% se a atividade é de risco mínimo,


2% se de risco médio e de 3% se de risco grave.

Caso seja constado pelo Engenheiro de Segurança ou Médico do Trabalho exposição


do trabalhador a agentes nocivos que permitam a concessão de aposentadoria
especial, há acréscimo de 6%, 9% ou 12, a depender de cada caso.

Para localizar qual a alíquota do RAT, precisaremos entender alguns conceitos,


como o atividade econômica principal e preponderante.
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RAT - RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

De acordo com SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 90, DE 14 DE JUNHO DE 2016, temos:

A atividade econômica principal da empresa, que define o código CNAE principal a


ser informado no cadastro do CNPJ, não se confunde com a atividade preponderante
do estabelecimento (matriz ou filial), atividade esta que é utilizada para se
determinar o grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho (GILRAT/SAT).

Para fins do disposto no art. 72, § 1º, da IN RFB nº 971, de 2009, deve-se observar
as atividades efetivamente desempenhadas pelos segurados empregados e
trabalhadores avulsos, independentemente do objeto social da pessoa jurídica ou
das atividades descritas em sua inscrição no CNPJ.

De modo simples e prático podemos analisar da seguinte forma, com base em um


exemplo:
Através do cartão CNPJ é possível localizar o código e descrição da atividade
econômica principal, como na imagem baixo.

Além da atividade principal, podemos verificar que há atividades secundárias


que as empresas podem ter, como na imagem abaixo:

Se uma atividade secundária tiver mais trabalhadores alocados, será ela que
utilizaremos para pesquisa do RAT. Por exemplo:

A atividade principal é a construção de edifícios, mas se o maior número de


trabalhadores estiver locado em construção de rodovias e ferrovias, será este o
utilizado para a pesquisa da alíquota RAT.
Para consultar a alíquota RAT, iremos no Decreto 3.048 de 1999, no anexo V.
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RAT - RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O anexo V do Decreto 3.048 de 1999, traz a "RELAÇÃO DE ATIVIDADES


PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO, CONFORME A
CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS."

Considerando nosso exemplo acima, se pesquisarmos pelo "41.20-4-00 -


Construção de edifícios", teremos a alíquota de 3%.

Se pesquisarmos por "42.11-1-01 - Construção de rodovias e ferrovias"


encontraremos a alíquota de 3% também, porém se o maior número de
trabalhadores está alocado neste CNAE, será ele o utilizado.

A partir do momento que encontra a alíquota RAT, se a empresa possui o cálculo na


folha de pagamento, precisaremos ajustá-la, multiplicando por uma outra alíquota,
que é a alíquota FAP, como veremos a seguir.

Se a empresa é recente e é preciso fazer o cálculo do RAT na folha de pagamento,


não há FAP a ser consultado, então a alíquota será 1,000, mas para os anos
subsequentes é necessário consultar o valor exato para que haja o ajuste correto do
RAT.
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29 FATOR ACIDENTÁRIO
DE PREVDENÇÃO - FAP
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segundo o Portal Gov.br, O Fator Acidentário de Prevenção – FAP é um


multiplicador, atualmente calculado por estabelecimento, que varia de 0,5000 a
2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva
por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para
custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho.
O FAP varia anualmente.

É calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade


e de registros acidentários da Previdência Social.

Pela metodologia do FAP, as empresas que registrarem maior número de acidentes


ou doenças ocupacionais, pagam mais. Por outro lado, o Fator Acidentário de
Prevenção – FAP aumenta a bonificação das empresas que registram acidentalidade
menor. No caso de nenhum evento de acidente de trabalho, a empresa é bonificada
com a redução de até 50% da alíquota.

Anualmente as empresas que possuem o RAT na folha de pagamento deverão


consultar o FAP.

No item anterior entendemos o que é o RAT, mas na prática, quando ele for
calculado na folha de pagamento precisará ser ajustado pelo
valor do FAP, podendo tornar esse valor maior ou menor.

RAT AJUSTADO = RAT * FAP


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30 INSS EMPRESA OU INSS


PATRONAL
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

O empregador também contribui com a Previdência Social, conforme Lei 8.212 de


1991, em seu artigo 22:

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do


disposto no art. 23, é de:

I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos
que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho
ou sentença normativa.

As empresas optantes pelo Simples Nacional, salvo as enquadradas no Anexo IV,


não terão esse INSS Patronal na folha de pagamento.

A base de cálculo do INSS Patronal é a mesma utilizada para desconto do INSS dos
empregados.

Simples Nacional, anexo IV: INSS PATRONAL DE 20%;

Lucro Presumido: INSS PATRONAL DE 20%;

Lucro Real: INSS PATRONAL DE 20%.


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31 FPAS E
TERCEIROS
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O valor destinado aos Terceiros também é calculado na folha de pagamento, mas,


assim como o RAT Ajustado, não são para todas as empresas.

A base de cálculo dos Terceiros é a mesma utilizada para desconto do INSS dos
empregados e INSS Patronal.

Simples Nacional: Não recolhe Terceiros;

Lucro Presumido: % conforme FPAS;

Lucro Real: % conforme FPAS.

Para encontrarmos o percentual dos Terceiros a ser aplicado sobre a base de


cálculo é necessário consultarmos a INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 2110, DE 17
DE OUTUBRO DE 2022.

Art. 83. Cabe à empresa ou ao equiparado, para fins de recolhimento da contribuição


devida a terceiros, classificar a atividade por ela desenvolvida e atribuir-lhe o código
FPAS correspondente, sem prejuízo da atuação, de ofício, da autoridade
administrativa.

Art. 84. A classificação de que trata o art. 83 terá por base a principal atividade
desenvolvida pela empresa, assim considerada a que constitui seu objeto social,
conforme declarado nos atos constitutivos e nos dados cadastrais do CNPJ,
observadas as regras abaixo, na ordem apresentada:
I - a classificação será feita de acordo com o Quadro de Atividades e Profissões a
que se refere o art. 577 da CLT, ressalvados os casos dispostos nos arts. 86 e 87
desta Instrução Normativa e as atividades em relação às quais a lei estabeleça forma
diversa de contribuição;
II - a atividade declarada como principal no CNPJ deverá corresponder à
classificação feita na forma do inciso I, prevalecendo esta em caso de divergência;
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31 FPAS E
TERCEIROS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

III - na hipótese de a empresa desenvolver mais de uma atividade, prevalecerá, para


fins de classificação, a atividade preponderante, assim considerada a que representa
o objeto social da empresa, ou a unidade de produto, para a qual convergem as
demais em regime de conexão funcional; ( CLT, art. 581, § 2º)

IV - se nenhuma das atividades desenvolvidas pela empresa se caracterizar como


preponderante, aplica-se a cada atividade o respectivo código FPAS na forma do
inciso I. ( CLT, art. 581, § 1º)

Art. 85. Com a classificação das atividades na forma disposta no art. 84, ser-lhe-ão
atribuídos:
I - o código FPAS, de acordo com os quadros do Anexo II, considerado o grupo
econômico como indicativo das diversas atividades em que se decompõem,
observado o disposto nos arts. 86 e 87; e
II - as alíquotas das contribuições devidas a terceiros previstas de acordo com o
Anexo III, considerado o código FPAS mencionado no inciso I.

Resumindo:
Para encontramos o % a ser calculado a título de TERCEIROS na folha de
pagamento, precisamos saber a classificação da empresa, que terá por base a
principal atividade desenvolvida, assim considerada a que constitui seu objeto
social, conforme declarado nos atos constitutivos e nos dados cadastrais do
CNPJ.
Após acessamos o "ANEXO II - CÓDIGOS FPAS POR GRUPOS DE ATIVIDADE" da
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 2110, DE 17 DE OUTUBRO DE 2022. Por
exemplo:
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31 FPAS E
TERCEIROS
C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Após localizar o código FPAS, acessamos o ANEXO III - TABELA DE ALÍQUOTAS


POR CÓDIGOS FPAS.
Com base no Código FAPS, localizamos o percentual dos Terceiros a ser
calculado. Por exemplo:

Simples Nacional: Não recolhe Terceiros;

Lucro Presumido: % conforme FPAS e calculado sobre a Base de


INSS.

Lucro Real: % conforme FPAS e calculado sobre a Base de INSS.


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32 FGTS
FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO

C O N C E I T O E F Ó R M U L A

Quando temos empregados contratados, incluindo os aprendizes, é necessário fazer


o recolhimento de FGTS sobre os valores, considerando a competência da folha de
pagamento.

Conforme Portal FGTS "O depósito equivale a 8% do valor do salário pago ou devido
ao trabalhador, cujo contrato é regido pela CLT. No caso de contratos de menores
aprendizes, o percentual é de 2%."

A base legal para o cálculo do FGTS é a LEI Nº 8.036, DE 11 DE MAIO DE 1990.


Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a
depositar, até o vigésimo dia de cada mês, em conta vinculada, a importância
correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês
anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os
arts. 457 e 458 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 , e a Gratificação de Natal de que trata a Lei nº
4.090, de 13 de julho de 1962 .

Algumas rubricas que você irá incluir no cálculo:


Salário Mensal ou proporcional;
Hora Extra;
Adicional Noturno;
Reflexo da hora extra e do adicional noturno no DSR;
Comissão e DSR de comissão;
Adicional de Insalubridade;
Adicional de Periculosidade;
Desconto de faltas e/ou atrasos;
Desconto do DSR, em virtude de faltas e/ou atrasos;
Férias mais o 1/3 constitucional, incluindo as médias.
Saldo de Salário na rescisão contratual;
Décimo Terceiro Salário, com ou sem médias.

FGTS = Base_FGTS * 8% ou FGTS = Base_FGTS * 0,08

FGTS_APRENDIZ = Base_FGTS * 2% ou FGTS_APRENDIZ= Base_FGTS


* 0,02
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REFERÊNCIAS
B I B L I O G R Á F I C A S

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de


1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em:
30 maio 2023.

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO


DE 1943. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 30
maio 2023.

BRASIL. DECRETO Nº 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999. Brasília, DF: Presidência da


República. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm. Acesso em: 04 junho 2023.

BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 971, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2009.


Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?
idAto=15937. Acesso em: 04 junho 2023.

BRASIL. LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0605.htm. Acesso em: 12 junho 2023.

BRASIL. LEI Nº 7.418, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1985. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7418.htm. Acesso em: 19 junho 2023.

BRASIL. LEI Nº 8.036, DE 11 DE MAIO DE 1990. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8036compilada.htm. Acesso em: 12
julho 2023.

BRASIL. LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm. Acesso em: 15 junho
2023.

BRASIL. LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9430.htm. Acesso em: 15 junho 2023.

BRASIL. MANUAL DE CÁLCULO. JUSTIÇA DO TRABALHO, 3ª REGIÃO. Disponível em:


https://portal.trt3.jus.br/internet/servicos/calculos-
judiciais/downloads/2016/manual-de-calculo-2016-1.pdf. Acesso em: 15 junho
2023.
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REFERÊNCIAS
B I B L I O G R Á F I C A S

BRASIL. NORMA REGULAMENTADORA Nº 15. Disponível em:


https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-
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BRASIL. NORMA REGULAMENTADORA Nº 16. Disponível em:


https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-
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permanente/normas-regulamentadora/normas-regulamentadoras-vigentes/norma-
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BRASIL. PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 27, DE 4 DE MAIO DE 2023.


Brasília, DF: Ministério da Previdência Social/Gabinete do Ministro. Disponível em:
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de-maio-de-2023-481520415. Acesso em: 04 julho 2023.

BRASIL. PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 27, DE 4 DE MAIO DE 2023.


Brasília, DF: Ministério da Previdência Social/Gabinete do Ministro. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-mps/mf-n-27-de-4-
de-maio-de-2023-481520415. Acesso em: 04 julho 2023.

BRASIL. SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 209, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021.


Brasília, DF: Receita Federal do Brasil. Disponível em:
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=122414.
Acesso em: 05 julho 2023.

BRASIL. Súmula nº 146. Brasília, DF: Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em:
https://jurisprudencia.tst.jus.br/?tipoJuris=SUM&orgao=TST&pesquisar=1. Acesso
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BRASIL. Súmula nº 172. Brasília, DF: Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em:
https://jurisprudencia.tst.jus.br/?tipoJuris=SUM&orgao=TST&pesquisar=1. Acesso
em: 05 julho 2023.

FAP - Fator Acidentário de Prevenção. Ministério da Previdência Social. Disponível


em: https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-social/saude-e-
seguranca-do-trabalhador/fap. Acesso em: 05 julho 2023.

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