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Curso de

Preparação
para o Exame
2021

ANÁLISE CVR
- Contabilidade de Gestão - ALAVANCAGEM
Curso de Preparação
Curso de Preparação para
para o Exame o Exame - Contabilidade
– Contabilidade de gestão de Gestão
DESVIOS
2

A contabilidade de gestão e a tomada de decisão


informada
Análise e comportamento dos custos
Análise CVR (Custo- Volume- Resultado)
Alavancagem
Análise de desvios

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COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

Numa perspectiva de médio e longo prazo, todos os custos variam


em função do nível de actividade, embora se possam identificar
padrões de variação diferenciados.

• Os custos directamente associados a um determinado nível de


capacidade instalada de uma empresa, mantém-se inalteráveis face a
variações do nível de actividade que não excedam a capacidade
instalada.

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COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

Existem outros custos que variam em função do nível de actividade e que


no médio prazo decrescem com o aumento desse mesmo nível de
actividade, por efeito da curva de experiência e da curva de economia de
escala.

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COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

Comportamento dos custos globais a MLP


Kw
Custos totais
Custos variáveis

Custos fixos

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COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

Comportamento dos custos globais a CP


Kw

Custos totais
Custos variáveis

Custos fixos

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COMPORTAMENTO DOS CUSTOS

Comportamento dos custos unitários


Kw

Custos variáveis unitários

Custos fixos unitários

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COMPORTAMENTO DOS PROVEITOS

A MLP o pv tende a decrescer, pelo aumento do n.º


de concorrentes.

• No CP o pv tende a manter-se inalterado, pelo que os


proveitos globais variam proporcionalmente ao nível
de actividade

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INDICADORES DE RISCO

Económico

Está estritamente relacionado com a actividade operacional e


respectiva estrutura de custos (variáveis e fixos).

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INDICADORES DE RISCO

Financeiro

Mais relacionado com a estrutura financeira da empresa, bem como do custo


de financiamento

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INDICADORES DE RISCO

Ponto crítico

Reflecte o nível de actividade necessária para que o Resultado


Operacional seja nulo

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INDICADORES DE RISCO

Margem de segurança

Mede a margem percentual que separa o actual Volume de Negócios


do Ponto Crítico

Quanto maior for a Ms menor será o risco económico

Significa quanto a empresa está a laborar acima do ponto crítico

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INTERVALO RELEVANTE

A análise Custos-Volume-Resultados (CVR)


assenta unicamente na perspectiva do curto
prazo.

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INTERVALO RELEVANTE
Pressupostos deste intervalo de nível de actividade

•Classificação dos custos em fixos e variáveis reportados directamente ao nível da

actividade;

•Os custos fixos se mantém inalterados (Cf);

•Proporcionalidade dos custos variáveis em função do nível de actividade;

•Estabilidade do preço de venda unitário;

•Não existência da formação de stocks: tudo o que a empresa produz é vendido.

Principal limitação da análise CVR resulta da sua aplicação ao Curto Prazo, sendo,
como qualquer modelo, uma simplificação da realidade.
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EQUAÇÃO CVR
Dentro do intervalo relevante o resultado é dado pela seguinte
equação:

R = Vendas – Cv - Cf
Sendo …
V= Q x pv Cv=Q x cv

Q = Nível de actividade dado pelo n.º unidades produzidas e vendidas


Q *(pv –cv) - CF
então … R = Q x pv – Q x cv - Cf

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Dentro do intervalo relevante, cada nível de actividade Q proporciona uma


margem global Qx(pv–cv) que contribui para a cobertura dos custos fixos (Cf).

mc = pv - cv
Mc = Q x mc

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Assim, a equação CVR do resultado pode ser apresentada:

R = Q x (pv – cv) - Cf

R = Q x mc - Cf

R = Mc - Cf

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A margem de contribuição pode também ser


expressa em percentagem das vendas.

Pode ser calculada a partir dos %Mc = (V – CV) / V


valores globais

Ou a partir dos valores unitários %Mc = (pv – cv)/ pv

A margem de contribuição global é também dada pelo


produto do volume de vendas V pela %Mc

Mc = V x %Mc

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A equação CVR do resultado, pode também ser expressa

Mc = V x %Mc

R = Mc - Cf

R = V x %Mc - Cf

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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Demonstração de Resultados evidenciando a


margem de contribuição
Descrição Kz
Vendas x
Custos variáveis
Industriais -x
Não industriais (despesas) -x
Margem de contribuição x
Custos fixos
Industriais -x
Não industriais -x
Resultados antes de impostos x

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PONTO CRÍTICO DAS VENDAS

O Ponto Crítico das vendas (ponto morto, limiar de


rendibilidade ou break-even point) é o nível de actividade
(expresso em vendas, quantidade ou valor) que proporciona
um resultado nulo.

Níveis de actividade superiores proporcionam resultados


positivos e níveis de actividade inferiores dão origem a
prejuízos.

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PONTO CRÍTICO DAS VENDAS

Utilizando a equação CVR do Resultado, pode calcular-se esse


nível de actividade de indiferença, expresso em n.º de unidades e
representado por Q’.

1… Q’ x pv – Q’ x cv – Cf = 0
2… Q’ x (pv – cv) – Cf = 0
3… Q’ = Cf / (pv –cv)

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PONTO CRÍTICO DAS VENDAS … em QUANTIDADES

Na igualdade 2
Q’ x (pv – cv) – Cf = 0

Q´ X (pv – cv)
Representa a Mc proporcionada por Q’ unidades vendidas, logo o Ponto
Crítico corresponde ao nível de actividade Q’ que proporciona uma Mc
igual aos Cf, o que resultará num resultado nulo

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PONTO CRÍTICO DAS VENDAS … em
QUANTIDADES

A igualdade 3

Q’ = Cf / (pv –ou
cv) Q’ = Cf / mc

Representa a expressão do Ponto Crítico em quantidade e permite uma


boa leitura.

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PONTO CRÍTICO DAS VENDAS … em 25

VALOR

O Ponto Crítico das vendas em valor (V’), representa o Volume de Vendas


a atingir para que o resultado seja nulo.

O seu cálculo deduz-se do Ponto Crítico em Quantidade (Q’), multiplicado


pelo pv.
pv x Q’ = pv x [Cf / (pv – cv)]

V’ = pv x [Cf / (pv – cv)]

V’ = pv x Q’
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PONTO CRÍTICO DAS VENDAS … em VALOR

Desenvolvendo a fórmula anterior, teremos:

V’ = [Cf / %Mc]

Tendo em conta que


%Mc = %mc

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

LUCRO
V
Valores
Ct

Cv

V’

prejuízo
Cf

Q’ Quantidades

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MARGEM DE SEGURANÇA

• A Margem de Segurança (Ms) é um indicador de risco


que mede a proximidade ou afastamento de um
determinado nível de vendas V (Q) relativamente ao
Ponto Crítico V’ (Q’).
• Quanto maior (menor) a Margem de Segurança menor
(maior) o risco da empresa.

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MARGEM DE SEGURANÇA

Margem de segurança
A margem de segurança em valor absoluto é representada
pelas vendas diferenciais ao ponto crítico (V – V ’).

Em regra a margem de segurança expressa-se em termos relativos


(em %), segundo 2 ópticas:

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MARGEM DE SEGURANÇA

Normalmente, a margem de segurança expressa-se em termos relativos (em %),


segundo 2 ópticas:

Em relação ao ponto crítico: MS = (V – V ’) / V ’


Este indicador nos informa-nos quanto a empresa está a trabalhar acima do
ponto crítico (de equilíbrio) em percentagem.

Em relação às Vendas: MS = (V – V’) / V


A margem de segurança, assim definida, informa-nos (em percentagem)
quanto é que as Vendas podem baixar sem que a empresa tenha resultados
operacionais negativos.

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MARGEM DE SEGURANÇA Aplicação pratica 1

Vendas = 90.000 Kz e Cv = 63.000 Kz

E o pv = 10 kz/un

• Aplicação (1) Determinar o V’ (em quantidade e em


valor) e MS, tendo em conta:

Sabendo que a Mc gera um lucro de 12 000

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PLANEAMENTO DE RESULTADOS

O Ponto Crítico traduz o nível de vendas, para que a Mc gerada iguale


os Cf, ou seja, para que produza um resultado nulo.

Como os Cf ficam totalmente cobertos no Ponto Crítico, o resultado


proporcionado por uma unidade vendida a mais do que o Ponto Crítico
é dado pela

mc (MARGEM DE COBERTURA ou DE CONTRIBUIÇAO UNITÁRIA)

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SITUAÇÃO DE MULTIPRODUTO

Cada combinação (Mix)


Apresenta uma Margem de contribuição (Mc) própria, resultante dos
preços de venda (pv) e Custos variáveis (cv) de cada um dos produtos.

Como os Cistos Fixos Cf


São comuns aos vários produtos

A cada Mix corresponde também um Ponto Crítico diferente

V’ (Mix) = Cf / % Mc (Mix)

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SITUAÇÃO DE MULTIPRODUTO

A % da Mc global é igual ao somatório da


%Mc de cada produto multiplicada pela
posição relativa das vendas de cada produto
em relação às vendas totais

%Mc = Σ (vi * mi)

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SITUAÇÃO DE MULTIPRODUTO Aplicação pratica 2

• Aplicação
– A empresa X construiu o seu orçamento de 202X
com base nas seguintes vendas previstas:
Produtos Vendas % %Mc
A 20.000 0,1 0,3
B 80.000 0,4 0,25
C 60.000 0,3 0,2
D 40.000 0,2 0,4
Total 200.000 1
– Calcular a % Mc da empresa

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SITUAÇÃO DE MULTIPRODUTO

A variação da % da Mc global pode resultar de


alteração do Mix de produtos, e então a variação
será:

∆ %Mc = (v1 – v1’)*m1 + (v2 – v2’)*m2 + … + (vn – vn’)*mn


= Σ vi – vi’)*mi

∆ % Mc =Σ (vi – vi’) = 0

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SITUAÇÃO DE MULTIPRODUTO
Aplicação pratica 3

• Aplicação
Em Fevereiro de 202X aquando da revisão orçamental, verificou-se que embora
se devesse manter o total das vendas programadas, se deveria ajustar a
composição dessas vendas para:
Produtos Vendas (1) % Vendas (2) % % Mc
A 20.000 0,1 15.000 0,075 0,3
B 80.000 0,4 70.000 0,35 0,25
C 60.000 0,3 80.000 0,4 0,2
D 40.000 0,2 35.000 0,175 0,4
Total 200.000 1 200.000 1
Calcular a alteração ocorrida na % Mc da empresa e como se decompõe por
produto essa alteração.

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SITUAÇÃO DE MULTIPRODUTO

O Ponto Crítico não se refere aos produtos individualmente, mas sim


ao respectivo Mix.

Podendo determinar-se a contribuição de cada um dos produtos


para o Ponto Crítico.

V’ x % das vendas de cada um dos produtos

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ALAVANCAGEM

GRAU DE …
ALAVANCA OPERACIONAL
ALAVANCA FINANCEIRO
ALAVANCA COMBINADO

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INDICADORES DE RISCO

GAO – Grau de alavanca operacional

Mc / RO
Evidencia o peso dos custos fixos na estrutura dos custos operacionais
da entidade

Quanto maior for este indicador maior é o risco da entidade, pois


significa que grande parte da Mc é absorvida por custos independentes
da entidade

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Mede a variação percentual dos resultados operacionais em


função de uma dada variação do volume de vendas, tendo em
conta um determinado nível de actividade
Isto é

Avalia o efeito multiplicador dessa variação

GAO = Margem de contribuição / Resultados Operacionais

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GAO = ∆% R. O / ∆ % Vendas

ou

GAO = (Cf / Ro) + 1


GAO = Mc / Ro
GAO = 1+(Cf / Ro)

ou

GAO = 1 / %Ms

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GRAU DE ALAVANCA OPERACIONAL Aplicação pratica 4

Aplicação
Determinar a variação dos resultados operacionais duma empresa, perante um
acréscimo de 10% nas vendas. A Demonstração de Resultados simplificada é a
seguinte:
Vendas 90.000 100%
Kv 63.000 70%
Mc 27.000 30%
Kf 15.000 16,7%
RO 12.000 13,3%
C. Financeiros 7.500 8,3%
RAI 4.500 5%

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GRAU DE ALAVANCA OPERACIONAL

Quanto maior o peso dos Cf, maior o risco do negócio

Indústrias com elevado risco operacional:

Indústrias de capital intensivo

Indústrias que usam pessoal muito especializado

Durante uma recessão terão de manter o volume de custos para o nível de


actividade para que se estruturaram

Quando a empresa tem um peso elevado de Cf diz-se em termos


financeiros que a empresa tem um elevado grau de alavanca
operacional (económico)
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GRAU DE ALAVANCA OPERACIONAL

Elevado grau de alavanca operacional

Significa uma variação nas vendas tem um impacto mais que proporcional nos resultados operacionais

Isto é se a tendência das vendas for para crescer a alavanca operacional é favorável

Ou seja um crescimento das vendas implica um crescimento mais que proporcional nos RO

Mas se as vendas caírem a alavanca operacional é desfavorável

Pois uma descida das vendas arrasta um decréscimo mais do que proporcional nos RO

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GRAU DE ALAVANCA OPERACIONAL

Factores que influenciam o GAO

GAO = Mc / RO GAO = (RO + Kf) / RO GAO = 1 + (Kf / RO)

1. O GAO será tanto menor quanto menores forem os Cf

2. O GAO será tanto menor quanto maiores forem os R

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INDICADORES DE RISCO

GAF – Grau de alavanca financeiro


RO / RAI
Avalia a capacidade da empresa em fazer face aos compromissos com os
custos financeiros

Quanto maior for este indicador maior é o risco financeiro, pois significa
que o RO foi em grande parte absorvido pelos custos financeiros

Se o RO for positivo e este indicador for negativo significa que os custos


financeiros excedem o RO

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GRAU DE ALAVANCA FINANCEIRO

A análise do risco financeiro não se pode ficar pela análise do balanço


Uma empresa pode ter uma estrutura financeira aparentemente equilibrada,
mas com rendibilidade insuficiente para lhe permitir pagar os gastos de
financiamento resultantes da dívida

Daí a análise do GAF

Em seguida foi criado um rácio do risco total, o GAC, juntando num mesmo
indicador o GAO e o GAF

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GRAU DE ALAVANCA FINANCEIRO

O que está em causa?

Analisar e concluir se o endividamento está a ser favorável à rendibilidade dos


CP

GAO - o impacto na variação % do RO face à variação % das V

GAF - o impacto no RAI face à variação % dos RO

GAF = RO / RAI

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GRAU DE ALAVANCA FINANCEIRO

GAF = RO / RAI

GAF = ∆ % Rai / ∆ % Ro

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GRAU DE ALAVANCA FINANCEIRO

O GAF mede a variação dos resultados antes de impostos face a uma


dada variação dos resultados operacionais

GAF = ∆ % Rai / ∆ % Ro

Vejamos o exemplo da Aplicação anterior:

GAF = ?

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GRAU DE ALAVANCA FINANCEIRO Aplicação pratica 5

Aplicação

V 90.000 100% 99.000 100%


Kv 63.000 70% 69.300 70%
Mc 27.000 30% 29.700 30%
Kf 15.000 16,7% 15.000 15,1%
RO 12.000 13,3% 14.700 14,9%
C. Fin 7.500 8,3% 7.500 7,6%
Rai 4.500 5% 7.200 7,3%

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O GAF mede a variação dos resultados antes de impostos


face a uma dada variação dos resultados operacionais

GAF = % Rai / % Ro GAF = [∆ Rai / Rai ] / [∆ Ro / Ro]

Vejamos o exemplo da Aplicação anterior

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GRAU DE ALAVANCA FINANCEIRO

O GAF será igual a 1 quando não existam Gastos de


Financiamento e tanto mais elevado quanto maiores
forem estes.
Podendo apresentar expressão negativa, quando o custo dos
capitais alheios de financiamento superar o valor do Resultado
Operacional

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INDICADORES DE RISCO

GAC – Grau Combinado de Alavanca


GAO x GAF ou Mc / RAI
Indicador de risco global que conjuga as vertentes operacional e
financeira

Quantifica o peso dos custos fixos operacionais e dos custos


financeiros, ou seja, o impacto das variações das V sobre o RC

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GRAU DE ALAVANCA COMBINADO

Trata-se de medir o efeito combinado das duas alavancas

Isto é - A capacidade da empresa em usar Cf tanto operacionais


como financeiros, para aumentar o efeito da variação das V no
lucro por acção

GAC - Mede a sensibilidade do RAI à variação das VENDAS

Limitação – Tal como os outros graus é aceitável para pequenas


oscilações do volume de vendas

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GRAU DE ALAVANCA COMBINADO


Aplicação pratica 6

Síntese do formulário

GAC = GAO x GAF

GAC = Mc / RAI

GAC = 1 / % Ms

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GRAU DE ALAVANCA COMBINADO


Aplicação pratica 6

Aplicação

V 90.000 100% 99.000 100%


Kv 63.000 70% 69.300 70%
Mc 27.000 30% 29.700 30%
Kf 15.000 16,7% 15.000 15,1%
RO 12.000 13,3% 14.700 14,9%
G. Fin 7.500 8,3% 7.500 7,6%
RAI 4.500 5% 7.200 7,3%

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DESVIOS

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DEFINIÇÕES

– Custos padrões básicos


• São padrões imutáveis. Proporcionam a base para comparar os custos efectivos ao longo do ano
com o mesmo padrão.

– Custos padrões teóricos, perfeitos, ideais, de máxima eficiência


• Reflectem o sonho dos técnicos industriais de uma fábrica ideal.

– Custos padrões correntes


• São custos que devem ser incorridos sob condições de operações eficientes no futuro próximo. São
difíceis mas possíveis de atingir

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Objectivos a atingir com o Controlo Orçamental


1º. Quais são as causas dos desvios
2º. Quem é o responsável pelos desvios
As causas dos desvios podem ser de ordem:
Económica
Técnica
Interna ou externa à empresa
O desvio pode ser atribuído a um ou mais responsáveis

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62

Os desvios de venda
Tipos de desvios D = Qr - Qo
Desvio de quantidades

Desvio em valor (será desdobrado em dois desvios) D = Qr * Pr – Qo * Po


Este último desvio tanto pode ser explicado pela variação nas quantidades em
valor, como pela variação nos preços de venda unitários, ou simultaneamente por
uma e pela outra.

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Os desvios de venda

Desvios de venda = Desvios de preços de venda +


+ desvios de quantidade em valor

Desvios de preços de venda


D = Qr (Pr – Po)

Desvios de quantidade em valor


D = Po (Qr – Qo)

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Aplicação prática 7

Exercício sobre desvio de vendas …

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•Relativamente ao mês de Fevereiro do ano N, apuraram-se os seguintes elementos


das vendas da Sociedade Moibem:

Produto Actividade Real Orçamento mensal

Preço
Quantidades Preço Venda Quantidades
Venda

(ton) (u.m.) (ton) (u.m.)


Fuba Branca 2.550 47,2 2.500 47

Fuba 800 44,8 800 45


Amarela

Rolão 574 22 603 22

Farelo 193 24 201 24

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66

Os desvios dos custos comerciais


Custos variáveis

Este tipo de custos varia em função das vendas,


daí utilizar-se o orçamento ajustado
Conceito de orçamento ajustado
Qr vendidas * Custo unitário orçamentado (variável)
Os desvios dos diferentes custos comerciais
são assim obtidos por cada tipo de custo:
Ex. Transportes, Comissões
Reais - Orçamento ajustado = Desvio

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Os desvios dos custos comerciais


Custos fixos

Este tipo de custos


varia em função do tempo e não das vendas

Assim, a obtenção do desvio é feita:

Reais -Orçamento = Desvio

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PADRÃO MATÉRIAS
Para estabelecer o padrão referente aos custos de matérias há que ter
em conta dois factores:

A quantidade de matérias que se vai utilizar

O preço de custo dessas matérias

As quantidades de matérias podem definir-se com base nos dados que


constam dos registos da experiência passada, da fabricação de
protótipos de ensaio e de cálculos matemáticos ou científicos.

Os preços das matérias podem ser calculados no momento da compra


ou na altura em que os mesmos são consumidos

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PADRÃO MATÉRIAS _ DESVIOS

Desvio de quantidade Desvio de preço


= =
Quantidade padrão Preço padrão
Diferente Diferente
Quantidade real Preço real

Desvio total
=
Custo padrão de cada matéria consumida
Diferente
Respectivo custo real

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PADRÃO MATÉRIAS _ DESVIOS

Dt = Cr - Cp Dt = Qr . Pr – Qp . Pp

Dt = Qr ( Pr – Pp ) + Pp ( Qr – Qp )

Desvio de preço Desvio de quantidade

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PADRÃO MATÉRIAS _ DESVIOS

Cp = Custo padrão das matérias consumidas


Cr = Custo real das matérias consumidas

Qp = Quantidade padrão das matérias consumidas


Qr = Quantidade real das matérias consumidas

Pp = Preço padrão das matérias consumidas


Pr = Preço real das matérias consumidas

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PADRÃO MATÉRIAS _ DESVIOS Aplicação pratica nº 8

A CANDLE, SA dedica-se à produção de candeeiros, utilizando


os custos padrões para valorizar os produtos fabricados.

A ficha do custo padrão de cada candeeiro apresenta


relativamente aos materiais os seguintes consumos e custos:

- Tipo A: 3 Kg a 2 € cada

- Tipo B: 2 Kg a 1,5 € cada.


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No mês “m” produziram-se 150 candeeiros, com os


seguintes consumos e custos de materiais:

- Tipo A: 460 Kg a 2,05 €

- Tipo B: 298 Kg a 1,50 €.

Calcule os seguintes desvios de cada tipo de


candeeiro: total, quantidade e preço

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PADRÃO MÃO DE OBRA

Tal como para as matérias os padrões de mão de obra são estabelecidos, tanto para
o custo como para a quantidade.

Para análise dos padrões de mão de obra há a considerar duas classes de variação:

1ª. A que implica a quantidade de MO que tem que ser


utilizada para produzir uma determinada quantidade de
produto, indicando assim a eficiência de MO

2ª. A que implica o custo de mão de obra


que tem que ser utilizada
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Tal como com as matérias, o desvio total de mão de


obra deve ser decomposto em dois desvios:

Desvio de taxa (custo) Desvio de eficiência

Hr (Tr – Tp) + Tp (Hr – Hp)

Desvio de taxa Desvio de eficiência

Desvio total = Hr . Tr – Hp . Tp

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Hp = Horas de padrão de mão de obra


Hr = Horas reais de mão de obra

Tp = Taxa padrão de mão de obra


Tr = Taxa real de mão de obra

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Aplicação pratica nº 9

Ficha do custo padrão para cada candeeiro:

- Mão de obra: 8 horas a 2 €

Mês “m” (produção de 150 candeeiros):

- Mão de obra: 1250 horas a 1,96 €

Calcular o desvio total, o desvio de eficiência e o desvio de taxa.

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OBRIGADA
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito.
Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes”.
Marthin Luther King

Formadora: Maria Luísa Pais


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