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Março de 2016
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IPH 02058: Tratamento de Água e Esgoto, Capítulo 4 Prof. Gino Gehling
4. PRÉ-TRATAMENTO: GRADEAMENTO, DESARENAÇÃO E MEDIÇÃO DE
VAZÃO EM ETA E ETE
Nas ETE tanto o gradeamento como a desarenação são imprescindíveis, devido aos sólidos
presentes nos esgotos. Inclui-se ainda neste capítulo a medição de vazão afluente.
O tratamento preliminar (pré-tratamento) visa remover aos sólidos grosseiros e abrasivos dos
esgotos, condicionando-o as etapas seguintes do tratamento. Os sólidos grosseiros que
chegam às ETE incluem plásticos, pedaços de madeira, folhas, papéis e outros materiais que
não deveriam estar presentes em esgotos. Estes materiais são removidos por grades de ou
peneiras, que constituem a primeira etapa do tratamento de esgotos domésticos.
O tratamento preliminar inclui ainda uma instalação (calha Pashall) para medição da vazão
afluente à estação de tratamento. Em muitas estações, uma estação de bombeamento é
colocada à montante do tratamento preliminar de modo a elevar os esgotos e permitir seu
fluxo por gravidade ao longo da ETE. Em países europeus, é comum que o tratamento
preliminar inclua também a remoção de óleos e graxas, mas esta prática não é muito comum
no Brasil (A recém inaugurada ETE Serraria em Porto Alegre inclui a remoção de OG junto
com o desarenador).
Aprecie imagens das ETA e ETE mais recentemente implantadas pela CORSAN em:
http://www.corsan.com.br/lista-de-galerias-de-imagem
No site da CORSAN você também pode acessar informações sobre estágios, quando estes são
oferecidos pela empresa.
Ao projetar ETE para o Rio Grande do Sul, não podemos abdicar da adoção de desarenadores,
ainda que a CORSAN dispense aos mesmos. (Buscar Circular CORSAN...).
As grades de barra são constituídas por barras de ferro ou aço dispostas em paralelo e
colocadas em posição normal ao fluxo de esgotos. As grades são dispostas inclinadas ou
verticais em relação ao fluxo. Quanto à remoção do material retido, as grades podem ser
mecanizadas ou manuais. De acordo com o espaçamento entre as barras, as grades são
classificadas como grosseiras (40 a 100 mm), médias (20 a 40 mm), finas (10 a 20 mm) e
ultrafinas (3 a 10 mm).
Os materiais retidos nas grades apresentam potencial de geração de maus odores e devem ser
removidos tão rapidamente quanto possível. A remoção manual é feita através de ancinho
enquanto que a mecânica é realizada por rastelo, acionado automaticamente por temporizador
ou por controladores que acionam o rastelo quando a perda de carga entre montante e jusante
da grade exceder o valor máximo estipulado.
As grades grosseiras visam reter sólidos de dimensões superiores a 7,5 cm. O afastamento
entre as laterais de duas barras vizinhas varia entre 7,5 a 15,0 cm. As mesmas são adotadas
em rios sujeitos a correntezas por ocasião de chuvas intensas, ocasiões em que material
grosseiro (galhos, bolsas plásticas, garrafas PET...) é arrastado pela corrente.
A espessura das barras metálicas adotadas nas grades pode ser (Heller e Pádua, 2006):
- grades grosseiras: 3/8” (0,95cm), 7/16” (1,11cm) ou 1/2” (1,27cm);
- grades finas: 1/4” (0,64cm), 5/16” (0,79cm), ou 3/8” (0,95cm).
Heller e Pádua (2006) referem que as grades com maior altura devem ter barras mais
espessas.
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4.1.1.3. Telas
As telas sempre devem ser adotadas após as grades. São constituídas por filamentos metálicos
ou plásticos, com malha de 8 a 16 fios por decímetro de comprimento da tela.
A seleção do tipo de grade depende de sua localização e vazão afluente. Grades à montante de
estações elevatórias podem ser do tipo grosseira enquanto que as médias ou finas estarão
dispostas à jusante das elevatórias. Para profundidades do canal maiores que 3,0 m usam-se
grades mecanizadas.
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IPH 02058: Tratamento de Água e Esgoto, Capítulo 4 Prof. Gino Gehling
Assim, a Equação (29) pode ser escrita na forma da Equação 4:
at
S Au (4)
a
Sendo: Q = vazão de projeto; v = velocidade de passagem entre as barras.
A velocidade de aproximação do líquido no canal afluente à grade, na seção imediatamente
anterior à ela, é calculada pela Equação 5.
Q
vo (5)
S
A perda de carga na grade de barras, para as grades limpas, podem ser calculadas pela
Equação de Kirshmer Equação 6:
4
t 3
v2
hf sen (6)
a 2g
Sendo:
hf = perda de carga [m];
= fator que depende da seção das barras;
a = espaçamento entre barras [m];
t = espessura das barras [m];
v = velocidade de fluxo entre as barras [m/s];
g = aceleração da gravidade [9,81 m/s2];
= ângulo da grade com a horizontal.
Outro modelo para cálculo da perda de carga em grades é dado pela Equação 7. Nesta
equação, considera-se que o escoamento do fluxo através da grade é semelhante ao
escoamento através de orifício.
1 v 2 v o2
hf (7)
CD 2g
Sendo:
hf = perda de carga [m];
v = velocidade de fluxo através das grades [m/s];
vo = velocidade de fluxo imediatamente à montante da grade [m/s]; C D = Coeficiente de
arrasto [-].
Exemplo 1:
Dimensionar um sistema de gradeamento para as seguintes condições: Vazões mínima, média
e máxima iguais a 125 L/s, 250 L/s e 450 L/s,. As barras serão de seção quadrada retangular
com dimensões 9,5 mm x 50 mm e com espaçamento de 25 mm. A velocidade admitida
através das barras é de 1,0 m/s.
Solução
A área útil da grade será:
5
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3
m
Q max 0,450 s
Au 0,45 m 2
v 1,0 m
s
A eficiência da grade será:
25
E 0,725
25 9,5
A área da seção do canal será:
A u 0,45 m 2
S 0,62 m 2
E 0,725
A largura do canal da grade será:
S = bH’ → b = 0,62 m2/0,60 m = 1,035 m 1,05 m
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IPH 02058: Tratamento de Água e Esgoto, Capítulo 4 Prof. Gino Gehling
partículas mantêm sua forma, peso e volume durante a sedimentação. A seguir faz-se uma
análise da sedimentação discreta, assumindo-se as seguintes premissas:
Fluido com viscosidade;
Fluido em quiescência;
Partícula com forma, volume, tamanho e peso constante.
As forças atuantes sobre uma partícula de areia em um líquido sem escoamento são (Fig. 2):
FA E
Fg
Fg = força gravitacional;
FA = força de arrasto;
E = empuxo devido ao volume do líquido deslocado.
Quando uma velocidade constante é atingida, a aceleração da partícula torna-se zero, e as três
forças se encontram em equilíbrio.
FA + E = Fg (12)
1 2
S g V L g V CD L A vsc
2
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1 2
(S L ) g V CD L A vsc (13)
2
Onde: vsc = velocidade de sedimentação crítica, que representa a velocidade da partícula com
as forças em equilíbrio.
4 g D s L
vsc (14)
3 CD L
v Dh v D
NR (16)
sendo:
NR = número de Reynolds
D = dimensão geométrica característica [L] (diâmetro em condutos forçados, raio
hidráulico para escoamentos livres, diâmetro de esfera movendo-se em líquido)
v = velocidade do escoamento [L/T]
= viscosidade cinemática [L2T-1]
= = viscosidade dinâmica ou absoluta [ML-1T-1]
24
Para regime laminar, NR < 0,5 CD (17)
NR
Substituindo-se a Equação 16 na Equação 17, e esta na Equação 14:
4 s L g D
vsc (18)
3 L 24
NR
4 ( L ) D
vsc g s
3 L 24
vsc D L
g (s L ) D2
vsc (19)
18
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A Equação 19 expressa a Lei de Stokes. Observa-se que a velocidade crítica depende do
meio (densidade, viscosidade) e da partícula sólida (tamanho e densidade).
Stokes chegou à solução para velocidade crítica expressa pela Equação 19 usando como
equação para força de arrasto a Equação 20:
FA = 3vD (20)
A força de arraste calculada por Stokes é válida para regime laminar de escoamento. Para
regime turbulento, com NR > 104, CD 0.4. Para regime de transição, com NR entre 0,5 e 104,
o coeficiente de arraste deve ser calculado pela Equação 15, e a velocidade crítica pela
Equação 14.
O procedimento normalmente adotado para projeto de tanques para remoção de partículas que
apresentem sedimentação do tipo discreta é selecionar uma partícula que tenha velocidade
crítica vsc, e projetar o tanque de modo que toda partícula com velocidade maior do que v sc
seja removida. Seja o tanque mostrado na Figura 3. Definem-se as seguintes variáveis:
H = altura da zona de sedimentação do tanque
vH = velocidade de escoamento longitudinal (horizontal) da água
L = comprimento da zona de sedimentação
B = largura do tanque
v0 = velocidade de sedimentação de uma partícula entrando no tanque em seu topo, a
altura H, e alcançando o fundo a uma distância L
v1 = velocidade de sedimentação de uma partícula entrando a uma altura h do fundo do
tanque (v1 < v0).
td = tempo de detenção no tanque
Q = vazão
vH
v1
Zona de Saída
vH
H vH
v0
Zona de Entrada
h V1
Zona de Lodo
L
Figura 3: Tanque de sedimentação ideal
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IPH 02058: Tratamento de Água e Esgoto, Capítulo 4 Prof. Gino Gehling
A velocidade de escoamento longitudinal ou horizontal de toda partícula que ingressa no
tanque em sua zona de entrada será:
Q Q
vH (21)
AT BH
L
vH (22)
td
A componente vertical da partícula o é dada pela Equação 23:
H
v0 (23)
td
A velocidade vo é chamada de velocidade crítica, vsc, isto é a velocidade de sedimentação de
uma partícula que ingressa no tanque a uma altura H e atinge o fundo do tanque ao final do
comprimento L em um tempo td.
vo vsc
Toda partícula com velocidade maior ou igual a vsc será removida do tanque, independente da
altura em que nele ingressa. No projeto de tanques de remoção de areia, fixa-se vsc, a
velocidade crítica. De acordo com a Equação 26, conclui-se que a velocidade crítica
independe do tempo de detenção e da profundidade do tanque.
Partículas com velocidade de sedimentação vS menor que vsc poderão ser removidas,
dependendo da altura de ingresso no tanque. No esquema da figura 3, v1 possui velocidade de
sedimentação menor do que vsc. A partícula com velocidade v1 não será removida se ingressar
no tanque a uma altura maior que h. Ao contrário, se seu ingresso for a uma altura h, ela
será removida.
Uma partícula com velocidade vS menor do que vsc, entrando no tanque a uma altura h menor
do que H será removida se atingir o fundo do tanque em um tempo de detenção td igual ao
tempo que leva a partícula de velocidade crítica, entrando no tanque a altura H, para chegar ao
fundo do tanque. Assim, uma partícula com velocidade de sedimentação vs < vsc será
removida se:
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h H
vs ; vsc
td td
h H h vs
(27)
vs vsc H vsc
Na zona de entrada, uma partícula tem igual chance de entrar em qualquer altura, desde h = 0
até h = H. Portanto, a probabilidade de uma partícula de velocidade de sedimentação menor
que a crítica terá de ser removida corresponde à razão dada na Equação 27.
Exemplo 02
Considere uma suspensão com 100 partículas com distribuição discreta de tamanhos.
nT = 100 partículas: vs1 < vs2 < vs3 < vs4 < vs5
vs 3 vs 3
D3: número de partículas removidas = n3 35
vsc vsc
vs 2 vs 2
D2: número de partículas removidas = n2 10
vsc vsc
vs1 vs1
D1: número de partículas removidas = n1 15
vsc vsc
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IPH 02058: Tratamento de Água e Esgoto, Capítulo 4 Prof. Gino Gehling
O gráfico relacionando velocidade de sedimentação com fração acumulada de partículas
removidas é apresentado na Figura 4.
0,85
0,60
0,25
0,10
0,00
vs0 vs1 vs2 vs3 vs4 vs5
Velocidade de sedimentação
Figura 4: Fração acumulada de remoção de partículas em função da velocidade de
sedimentação.
Suponha que escolhamos como velocidade de sedimentação crítica a velocidade v s4. Tem-se
que somente 15 partículas possuem velocidade superior a vs4. Estas partículas serão todas
removidas.
v s 2 vs 3 1
(60 25)
2 vsc
Partículas removidas com velocidades de sedimentação entre vs1 e vs2
vs1 vs 2 1
(25 15)
2 vsc
Partículas removidas com velocidades de sedimentação entre 0 e vs1
vs1 1
(15 0)
2 vsc
A remoção total de partículas será:
v v 1 v v 1
R = (100 – 85) + s3 s 4 (85 60) + s 2 s3 (60 25) +
2 vsc 2 vsc
v v 1 v 1
+ s1 s 2 (25 15) + s1 (15 0)
2 vsc 2 vsc
A fração de sólidos removidos será:
100 85 v v 1 85 60 vs 2 vs3 1 60 25
F= + s3 s 4 + +
100 2 vsc 100 2 vsc 100
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Exercício
Um teste de sedimentação de uma suspensão de areia apresentou os resultados mostrados na
tabela. Qual é a fração total removida para uma taxa de aplicação superficial de 518,4
m3/m2dia?
Tempo (min) Ct (mg SS/L)
0 450
3 345
5 200
10 158
20 79
40 36
60 5
1,80 m
Solução
A tabela abaixo mostra a fração de sólidos removida em cada tempo t e a velocidade de
sedimentação dos sólidos removidos no tempo t. A velocidade de sedimentação é a razão
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1,00
Fração de partículas com velocidade menor ou igual à referida
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Velocidade de sedimentação
O que aconteceria com o tamanho do desarenador se quiséssemos mais que 72% dos sólidos?
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4.2.3. Desarenador no tratamento preliminar
O tipo de desarenador mais comum é a de seção retangular, dimensionado para uma
velocidade de sedimentação crítica de 0,02 m/s e velocidade longitudinal de 0,30 m/s.
VH = 0,30 m/s
L
vH (22)
td
Vsc = 0,02 m/s
H
v sc (23)
td
Igualando-se as Equações 22 e 23 para td,
L H L 0,30
15
v H v sc H 0,02
H’
b
A área da seção do desarenador é:
A = bH’
A = Q/v
bH’=Q/v → b = Q/H’v
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3
0,450 m
Para Qmax = 0,450 m /s, b
3 s 2,50 m
0,60 m 0,30 m
s
A verificação de velocidades para as outras vazões é mostrada na Tabela 1.
Tabela 1: Verificação das velocidades no desarenador
Q H H' = H – z A = b.H' v = Q/A
(m3/s) (m) (m) (m) (m/s)
0,450 0,76 0,60 1,50 0,30
0,250 0,51 0,35 0,88 0,29
0,125 0,33 0,17 0,43 0,29
Figura 6: Planta e perfil de calha Parshall (Fonte: Azevedo Netto et al., 1998)
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Tabela 2: Dimensões padronizadas de calhas Parshall (Fonte: Azevedo Netto et al., 1998)
A Tabela 3 mostra os intervalos de vazões que podem ser medidos pelas calhas de seções
estranguladas w. No caso de estações de tratamento de esgotos, a calha selecionada deverá ser
capaz de medir o intervalo de vazões que chega até a ETE.
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H2
0,60 , para Parshall entre 3” e 9” (polegadas) (7,6 cm a 22,9 cm)
H
H2
0,70 , para Parshall entre 1’ a 8’ (pés) (30,5 cm a 244,0 cm)
H
O escoamento livre em uma calha Parshall pode ser garantido através de um rebaixe x do
canal à jusante da calha.
hp
H2
H
H3
k
x
Cálculo do rebaixo x
H3 + hp = k + x + H (31)
H = H2 + hp (32)
hp = H – H2
A Equação (34) dá o rebaixo mínimo para garantir escoamento livre. A Equação35 sempre
dará um valor de x maior do que o mínimo.
Exemplo
Dimensionar uma calha Parshall para uma estação de tratamento de esgotos de uma cidade
com as seguintes condições:
População: 135.000 habitantes
Consumo de água: 200 L/habdia
Coeficiente de retorno esgoto – água: 0,8 L esgotos / L água
Coeficiente do dia de maior consumo: k1 = 1,2
Coeficiente da hora de maior consumo: k2 = 1,5
Coeficiente do dia de menor consumo: k3 = 0,5
Solução
L L esgoto L L
Qmed P q c 135.000 hab 200 0,8 21,6 106 250
hab dia L água dia s
L
Qmax Qmed k1 k 2 250 1,2 1,5 450
s
L
Qmín Qmed k 3 250 0,5 125
s
Analisando-se a Tabela 3, vê-se que uma calha Parshall de 1’ (30,5 cm) é capaz de medir a
faixa de vazões estimada para a ETE. Os limites de vazões são:
Qmin = 3,11 L/s
Qmáx = 455,6 L/s
Os coeficientes e n são:
= 0,690
n = 1,522
As alturas correspondentes as vazões médias, mínima e máxima podem ser calculadas com a
Equação (36).
1
Q 1,522
H (36)
0,690
1
0,125 m3 s 1,522
H min 0,33 m
0,690
20
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1
0,250 m3 s 1,522
H med 0,51 m
0,690
1
0,450 m3 s 1,522
H max 0,76 m
0,690
H2
Para o Parshall de 1’, a condição de escoamento livre é: 0,70
H
No limite, H2 = 0,70H. Como H = H2 + hp, tem-se que:
H = 0,70H + hp. Logo, hp = H - 0,70H = 0,30H
1º) Fazendo-se H3 = H, a Equação 31 fica:
x = hp - k
x = 0,30H – k = 0,300,76 m - 0,076 m = 0,15 m
2º) Fazendo-se H3 = H e hp = H
x=H-k (35)
x = 0,76 m – 0,076 m = 0,68 m
Adota-se um valor maior que 0,15 m, por exemplo 0,30 m.
Vimos (Eq. 26) que a taxa de aplicação superficial é igual à velocidade de sedimentação
crítica:
TAS = Q / As
A remoção de partículas por sedimentação depende da área superficial e independe da
profundidade do tanque. Entretanto, a velocidade longitudinal deve ser limitada para evitar o
arraste das partículas depositadas no fundo. Richter (2009) apresenta uma equação que indica
a velocidade a partir da qual tem início o arraste de sólidos depositados.
8k L
v H ,max g s d (22)
f L
Sendo:
VH,max = vel. horizontal a partir da qual tem inicio o arraste de material depositado;
k = 0,04 para material granular e 0,06 para material viscoso como flocos;
f = coeficiente de atrito, igual a 0,024 em regime turbulento.
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Davis (2010) sugere os critérios mostrados na Tabela 1 para dimensionamento de uma caixa
de areia em estações de tratamento de água.
Em ETA a caixa de areia é colocada usualmente junto da captação de água e tem por objetivo
a remoção de material abrasivo e evitar a acumulação de areia nas tubulações e canais.
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