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Reflexão crítica da notícia Carla Martins Nº3 12ºG

O covid-19 é uma mutação do coronavírus que surgiu na China em dezembro de 2019, e tem
vindo a espalhar-se rapidamente pelo resto do mundo, registando, até à presente data, 400
mil infetados e mais de 17 mil mortos.

Em 13 de março, o jornal Público publicou uma notícia que antevia o pico do covid-19 em
Portugal para o final do mês de março. Sabemos agora que essa antevisão estava equivocada,
já que, apesar de Portugal já contabilizar mais de 2500 casos, a DGS prevê que o pico da
pandemia aconteça apenas em meados de abril.

O vírus tornou-se assim mais perigoso do que médicos, especialistas, políticos e cidadãos
comuns antecipavam e, por isso, trará consigo consequências ainda mais relevantes do que o
esperado. Parece-me óbvio que a consequência mais grave e que estamos a tentar evitar a
todo o custo são as perdas, crises políticas e económicas podem ser resolvidas, mas a morte
não. Por isso, enquanto o surto prevalecer, a maior preocupação de especialistas e políticos é,
sem dúvida, utilizar todos os métodos possíveis para assegurar a vida, um reflexo disso é o
número de pessoas que já recuperaram em todo o mundo (mais de 100 mil).

Sabemos que o covid-19 prevalecerá durante longos meses, mas, a certa altura, perderá
relevância e poderemos voltar às nossas vidas quotidianas. No entanto, é certo que nada será
como dantes, o pós-coronavírus será como sair de uma guerra: tudo estará em escombros.
Com isto, quero dizer que, a economia, a política e as nossas famílias, empresas e escolas
estarão debilitadas, mas nós estaremos, com certeza, muito mais prontos e dispostos a viver.

Além disso, sinto que as pessoas estão a esquecer estatutos sociais e estão apenas a tentar
ajudar o próximo, para que consigamos ultrapassar isto juntos. Em simultâneo com notícias e
números cada vez mais graves e preocupantes, somos também bombardeados todos os dias
com notícias de atos de solidariedade e civismo simplesmente maravilhosos. Passar por uma
situação como esta, põe em causa todas as certezas que pensávamos ter.

Hoje, lia na internet “De repente abraços e beijos tornam-se armas, e não visitar pais, avós e
amigos torna-se um ato de amor. Então descobrimos que poder não tem valor e que o
dinheiro não tem tanto poder.” e este texto tocou-me por ser tão real. Estamos a ser privados
de maior parte das interações sociais que tínhamos ao decorrer do nosso dia e penso que isso
está a fazer-nos dar-lhes mais valor. Estamos a ser privados das saídas com os nossos amigos
ou daquele simples abraço de avó que sempre tomamos como garantido. Não há vida social
sem interação, ou seja, sem comunicação, e estamos a ser obrigados a substituir ainda mais as
interações físicas, por interações à distância que se tornam bastante impessoais.

Falando agora na primeira pessoa e relatando apenas a minha experiência pessoal, tenho a
certeza de que, quando tudo isto passar, vou deixar as interações à distância de lado e
concentrar-me em abraçar e conversar com quem está comigo naquele sítio e naquele
momento. Sinto, também, que a minha família está cada vez mais unida, todos a trabalhar
juntos para proteger, principalmente, a minha avó que tem vários problemas de saúde
respiratórios, além de já ter quase 80 anos, tornando uma pessoa de altíssimo risco.

Queria concluir apenas com uma mensagem de gratidão aos nossos políticos por tomarem
medidas que não nos fazem chegar ao ponto que está a Itália, por exemplo, aos profissionais
de saúde por privarem as suas vidas para salvar as nossas, aos professores por, apesar da
situação difícil, estarem a dar o seu melhor para que os seus alunos consigam ser avaliados da
melhor forma possível e a todos os portugueses que efetivamente estão as cumprir as
recomendações. É uma situação difícil, mas vamos conseguir ultrapassar. Vai ficar tudo bem!

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