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ARTIGO ORIGINAL

Perfil de resistência a fármacos


antituberculose em um hospital de
referência do Estado de Minas Gerais
Profile of resistance to antituberculosis drugs in a reference
hospital in the State of Minas
Nilma Maria José de Araújo Mendes1, Ronaldo Rodrigues da Costa2, Anna Marcella Neves Dias 3,
Camila Balbino Lopes 4, Daniele Maria Knupp de Souza5, Marcio Roberto Silva6, Harleson Lopes de Mesquita7

DOI: 10.5935/2238-3182.20140072

RESUMO

A tuberculose é uma patologia grave, infecciosa e transmissível de grande relevância para


1
Acadêmica do Curso de Farmácia da Universidade Presi-
dente Antônio Carlos – UNIPAC. Juiz de Fora, MG – Brasil.
a saúde pública mundial. A capacidade de adquirir resistência aos antimicrobianos de es- 2
Farmacêutico-bioquímico. Hospital Regional João Pe-
colha para a terapêutica tem dificultado o tratamento de pacientes tuberculosos. O objetivo nido da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais-
-FHEMIG, Hospital Universitário – HU da Universidade
do presente estudo foi verificar em um hospital de referência de Juiz de Fora, Minas Gerais, Federal de Juiz de Fora – UFJF. Juiz de Fora, MG – Brasil.
o perfil de resistência das micobactérias isoladas de pacientes com tuberculose a partir da
3
Fonoaudióloga, Mestre. Diretora da FACISA, UNIPAC-JF.
Juiz de Fora, MG – Brasil.
modificação do esquema terapêutico de 2009. Foi realizada uma análise retrospectiva em 4
Farmacêutica. Residente no Hospital Universitário/HU/
45 culturas positivas de pacientes com tuberculose pulmonar e com teste de sensibilidade UFJF. Juiz de Fora, MG – Brasil.
5
Farmacêutica-Bioquímica. Mestre. Hospital Reginal João
no período de janeiro de 2012 a maio de 2014. Das 45 culturas identificadas como M. tuber- Penido/FHEMIG. Juiz de Fora, MG – Brasil.
culosis: 30 (67%) foram sensíveis a todos os fármacos testados (estreptomicina, isoniazida,
6
Médico Veterinário. Doutor Embrapa Gado de Leite Juiz
de Fora. Juiz de Fora, MG – Brasil.
rifampicina, etambutol e pirazinamida). As monorresistentes corresponderam a 3 (7%), com 7
Farmacêutico-bioquímico. Mestre. Professor do Curso
resistência a: estreptomicina (2,33%), isoniazida (2,33%) e rifampicina (2,33%). As que apre- de Farmácia da Universidade Presidente Antônio Carlos –
UNIPAC. Juiz de Fora, MG – Brasil.
sentaram multirresistência corresponderam a 10 casos (22%), com resistência a: isoniazida
+ rifampicina (13,2%), isoniazida + rifampicina + estreptomicina (2,2%), isoniazida + rifam-
picina + etambutol (4,4%), isoniazida + rifampicina + etambutol + estreptomicina (2,2%). Por
fim, as polirresistências corresponderam a 2 (4%), com resistência a isoniazida + estreptomi-
cina. Os resultados apresentados demonstraram que 33% das amostras apresentaram algum
tipo de resistência ao tratamento, com predomínio de multirresistência. Nesses casos houve
evidente prolongamento de tratamento gerando maiores custos e toxicidade. Verifica-se a
importância do teste de sensibilidade aos antimicrobianos para definir melhor o esquema
para cada caso e observar a adesão ao tratamento a fim de diminuir as resistências.
Palavras-chave: Tuberculose; Antituberculosos; Mycobacterium tuberculosis; Tubercu-
lose Resistente a Múltiplos Medicamentos.

ABSTRACT

Tuberculosis is a serious, infectiousand transmissible disease of great relevance to global public


health. The ability to acquire resistance to antimicrobials of choice for therapy has hampered
the treatment of TB patients. The aim of this study was to verify in a referral hospital in Juiz de
Fora, Minas Gerais, the resistance profile of mycobacteria isolated from patients with tuber-
culosis from the modification of the treatment regimen 2009. A retrospective analysis was
performed on 45 positive cultures from patients with pulmonary tuberculosis and susceptibil-
ity testing from January 2012 to May 2014. Of the 45 positive cultures from were identified M.
tuberculosis: 30 (67%) were sensitive to all drugs tested (streptomycin, isoniazid, rifampicin,
ethambutol and pyrazinamide). The monorresistente 3 (7%), with resistance to: streptomycin Instituição:
Trabalho realizado no Hospital Regional João Penido/FHEMIG
(2.33%), isoniazid (2.33%) and rifampicin (2.33%). The that presented multidrug resistance ac- Juiz de Fora, MG – Brasill
counted for 10 cases (22%), with resistance: isoniazid + rifampicin (13.2%), rifampicin + isonia-
Autor correspondente:
zid + streptomycin (2.2%), rifampicin + isoniazid + ethambutol (4.4%), isoniazid + rifampicin + Ronaldo Rodrigues da Costa.
streptomycin + ethambutol (2.2%). Finally, the matched polirresistências 2 (4%) with resistance: E-mail: gustavinisc@yahoo.com.br

Rev Med Minas Gerais 2014; 24 (Supl 5): S43-S46 43


Perfil de resistência a fármacos antituberculose em um hospital de referência do Estado de Minas Gerais

espreptomicycin+ isoniazid. The results presented dem-


onstrated that 33% of the samples showed any resistance Diante da relevância de resistência de cepas de mico-
to treatment, with a prevalence of multidrug resistance. In bactérias a fármacos antituberculose, o presente traba-
these cases there is clear prolongation of treatment leading lho teve como objetivo verificar, em um hospital referên-
to higher costs and toxicity. There is the importance of cia de Juiz de Fora Minas Gerais, o perfil de resistência
antimicrobial susceptibility test to better define the schema
das micobactérias isoladas de pacientes com TB a partir
for each case and observe adherence to treatment in order
to reduce the resistances. da modificação do esquema terapêutico de 2009.
Key words: Tuberculosis; Antitubercular Agents; Mycobacte-
rium tuberculosis; Tuberculosis Resistant to Multiple Drugs.
METODOLOGIA

INTRODUÇÃO Foi realizada uma análise retrospectiva de laudos


e prontuários de pacientes com tuberculose pulmo-
A tuberculose (TB) é uma patologia grave, infeccio- nar no laboratório de análise clínicas, atendidos no
sa e transmissível de grande relevância para a saúde Hospital Referência de Juiz de Fora, no período de
pública mundial. A doença é causada principalmente janeiro de 2012 a maio de 2014. Os dados de identi-
por Mycobacterium tuberculosis, também conhecido ficação da espécie e teste de sensibilidade aos anti-
como bacilo de Koch (BK) e pode atingir qualquer ór- microbianos foram obtidos na FUNED (Fundação
gão; sendo mais frequente em pulmões, gânglios linfá- Ezequiel Dias), para onde essas cepas foram enca-
ticos, pleura, laringe, rins, cérebro e ossos.1 minhadas assim que isoladas. Os fármacos testados
No Brasil, em 2013 foram registrados 71.123 casos foram estreptomicina (S), isoniazida (H), rifampicina
novos de tuberculose, demonstrando diminuição de (R), etambutol (E) e pirazinamida (Z).
20,3% em relação ao ano de 2003. Mesmo com a di- Como critério de inclusão foram incluídos dados
minuição da doença tuberculose no Brasil, ainda é de todos os pacientes com tuberculose pulmonar con-
considerada a 4ª maior causa de mortes, e 1ª em pa- firmada por cultura positiva no laboratório do Hospi-
cientes imunodeprimidos.2 tal Referência de Juiz de Fora e que possuíam teste de
A capacidade de adquirir resistência por cepas sensibilidade aos antimicrobianos. Foram excluídos
causadoras de tuberculose (TB) são devido ao uso in- pacientes que não tiveram resultado de cultura ou re-
correto de medicamentos, abandono ao tratamento e sultado de teste de sensibilidade aos antimicrobianos.
mutações. Isto têm se mostrado o grande desafio para Foram observados os seguintes dados: sexo, iden-
saúde pública brasileira e mundial. Pacientes portado- tificação da cultura e antimicrobianos testados.
res dessas cepas multirresistentes possuem prognós- As análises estatísticas e tabulação foram realiza-
tico de cura diminuído, estão sujeitos a processos de das no aplicativo Microsoft Excel versão 8.0, para esta-
intoxicação medicamentosa e apresentam elevação belecimento de resistência aos fármacos antimicrobia-
de custos para serviços de saúde em até 700 vezes.3-5 nos no tratamento pulmonar e plotar um gráfico para
Devido ao crescente problema de aquisição de comparar as resistências. Os resultados foram interpre-
resistência, após o II Inquérito Nacional de Resis- tados de acordo com recomendações da Organização
tência aos Fármacos Anti–TB o esquema básico de Mundial de Saúde (OMS): Monorresistência (resistência
tratamento para TB, Rifampicina (R), Isoniazida (H) apenas a um fármaco); Multirresistência (resistência
e Pirazinamida (Z) foi modificado a partir de 2009 simultânea pelo menos a rifampicina e a isoniazida);
com a inclusão do Etambutol (E).6 O novo esquema Polirresistência (resistência a dois ou mais fármacos,
básico de tratamento é indicado para casos novos exceto associação do anterior) e Resistência extensiva
e retratamento de pacientes com mais de dez anos (resistência a rifampicina e isoniazida e simultânea flu-
de idade e para todas as formas de tuberculose pul- oroquinolona e um injetável de segunda linha).
monar e extrapulmonar (exceto meningoencefálica). Por ser uma pesquisa de caráter retrospectivo, em re-
Utilizam-se na fase intensiva (2RHZE) e fase de ma- visões de prontuários, sem citar qualquer referência dos
nutenção (4RH), observando que a unidade/dose de pacientes, os autores se comprometeram a resguardar a
acordo com peso.7 A combinação fixa de quatro com- confiabilidade, sigilo e proteção da imagem dos mesmos.
primidos em um visa facilitar a adesão ao tratamento Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em
pelo paciente, diminuindo o risco de esquecimento pesquisa da FHEMIG, parecer número: 732.595 e pa-
ou abandono ao tratamento.8 recer técnico da GEP da FHEMIG número: 061b/2014.

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Perfil de resistência a fármacos antituberculose em um hospital de referência do Estado de Minas Gerais

RESULTADOS resistência a: Isoniazida + rifampicina a 6 (13,2%), iso-


niazida + rifampicina + estreptomicina a 1 (2,2%), iso-
Foram encaminhados a FUNED no período de niazida +rifampicina+etambutol a 2 (4,4%), isoniazid
janeiro de 2012 a maio de 2014, o total de 45 cultu- a+rifampicina+etambutol+estreptomicina a 1 (2,2%).
ra positiva de pacientes com tuberculose pulmonar, As polirresistência corresponderam a 2 (4%) dos ca-
para identificação espécie e teste de sensibilidade sos, resistentes a isoniazida+estreptomicina.
a antimicrobianos (TSA). Destas 45 amostras, todas Do total de 45 pacientes, foram observados 32 (71,2%)
foram identificadas como M. tuberculosis. Abaixo as do sexo masculino, sendo que 20 (44,5%) foram sensíveis
Tabelas 1 e a Figura 1 se referem ao TSA: a todos os fármacos e 12 (26,7%) foram resistentes.
Do total de 45 pacientes, foram observados 13 (28,8%)
Tabela 1 - Resultados de teste sensibilidade a fármacos do sexo feminino, sendo que 10 (22,2%) foram sensíveis
Nº de casos % a todos os fármacos e 3 (6,6%) foram resistentes.
Sensível a todos 30 67,00
Monorresistência
Isoniazida 1 2,33 DISCUSSÃO
Rifampicina 1 2,33
Um estudo epidemiológico descritivo com levan-
Estreptomicina 1 2,33
tamentos de dados relativos à tuberculose no Estado
Multirresistência
de Minas Gerais no período de 2002 a 2009 demons-
Isoniazida + Rifampicina 6 13,20
trou predominância no sexo masculino (67% de um
Isoniazida + Rifampicina +
Estreptomicina
1 2,20 total de 47.285 casos) . 9 Apesar do número de isola-
Isoniazida + Rifampicina + Etambutol 2 4,40
dos no trabalho atual serem significativamente me-
Isonizidida + Rifampicina +
nor, a proporção encontrada de casos masculinos é
1 2,20
Etambutol + Estreptomicina semelhante ao estudo anterior (71,2% em 45 casos).
Polirresitência Verificando-se que, tanto para cepas resistentes e ca-
Isoniazida + Estreptomicina 2 4,00 sos de tuberculose, o sexo masculino é predominante.
Total 45 100,00 O predomínio masculino também é demonstra-
do em outros trabalhos com proporção semelhante
aos anteriores. Dados do Hospital Eduardo de Me-
80%
67% nezes de Belo Horizonte do Estado de Minas Gerais
70%
60% mostraram 66,7% de casos masculinos em 48 casos.10
50% Em um estudo epidemiológico dos casos de tubercu-
40% lose multirresistente do Espírito Santo, o predomínio
30%
22%
masculino também se mostra evidente (70,2% em
20% um total de 57 casos).11
10% 7%
4% Os resultados de TSA encontrados nas 45 cultu-
0% ras investigadas, apresentaram perfil de resistência,
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semelhantes aos encontrados em outros estudos,


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realizados em hospitais brasileiros Pode ser citado


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um estudo do Instituto Adolfo Lutz (IAL) Santo An-


M

Figura 1 - Padrão de resistência a fármacos antimi- dré. Em um total de 35 casos, 8 corresponderam a


crobianos do Hospital Referência de Juiz de Fora,
multirresistências (23%), sendo a metade destes as-
Minas Gerais.
sociados a isoniazida e rifampicina.12 Semelhante ao
estudo houve maior índice de multirresistência com
Das 45 cepas de M. tuberculosis, 30 (67%) foram associação isoniazida e rifampicina, mas os índices
sensíveis a todos os fármacos (estreptomicina, iso- de monorresistências e os outros padrões foram me-
niazida, rifampicina, etambutol e pirazinamida ); 3 nores em relação ao presente estudo. Verificou-se
(7%) monorresitente, com resistência de (2,33%) a que, as multirresistências com associação isoniazida
estreptomicina, isoniazida e rifampicina. As multirre- e rifampicina são mais frequentes e tem aumentado
sitência corresponderam a 10 (22%) dos casos, com em relação aos outros padrões de resistências.

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Perfil de resistência a fármacos antituberculose em um hospital de referência do Estado de Minas Gerais

Em outro estudo, no Hospital Eduardo de Mene- REFERÊNCIAS


zes, Centro de referência de tratamento de doenças
infecciosas e transmissíveis do Estado de Minas Ge- 1. Brasil. Ministério da Saúde. Controle da tuberculose: Uma pro-
posta de integração Ensino-Serviço. Rio de Janeiro: Ministério
rais, também encontrou índice de resistência com
da Saúde; 2002.
associação de rifampicina e isoniazida, semelhantes
2. Brasil. Ministério da Saúde. SUS começa a oferecer teste rápi-
ao nosso estudo10, porém com índice de multirresis-
do para tuberculose. [Citado em 2014 mar 25]. Disponível em:
tência com associação de isoniazida e rifampicina, http://www.brasil.gov.br/saude/2014/03/sus-comeca-a-oferecer-
menor.Nota-se que associação isoniazida e rifampici- -teste-rapido-para-tuberculose.
na é mais frequente em relação a outras associações 3. Santos LC, Bousquet HM, Pereira AM, Junqueira-Kipnis AP, Kip-
de multirresistência. nisAA.High prevalence of resistance in new tuberculosis cases
Em outro estudo de perfil epidemiológico dos ca- of Midwestern Brazil. Infect Genet Evol. 2010 Jul; 10(7):1052-5.
sos de tuberculose multirresistente do Espírito Santo, 4. Alvarez TA, Rodrigues MP,Viegas CAA. Prevalência de Mycobac-
também encontrou resistência com associação de terium tuberculosis resistente em pacientes sob tratamento par-
cialmente intermitente ou sob tratamento diário. J Bras Pneu-
isoniazida e rifampicina de 57 casos em 979 do total.11
mol. 2009; 35(6):555-60.
O número de casos de multirresistência com associa-
5. Brasil. Ministério da Saúde. Tratamento diretamente observado
ção de isoniazida e rifampicina foi maior, em relação
(TDO) da tuberculose na atenção básica: protocolo de enfer-
ao nosso estudo. Isto justifica a mudança do esquema magem. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
para tratamento da tuberculose no Brasil e no mundo, 6. Brasil. Ministério da Saúde. Nota técnica sobre as mudanças no
devido à preocupação com maiores índices casos de tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescen-
resistências ao antigo esquema de tratamento. tes. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendação do con-
trole da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
CONCLUSÃO 8. São Paulo. Secretaria do Estado de Saúde. Mudanças no Trata-
mento da Tuberculose. Rev Saúde Pública. 2010 Fev; 44(1):197-9.

Mesmo com a diminuição de casos de tuberculo- 9. Augusto CJ, Carvalho WS, Goncalves AD, Ceccato MGB, Miranda
se, os resultados apresentados demonstraram que as SS. Características da tuberculose no Estado de Minas Gerais en-
tre 2002 e 2009. J Bras Pneumol. 2013 Jun; 39(3):357-64.
resistências aos fármacos vem aumentando, princi-
10. Souza MB, Antunes CMF, Garcia GF. Perfil de sensibilidade e fato-
palmente, a multirresistência e tendo incidência pre-
res de risco associados à resistência do Mycobacterium tuber-
dominante no sexo masculino. Embora o número de culosis, em centro de referência de doenças infecto-contagiosas
casos de multirresistência seja pouco, é preocupante, de Minas Gerais. J Bras Pneumol. 2006; 32(5):1-10.
pois o diagnóstico de tuberculose multirresitente não 11. Vieira RCA, Fregona G, Palaci M, Dietze R, Maciel ELN. Perfil epi-
só diminui as probabilidades de cura, como também demiológico dos casos de tuberculose multirresistente do Espí-
aumenta o tempo do tratamento e sua toxicidade e rito Santo.Ver Bras Epidemiol. 2007; 10(1):56-65.
seu custo eleva-se em comparação com esquemas 12. Paschualinoto AL, Silva RRF, Carmo AMS. Padrões de Resistência
usados na tuberculose sensível aos fámacos. a Fármacos em Pacientes com Tuberculose Pulmonar IAL Santo
A mudança no esquema básico de tratamento a André. Rev Bras Ciências Saúde. 2012; 10(31):67-70.

partir 2009 foi importante, mas não terá resultados,


se não houver adesão de tratamento corretamente e
diretamente observado com equipe multiprofissional
e mais recursos e estratégias governamentais.

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