Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
treliças
Apresentação
A análise matricial de estruturas é um tópico da análise estrutural, em que as equações que regem
o problema a resolver são formuladas matricialmente, sejam equações de equilíbrio de forças ou
de compatibilidade de deformações, dependendo do método utilizado (método das forças ou
método dos deslocamentos), sendo o método dos deslocamentos o mais adequado para a
implementação computacional.
Bons estudos.
Considere que no canto esquerdo superior existe uma força externa resultante do vento horizontal
de 100 kN com direção à direita, e no canto superior direito tem um momento de 20 kN aplicado
em sentido horário. Para maior entendimento e informação da geometria do pórtico observe a
imagem a seguir:
E: Módulo de elasticidade
A: Área
I: Inércia
L: Comprimentos de viga e coluna
E*A = Produto do módulo de elasticidade e área da seção do elemento estrutural
E*I = Produto do módulo de elasticidade e inércia do elemento estrutural
E1 A1 = E2 A2 = E3 A3 = 300000 KN
E1 I1 = E2 I2 = E3 I3 = 32.400 kN m²
L1= L3 = 4 m
L2 =3 m
Infográfico
Observar as reações externas, os tipos de vínculos nos apoios, os comprimentos e as dimensões na
estrutura a ser analisada, posteriormente realizar o desmembramento da estrutura, observando os
esforços internos em cada barra separada, momento, normal e cortante, e, finalmente, montar a
matriz de flexibilidade para estruturas isostáticas ou hiperestáticas.
Na obra Teoria das estruturas, leia o capítulo Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças, base
teórica desta Unidade de Aprendizagem. O capítulo aborda de forma geral os diferentes métodos
existentes para encontrar os esforços internos nas estruturas isostáticas e hiperestáticas. As
convenções de sinais e formulários, também podem ser encontradas.
Boa leitura.
TEORIAS DAS
ESTRUTURAS
ISBN 978-85-9502-354-3
CDU 624.01
Introdução
A análise matricial de estruturas é um tópico da análise estrutural em que
as equações que regem o problema a resolver são formuladas matricial-
mente, sejam equações de equilíbrio de forças ou de compatibilidade de
deformações. Os métodos utilizados para tal fim podem ser de força ou
de deslocamento, sendo este o mais adequado para a implementação
computacional.
Neste capítulo, você vai estudar o comportamento de estruturas e
aplicar os métodos matriciais para resolver e encontrar os esforços nas
estruturas hiperestáticas.
https://goo.gl/2uckcL
Matriz de rigidez
O método dos deslocamentos trabalha com as chamadas matrizes de rigidez.
Você vai ver essas matrizes separadamente para cada tipo de estrutura (treliças,
quadros, vigas e arcos).
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 167
1 1
5 4
5 5 5
41
4 4 4 x2
1
2 x1 5
1 61
2 6 5 2 6 1
6 41 2
6
2 2
4 5 1 1
6
1 1 3
1 x1
1
3 3 6 3 1
3
x2 3
1 x1
x2
1 1
x2
12 3 31
9 7 10 1 3 31
2
x1 21 1
2 1 2
8 1
11 1
1
1
(b) Coordenadas locais/ (c) Coordenadas locais/
(a) Coordenadas globais
sistema global sistemas locais
(1a)
168 Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças
(1b)
K D = F (1c)
Onde:
Pl
δ= (2)
AE
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 169
P = k ⋅δ (3)
Onde:
AE (4)
k=
l
k é a constante de rigidez axial da barra.
AE AE
P= δ= (δ 2 − δ1 ) (5)
l l
Portanto,
AE
R = −P = (δ1 − δ 2 ) (6)
l
As equações matriciais podem ser representadas em forma matricial:
⎛ R ⎞ EA ⎛ 1 −1⎞ ⎛ δ1 ⎞
⎜ ⎟= ⎜ ⎟⎜ ⎟
⎝ P⎠ l ⎝ −1 1 ⎠ ⎝ δ 2 ⎠
(7)
170 Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças
⎛δ ⎞
d = ⎜ 1 ⎟ (8)
⎝δ2 ⎠
⎛ R⎞
p = ⎜ ⎟ (9)
⎝ P⎠
e a matriz de rigidez
EA ⎛ 1 −1⎞ (10)
k= ⎜ ⎟
l ⎝ −1 1 ⎠
p = k ⋅ d (11)
Figura 2. Barra submetida à tensão normal ou axial. (a) modelo; (b) forças
internas e deslocamentos.
Fonte: Hurtado (2013).
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 171
Considere a Figura 3. Observe que a barra com o asterisco (*) terá forças
internas como as mostradas na Figura 4. Como você pode ver, nenhuma
dessas forças é paralela aos eixos coordenados, onde estão definidas as forças
externas e as reações. Se as forças internas na barra (*) forem Ni e Nj e os
deslocamentos dos nós forem i e j, é possível fazer a seguinte representação
(HURTADO GÓMEZ, 2013):
⎛ N i ⎞ EAe ⎛ 1 −1⎞ ⎛ ui ⎞
⎜ ⎟= ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ (12)
⎝Nj ⎠ le ⎝ −1 1 ⎠ ⎝ u j ⎠
pe = ke ⋅ de (13)
172 Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças
Nj
Ni
Figura 4. Forças internas em um elemento
da treliça.
Fonte: Hurtado (2013).
(14)
Figura 6. (a) Paralelogramos das forças equivalentes e (b) relações entre as forças.
Fonte: Hurtado (2013).
Para tanto:
174 Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças
N cos β senβ X
=
V − senβ cos β Y
p = TP
Com:
Isso quer dizer que a inversa da matriz de transformação é igual à sua trans-
posta. As matrizes que cumprem essa condição são denominadas ortogonais.
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 175
Onde ke:
Figura 7. Convenção de sinais adotada para quadros planos no método dos deslocamentos.
Fonte: Martha (2010).
Se, em vez de uma mola, houver uma barra contínua (como a viga de um
edifício, por exemplo), porém discretizada, ou seja, com um número finito de
graus de liberdade (neste caso, apenas um), de acordo com a resistência dos
materiais, se pode dizer:
Estruturas isostáticas
Observe o roteiro de cálculo para estruturas isostáticas:
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 181
f) A partir do carregamento dado, formular o vetor das ações nodais {R}.
g) Calcular os esforções {S}, deslocamentos {r} e deformações {s}:
Estruturas hiperestáticas
No caso de estruturas hiperestáticas, a matriz de incidência estática [B] não
pode ser formulada diretamente a partir das equações de equilíbrio, porque
há indeterminação estática na estrutura.
Por isso, transforma-se a estrutura hiperestática, rompendo-se tantos víncu-
los quantos necessários para se obter um modelo isostático (sistema principal).
Nesse sistema, será sempre possível formular a matriz [B] segundo a isostática.
O sistema principal deverá ser compatibilizado com a estrutura hiperestática
original por meio da aplicação de ações {X} nos locais e direções em que
houve cortes de vínculos, implicando deslocamentos finais nulos segundo as
mesmas coordenadas.
182 Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças
ou ainda:
obtendo-se os hiperestáticos:
A seguir, estão alguns exemplos. Para exercitar o que aprendeu, você pode resolver a
estrutura apresentada nas figuras, em que E e J são comuns às duas hastes.
Solução:
Transformando o carregamento uniforme na Figura 9, a consideração de que a
estrutura tem grau hiperestático g = 2 impõe a escolha de um sistema principal,
como mostra a Figura 10.
Obteve-se tal sistema rompendo dois vínculos, no presente caso por meio de ar-
ticulações em A e B.
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 185
2 –1
l –1 2
[f ] =
6EJ 2 –1
–1 2
Carregamento modal:
pl²/12
{R} =
pl²/12
S1 0 0 0 –1 0 pl²/12 –pl²/28
S2 0 pl²/12 –pl²/14
= + 0 0 0 –1 =
S3 + pl²/12 –1 0 0 1 pl²/28 +pl²/14
S4 – pl²/12 0 1 0 0 pl²/14 0
Se você deseja obter os deslocamentos nodais {r} da estrutura dada, pode compor
sua matriz de flexibilidade:
{F} = [F00] – [F10]T [F11]–1 [F10]
b)
c)
d) a) [S]={-P raiz(P) -P -P 0 } T { r1
r2 r3 r4} = {1 -(2+2 raiz(2)) 0
-(3+2 raiz(2))} T * PL/EJ
Aplicações em vigas, pórticos, arcos e treliças 189
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios
1) Obtenha a matriz de rigidez [K] da estrutura a seguir para o sistema de coordenadas estabelecido.
Dica: desconsiderar os efeitos de segunda ordem, ou seja, desprezar os esforços axiais despertados
pela imposição dos deslocamentos na direção transversal à barra.
A)
[
[K] = 34E1A1L1 − √34E1A1L1−√34 E1A1L1 14E1A1L1 + E2A2L2 ]
B)
C)
D)
E)
D) Métodos da rigidez.
3) Para a treliça plana da imagem a seguir, obtenha os esforços e os deslocamentos dos nós B e D.
E e J são comuns a todas as barras. Utilize o método da flexibilidade.
A) [S]={ -P raiz(2P) -P -P 0 } T { r1 r2 r3 r4} =
{ 1 -(2+2 raiz(2)) 0 -(3+2 raiz(2)) } T * PL/EJ.
4) Determine os esforços internos pelo método da rigidez ou dos deslocamentos na imagem a seguir.
Considere EJ = 5*10^4 t/m².
A) {S}= { -1 -6,98 6,98 -9,72 3,70 6,02 3,70 0,46 0,47 -0,46 }
B) {S}= { -2,77 -6,98 6,98 -9,72 3,70 6,02 3,70 0,46 0,47 -0 }.
C) {S}= { -2,77 -6,98 6,98 -9,72 3,70 6,02 3,70 0,46 0 -0,46 }.
D) {S}= { -2,77 -6,98 6,98 -9,72 3,70 6,02 3,70 0,46 0,47 -0,46 }.
E) {S}= { -2,77 -6,98 6,98 -9,72 3,70 6,02 0 0,46 0,47 -0,46 }.
5) Tem-se a estrutura da imagem a seguir, com dois graus de indeterminação (rotações nos nós C e D),
em que se desprezam as deformações axiais.
Resolva pelo método da rigidez e encontre os esforços internos da estrutura.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.