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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

INTRODUÇÃO À ANÁLISE
MATRICIAL DAS ESTRUTURAS

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ANÁLISE MATRICIAL DAS ESTRUTURAS

Prof. D.Sc. CLAUDIO CRUZ NUNES

CUIABÁ / MT
UFMT – Prof. D.Sc. Claudio Cruz Nunes – ccnunes@ufmt.br Análise Matricial das Estruturas

SIMBOLOGIA

Sistema de eixo
^ Global
~ Local
Variável
~ Vetor
≈ Matriz

x̂ , ŷ , ẑ , X, Y,
Sistema de eixos globais
Z
~ ~
x , y , z , x, y, z
~ Sistema de eixos locais
u, d Vetor de deslocamento do elemento
U, D Vetor de deslocamento da estrutura
f, p Vetor de força do elemento
F, P Vetor de força da estrutura
F Matriz de flexibilidade da estrutura

K Matriz de rigidez da estrutura


f Matriz de flexibilidade do elemento


k Matriz de rigidez do elemento


A Matriz de incidência cinemática


B Matriz de incidência estática


W Trabalho das forças externas


W* Trabalho complementar das forças externas
U Energia de deformação
U* Energia complementar de deformação
fb Matriz de flexibilidade dos elementos dispostas em banda

kb Matriz de rigidez dos elementos dispostos em banda


∆variável Incremento de uma certa variável


σ Tensão
ε Deformação
I Matriz identidade

Vetor de forças dos elementos organizado em blocos, no sistema


Pb
de coordenadas locais
Vetor de deslocamentos dos elementos organizados em blocos, no
db
sistema de coordenadas locais

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Rp Matriz de rotação planar de um vetor


Rt Matriz de rotação tridimensional de um vetor


Re Matriz de rotação de elemento


Fe Matriz de flexibilidade de elemento no sistema de coordenadas



paralelas aos eixos cartesianos globais
Ke Matriz de rigidez de elemento no sistema de coordenadas

paralelas aos eixos cartesianos globais
E Matriz que transforma a matriz de rigidez ou de flexibilidade em

uma matriz triangular
C Matriz triangular superior ou inferior

Y Vetor auxiliar

L Matriz triangular inferior


M Matriz diagonal

G Fator de Gauss

U Fator de Cholesny

1/2 Matriz diagonal cujos termos são a raiz quadrada dos termos da
M
≈ matriz M≈
Pesf Vetor de esforços
f eng p Vetor de forças de engastamento perfeito

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Idealização Estrutural

As principais grandezas que aparecem na análise estrutural são: Ações mecânicas


aplicadas; ações mecânicas internas; deslocamentos dos pontos da estrutura; deformações.

Classificação das Estruturas


• Quanto às ações mecânicas aplicadas as estruturas podem ser divididas em:
Estática: Quando as ações aplicadas não variam com o tempo.
Dinâmica: Quando às ações aplicadas variam com o tempo.

• Quanto à relação carga, geometria e material a estrutura pode ser:


Linear ou não linear
A não linearidade pode ser:
- Física: que é devido a não linearidade entre as tensões e as deformações no
material (relações constitutivas);
- Geométrica: que é devido à consideração das equações de equilíbrio na
configuração deformada e a inclusão de termos não lineares nas relações
deformação-deslocamento. A não linearidade também pode ocorrer devido à
mudança nas condições de contorno.

• Quanto aos seus elementos estruturais as estruturas podem ser classificadas como:
- Estruturas reticuladas: são constituídas de elementos que tem uma dimensão
preponderante em relação aos demais, que são os pórticos, grelhas e treliças;
- Estruturas de superfície: são constituídas de elementos que possuem duas
dimensões preponderantes em relação a terceira, denominada espessura; é o caso das
chapas, placas e cascas. As chapas são carregadas no seu próprio plano, tendo
comportamento de membrana. As placas são carregadas perpendicularmente ao seu
próprio plano, tendo comportamento de flexão. As cascas são peças curvas ou
composição de peças planas espaciais tendo comportamento de membrana e flexão.

Chapa Placa Casca

- Estruturas de volume: são formadas de sólidos tridimensionais como barragem


de peso, bloco de fundação etc.
- Estruturas mistas: são formadas pela associação dos casos anteriores.

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MÉTODO DE RESOLUÇÃO: PRECISÃO DOS RESULTADOS E


DISCRETIZAÇÃO

O método comum de resolver estruturas reticuladas é com a utilização de


elementos reticulados em programa de análise de pórticos. Geralmente esses
programas são construídos com base no método dos deslocamentos, utilizando-se
uma sistemática apropriada para programação em computadores. Esses programas
geralmente possuem elementos de pórtico plano, grelha, treliça plana, treliça
espacial e pórtico espacial. Porém com o elemento de pórtico espacial pode-se
simular todos os outros elementos. No entanto é conveniente que um sistema tenha
elemento de treliça espacial e pórtico espacial.
Para análise estática linear, os cálculos com elementos de barra dão resultados
exatos em relação a teoria clássica das estruturas.
Para discretizar os modelos em estruturas reticuladas podem utilizar elementos
retos ou curvos, os elementos retos são mais comuns e apenas estes serão
abordados nesse curso, esses elementos são unidos por nós.

a) b)
3 4
4

2 5
3 5

2 6
Pórtico
1 6

1 7
Bloco

Estacas

a) Representação esquemática da estrutura de um pórtico; b) Representação esquemática do modelo discretizado do


pórtico.
Nó Elemento

Cada elemento da estrutura é representado por um ou mais elementos no modelo


discretizado. Quando se dispõem apenas de elementos retos, as partes curvas
podem ser discretizadas por vários elementos retos. Quando o elemento estrutural
do modelo real for de inércia variável, ele pode ser representado por vários
elementos de inércia constante. As ligações na estrutura que não transmitem
momento, ou outro tipo de esforço, são simuladas por elementos rotulados (ou
elementos articulados). As excentricidades podem ser simuladas por meio de
elemento de rigidez elevada (o que não é aconselhável), ou por meio de
dependência entre deslocamentos.

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a) b) 2

5
3
4
1 3
1 4 2

c) d)
7 6
8
7
3 4
5 8
5 6
1 3 4
2

1 2

a) Representação de uma treliça plana; b) Modelo discretizado da treliça plana;


c) Representação de um pórtico espacial; d) Modelo discretizado do pórtico espacial.

As estruturas de superfície, volume e mistas podem ser calculadas com o método


dos elementos finitos, diferenças finitas e elementos de contorno.
O método dos elementos finitos é o mais popular entre eles. Seus resultados são
aproximados. Quanto mais discretizado for o modelo melhores serão os resultados.
O método das diferenças finitas também é aproximado e seus resultados dependem
do nível de discretização.
O método dos elementos de contorno fornecem resultados exatos em relação a
teoria clássica para modelos que possuem solução fundamental.

10 12 13 9 8 7 14 15
13 16 10 7 13 16
14 15 9 8
10 6 10 11
9 7 8 9 12 11 6 9 12
10 11 11 5
4 5 6 6 7
5 8 12 5 5 8
6 7 12 4
1 1 2 3 4 1 1 2 3 4 1 4
2 3 2 3 2 3

a) b) c) d)
a) Representação de chapa; b) Modelo discreto para elementos finitos; c)modelo discreto para
elementos de contorno; d)Modelo discreto para diferenças finitas.

Este curso abordará apenas estruturas estáticas lineares aporticadas (reticuladas).


Alguns pontos teóricos servem para todos os métodos.

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