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Engenharia Civil – Sistemas Estruturais

Sistemas Estruturas

Esdras Pereira de Oliveira

Macaé, 2014
Sistemas Estruturais

Conteúdo

-
Sistemas Estruturais

Referências
Luiz Fernando Martha.
Análise Estrutural.
Editora Campos.
2010
Introdução

Introdução
- A análise estrutural é a fase do projeto estrutural em que é feita a
idealização do comportamento da estrutura.
- A análise estrutural tem como objetivo a determinação de
esforços internos e externos (cargas e reações de apoio), e das
correspondentes tensões, bem como a determinação dos
deslocamentos e correspondentes deformações da estrutura que
está sendo projetada.
- Estruturas reticuladas
- Estruturas formadas por barras (elementos estruturais que têm
um eixo claramente definido).
Introdução

Introdução
- Treliças (estrutura com todas as barras articuladas em suas
extremidades), os pórticos ou quadros (planos e espaciais) e as
grelhas (estruturas planas com cargas fora do plano).
- O Método das Forças e o Método dos Deslocamentos. Nesse
contexto, a análise considera apenas cargas estáticas e admite-se
um comportamento linear para a estrutura (análise para
pequenos deslocamentos e materiais elástico-lineares).
Introdução

Análise Estrutural
- A análise estrutural moderna trabalha com quatro níveis de
abstração.
Introdução

Modelo Estrutural
- Análise estrutural representa matematicamente a estrutura que
está sendo analisada.
- Incorpora todas as teorias e hipóteses feitas para descrever o
comportamento da estrutura para as diversas solicitações.
- Essas hipóteses são baseadas em leis físicas, tais como o
equilíbrio entre forças e entre tensões, as relações de
compatibilidade entre deslocamentos e deformações, e as leis
constitutivas dos materiais que compõem a estrutura.
Introdução

Modelo Estrutural
- Idealização do comportamento, hipóteses simplificadoras:
• hipóteses sobre a geometria do modelo;
• hipóteses sobre as condições de suporte (ligação com o meio externo, por
exemplo, com o solo);
• hipóteses sobre o comportamento dos materiais;
• hipóteses sobre as solicitações que agem sobre a estrutura (cargas de
ocupação ou pressão de vento, por exemplo).
Introdução

Modelo Estrutural
- Estruturas reticuladas possuem modelo matemático com eixo
bem definido; baseia-se na Teoria de Vigas de Navier ou
Timoshenko que rege o comportamento de membros estruturais
que trabalham à flexão, acrescida de efeitos axiais e de torção.

- A informação tridimensional das barras fica representada por


propriedades globais de suas seções transversais, tais como área
e momento de inércia.
Introdução

Modelo Discreto
- Modelo discreto: metodologias de cálculo dos métodos de
análise.
- Nesse nível de abstração, o comportamento analítico do modelo
estrutural é substituído por um comportamento discreto, em que
soluções analíticas contínuas são representadas pelos valores
discretos dos parâmetros adotados. A passagem do modelo
matemático para o modelo discreto é denominada discretização.
Introdução

Modelo Discreto
- Dadas estruturas contínuas (que não são compostas por barras),
o método comumente utilizado na análise estrutural é uma
formulação em deslocamentos do Método dos Elementos Finitos.
- Nesse método, o modelo discreto é obtido pela subdivisão do
domínio da estrutura em subdomínios, chamados de elementos
finitos, de formas simples (em modelos planos, usualmente
triângulos ou quadriláteros).
- Essa subdivisão é denominada malha de elementos finitos e os
parâmetros que representam a solução discreta são valores de
deslocamentos nos nós (vértices) da malha.
Introdução

Modelo Discreto

- A solução do modelo discreto de elementos finitos é uma


aproximação para a solução analítica da Teoria da Elasticidade, ao
passo que a solução do modelo discreto de uma estrutura com
barras prismáticas é igual à solução analítica da Resistência dos
Materiais.
Introdução

Modelo Computacional
- O Método dos Elementos Finitos é uma implementação
computacional do Método da Rigidez Direta (que é uma
formalização do Método dos Deslocamentos direcionada para a
implementação computacional).
- Existem diversos métodos para a solução de estruturas: método das
forças, método dos deslocamentos, método da rigidez direta, além
de outros métodos aplicados a problemas específicos como o
método de Cross.
- De forma simplificada a evolução histórica dos métodos deu-se da
seguinte forma: método das forças > método dos deslocamentos >
método da rigidez direta > método dos elementos finitos.
- O Método das Forças tem uma metodologia que não é conveniente
para ser implementada Computacionalmente.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Pórtico plano ou Quadro: Estruturas planas onde as cargas estão
atuando no mesmo plano da estrutura, e há continuidade
(transferência de momento) entre as vigas e os pilares.

- A simplificação adotada para modelos estruturais de pórticos


planos é que não existem deslocamentos na direção transversal
ao plano (direção Z - entrando no papel) e rotações em torno de
eixos do plano da estrutura (θx e θy).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- As ligações entre as barras de um pórtico plano são consideradas
perfeitas, a menos que algum tipo de liberação, tal como uma
articulação, seja indicado.
- Duas barras que se ligam em um nó tem deslocamentos e rotação
compatíveis na ligação. Ligações rígidas caracterizam o
comportamento de pórticos e provocam a deformação por flexão
de suas barras.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Neste tipo de estrutura, existem apenas três esforços internos em
um barra de um pórtico plano.
N → esforço normal (esforço interno axial) na direção do eixo local
x;
Q = Qy →esforço cortante (esforço interno transversal) na direção
do eixo local y;
M = Mz →momento fletor (esforço interno de flexão) em torno do
eixo local z.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Treliça: todas as ligações entre barras são articuladas (as barras
podem girar independentemente nas ligações).
- Cargas atuantes são transferidas para os seus nós.
- Apresenta apenas esforços internos axiais (esforços normais de
tração ou compressão).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Muitas vezes, a hipótese de ligações articuladas é uma
simplificação para o comportamento de uma treliça, pois muitas
vezes não existem articulações nos nós (exemplo treliças com
ligações soldadas).
- Esta simplificação se justifica, principalmente, quando os eixos
das barras concorrem praticamente em um único ponto em cada
ligação.
- A estrutura fica fundamentalmente submetida a esforços internos
axiais normais; os esforços cortantes e momentos fletores são
pequenos na presença dos esforços normais.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Grelha: estruturas planas com cargas atuando na direção
perpendicular ao plano, incluindo momentos em torno de eixos
do plano (x e y).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Em geral, as ligações entre as barras de uma grelha são rígidas,
mas é possível que ocorram articulações. São três os esforços
internos:
Q =Qz →esforço cortante (esforço interno transversal) na direção
do eixo local z;
M = My →momento fletor (esforço interno de flexão) em torno do
eixo local y;
T = Tx →momento torçor (esforço interno de torção) em torno do
eixo local x.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Comparação entre pórtico e grelha:
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas

- Pórticos ou quadros espaciais: cada nó possui três componentes


de deslocamento e três componentes de rotação, totalizando seis
esforços internos .
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Cabos: elementos estruturais que possuem eixos curvos, trabalham
apenas à tração e para efeito de modelo estrutural são perfeitamente
flexíveis (M=0) em todas as seções.
- A forma final de um cabo depende do carregamento ao qual está
submetido, sendo denominada curva funicular.
- A análise de estruturas com cabos é feita considerando-se análise não
linear geométrica (2ª ordem).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Classificação de Modelos de Estruturas Reticuladas


- Arcos: elementos estruturais que possuem eixos curvos e
trabalham fundamentalmente à compressão.
- É utilizado de modo a gerar compressão em todos os pontos da
seção transversal, fato muito desejado quando se utiliza materiais
com boa resistência à compressão e pouca resistência à tração
(concreto e blocos de rocha).
- Arcos também ficam submetidos em alguns casos à flexão.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Apoio
- A tabela abaixo apresenta as simbologias utilizadas para os tipos
de apoio principais e seu funcionamento.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Apoio
- A tabela abaixo apresenta as simbologias utilizadas para os tipos
de apoio elásticos principais e seu funcionamento.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Liberações Internas e De Continuidade


- As liberações internas e de continuidade estão intimamente
relacionadas com os tipos de ligações utilizados.
- Com relação aos momentos, as
ligações classificam-se em: rígidas
(transmitem os momentos
integralmente), flexíveis (não
transmitem momentos) e
semirígidas (transmitem os
momentos parcialmente).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Liberações Internas e De Continuidade


- A tabela abaixo resume algumas das simbologias utilizadas para
as liberações.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições Básicas da Análise Estrutural

- As condições matemáticas que o modelo estrutural tem que


satisfazer para representar adequadamente o comportamento da
estrutura real.
• condições de equilíbrio;
• condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações;
• condições sobre o comportamento dos materiais que compõem a
estrutura (leis constitutivas dos materiais).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Equilíbrio

- Condições de equilíbrio são condições que garantem o equilíbrio


estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura
como um todo.
- Na figura abaixo por exemplo, a simetria da estrutura impõe que
os esforços normais nas barras inclinadas sejam iguais.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Equilíbrio
- A condição de equilíbrio na direção vertical do nó inferior da estrutura foi
escrita considerando a geometria original (indeformada) da estrutura.
- Isto só é válido quando os deslocamentos que a estrutura vai sofrer são muito
pequenos em relação às dimensões da estrutura.
- Essa hipótese é denominada de hipótese de pequenos deslocamentos.
- A análise de estruturas com essa consideração denomina-se análise de
primeira ordem.
- Nem sempre é possível adotar a hipótese de pequenos deslocamentos. Por
exemplo, no projeto moderno de estruturas metálicas exige-se que se faça
uma análise de segunda ordem (deslocamentos não desprezíveis na imposição
das condições de equilíbrio), pelo menos de uma maneira aproximada. Outro
exemplo são estruturas de cabos.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Equilíbrio
- As estruturas isostáticas são aquelas que podem ter seus esforços
internos (N, M, Q, T) e externos (reações de apoio) determinados
apenas mediante as equações de equilíbrio.
- Já as estruturas hiperestáticas não podem ter seus esforços
determinados apenas pelas equações de equilíbrio; necessitam
ainda das equações de compatibilidade e das leis constitutivas
dos materiais.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Compatibilidade entre Deslocamentos


e Deformações
- As condições de compatibilidade entre deslocamentos e
deformações são condições geométricas que devem ser
satisfeitas para garantir que a estrutura, ao se deformar,
permaneça contínua (sem vazios ou sobreposição de pontos) e
compatível com seus vínculos externos.
• Condições de compatibilidade externa: referem-se aos vínculos externos da
estrutura e garantem que os deslocamentos e deformações sejam compatíveis com
as hipóteses adotadas com respeito aos suportes ou ligações com outras estruturas.
• Condições de compatibilidade interna: garantem que a estrutura permaneça, ao se
deformar, contínua no interior dos elementos estruturais (barras) e nas fronteiras
entres os elementos estruturais, isto é, que as barras permaneçam ligadas pelos nós
que as conectam (incluindo ligação por rotação no caso de não haver articulação
entre barras).
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Condições de Compatibilidade entre Deslocamentos


e Deformações
- Condições de compatibilidade externa: Deslocamentos nulos nos nós
superiores.
- As condições de compatibilidade interna: três barras permaneçam ligadas pelo
nó inferior na configuração deformada. Mantendo-se a hipótese de pequenos
deslocamentos, ângulo entre as barras após a deformação da estrutura não se
altera.
- Equação de compatibilidade entre os alongamentos das barras.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Leis Constitutivas dos Materiais


- Modelo matemático do comportamento dos materiais: conjunto
de relações matemáticas entre tensões e deformações, chamadas
de leis constitutivas.
- Lei constitutiva são equações lineares com parâmetros
constantes. Nesse caso, é dito que o material trabalha em regime
elástico-linear, em que tensões e deformações são proporcionais.
- A lei constitutiva que relaciona tensões normais e deformações
normais é a conhecida Lei de Hooke:
- Barra Vertical:

- Barra Inclinadas:
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Leis Constitutivas dos Materiais


- Dessa maneira, as Equações anteriores formam um sistema de
quatro equações a quatro incógnitas, N1, N2, d1 e d2, resultando
na solução única do problema.
- Para materiais trabalhando em regime elástico-linear, a lei
constitutiva que relaciona tensões cisalhantes com distorções de
cisalhamento é dada por:
- Existem infinitos valores de N1 e N2 que satisfazem a equação de
equilíbrio. Também existem infinitos valores de d1 e d2 que
satisfazem a equação de compatibilidade.
- Entretanto, existe uma única solução para essas entidades: é
aquela que satisfaz simultaneamente as equações de equilíbrio,
compatibilidade e as leis constitutivas.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Comportamento Linear e Superposição de Efeitos


- Princípio da Superposição de Efeitos: a superposição dos campos
de deslocamentos provocados por vários sistemas de forças
atuando isoladamente é igual ao campo de deslocamentos
provocado pelos mesmos sistemas de forças atuando
concomitantemente.
- Para que se possa utilizar esse
princípio é necessário que a
estrutura tenha um
comportamento linear (material
trabalhe no regime elástico-
linear) e que se aplique a
hipótese de pequenos
deslocamentos.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Comportamento Linear e Superposição de Efeitos


- Os deslocamentos são considerados pequenos quando as
equações de equilíbrio escritas para a geometria indeformada
fornecem resultados praticamente iguais aos resultados obtidos
para as equações de equilíbrio escrita para a geometria
deformada.
- Comentários: (a) equilíbrio só é garantido na situação deformada;
(b) dependendo dos comprimentos e das cargas os
deslocamentos podem ser grandes o que introduz esforços
adicionais na estrutura.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Comportamento Linear e Superposição de Efeitos


Exemplo de comportamento não-linear:
aplicável quando ocorre grandes deformações;
as equações são montadas com base no ângulo
deformado α ao invés do indeformado θ. Compatibilidade entre deslocamentos e
deformações – Alongamento d: diferença
entre o comprimento final e inicial da
barra:

Leis Constitutivas: manipulando a lei de


Hook:

Condições de Equilíbrio
(∑Fy=0):
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Comportamento Linear e Superposição de Efeitos

Comentários:

-Quanto maior o ângulo


maiores são os
deslocamentos e por
conseguinte os efeitos de
segunda ordem (maior é a
não linearidade), além do que
suporta menos carga.

-Quanto menor é o ângulo a


relação carga deformação é
mais linear e também a
estrutura suporta mais carga.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas
- Estruturas estaticamente determinadas ou isostáticas: podem ter
seus esforços internos e externos (reações de apoio)
determinados apenas por condições de equilíbrio.
- Estruturas estaticamente determinadas ou estruturas isostáticas.
- Estruturas estaticamente indeterminadas ou hiperestáticas: não
podem ter seus esforços internos e externos determinados
apenas pelas condições de equilíbrio; necessitam também das
equações de compatibilidade cinemática (compatibilidade entre
deslocamentos e deformações) e das leis constitutivas dos
materiais.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas

- Estrutura
Isostática:

- Estrutura
Hiperestática:
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas
- Os esforços internos em uma estrutura hiperestática têm, em
geral, uma distribuição mais otimizada ao longo da estrutura. Isto
pode levar a menores valores para os esforços máximos.
- A viga da estrutura hiperestática apresenta máximo momento
menor do que na viga da estrutura isostática, mas as colunas são
requisitadas à flexão.
- Na estrutura hiperestática há um controle maior dos esforços
internos por parte do analista estrutural. O analista estrutural
pode explorar essa característica da estrutura hiperestática
minimizando ao máximo, dentro do possível, os esforços internos
na estrutura.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas
- Em uma estrutura hiperestática os vínculos excedentes podem
induzir uma segurança adicional.
- Se uma parte de uma estrutura hiperestática por algum motivo
perder sua capacidade resistiva, a estrutura como um todo ainda
pode ter estabilidade.
- A estrutura hiperestática pode ter uma capacidade de
redistribuição de esforços, o que não ocorre para estruturas
isostáticas.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas
- Pode-se concluir que as estruturas isostáticas deveriam ser
evitadas por não oferecerem capacidade de redistribuição de
esforços.
- Do ponto de vista físico, uma estrutura isostática tem o número
exato de vínculos (externos e internos) para que tenha
estabilidade.
- Retirando-se um destes vínculos, a estrutura se torna instável, e é
definida como hipostática.
- Adicionando-se um vínculo qualquer a mais, este não seria o
necessário para dar estabilidade à estrutura, e ela se torna
hiperestática.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas

- Na figura acima ocorre um recalque vertical (ρ) no apoio da


direita que pode ser considerado pequeno em relação ao
comprimento da viga.
- A viga isostática do caso “a” não se deforma, tendo apenas um
movimento de corpo rígido sem o aparecimento de esforços
internos.
- A viga hiperestática do caso “b” tem deformações que induzem
momentos fletores na estrutura.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Estruturas Estaticamente Determinadas e


Indeterminadas
- Recalques de apoio são solicitações que devem ser consideradas em
estruturas hiperestáticas, podendo acarretar esforços internos
dimensionantes.
- O fato de não aparecerem esforços internos em estruturas isostáticas
devidos a movimentos de apoio pode ser considerado uma vantagem deste
tipo de estrutura.
- De forma análoga, deformações provenientes de variações de temperatura
provocam deslocamentos sem que apareçam esforços internos em
estruturas isostáticas.
- Outra vantagem da estrutura isostática é que ela se acomoda a pequenas
modificações impostas em sua montagem ou construção, sem que
apareçam esforços. Outras barras facilmente se acomodam ao
comprimento modificado da barra fabricada com imperfeição.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade

- O grau de hiperestaticidade (g) pode ser definido da seguinte


maneira:

- As incógnitas do problema estático dependem dos vínculos de


apoio da estrutura e da existência de ciclos fechados (aqui
chamados de anéis). Cada componente de reação de apoio é uma
incógnita, isto é, aumenta em uma unidade o grau de
hiperestaticidade.
- Cada anel de um quadro plano aumenta em três unidades o grau
de hiperestaticidade.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade


- Isto porque ao se seccionar a estrutura em qualquer seção de
uma barra não se divide a estrutura em duas porções. Portanto,
não se pode isolar dois trechos da estrutura de cada lado da
seção, o que é necessário para determinar os valores dos três
esforços internos por equilíbrio. É possível dividir a estrutura em
duas porções se outra seção for seccionada. Entretanto,
apareceriam mais três outras incógnitas, que seriam os esforços
internos na outra seção. Dessa forma, observa-se que um anel
introduz três incógnitas para o problema do equilíbrio estático.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade


Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade


- Para o número de equações de equilíbrio, deve-se considerar as
três equações que garantem o equilíbrio global da estrutura e as
equações provenientes de liberações de continuidade interna na
estrutura.

- Para o caso de articulações com três barras convergindo para a


articulação, figura no próximo slide, são duas as equações
adicionais de equilíbrio a serem consideradas:
- O número adicional de equações de equilíbrio introduzido por
uma articulação completa na qual convergem “n” barras é igual a
n – 1.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade


- O terceiro caso mostra um pórtico com um nó no qual convergem
três barras, sendo que apenas uma delas é articulada. Neste caso,
a rótula introduz apenas uma equação adicional de equilíbrio.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade


Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade


- Grau de hiperestaticidade para grelhas é análoga ao
procedimento adotado para pórticos planos.
- A presença de articulações (rótulas) em grelhas pode acrescentar
mais do que uma equação de equilíbrio por rótula.
- Isto porque, como um ponto de uma grelha tem duas
componentes de rotação, uma ligação articulada de grelha pode
liberar apenas uma componente, ou pode liberar as duas
componentes de rotação.
Conceitos Básicos de Análise Estrutural

Determinação do Grau de Hiperestaticidade

- Para grelhas, não há distinção quanto ao número de


componentes de reação entre os apoios do 1° e do 2° gênero.
- A direção da reação do apoio do 2° gênero para grelhas é a
mesma da reação do apoio do 1° gênero, posto que em grelhas só
existem reações força na direção Z.

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