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Código: ECIV - 086

Carga Horária Semestral: 30 horas

Docente Responsável: João Carlos Cordeiro Barbirato


Sala de Permanência: LCCV-CTEC
Tel.(ramal): 3214-1295
e-mail: jccb@lccv.ufal.br
Ementa:

• Idealização estrutural;
• Sistemas de coordenadas;
• Relações entre ações e deslocamentos;
• Transformações de ações e deslocamentos entre
coordenadas; e
• Elaboração e implementação de programas
computacionais.
Programa:

• Introdução ao Curso;
• Análise Clássica (revisão);
• Análise Matricial aplicada a Análise de Estruturas
Reticuladas: Treliças, Pórticos, Grelhas e Arcos;
Calendário das Avaliações (2018.1):

• Entrega das listas de exercícios (até).......... 04/julho/2019

• Entrega do Programa Computacional.......... 01/agosto/2019

• Programa II / Artigo................................................. 29/agosto/2019


Bibliografia:

- Rubinstein, M.F. Matrix Computer Analysis of Structures. Prentice Hall. 1966


- Gere, J.M. & Weaver Jr. , W. Análise de estruturas reticuladas. Guanabara Dois. Rio de
Janeiro. 1981.
- Przemieniecki, J.S. Theory of Matrix Structural Analysis. Wiley. 1968
- Moreira, D.F. Análise Matricial de Estruturas. LCT. 1977
- Dumont, N.A. Cálculo Matricial de Estruturas – Notas de Aula. DEC/PUC-Rio. 1987
- Savassi, W. Introdução ao Método dos Elementos Finitos em Análise Linear de
Estruturas. EESC/USP. 1996
- Cook, R.D.; Malkus, D. S. & Plesha, M.E. Concepts and Applications of Finite Element
Analysis. John Wiley and Sons. 1989.
- Sussekind, J.C. Curso de análise estrutural, vol. II e III, Ed. Globo. Rio de Janeiro. 1984.
- Candreva, P. Considerações sobre equilíbrio e compatibilidade estrutural. Ed. Grêmio
Politécnico. São Paulo. 1981.
- Sennett, R. Matrix analysis of Structures, Prentice-Hall, Inc., New Jersey, 1994.
Fluxo de Carga em uma Edificação

Análise Estrutural:

• Análise de Forças;
• Análise de Deslocamentos.

 Modelos Físicos;
 Modelos Matemáticos.

 Interação com as demais disciplinas de estruturas:

DEBS, A. L. H. C. Sistemas Estruturais. Material didático da disciplina SET177 – Sistemas


Estruturais II. São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos – USP, Departamento de
Engenharia de Estruturas, 2007. Disponível em http://www.set.eesc.usp.br/cursos/SET177/ana/
 Uso intenso da matemática

 Uso intenso da Computação

 Nota: a máquina não substitui o profissional capacitado


para lançar as estruturas e conferí-las!!!!
Classificação dos Elementos Estruturais Quanto à
Geometria:

 Estruturas Lineares: possuem duas dimensões


da mesma ordem, bem menores do que a terceira
(>>>5 vezes);

 Estruturas de Superfície: possuem duas


dimensões da mesma ordem e, a terceira, com
dimensão bem menor; e

 Estruturas de Bloco: possuem as três


dimensões da mesma ordem.
Classificação das Estruturas Quanto à Estaticidade:

 Hipostática;
 Isostática; e
 Hiperestática.

Utilização de Simbologia (simplificações de modelo):

 Eixo dos elementos;


 Vínculos;
 Força Linear: Concentrada e Distribuída
 Força Angular: Concentrada e Distribuída
Características das Estruturas a Serem Estudadas:

 Estruturas Lineares (L >>> b, h);


 Teoria de 1ª Ordem:
o Pequenos Deslocamentos;
o Lei de Hooke;
o Superposição de Efeitos;
o Continuidade; e
o Seção Plana Permanece Plana.
Equilíbrio do Sistema de Forças:

Compatibilidade de Deslocamentos:
Características das Estruturas a Serem Estudadas:

 Estruturas de Superfície (L1 ~ L2, >>> h);


Esforços nas faces de um elemento de placa delgada

(equação das placas)


 Exemplos de Casca:
Características das Estruturas a Serem Estudadas:

 Estruturas de Blocos ;
Idealização Estrutural

Arranjo Estrutural Idealização das Ações

Modelo Mecânico
Matemático

Idealização do Idealização de
Comportamento dos Vínculos e Condições
Elementos Estrut. de Contorno

Idealização dos
Materiais
Função e Comportamento das Estruturas

 Estrutura:
 Todo sistema capaz de transmitir forças de um ponto
a outro. Em obras civis, o equilíbrio final se dá no
contato com o solo.

 Fluxo de Carga:

Busca do Equilíbrio Estático Energia Mínima


Mecânica das Estruturas:

 Equilíbrio das Forças;

 Compatibilidade de Deslocamentos.

A resistência da estrutura se manifesta como


coesão dos “grãos” dos materiais constituintes.

P P

σ
P
Portanto, o somatório das tensões em uma dada
seção do elemento estrutural, resulta nos
esforços internos solicitantes.

Esforço Cortante Esforço Normal Momento Fletor

N T
Q M

É importante conhecer os esforços em toda a


estrutura

Diagramas dos Esforços


Internos Solicitantes
Cálculo Clássico:

Elemento Infinitesimal

Integração

Análise Estrutural dS

න 𝒅𝑺 → 𝑬𝒔𝒕𝒓𝒖𝒕𝒖𝒓𝒂
𝛀
Cálculo Matricial:

Elemento Finito

Compatibilização de Forças e
Deslocamentos

Análise Estrutural

𝑵𝒃

෍ 𝑩𝒂𝒓𝒓𝒂𝒊 → 𝑬𝒔𝒕𝒓𝒖𝒕𝒖𝒓𝒂
𝒊=𝟏
Equilíbrio e Compatibilidade Estrutural

Esforços Estrutura Deslocamentos

Superposição

Proc. Esforços Proc. Deslocamentos

Álgebra Matricial

Matriz de
Matriz de Rigidez
Flexibilidade

Energia de Trab. Trab. Energia de


Deformação Virtuais Virtuais Deformação

Esforço Desloc.
Unitário Unitário
Princípio dos Trabalhos Virtuais

Definição:

“Condição necessária e suficiente para o equilíbrio


de um sistema material qualquer é que a soma dos
trabalhos de todos os esforços atuantes seja nula
para qualquer campo de deslocamentos virtuais
pequeno e possível – ou seja, que não modifique a
forma, seja compatível com o sistema e com os
vínculos externos.”

𝝉=𝟎 Contribuição dos Cientistas:


ou
• Simon Stevin

𝓦=𝟎 •

Galileu Galilei
Jean le Rond d’Alembert
• Joseph-Louis Lagrange
• Jean Bernoulli
• Jaques Bernoulli
Equação Geral dos Trabalhos Virtuais

Hipóteses:

 Um campo de carregamento (a)


 Um campo de deslocamento (b)

𝝉𝒆𝒙𝒕 = 𝝉𝒊𝒏𝒕
ou

෍ 𝑭𝒂 . 𝜹𝒃 = ෍ 𝒁𝒂 . 𝝃𝒃

onde:

• 𝑭𝒂 são os esforços externos


• 𝜹𝒃 são os deslocamentos
• 𝒁𝒂 são os esforços internos
• 𝝃𝒃 são as deformações
Equação Geral do PTV:

𝑵𝒂 𝑵𝒃 𝑴𝒂 𝑴𝒃 𝒌𝑽𝒂 𝑽𝒃 𝑻𝒂 𝑻𝒃
෍ 𝑭𝒂 . 𝜹𝒃 + ෍ 𝑪𝒂 . γ𝒃 = න 𝒅𝑺 + න 𝒅𝑺 + න 𝒅𝑺 + න 𝒅𝑺
𝑬𝑨 𝑬𝑰 𝑮𝑨 𝑮𝑱𝒕

Obs.: nas estruturas usuais (ou seja, na prática) as parcelas relativas aos
esforços normal e cortante são desprezadas, exceto quando:

 Arco, escora, barra de treliça, pilares esbeltos, peças protendidas, onde


a normal é muito importante.
• Os Sistemas Estruturais são constituídos
de ampla maioria de elementos
Hiperestáticos;

• Elementos Hiperestáticos são aqueles que


possuem restrições aos graus de
liberdade em quantidade maior do que a
estritamente necessária para manter o
sistema em equilíbrio estático;

• O balanço entre o número de incógnitas


forças e o número de equações do
equilíbrio estático é diferente de zero:

Sistema Impossível - SI (não tem


solução)
• Um sistema de equações lineares SPD
(sistema possível e determinável) vem
de sistemas estruturais Isostáticos.

• Portanto, para se resolver uma


estrutura hiperestática há de se
determinar uma configuração de
equações lineares cujo número seja
igual a de incógnitas.

• Surgem, então, os processos de


análise de estruturas hiperestáticas:

 Processo das Forças; e


 Processo dos Deslocamentos.
PROCESSO DAS FORÇAS:

 As forças são as incógnitas;

 Os deslocamentos, portanto, precisam ser conhecidos;

 O Princípio dos Trabalhos Virtuais é utilizado para calcular os


deslocamentos necessários;

 O número de forças a mais que estão prendendo a estrutura


recebe o nome de Grau de Indeterminação Estática ou Grau de
Hiperestaticidade;
 Para tornar a estrutura isostática (“isostatizar” uma estrutura
hiperestática) é necessário quebrar vínculos explicitando as
forças relativas a eles, surgindo assim as incóginitas forças ou
simplesmente Hiperestáticos (esforços hiperestáticos);

 Surgem as equações complementares, de compatibilidade de


deslocamentos;

 Resolve-se o sistema de equações lineares, cujas incógnitas são


forças;

 Procede-se a análise completa da estrutura, pois a


hiperestaticidade foi levantada.
Em resumo,

Grau de indeterminação estática ou de hiperestaticidade

Incógnitas: forças

Equações do equilíbrio estático

Equações de compatibilidade de deslocamentos

via PTV

Adota-se uma configuração Isostática Fundamental, com os


hiperestáticos Xi explicitados, e com os gráficos para cada
esforço i, determinam-se as equações dos deslocamentos.

Resulta em um sistema de equações algébricas onde as


incógnitas são os hiperestáticos. Assim,
Resulta em um sistema de equações algébricas onde as
incógnitas são os hiperestáticos. Assim,

10  11X1  12 X 2  13X 3    0


 20   21X1   22 X 2   23X 3    0
 30   31X1   32 X 2   33X 3    0

PROCESSO DOS DESLOCAMENTOS (Desloc. Unitário)

Processo dual do processo dos esforços

Incógnitas deslocamentos
Coerência esforços
Vínculos introdução (acréscimo)
Estrutura geometricamente determinada
Trabalha-se com um número mínimo de incógnitas:

(a) (b) (c)

Grau de hipogeometria: (a) real; (b) 12 graus; e (c) 6 graus


Valendo a superposição de efeitos, o problema real (r) pode ser
expandido em uma soma de problemas sobre a mesma estrutura
básica, cada um correspondendo a uma solicitação.

(0) carregamento externo, com todos os j impedidos

(j) desloc. Unitário em j, com os demais ’s impedidos

Assim,

(r )  (0)  1 (1)     j ( j)     n (n )

Portanto, qualquer efeito Er da estrutura real pode ser


determinado por:

E r  E 0  1E1     jE j     n E n
Considere-se fjk uma força na direção e sentido de j no problema
(k), força de equilíbrio. Variando-se os índices encontram-se as
seguintes relações:

 f1r  f10  1f11     jf1 j     n f1n


 

 f jr  f j0  1f j1     jf jj     n f jn
 

f nr  f n 0  1f n1     jf nj     n f nn
onde fjr, em geral, são nulas.
Lista de Exercícios 01 – Análise Clássica

1) Resolver a estrutura abaixo utilizando os processos das forças e dos


deslocamentos. Dados: E = 220tf/cm2, I = 6500cm4, e A ~ ∞ .

4,0tf/m

4,0m

4,0m 5,0m

Que estrutura representa este modelo e por que?


2) Com o processo das forças analisar os esforços da estrutura abaixo. Dado:
EI/GJt = 6.

4,0m

50kN

50kN

Que estrutura representa este modelo e por que?


3) Calcular o deslocamento vertical do nó B da estrutura abaixo. Considerar a
regidez da mola igual a EI/2 (utilizar os dois processos).
Q

A EI B C
EI

4,0m 5,0m

Que estrutura representa este modelo e por que?

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