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Mecânica dos sólidos I

Princípios básicos (estática)

Componentes de esforços internos

Prof. Leandro José da Silva

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Equilíbrio de um corpo deformável

A força resultante de w(s), FR, equivale à área


sob a curva de distribuição da carga, e sua
resultante atua no centróide C ou centro
geométrico dessa área.

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Equilíbrio de um corpo deformável
 Reações de apoio: forças de superfície que se desenvolvem nos apoios ou pontos de
contato entre corpos são chamadas reações. As reações de apoio são calculadas a partir das
equações de equilíbrio da estática.

Se o apoio impede a translação em dada direção, então deve ser


desenvolvida uma força naquela direção. Da mesma forma, se a
rotação for impedida, deve ser aplicado um momento sobre o
elemento.

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Equilíbrio de um corpo deformável
 Equações de equilíbrio: Aplicação da Segunda Lei de Newton (F = m x a) a
um corpo em equilíbrio estático

Equilíbrio de forças: Evita translação ou movimento acelerado do corpo ao longo de


uma trajetória.

Equilíbrio de momentos: Evita rotação do corpo.



Em notação vetorial
 F  0
M  0 0

Notação escalar: componentes


de forças e momentos em
relação aos três eixos
cartesianos (x, y e z)

Sistema coplanar de forças

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Diagrama de corpo livre / Cargas internas resultantes

Três dimensões: Uma distribuição de forças internas


é idealizada na seção
representando a interação entre os
dois segmentos.

Um corpo em equilíbrio é dividido


(seccionado) em duas partes, em
um plano específico passando por
um ponto de interesse A distribuição de forças é modelada
em uma força resultante e um
momento resultante, sendo o ponto
de referência, o centro geométrico
da área da seção.

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Diagrama de corpo livre / Cargas internas resultantes

Três dimensões:

Tanto a força quanto o momento resultantes são decompostos


(rebatidos) em relação a um sistema de eixos perpendicular
(normal) e tangencial (paralelo) à seção transversal do segmento.
Disto resulta em 4 componentes de esforços internos: duas forças
e dois momentos.

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Diagrama de corpo livre / Cargas internas resultantes

Três dimensões: São essas componentes que irão produzir deformações (variação
de geometria) em um determinado componente/estrutura. Essas
deformações podem ser reversíveis ou levarem o componente ao
colapso (ruptura/inutilização).

• A força normal:
Traciona (alonga) ou
comprime (contrai) o
corpo

• A força de cisalhamento:
Corta (cisalha) o corpo

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Diagrama de corpo livre / Cargas internas resultantes

Três dimensões: São essas componentes que irão produzir deformações (variação
de geometria) em um determinado componente/estrutura. Essas
deformações podem ser reversíveis ou levarem o componente ao
colapso (ruptura/inutilização).

• O momento de torção:

Produz rotação (torce)


do corpo em torno de
seu próprio eixo.

Produz curvatura
• O momento fletor: (dobramento) no corpo

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo I: Uma força de 80 N é suportada pelo
elemento como mostrado. Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção que passa pelo
ponto A.

Passo 1: Esboçar o diagrama de corpo livre do suporte e calcular as


reações de apoio.
Passo 2: aplicar o método da seções – seccionar o suporte passando
pelo ponto A. Neste caso, o plano de seccionamento deve ser
perpendicular ao eixo axial do elemento, definindo a seção transversal
do elemento.
Passo 3: Esboçar o diagrama de corpo livre de uma das duas partes
do elemento seccionado. Observe que se pegarmos o elemento a
esquerda, não há necessidade do passo 1.

Diagrama de corpo livre de


uma das partes do segmento:

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo I: Uma força de 80 N é suportada pelo
elemento como mostrado. Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção que passa pelo
ponto A.

Passo 4: Aplicação das equações de equilíbrio da estática

Decomposição da força de 80 N:

Fx  80. cos 15º  Fx  77,27 N

Fy  80.sen15º  Fy  20,7 N

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo I: Uma força de 80 N é suportada pelo
elemento como mostrado. Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção que passa pelo
ponto A.

Passo 4: Aplicação das equações de equilíbrio da estática

+
Fx 0
N A  77,27  0  N A  77,27 N

+
F y 0
VA  20,7 N  0  VA  20,7 N

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo I: Uma força de 80 N é suportada pelo
elemento como mostrado. Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção que passa pelo
ponto A.

Passo 4: Aplicação das equações de equilíbrio da estática



 M A  0

M A  80 cos 45º 0,3 cos 30º   80 sen45º (0,1  0,3sen30º )  0


M A  14,14  14,69 N .m
M A  0,55 N .m

0,1+0,3sen30º

0,3cos30º

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo II: Determinar a resultante das cargas internas que atuam na seção
transversal em B do tubo mostrado. O tubo tem massa de 2 kg/m e está submetido a uma
força de 50 N e um conjugado de 70 N.m em sua extremidade A. O tubo está fixado à
parede em C.

Observe que o esboço do diagrama de


corpo livre do tubo todo e o cálculo das
reações de apoio em C não precisam ser
realizados, pois pode-se trabalhar
somente com o segmento a direita do
ponto B

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo II: massa do tubo: 2 kg/m

24,525 N

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo II: : massa do tubo: 2 kg/m

+
24,525 N F x 0
FB x  0

+  M  x B 0   M x B  0

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo II: : massa do tubo: 2 kg/m

+
24,525 N F x 0
FB x  0

+  M  x B 0   M x B  0

M B x  70 Nm  50 N 0,5m   24,525 N 0,5m   9,81N 0,25m   0


M B x  30,3N .m

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo II: massa do tubo: 2 kg/m

24,525 N
+
F y 0

FB y  0

+  M  y B 0

M B y  50 N 1,25m   24,525 N 0,625m   0


M B Y  77,8 N .m

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo II: massa do tubo: 2 kg/m

+ F z 0

24,525 N
FB z  9,81N  24,525 N  50 N  0
FB z  84,3N

+  M  y B 0

M B z  0

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo III: Determine a intensidade e a posição
da força resultante equivalente que agem sobre o
eixo.
Passo 1: Esboçar o diagrama de corpo livre do eixo
considerando a força resultante estaticamente equivalente ao
carregamento distribuído.

Passo 2: Sabe-se que a carga resultante é igual à área abaixo


da curva de carregamento distribuído. Porém, neste caso, a área
abaixo da curva do carregamento não forma uma geometria
comum. Logo, é necessário fazer a integração da função carga
distribuída ao longo do comprimento do eixo. Escolhe-se uma
coordenada x arbitrária em uma área infinitesimal dA. Neste caso
ela é:

dA  wdx  60 x 2 dx

Passo 3: Fazendo a integração::


2m
2m
 x3   23 03 
FR   dA   60 x 2 dx  60   60    160 N
A 0  3 0 3 3

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Cargas internas resultantes
 Exemplo III: Determine a intensidade e a posição
da força resultante equivalente que agem sobre o
eixo.

Passo 4: Para calcularmos a posição em que esta força resultante


atua, utilizamos a definição de coordenadas do centro geométrico da
área abaixo da curva de carregamento distribuído. Neste caso,
precisamos apenas da coordenada x:

2m
2m
 x4   24 04 
 xdA  x 60x dx2

60  60  
 4 0 4 4
x A  0   
 dA
A
160 N 160 N 160 N

x  1,5m

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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo IV: Um carregamento distribuído de p =
(800x) [Pa] atua na superfície superior da viga
mostrada . Determine a intensidade e a posição da
força resultante equivalente.
Passo 1: Como a pressão sobre a superfície superior da viga
não varia ao longo da largura, isto é, direção y, podemos
transformar a pressão para um carregamento linearmente
distribuído ao longo do eixo x:

w  800 x 0,2  160 xN / m


Passo 2: A área abaixo da curva é um triângulo. Logo, a força
resultante é equivalente à área deste triangulo.

1
FR  9m1440 N / m  6480 N  6,48kN
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Passo 2: A linha de ação da força resultante é dada pelo
centróide do triângulo.
1
x 9 9  6m
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Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo V: Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção
transversal em C da viga mostrada.
Reações nos apoios: pode-se resolver o problema
mais facilmente considerando o segmento CB da
viga, sem necessidade de calcular as reações em A.
w=? F=?
Diagrama de corpo livre:

Deve-se observar que a carga distribuída é de 270


N/m em A. Em C ela tem um valor intermediário X=? ?
entre 270 e 0. Esta carga pode ser calculada por
meio da semelhança de triângulos:

w 270
  w  180 N / m
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Princípios básicos da estática aplicados à MSol
Cargas internas resultantes
 Exemplo V: Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção
transversal em C da viga mostrada.

Força resultante: equivalente a área sob a curva de


carregamento.
w = 180 N/m F=?
1
F  180 N / m6m  540 N
2

X=? ?
1
Centróide  6m  2m
3

Princípios básicos da estática aplicados à MSol


Cargas internas resultantes
 Exemplo V: Determinar a resultante das
cargas internas que atuam na seção
transversal em C da viga mostrada.

Equações de equilíbrio:


  Fx  0  Nc  0  Nc  0


  Fy  0 Vc  540 N  0  Vc  540 N


 MC  0  M c  540 N 2m  0  M c  1080 N .m

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