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MÓDULO 1
REVISÃO E APROFUNDAMENTO DE
MECÂNICA DOS SÓLIDOS I
TENSÃO
2019
Ibmec Mecânica dos Sólidos II MÓDULO 1-Revisão e Aprofundamento de Mec Sol I - Tensão 1
SUMÁRIO
Introdução ..................................................................................................................................... 3
REFERÊNCIAS
Este material é um resumo das notas de aula. Portanto, é fundamental a leitura do livro indicado como
base para o aprofundado dos conceitos aqui abordados. A leitura de qualquer outra referência indicada
também auxilia na consolidação dos conhecimentos.
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MÓDULO 1 - REVISÃO E APROFUNDAMENTO DE MEC SOL I - TENSÃO
1- TENSÃO:
1.1- INTRODUÇÃO:
=> Envolve:
1- Cargas Externas;
2- Reações de Apoio;
3- Equações de Equilíbrio; e
4- Cargas Resultantes Internas.
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- Essas cargas externas podem ser classificadas como:
a- Forças de Superfície; e
b- Forças de Corpo.
a) Forças de Superfície:
- Causadas pelo contato direto de um corpo com a superfície de outro (força distribuída por uma área).
- Há 2 casos particulares, que são aproximações feitas, para as forças de superfície:
1- Forças Concentradas; e
2- Carga Distribuída Linear.
- Quando a área de distribuição da carga for muito pequena comparada com a área da superfície total do
corpo (força aplicada em um ponto - FR).
- Quando a área de distribuição da carga for muito estreita (força aplicada em uma linha - w(s)).
b) Forças de Corpo:
- Quando um corpo exerce uma força sobre outro, sem contato físico direto entre eles (W).
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1.2.2- REAÇÕES DO APOIO:
Observações:
1) Se o apoio impedir a translação em uma determinada direção, então uma força deve ser desenvolvida no
elemento naquela direção.
2) Se o apoio impedir a rotação em uma determinada direção, então um momento deve ser desenvolvido no
elemento naquela direção.
F 0 M O 0 (1)
F 0, F 0, F
x y z 0
(2)
M 0, M 0, M
x y z 0
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- A melhor maneira de levar em conta essas forças é desenhar o diagrama de corpo livre do corpo.
- O objetivo do diagrama de corpo livre é determinar a força e o momento resultantes que agem no interior
de um corpo.
- Seja um corpo mantido em equilíbrio por forças externas (no caso da figura, por 4 forças externas):
- Para se determinar as cargas resultantes internas que atuam em uma região específica no interior do
corpo, deve-se usar o método das seções.
=> Fazer uma seção (corte) através da região onde as cargas internas devem ser determinadas.
- As duas partes são separadas e o diagrama de corpo livre (DCL) de uma das partes é desenhado:
- Deve-se notar que há uma distribuição de força interna atuando na área que ficou exposta na seção.
=> Essas forças representam os efeitos do material da parte superior do corpo atuando sobre o
material adjacente da parte inferior.
- Apesar da distribuição exata da carga interna ser desconhecida, é possível usar as equações de equilíbrio
para relacionar as forças externas sobre o corpo à força resultante FR e momento resultante em um ponto O
MRO.
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- A força resultante FR e momento resultante em um ponto O MRO devem ser projetados em seus
componente normal e tangente à área secionada.
=> São definidos os quatro tipos de cargas resultantes:
1. Reações de Apoio:
a. Decidir qual segmento do corpo deverá ser considerado.
i. Se o segmento tiver um apoio ou um acoplamento com outro corpo, então determinar
as reações que agem no segmento do corpo escolhido antes de secioná-lo.
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ii. Desenhar o diagrama de corpo livre para o corpo inteiro e aplicar as equações de
equilíbrio necessárias para obter essas reações.
2. Diagrama de Corpo Livre:
a. Manter todas as cargas externas (cargas distribuídas, momentos, torques e forças
concentradas) que agem sobre o corpo, em suas localizações exatas e, então, traçar uma seção
imaginária que passe pelo corpo no ponto onde as cargas resultantes internas devem ser
determinadas.
b. Normalmente, se o corpo representar um elemento de uma estrutura ou dispositivo mecânico,
a seção será perpendicular ao eixo longitudinal do elemento.
c. Desenhar um diagrama de corpo livre de um dos segmentos "cortados" e indicar as
resultantes desconhecidas (N, V, M e T) na seção. Essas resultantes geralmente são
localizadas no ponto que representa o centro geométrico ou centroide da área secionada.
i. Se o elemento estiver sujeito a um sistema de forças coplanares, somente N, V e M
agem no centroide.
d. Definir os eixos coordenados x, y e z com origem no centroide e mostrar as componentes que
agem ao longo dos eixos.
3. Equações de Equilíbrio:
a. Os momentos gerados na seção em torno de cada um dos eixos coordenados onde as
resultantes agem devem ser somados. Isso elimina as forças desconhecidas N e V e permite
uma solução direta para M (e T).
b. Se a solução das equações de equilíbrio produzir um valor negativo para uma resultante, o
sentido direcional admitido para a resultante será oposto ao mostrado no diagrama de corpo
livre.
Exemplo 1:
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Solução:
Reações de Apoio:
- Neste exemplo é possível resolver considerando diretamente o segmento CB da viga.
- Dessa forma, as reações dos apoios em A não precisam ser calculadas.
Equações de Equilíbrio:
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- Aplicando as equações de equilíbrio, tem-se:
Observação:
- O sinal negativo de Mc indica que este momento agem na direção oposta à mostrada no diagrama de corpo
livre.
Exemplo 2:
Determinar as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em C do eixo de máquina que está
apoiado em mancais em A e em B, que exercem somente forças verticais no eixo.
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Exemplo 3:
O guindaste abaixo é composto pela viga AB e roldanas acopladas, além do cabo e do motor. Determinar as
cargas internas resultantes que agem na seção transversal em C se o motor estiver levantando uma carga W
de 2.000 N com velocidade constante. Desprezar o peso da roldana e da viga.
Exemplo 4:
Determinar as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em G da viga de madeira. Considere
que as articulações em A, B, C, D, e E estejam acopladas por pinos.
Exemplo 5:
Determinar as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em B do cano. A massa do cano é 2
kg/m e ele está sujeito a uma força vertical de 50 N e a um momento de 70 N.m em sua extremidade A. O
tubo está preso a uma parede em C.
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1.3- TENSÃO:
- É a intensidade da força, ou força por unidade de área, que age perpendicularmente à ΔA.
(3)
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- Se a força normal tracionar o elemento de área ΔA a tensão será de tração.
- Se a força normal comprimir o elemento de área ΔA a tensão será de compressão.
- É a intensidade da força, ou força por unidade de área, que age tangente à ΔA.
(4)
Observações:
direção y.
- Quando a área da seção transversal da barra está submetida à força axial pelo centroide, ela está
submetida somente à tensão nominal.
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1.4.1- DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO NORMAL MÉDIA:
- Fazendo ΔA → dA e, portanto, ΔF → dF
(5)
- Onde:
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σ = tensão normal média
P = força normal interna resultante
A = área da seção transversal da barra
1.4.2- EQUILÍBRIO:
- As duas componentes da tensão normal no elemento têm valores iguais mas direções opostas.
1. Carga Interna:
a. Selecionar o elemento perpendicularmente a seu eixo longitudinal no ponto onde a tensão
longitudinal deve ser determinada.
b. Usar o diagrama de corpo livre e as equações de equilíbrio de forças necessárias para obter a
força axial interna P na seção.
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iii. A tensão norma σ que age na face oposta do elemento pode ser desenhada em sua
direção adequada.
Exemplo 6:
A barra tem largura constante de 35 mm e espessura de 10 mm. Determinar a tensão normal média máxima
na barra quando ela é submetida à carga mostrada.
Solução:
Carga Interna:
- Por inspeção, as forças internas axiais são constantes, mas têm valores diferentes.
- Essas cargas são determinadas usando o método das seções:
- Visto que a área da seção transversal da barra é constante, a maior tensão normal média é:
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- Distribuição de tensão que age sobre uma seção transversal arbitrária da barra dentro da região BC:
- Considerando apoios rígidos e F suficientemente grande, o material da barra irá se deformar e falhar ao
longo dos planos AB e CD.
- O diagrama de corpo livre do segmento central não apoiado da barra indica que a força de cisalhamento
V = F/2 deve ser aplicada a cada seção para manter o segmento em equilíbrio.
- A tensão de cisalhamento média distribuída sobre cada área secionada que desenvolve essa força de
cisalhamento é definida por:
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(6)
- Onde:
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1.5.3- PROCEDIMENTO DE ANÁLISE PARA DETERMINAR A TENSÃO DE CISALHAMENTO
MÉDIA:
1. Cisalhamento Interno:
a. Selecionar o elemento no ponto onde a tensão de cisalhamento média deve ser determinada.
b. Usar o diagrama de corpo livre e as equações de equilíbrio de forças necessárias para obter a
força de cisalhamento interna V na seção.
Exemplo 7:
O elemento inclinado está submetido a uma força de compressão de 3.000 N. Determine a tensão de
compressão média ao longo das áreas de contato lisas definidas por AB e BC e a tensão de cisalhamento
média ao longo do plano horizontal definido por EDB.
Solução:
Cargas Internas:
- As forças de compressão agindo nas áreas de contato são:
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- A força de cisalhamento agindo no plano horizontal secionado EDB é:
- As tensões de compressão médias ao longo dos planos horizontal e vertical do elemento inclinado são:
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- A tensão de cisalhamento média que age no plano horizontal definido por BD é:
(7)
(8)
(9)
Exemplo 8:
O braço de controle está submetido ao carregamento mostrado na figura abaixo. Determine, com
aproximação de 5 mm, o diâmetro exigido para o pino de aço em C se a tensão de cisalhamento admissível
para o aço for τadm = 55 MPa. Na figura que o pino está sujeito a cisalhamento duplo.
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Solução:
Equilíbrio:
- Para equilíbrio, tem-se:
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- O pino está sujeito a cisalhamento duplo, uma força de cisalhamento de 15,205 kN age sobre sua área da
seção transversal entre o braço e cada orelha de apoio do pino.
- A área exigida é de:
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