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Mecânica dos Sólidos I

Princípios básicos

Diagrama de esforços internos

(Carga axial, Torque, Força cortante e


Momento fletor)

Método das seções

Prof. Leandro José da Silva

Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Você deve ter percebido pela resolução do


último exercício indicado que dependendo do
ponto que consideramos, os tipos e a magnitude
dos esforços internos mudam.

 Dessa forma, podemos mostrar a


variação destes esforços internos ao
longo do comprimento do corpo, neste
exemplo, da viga. A representação
Os esforços internos são diferentes
gráfica dos esforços internos ao nos três pontos dessa viga
longo do comprimento do elemento
recebe o nome de Diagrama de
esforços internos.

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Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Metodologia: expressa-se N, T, V e/ou M em


função de uma posição arbitrária x ao longo do
eixo do elemento.

 Importância: Fornecem informações


detalhadas sobre a variação dos esforços N(x), T(x), V(x) ou M(x)
internos ao longo do eixo do elemento
estrutural/mecânico.
Diferentes equações ao
longo do comprimento

 Utilidade: decidir onde colocar reforços no


elemento ou como calcular as dimensões do
elemento em vários pontos ao longo de seu
comprimento.

Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Carga axial (Normal)

 Várias forças axiais diferentes aplicadas ao


longo do corpo:

Aplica-se o método das


seções entre duas forças
axiais quaisquer aplicadas ao
longo do comprimento

Afinal, qual delas é positiva e


qual é negativa???
Tração - saindo
Compressão - chegando

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Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Carga axial (Normal)

 Convenção de sinais

 Considera-se força e deslocamento


como positivos se provocarem,
respectivamente tração e alongamento;
ao passo que a força e deslocamento são
negativos se provocarem compressão e
contração respectivamente.

Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Carga axial (Normal)

Método das seções Diagrama de força normal

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Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Momento torsor (Torque)

 Um elemento estrutural ou mecânico


frequentemente está submetido a uma série de
torques externos ao longo de seu comprimento. O
principal elemento é um eixo (elemento mecânico).
Podemos então encontrar a variação do momento
torsor (torque interno) ao logo do comprimento
deste elemento.

Aplica-se o método das


seções entre dois torques
externos quaisquer aplicados
ao longo do comprimento

 Convenção de sinal: T será positivo, se pela regra da mão


direita, o polegar se dirigir para fora do eixo quanto os
dedos se curvarem na direção da torção causada pelo torque.

Princípios básicos Diagrama de esforços internos

 Momento torsor (Torque)

 Exemplo IV: Consideremos o eixo


mostrado, o qual está submetido a quatro
torques. O diagrama de torque deve ser
determinado.

Método das seções:


T(x)

TAB  80 _[ N .m] 80Nm

TBC  70 _[ N .m]


TCD  10 _[ N .m]
x
-10Nm

-70Nm

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Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Projeto: Necessário determinar a força de cisalhamento e o momento máximos


que agem na viga.

Diagramas de força cortante


e momento fletor:

Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Função de cisalhamento interno e momento fletor: Formula-se V e M internos em


função de x ao longo de uma viga.

Quando houver carga distribuída, basta


apenas uma seção dentro do
carregamento distribuído, a não ser que
haja também força(s) concentrada(s) ou
binário(s) em regiões de carregamento
distribuído

 Método das seções aplicado a uma distância arbitrária x da extremidade da viga.

Origem: localizada na extremidade esquerda da viga;


embora seja possível infinitas possibilidades de origem

Direção positiva: da esquerda para a direita, mas nada


impede que se estabeleça o contrário

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Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Funções de cisalhamento e momento fletor: inclinações descontínuas em pontos


nos quais uma carga distribuída muda ou onde são aplicadas forças concentradas
ou conjugados.

Direções positivas

Carga distribuída: age para baixo na viga;

Força cortante interna: provoca uma rotação em sentido


horário no segmento da viga sobre o qual age;

Momento interno: causa compressão nas fibras superiores


do segmento de forma que a flexão deste provoca uma
curvatura com concavidade para cima.

Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Procedimento de análise:

1. Reações nos apoios; Todas as forças de reação calculadas e decompostas


paralelamente e perpendicularmente ao eixo da viga.

2. Função de cisalhamento e momento


2.1 Especificar coordenadas x que se estendam até quaisquer duas descontinuidades
de carregamento;
2.2 Seccionar a viga em cada distância x e fazer o diagrama de corpo livre de umas
das partes;
2.3 Cisalhamento: soma das forças perpendiculares ao eixo da viga;
2.4 Momento: soma dos momentos em torno da extremidade secionada do segmento.

3. Diagrama de força cortante e momento fletor

3.1 Construir os diagramas de força cortante e momento fletor;


3.2 Valores positivos mostrados acima do eixo x;
3.3 Conveniente mostrar os diagramas logo abaixo do diagrama de corpo livre
da viga.

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Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções
 Exemplo I: Representar graficamente os
diagramas de força cortante e momento fletor para a
viga dada.
Solução:
1. Reações nos apoios:
L P
M A Pc L   P   0  Pc 
0
2 2
P
 Fy  0 PA  Pc  P  0  PA 
2
2. Funções de cisalhamento e momento fletor:
P
   Fy  0; V (1)
Região AB: 2
P
  M  0; M x (2)
2
P P
   Fy  0;  P V  0  V   (3)
Região BC: 2 2
 L P P
  M  0; M  P x    x  M  L  x  (4)
 2 2 2

Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções
 Exemplo I: Representar graficamente os
diagramas de força cortante e momento fletor para a
viga dada.
Solução:

3. Diagrama de momento fletor e força cortante


Região AB:
P
V
2
P
M x
2

Região BC:
P
V 
2
P
M  L  x 
2

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Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Exemplo II: Representar graficamente os


diagramas de força cortante e momento fletor para a
viga dada.
Solução:

1. Reações nos apoios:


 w L  2  w L2
M A 0
M A   o  L   0  M A  o
 2  3  3
w0 L w0 L
 Fy  0 PA 
2
 0  PA 
2
2. Funções de cisalhamento e momento fletor:

w  w0  w  w0 x
x L L

   Fy  0;
w0 L 1  w0 x 
2
 
2 L 
w 2

 x  V  0  V  0 L  x (1)
2L
2

w0 L2 w0 L
  M  0;  x   1  w0 x  x 1 x   M  0 (2)
3 2 2 L  3 

Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Exemplo II: Representar graficamente os


diagramas de força cortante e momento fletor para a
viga dada.
Solução:

3. Diagrama de momento fletor e força cortante

V
2L

w0 2
L  x2 

M
w0
6L

 2 L3  3L2 x  x 3 

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Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Exemplo III: Representar graficamente os


diagramas de força cortante e momento fletor para
a viga dada.
Solução:

1. Reações nos apoios:

2. Funções de cisalhamento e momento fletor:

0  x1  5 m,

   Fy  0; 5,75  V  0
 V  5,75 kN

  M  0;  80  5,75 x1  M  0
 M  5,75 x1  80  kNm

Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Exemplo III: Representar graficamente os


diagramas de força cortante e momento fletor para
a viga dada.
Solução:

1. Reações nos apoios:

2. Funções de cisalhamento e momento fletor:

5 m  x2  10 m,

   Fy  0; 5,75  15  5 x2  5  V  0
 V  15,75  5 x2  kN

 x 5
  M  0;  80  5,75 x2  15 x2  5  5 x2  5 2 M  0
 2 
 
 M   2,5 x22  15,75 x2  92,5 kNm

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Princípios básicos
Diagrama Força cortante e Momento Fletor – Método das seções

 Exemplo III: Representar graficamente os


diagramas de força cortante e momento fletor para
a viga dada.
Solução:

3. Diagrama de momento fletor e força cortante

0  x1  5 m,
 V  5,75 kN
 M  5,75 x1  80 kNm

5 m  x1  10 m,
 V  15,75  5 x2  kN
 
 M   2,5 x22  15,75 x2  92,5 kNm

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