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SISTEMA DE FORÇAS COPLANARES

 Adição de Sistema de forças coplanares;


 Método de componente rectângular;
 Notação escalar;
 Notação vectorial cartesiana.

SISTEMA DE FORÇAS COPLANARES


Conforme definimos nas lições anteriores, forças complanares são aquelas que encontram-se
situados no mesmo plano. Portanto sistema de forças coplanares é um conjunto de forças que
situam-se no mesmo plano.

ADIÇÃO DE FORÇAS VETORIAIS


Quando os problemas envolvem a adição de mais de duas forças, pode-se aplicar de modo
sucessivo a regra do paralelogramo ou o triângulo de vetores de modo a se obter a força
resultante. Um exemplo desse tipo de situação é mostrado na figura representada a seguir.

Assim pode-se claramente notar que quanto maior for o número de forças envolvidas no
sistema, maior será o tempo necessário para determinar a força resultante, pois necessita da
resultante sucessiva as vezes gerando um cansativo trabalho de geometria e trigonometria. De
modo a simplificar esse processo exaustivo, pode se aplicar o método de componentes
rectângular.

MÉTODO DE COMPONENTE RECTÂNGULAR


É o método que consiste em trabalhar apenas com as componentes dos vetores, formando
desse modo um sistema de forças colineares projetados nos eixos de coordenadas do sistema
de referência.

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COMPONENTES DE UM VETOR
Quando um vetor R é expresso segundo a soma de dois vetores A e B, cada um dos vetores A
e B são chamados de componentes de R, portanto, um vetor resultante pode ser decomposto
em duas componentes a partir da aplicação da regra do paralelogramo. Um exemplo de
decomposição vetorial pode ser observado na figura a seguir, onde, conhecendo-se as linhas
de ação de cada componente, o vetor R pode ser decomposto formando os vetores A e B.

Quando uma força é decomposta em duas componentes ao longo dos eixos x e y, as


componentes são chamadas de componentes rectangulares. Estas componentes podem ser
representadas utilizando:
 Notação escalar;
 Notação de vector cartesiano.

NOTAÇÃO ESCALAR
Quando as componentes formam um triângulo rectângulo, suas intensidades podem ser
determinadas por:

No entanto, no lugar de utilizar o ângulo θ, como o triângulo abc e o triângulo maior


sombreado são semelhantes, o comprimento proporcional dos lados fornece:

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NOTAÇÃO VECTORIAL CARTESIANA
Também é possível representar as componentes x e y de uma força em termos de vectores
cartesianos unitários i e j.

Como a intensidade de cada componente de F é sempre uma quantidade positiva,


representada pelos escalares (positivos) Fx e Fy, então, podemos expressar F como um vector
cartesiano.

RESULTANTE DE FORÇAS COPLANARES


Qualquer um dos dois métodos descritos pode ser usado para determinar a resultante de
várias forças coplanares. Por exemplo:

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Usando a notação vectorial cartesiana, cada força é representada como um vector cartesiano,
ou seja,

O vector resultante é, portanto,

Se for usada a notação escalar, temos então

As componentes da força resultante de qualquer número de forças coplanares podem ser


representadas simbolicamente pela soma algébrica das componentes x e y de todas as forças,
ou seja,

Uma vez que estas componentes são determinadas, elas podem ser esquematizadas ao longo
dos eixos x e y com seus sentidos de direcção apropriados, e a força resultante pode ser
determinada pela adição vectorial.

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Pelo esquema, a intensidade de FR é determinada pelo teorema de Pitágoras, ou seja,

Além disso, o ângulo θ, que especifica a direcção da força resultante, é determinado através
da trigonometria:

PONTOS CHAVE
 A resultante de várias forças coplanares pode ser determinada facilmente se for
estabelecido um sistema de coordenadas x e y e as forças forem decompostas ao longo
dos eixos.
 Convencionar os sinais, sendo que o sinais x – Positivo para a direita, negativo para a
esquerda e y – Positivo para cima, negativo para baixo.
 A direcção de cada força é especificada pelo ângulo que sua linha de acção forma
com um dos eixos.
 A orientação dos eixos x e y é arbitrária e sua direcção positiva pode ser especificada
pelos vectores cartesianos unitários i e j.
 As componentes x e y da força resultante são simplesmente a soma algébrica das
componentes de todas as forças coplanares.
 A intensidade da força resultante é determinada pelo teorema de Pitágoras e, quando
as componentes são esquematizadas nos eixos x e y, a direcção é determinada por
meio da trigonometria.

Exemplo 1:

O elo da figura está submetido as forças F1 e F2, determine a intensidade e a orientação da


força resultante.

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Para a resolução do exercício desta natureza seguimos o algoritmo abaixo:
1o Passo: Decomposição das forcas

2o Passo: Representação de cada força usando notação vectorial cartesiana

3o Passo: Determinação da força resultante

4o Passo: Determinação do módulo da Força Resultante:

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5o Passo: Determinação da direção da Força Resultante:

6o Passo: Representação do vector resultante

7o Passo: Indicar a resposta do problema


Resposta: O modulo e a direcção do vector resultante do sistema é de 629N e 67.9°
respectivamente.

I. Resolva o exemplo a seguir


Exemplo 2:
O parafuso mostrado na figura está sujeito a duas forças F 1 e F2. Determine o módulo e a
direção da força resultante.

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Exercícios de consolidação 03
1. O elo da figura está submetido as forças F1 e F2, determine a intensidade e a
orientação da força resultante.

2. A extremidade da barra está submetida a três forças concorrentes e coplanares.


Determine a intensidade e a orientação da força resultante.

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3. O gancho da figura está submetido as forças F1 e F2, determine a intensidade e a
orientação da força resultante.

4. A chapa está submetida a duas forças FA e FB como mostra a figura. Se θ= 60º,


determine a intensidade da força resultante e sua direcção em relação ao eixo
horizontal.

5. Determine a intensidade da força resultante e indique sua direcção.

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6. Determine o ângulo θ e a intensidade de F1 de modo que a resultante das forças seja
orientada ao longo do eixo x’ positivo e tenha intensidade de 600N.

7. Determine o ângulo θ e a intensidade de FB de modo que a resultante das forças seja


orientada ao longo do eixo y positivo e tenha intensidade de 1500N.

"Quando escrita em chinês, a palavra crise é composta de dois caracteres. Um representa


perigo e outra representa oportunidade. " - (John F. Kennedy)

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Elaborado por: Prof. Eduardo A. Rungo

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
 BEER, F. P.; JOHNSTON JR, E. R. Mecânica Vectorial para Engenheiros:
Estática.5.ed. São Paulo: MakronBooks, 1991.
 HIBBELER, R. C. Mecânica Estática. 10 ed. São Paulo: PearsonEducation do Brasil,
2005.
 BEDFORD & FOWLER. Engineering Mechanics – Statics3ªed. New Jersey: Prentice
Hall, 2002.

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