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O ESPÍRITO SANTO NA BÍBLIA

Patric Borges do Nascimento1


Seminário Evangélico Avivamento Bíblico
Teologia Sistemática – Aloísio T. Rodrigues da Silva

RESUMO

Este artigo tem como principal objetivo revelar o Espírito Santo na Bíblia, dando enfoque
em Sua natureza divina (e Pessoalidade), atuações no Antigo e Novo Testamento e revelando-
O como o próprio Autor das Sagradas Letras. As Escrituras Sagradas nos apresentam o Espírito
Santo deliberadamente enfatizado como Deus, Agente e Executor da Criação e da vida. Este,
em toda Escritura, tem uma grande e importante participação, o que nos traz clareza acerca de
muitas questões concernentes ao Ser de Deus.
Palavras-chave: Espírito Santo, Bíblia, Antigo Testamento, Novo Testamento,
Inspiração.

1
Aluno do curso Bacharel em Teologia no Seminário Evangélico Avivamento Bíblico. E-mail:
ti.cnho@hotmail.com
1 Introdução

A palavra espírito denota muitos sentidos em toda Escritura. No Antigo Testamento (AT)
por exemplo, se vê diversas vezes esse termo ser usado para expressar o fôlego de vida do
homem, sua mente ou consciência imaterial (Gn 2.7); a respiração dos animais (Gn 7.15); para
designar um ser angélico e sobrenatural; para designar os quatro ventos da terra e o mais
importante entre todos, o Espírito de Deus. (HARRIS, 2008).
O termo espírito no AT vem do Hebraico rûah. Segundo o Dicionário Internacional de
Teologia

Esse substantivo ocorre 387 vezes no AT sendo geralmente de gênero feminino. [...].
A ideia básica de rûah (grego pneuma) é “ar em movimento”. [...]. A palavra rûah
pode exibir uma ampla gama de sentidos. [...]. Na maioria das vezes, contudo, o
contexto aprova, e a analogia do NT apoia fortemente a ideia de que o rûah YHWH é
o Espírito Santo, [...]. (Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento, 2008, p. 1409).

O contexto pelo qual essa ideia é aprovada refere-se obviamente às alusões feita nos
textos bíblicos ao Espírito de Deus, como pode-se ver no Salmo 51, onde Davi diz “... nem tires
de mim o Seu Santo Espírito” (Sl 51.11); ou ainda no livro de Isaias que diz “Apesar disso, eles
entristeceram o Seu Espírito Santo” (Is 63.10).
No Novo Testamento, o termo espírito vem do grego “pneuma”, entretanto, quando se
referindo ao Espírito Santo é utilizado também o termo grego Parácleto, que quer dizer
ajudador, conselheiro ou advogado.
Veremos no decorrer desta pesquisa como, no Antigo e Novo Testamento, o Espírito de
Deus, tema e objetivo desse artigo, se revela com Suas respectivas características.

2 Abordagem acerca da Pessoa e Natureza do Espírito Santo

2.1 Pessoalidade

Nas Escrituras Sagradas não é difícil vermos o Espírito Santo ser tratado como uma
Pessoa. Todas as referências feitas ao Espírito Santo nas Sagradas Escrituras denotam Sua
pessoalidade. Alguns grupos dentro da história da teologia, como os arianos2, socinianos3 e
sabelianos4 buscaram tirar do Espírito Santo Sua pessoalidade e Sua participação na Santíssima
Trindade (HODGE, 2001), entretanto, uma dedicada e detalhada observação de toda a Escritura
mostrará que o Espírito Santo é uma Pessoa, pois possui inteligência, vontade e subsistência
individual, sendo participante fundamental e intrínseco da Trindade.
Charles Hodge em sua Teologia Sistemática expõe acerca da pessoalidade do Espírito
Santo dizendo

O primeiro argumento em prol da pessoalidade do Espírito Santo deriva do uso dos


pronomes pessoais em relação a ele. Uma pessoa é alguém que, ao falar, diz Eu;
quando é abordado, se lhe diz Tu; e quando se lhe faz referência, é chamado Ele.
Portanto, admite-se que existe a figura retórica da personificação; que seres
inanimados ou irracionais, ou sentimentos, ou atributos, podem ser apresentados
falando ou abordados como pessoas. [...]. O mesmo se dá com respeito ao Espírito
Santo. Ele é mostrado tão amiúde como pessoa, não meramente em um discurso
poético ou exaltado, mas em simples narrativas e instruções didáticas, e sua
pessoalidade está sustentada por tantas provas colaterais, que explicar o uso dos
pronomes pessoais em relação a ele com base no princípio da personificação seria
violentar tais normas de interpretação. (HODGE, 2001, p. 390)

Seguindo a linha de raciocinio de Hodge, podemos compreender pelas referencias feitas


Escrituristicamente, que o Espírito Santo é em essência uma Pessoa, pois desta forma é tratado
em toda a Escritura e de forma Pessoal age.
Textos como At 13.2 que diz, “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito
Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.” ou ainda, Jo
15.26 que diz, “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o
Espírito da verdade, que dEle procede, Ele dará testemunho de mim.”, mostram que o uso do
pronome é uma referência direta ao Espírito Santo como uma Pessoa. (HODGE, 2001)
O Espírito Santo além do tratamento pronominal, é tratado também, possuindo vontade,
inteligência e sentimentos, caracteristicas que são meramente pessoais. Vemos por exemplo em
I Co 12.11 que o Espírito possui vontade: “Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo

2
O arianismo tem como líder Ário (de onde surgiu o nome do segmento), o qual era “um Presbítero [...], que viveu
em meados de 265 a 356 [d.C.]. Segundo Ário Deus é ímpar e não gerado. O Logos é um intermediário entre Deus
e o homem. Cristo começou antes do tempo, mas não era eterno; ele também nasceu, o que aponta para a filiação
por adoção. Jesus Cristo é inferior a Deus Pai” (SILVA, 2011, p. 128).
3
Esse sistema, considerado heterodoxo, surgiu em resultado do trabalho e da influência de Laélio e Fausto Socínio
[de onde vem o nome do segmento], que se desviaram dos ideais do protestantismo (CHAMPLIN R. N., 2006, p.
249).
4
Sabélio, líder eclesiástico do século III d.C., ensinava uma única essência divina que operaria mediante três
manifestações temporárias sucessivas: Deus Pai (criador e legislador); Deus Filho (redentor); e Deus Espírito Santo
(mediador, doador da vida, ator divino). De acordo com essa doutrina, não haveria algo como três pessoas
separadas, formando uma Trindade divina (CHAMPLIN R. N., 2006, p. 12).
mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer”. Em relação
a inteligencia, Paulo escreve aos Romanos dizendo, “E aquele que sonda os corações conhece
a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de
Deus”. Ora, se o Espírito intercede, implica dizer que o mesmo possui inteligencia, pois Este,
intercede por nós conhecendo as nossas intenções. Quanto ao sentimentos, vemos que o Espírito
Santo se entristece, por isso Paulo nos recomenda, “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus,
com o qual foram selados para o dia da redenção” (Ef 4.30) e também ama, “Recomendo-lhes,
irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que se unam a mim em minha
luta, orando a Deus em meu favor” (Rm 15.30).
Não é característico, normal, nem tampouco natural, um ser impessoal demonstrar
atributos como a inteligencia ou raciocinio, sentimentos e vontades, porém, o Espírito Santo
como um Ser Pessoal e como Deus apresenta todas essas características.

2.2 Deidade

Quanto a deidade do Espírito Santo podemos também, em toda Escritura, vermos que Ele
é tratado como Deus. Sumariando alguns fatos acerca de Seus atributos poderemos
compreender de maneira mais clara a Sua divindade, pois os mesmos atributos apresentados
pelo Espírito Santo são apresentados pelo Pai e pelo Filho.

2.2.1 Eternidade

O autor aos Hebreus vai dizer, “...Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus...” (Hb 9.14). Nesta afirmação, podemos encontrar as Três Pessoas da
Trindade, o Filho que se ofereceu; o Espirito que é eterno; e Deus que recebeu a oferta sacrificial
do Filho. Chafer vai dizer que as Três Pessoas da Trindade são claramente vistas no texto e que
seria equivocado dizer que o Espirito é inferior a qualquer outra Pessoa da Trindade tendo em
vista o fato de que o texto não dá essa possibilidade, mas antes assegura uma importância mútua
(CHAFER, 2003). Chafer diz ainda

A construção do texto, assim como a coisa estupenda, é vista como realizada, exige
uma pessoa tão grande, do mesmo modo que é exigido das outras duas pessoas. O
Filho oferece-se a si mesmo; o Pai recebe o sacrifício; e tudo é executado pelo Espírito
eterno. Poderia possivelmente ser demonstrado que a obra do Espírito Santo neste
grande empreendimento é menor do que a do Filho, ou do que a responsabilidade do
Pai em receber o sacrifício? O termo eterno, que com toda propriedade pode também
ser atribuído a Deus, o Pai, ou a Deus, o Filho, é aqui atribuído ao Espírito Santo.
Visto que esse atributo só pode ser predicado de Deus, o Espírito Santo deve ser
entendido como Deus. (CHAFER, 2003, p. 371)

Podemos entender então que, a passagem dá ênfase não só ao sacrificio oferecido pelo
Filho e aceito pelo Pai, mas também Àquele que é o Executor de tudo, o Espírito Santo, o qual,
como Deus, é eterno, atemporal.

2.2.2 Onipotência

Em relação a Sua onipotência podemos dizer que o Espírito é o Todo-Poderoso criador


de todas as coisas e Aquele que ressucitou a Cristo dentre os mortos. O Apóstolo Pedro diz:
“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-
nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no Espírito” (I Pe 3.18). Ora, o
poder de vivificar ao Cristo morto só pode ser efetuado por Aquele que é Deus, o Espírito Santo.
Chafer diz que todas as obras do Espírito Santo exigem onipotência divina (CHAFER, 2003).
Vemos a onipotencia do Espírito na criação da terra, em que o Espírito de Deus pairava sobre
a face das águas. Champlin, num comentário acerca da criação em Gênesis 1.2, diz que “temos
aqui outro paralelo das antigas cosmogonias. O autor sacro utilizou-se da metáfora do Espírito
como poder divino que produziu vida dentre a massa aquosa” (CHAMPLIN R. N., O Antigo
Testamento Interpretado: versículo por versículo: Volume 1: Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números, 2001, p. 11). Isso implica dizer que o Espírito de Deus, isto é, o Espírito Santo é o
Todo-Poderoso que gera vida aonde não há vida (cf. Sl 104.30).

2.2.3 Onipresença

O salmista diz, “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?
Se subir ao céu, tu ai estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar
as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra
me susterá” (Sl 139.7-10). Essa perícope do Salmo 139 deixa claro que o Espírito de Deus é
quem está em evidência operando o atributo da onipresença. A referência quanto a estar em
lugares diversos e longínquos é totalmente aplicada ao Espírito Santo “Para onde me irei do teu
Espírito...?”. Chafer ao falar sobre a onipresença do Espírito Santo argumenta

Ele é onipresente. Ele sempre foi onipresente em toda criação, mas é também verdade
que Ele agora, ao começar no dia do Pentecostes e continuará até a remoção da Igreja,
está residente no mundo (Ef 2.18-22). (CHAFER, 2003, p. 372)
O Espírito Santo é, portanto, onipresente, estando em todos os lugares e ao mesmo
tempo, assim como o Pai e assim como o Filho, pois o Espirito é Deus, assim como o Pai é
Deus e, assim como o Filho é Deus.
2.2.4 Onisciência

Quanto a onisciência do Espírito podemos ser breves. Observemos o que o Apóstolo


Paulo diz em sua carta aos coríntios:

“Porque Deus no-las recebeu pelo seu Espírito: pois o Espírito esquadrinha todas as
coisas, mesmo as profundezas de Deus. Pois, qual dos homens entende as coisas do
homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também as coisas de Deus,
ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus” (1 Co 2.10.11).

Esse texto revela bem a onisciência do Espírito. Se Deus é onisciente tendo o


conhecimento de todas as coisas, não seria igualmente o Seu Espírito que sonda as Suas
profundezas? Ele compreende o que homem ou ser nenhum é capaz de compreender, Deus, e
isto implica dizer que Ele conhece todas as coisas inclusive os pensamentos e intenções do
coração humano, o qual fora criado por Deus e vivificado em Cristo pela fé, por meio do Seu
Espírito.

2.2.5 Amor

Paulo diz em Gálatas 5.22 que o fruto do Espírito é o amor. Ele transmite sua essência a
nós. Assim como Deus é amor, o Espírito também é amor. Esse é um atributo de Deus que é
comunicável ao homem por meio do Espírito Santo: “E a esperança não nos decepciona, porque
Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos
concedeu” (Rm 5.5).

2.2.6 Fidelidade

Assim como o amor, está inserido no fruto do Espírito a fidelidade. Chafer diz que “aqui
[referente ao texto de Gálatas 5.22] não há referência à atitude de fé, como está sugerindo
provavelmente na Authorized Version, mas antes, o Espírito é dito reproduzir a fidelidade
divina no crente” (CHAFER, 2003, p. 372). Podemos compreender então, que o Espírito como
o produtor do fruto, possui totalmente em Sua essência a fidelidade e a compartilha, transmite
ou insere no interior do regenerado.
2.2.7 Veracidade

“E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre,
o Espírito da verdade” Jo 14.16,17a.
Jesus ao referir-se ao Espírito Santo nesta passagem, enfatisa algo de suma importância,
o envio do Espírito da verdade, o qual tem a mesma espécie do Cristo. Ao usar os termos outro
Conselheiro, Jesus está dizendo que mandará Outro da mesma natureza que a Sua, o Espírito
da verdade (MAIA, 2014). Este Espírito não apenas possui a verdade, mas é a própria verdade
assim como o Pai e o Filho. Ele não apenas dissemina a verdade, mas também a manifesta. João
escreve em sua primeira epístola “E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a
verdade” (I Jo 5.6). Não existem incertezas, dúvidas, mentiras ou algo dessa natureza que possa
pertencer ao Espírito Santo, pois Ele é a verdade e ninguém pode mentir ou enganá-lo. Ele
conhece as profundezas de Deus e as profudezas do homem. Chafer argumenta sobre isso
quando diz

[...] pode ser obeservado que o Espírito não somente possui a verdade: Ele é a verdade:
Ele é a testemunha fiel da verdade. Como tal, Ele é o Autor divino das Escrituras, e
nesse sentido concede testemunho da verdade. Uma mentira contra o Espírito Santo
foi instantaneamente punida com a morte (At 5.1-11). Consequentemente, a verdade
infinitamente vital está relacionada ao Espírito Santo. (CHAFER, 2003, p. 372)

2.2.8 Santidade

Por fim, tratemos da santidade do Espírito Santo, o qual, no Seu próprio nome, leva essa
designação. A santidade do Espírito é simplesmente algo inseparável de sua natureza. Ele é
Santo, Santo, Santo e abomina qualquer tipo de pecado (Is 63.10). Ele opera nos homens a
santificação (Tt 3.5) e nisto se dá um de seus oficios. Ele se opõe a natureza caída do homem
(Rm 8.1-16; Gl 5.16-18), regenera o espírito do homem (Tt 3.5) e o conduz no caminho em
busca da perfeição, isto é, da glorificação. Ele é sensível quanto à pureza (Tg 4.5) e existe um
tipo de pecado contra a Sua Pessoa que não possibilita perdão, a blasfêmia (Mt 12.31,32).
Vemos portanto, que a santidade do Espírito Santo é fundamental para a compreensão de Sua
Pessoa e é um atributo primordial, que graças a Ele, é comunicado ao homem.
Diante dessa explanação feita acerca da Pessoa e Natureza do Espírito Santo, pudemos
compreender que não é nenhum equívoco considerá-Lo uma Pessoa de Natureza divina assim
como o Pai e o Filho, pois, diante das Sagradas Escrituras vimos que Ele possui todos os
atributos e caracteristicas que evidenciam essa verdade.
2.3 Em relação à Trindade

Ao falarmos da Deidade do Espírito Santo no tópico anterior, pudemos ver que Ele faz
parte da Santíssima Trindade sendo Deus com o Pai e o Filho, pois possui os mesmos atributos
que o Pai e o Filho. Porém, vamos aqui salientar, de maneira breve, acerca da sua participação
na Trindade, o que é para nós de suma importância, com duas referências integrantes dos Trinta
e Nove Artigos de Religião da Igreja Anglicana:

[artigo I: Da Fé na Santíssima Trindade] Há um único Deus, vivo e verdadeiro, eterno,


sem corpo, sem partes nem paixões, de infinito poder, sabedoria e bondade; Criador
e Conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E na unidade desta Divindade
há três Pessoas, da mesma substância, poder e eternidade: O Pai, o Filho, e o Espírito
Santo. (Defendendo a Fé Cristã, 2011, p. 21)

E ainda

[artigo V: Do Espírito Santo] O Espírito Santo, procedente do Pai e do Filho, é da


mesma substância, majestade e glória que o Pai e o Filho, verdadeiro e eterno Deus.
(IBID, p. 22)

3 O Espírito Santo no Antigo Testamento – Áreas de Atuação

O Antigo Testamento dá forte testemunho acerca do Espírito de Deus (Espírito Santo) e


o Novo Testamento os confirma em centenas de passagens, revelando que o mesmo Espírito
que atuou ali no Antigo Testamento é o mesmo Espírito que atuou no Novo Testamento e que
continuaria atuando até o advento de Cristo.
Para termos uma maior compreensão do Espírito Santo na Bíblia, nos convém analisar
primariamente, Suas atuações desde o Antigo Testamento, onde Ele teve importantes
participações revelando-Se como o Deus criador e mantenedor do universo, o qual trouxe ordem
ao caos e vida aonde não havia vida.
Analisemos a priori Sua atuação na criação.
O Espírito de Deus é também chamado o Sopro de Deus. Ele é o Executor da ordem
divina e, na criação não fora diferente. O texto de Gênesis 1.2 na tradução da Nova Versão
Internacional diz, “Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito
de Deus se movia sobre a face das águas”. Segundo Kidner, “no Velho Testamento, Espírito
expressa a energia provinda de Deus, energia criadora e sustentadora” (KIDNER, 2008, p. 43),
isto implica dizer que, o Espírito de Deus foi o Agente da ordem aonde havia apenas caos como
o texto revela “Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo”. O texto de Jó
26.13 também denota uma ordem ao caos por meio do seu sopro: “Com o seu sopro os céus
ficaram límpidos...” (Nova Versão Internacional). Champlin argumenta

Seu Espírito esteve ativo, embelezando a criação para mostrar as supremas


habilidades artísticas de Deus. [...]. Com seu sopro (que algumas versões, como a
portuguesa, põem em lugar do Espírito de Deus), Ele aclara o temporal e todo o
conflito que pode pertubar a harmonia de Sua criação (CHAMPLIN, 2001, p.
1967)

O Espírito Santo é ainda o Doador da vida humana. Foi Ele quem soprou nas narinas do
homem o fôlego de vida, tornando o mesmo alma vivente (Gn 2.7; Jó 33.4). Wiley e Paul
Culbertson dizem que “Ele tem sido o Agente da produção de toda a vida e, portanto, por
antecipação profética é o Senhor e Doador da vida” (1990, p. 281).
Na história de Israel, vemos o Espírito Santo agindo de maneira específica em relação aos
homens, diferente da Sua atuação no Novo Testamento onde o mesmo fora derramado sobre
toda a carne conforme fora profetizado por Joel (Jl 2.28), profecia esta que se cumprira no dia
de Pentecostes (At 2).
Ele agia nada vida de certos homens dando a eles poderes e capacidades especiais para
certas funções e propósitos. Severa ao falar sobre as atuações do Espírito no Antigo Testamento
menciona “...os artífices que construiram o tabernáculo (Ex 31.2-5) e os juízes que foram
revestidos de poder para libertar Israel da opressão de inimigos nos primeiros anos da ocupação
da terra prometida (Jz 11.29,32; 14.6)”. (SEVERA, 2014, p. 245)
Wiley e Paul Culbertson tratam a relação do Espírito com o homem no Antigo Testamento
de quatro formas considerada por eles principais “das quais Abel, Abraão, Moisés e os profetas
são tipos representativos” (1990, p. 281). Wiley e Culbertson procuram mostrar que o Espírito
Santo atuava na consciência dos homens de maneira pessoal e privada, o que denota o fato de
que Sua atuação voltava-se para a justiça e retidão praticada pelo homem. O exemplo utilizado
por eles é o de Abel e Caim. Abel, segundo eles, sedeu a operação do Espírito, enquanto Caim
não. A resistência à operação do Espírito fez com que a humanidade se tornasse depravada, o
que gerou para eles a condenação externada por Deus desta maneira: “O meu Espírito não agirá
para sempre no homem, pois este é carnal” (Gn 6.3). (Wiley & Paul T. Culbertson, 1990) Essa
seria a primeira forma de atuação do Espírito em relação ao homem.
A segunda se dá por meio da família. Abraão recebeu a promessa der ser pai de uma
multidão, ou seja, toda a sua geração foi escolhida por Deus para transmitir uma nova realidade
da ação de Deus na terra. Sengundo Wiley e Culbertson “a família de Abraão, já separada, foi
a igreja em germe e, portanto, o primeiro princípio histórico de uma comunidade religiosa”
(1990, p. 282), a qual, podemos dizer, se tornou o veículo da ação do Espírito de Deus para
cumprir com seus propósitos.
O terceiro método de atuação do Espírito Santo segundo Wiley e Culbertson, “encontra-
se na promulgação da lei por meio de Moisés” (1990, p. 282). Segundo eles, o Espírito Santo
atuou por meio da Lei moral, cerimonial e judicial, trazendo ao homens a compreensão de qual
seria a vontade de Deus para suas vidas.
E por fim, o quarto estágio, se dá por meio dos profetas, os quais falaram da parte de Deus
movidos inteiramente pelo Espírito Santo. Este estágio tem relação com o terceiro num sentido
negativo. A Lei fora dada pelo próprio Deus a Moisés, e para que os homens compreendessem
a vontade de Deus através da Lei e a cumprissem, eles precisavam estar sensiveis a operação
do Espírito Santo, assim como Abel estivera antes mesmo da Lei, porém, os homens ignoraram
o espírito da Lei e se dedicaram apenas a letra, aquilo que se refere ao exterior tendo como
consequencia a morte espiritual. Os profetas entram em cena movidos pelo Espírito Santo para
trazerem aos homens o significado da Lei e qual a vontade de Deus para suas vidas, os quais
eles haviam perdidos. Wiley e Culbertson, em relação a isso, dizem que os profetas “[...]
apelaram para as esperanças e temores dos homens e isto deu conteúdo interno às formas
externas. Não só se fez apelo à Lei, mas os profetas proporcionaram uma literatura devocional
e dirigiram a atenção dos homens para o Redentor prometido”. (WILEY & PAUL T.
CULBERTSON, 1990, p. 282)

4 O Espírito Santo no Novo Testamento: Evangelhos, Atos e nas Epístolas.

Podemos compreender a exposição feita do ministério do Espírito no Evangelhos como


uma segunda etapa, assim como é considerada por Severa (SEVERA, 2014). Falar sobre o
Espírito Santo no Novo Testamento pode ser algo bem extensivo, assim como também poderia
ser no Antigo Testamento, entretanto, assim como tratamos de maneira sucinta a primeira etapa
do Seu ministério no Antigo Testamento, trataremos de maneira breve no Novo Testamento.

4.1 Evangelhos

Nos Evangelhos podemos ver desde o início de maneira enfática a presença do Espírito
Santo. Todos os evangelistas preocupam-se em relatar acerca do Espírito Santo. É dada, porém,
mais ênfase sobre o Espírito Santo na vida de Jesus, o qual O recebera sem medida (Jo 3.34).
Na vida de Jesus o Espírito Santo tem total evidência e atuação, pois Este: o gerou
conforme Lucas escreve “...O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá
com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo, Filho de Deus” (Lc
1.35). Também desceu sobre Ele no batismo (Jo 1.32,33) e O impeliu para o deserto para ser
tentado (Mt 4.1; Lc 4.1). Jesus fora totalmente capacitado pelo Espírito para atuar em Seu
ministério. Ele ensinou, pregou, realizou sinais e maravilhas tudo por meio da ação do Espírito
Santo em Sua vida (Lc 4.18; At 10.38; Mt 12.27,28) (SEVERA, 2014). Severa ao falar sobre
esta etapa do ministério do Espirito diz que além dessas atuações sobre a vida de Jesus “somos
informados por outras partes da Bíblia que o Espírito Santo guiou Jesus na morte (Hb 9.14),
ressuscitou-o (Rm 8.11) e capacitou o Senhor para dar mandamentos depois da ressureição (At
1.2)”. (SEVERA, 2014, p. 246) É evidente também que o Espirito Santo atuou na vida de João
Batista, o qual preparou o caminho do seu Senhor (Lc 1.15), e na vida dos discípulos de Jesus
(Jo 14.17). (SEVERA, 2014)
Não nos esqueçamos de que Jesus antes de Sua morte e ressureição, prometera aos seus
discípulos que enviaria da parte do Pai, o Espírito Santo (Jo 14.26; Jo 15.26). A atuação do
Espírito Santo até o Pentecoste era de certo modo específica, pois Ele ainda não havia sido
enviado ao mundo tendo assim uma atuação geral sobre o mesmo, operando nos homens a obra
da regeneração, santificação e os seus carismas, entretanto, essa realidade muda após a ascensão
de Cristo e inicia-se então, o terceiro estágio do Espírito Santo.

4.2 Atos e nas Epístolas

Depois de terminarem os dias de espera, o Espírito Santo veio sobre o grupo reunido
dos discípulos de modo inédito, acompanhado de sinais sobrenaturais e fazendo com
que irrompessem em louvores a Deus em línguas diferentes das suas próprias. Na
medida em que os discípulos saíam para as ruas, a sua atividade estranha atraía a
atenção das pessoas que ficaram atônitas com aquilo que ouviram. Muitas ficaram
assombradas, mas algumas estavam dispostas a buscar uma explicação racionalista e
algo desonrosa daquilo que acontecia. (Atos, Introdução e comentario, 2008, p. 67)

A chegada do Espírito Santo no dia de Pentecostes fora algo de tamanho ímpeto.


Diferente do modo como desceu sobre Cristo – corporalmente em forma de pomba – o Espírito
Santo vem agora como um vento impetuoso. Marshall diz que o historiador e evangelista
“Lucas o descreveu como sendo quase palpável quando disse que encheu toda a casa. A
linguagem, conforme devemos notar, é aquela da analogia – um som como o do vento – e indica
que tratamos com uma ocorrência sobrenatural”. (MARSHALL, 2008, pp. 68,69)
Todo esse fato histórico narrado por Lucas é o cumprimento da profecia de Joel registrada
em seu livro (Jl 2.28-32), onde ele profetisa de maneira enfática a respeito do Dia do Senhor.
Pedro, o apóstolo, após a descida do Espírito Santo, anuncia a mesma mensagem de Joel aos
povos que estavam presentes naquela ocasião. Esta mensagem fora de cunho explicativo e
evangelístico, pois sua mensagem, pelo agir dAquele que havia descido de maneira impetuosa,
trouxe clareza aos que não haviam entendido o acontecimento e salvação para cerca de três mil
almas.
Se inicia então, como fato histórico, o terceiro estágio do ministério do Espírito Santo, o
qual de maneira sobrenatural agia não só na vida dos apóstolos de Cristo e na Igreja Primitiva,
mas também em toda terra, onde o evangelho era anunciado.
Segundo Langston a vinda do Espírito Santo se deu pelo fato de que Jesus já havia
terminado a sua obra na terra. Ele preparara o caminho para o Espírito Santo agir por meio da
agora chamada Igreja de Cristo, pois o Seu Reino fora estabelecido, sua morte e ressureição
concretizada, o Seu nome, porém, e a Sua salvação deviam ser anunciados em toda terra, e os
poderes para a continuação da obra começada seria efetuado pelo Espírito através do Seu corpo,
a Igreja. (LANGSTON, 1986)
Notemos que o livro dos Atos dos Apóstolos tem como protagonista o Espírito Santo, o
qual foi agente de todas as obras realizadas pelos apóstolos do Senhor. Aqui Ele tem total
proeminência. O livro dos Atos revela a sobrenatural atuação do Espírito, a qual não depende
da escolha ou vontade humana. Peter Rowe afirma que

O livro de Atos é empolgante e desafiador. Ele revela o que Deus pode fazer, mediante
o poder do Espírito, com um bando de discípulos desencorajados e confusos. E
inspirador considerar que não há nenhuma razão pela qual a mesma coisa não possa
acontecer conosco. (Apostila do "Internacional Bible Institute of London", por Peter
Rowe, PhD)

Nas epístolas o Espirito Santo é bem enfatizado, principalmente pelo apóstolo Paulo. A
sua atuação é evidenciada na vida da igreja a qual tem os seus carismas a disposição da Sua
vontade, com o fim de edificar a igreja e glorificar o Nome de Jesus. No entanto, as referências
feitas ao Espírito Santo nas epístolas formam uma obra sistemática em relação a sua obra e
Pessoa, as quais podemos sumariar de maneira sucinta como:
▪ Restringência: o Espírito santo restringe o mundo (II Ts 2.6-7);
▪ Regeneração: Ele regenera o homem caído (Tt 3.5);
▪ Iluminação: Ele ilumina os santos (I Co 2.9,10);
▪ Testemunha: Ele testifica ao nosso espírito (Rm 8.6);
▪ Unção: Ele é a Unção do Santo (I Jo 2.27);
▪ Dons: Ele distribui os dons como quer (1 Co 12.1-11)
▪ Batismo: Ele é o elemento do batismo (I Co 12.13);
▪ Intercessão: Ele intercede pelos santos (Rm 8.26,27);
▪ Santificação: Ele santifica o homem (II Ts 2.13; I Pe 1.2);
▪ Penhor e Selo: Ele é o penhor e o Selo da igreja (II Co 1.22; II Co 5.5; Ef 1.13,14).

5 O Espírito Santo como Autor da Bíblia

Seria um equívoco tratarmos sobre a Pessoa do Espírito Santo na Bíblia e não


mencionarmos Sua autoria da mesma. A Bíblia como sabemos, testifica de si mesma como
Palavra inspirada de Deus (II Tm 3.16 – II Pe 1.20,21), fica explícito então, a atuação do Ser
divino para a sua composição, o qual é o Espírito Santo.

5.1 Definição de Inspiração

Segundo o Dicionário Bíblico Universal (2013, p. 277), inspiração “deriva de in spiro


“soprar para dentro, insuflar”. Na Bíblia, designa não somente Deus como autor da inteligência
do homem (Jó 32.8), mas também a própria Escritura como “inspirada por Deus” (II Tm 3.16)”.
Hermisten Maia (2014, p. 97) define a inspiração como “sendo a influência sobrenatural
do Espírito de Deus sobre os homens separados por ele mesmo, a fim de registrarem de forma
inerrante e suficiente toda a vontade de Deus, constituindo este registro na única fonte e norma
de todo o conhecimento cristão”.

5.2 O papel do Espírito em relação aos homens na inspiração

Tendo em vista as definições podemos compreender que Deus, por meio do Seu Espírito,
soprou a sua verdade aos homens santos (II Pe 1.20,21). Estes foram qualificados pelo Espírito
Santo, de maneira consciente, para darem expressão à verdade (TIDWELL, 1985). Não
escreveram de si mesmos, por suas próprias vontades, nem lançaram aos Escritos influências
pecaminosas ou falíveis, foram, porém, totalmente conduzidos pelo Espírito Deus em todas as
suas palavras (MAIA, 2014).
Não se pode ignorar o fato de que a inspiração fora dinâmica, isto é, “Deus não anulou a
personalidade dos escritores, por isso, inspirados por Deus, eles puderam usar de suas
experiências, pesquisas, aptidões e manter o seu estilo” (MAIA, 2014, p. 98). Se não fosse
assim, veríamos em toda Escritura um só estilo, o do Espírito Santo. Vemos, porém diferenças
estilísticas em toda Escritura, como por exemplo a diferença de estilo de escrita de Paulo para
com a de João. Van Groningen expressa uma clara verdade acerca da ação do Espírito no
homem ao dizer que

O Espírito Santo habitou em certos homens, inspirou-os, e assim dirigiu-os que eles,
em plena consciência, expressaram-se na sua singular maneira pessoal. O Espírito
capacitou homens a conhecer e expressar a verdade de Deus. Ele impediu-os de incluir
qualquer coisa que fosse contrária a essa verdade de Deus. Ele também impediu-os de
escrever coisas que não eram necessárias. Assim, homens escreveram como homens,
mas, ao mesmo tempo comunicaram a mensagem de Deus, não a do homem
(GRONINGER, 1995, pp. 64,65)

Fica, desta maneira, claro para nós, que o Espírito Santo é o autor das Sagradas Escrituras,
o qual, por Sua soberana vontade inspirou homens santos para escrevem tudo o que era devido:
“Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação
pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte
de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (II Pe 1.20,21).

6 Considerações Finais

Por meio dos temas tratados, pudemos ver que em toda a Escritura, o Espírito Santo é, e
de maneira suntuosa, mencionado. As referências ao Mesmo, encontradas nas Sagradas Letras,
revelam a Sua importância e a Sua magnífica atuação sobre toda a terra, inclusive sobre os
homens. Diante dessa realidade, me admira o fato de muitos escritores sistemáticos de teologia
não levaram em consideração o Seu papel revelado no Livro de Sua própria autoria.
Estes, que o ignoram, esquecem-se ou não compreendem que não há uma separação entre
a Pessoa do Pai, do Filho e do próprio Espírito Santo, sendo os Três, ainda que distintos em
personalidade e manifestações, Um. A necessidade de uma preocupação quanto a isso se dá
pelo simples fato de que, para termos uma pura e clara compreensão de toda Escritura, deve-se,
não às ferramentas humanas de pesquisa, mas ao Espírito Santo, uma genuína submissão, o qual
sonda as profundezas do próprio Deus e também as dos homens.

Referências
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2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó. São Paulo: Hagnos, 2001.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo: Volume 1: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números. São Paulo: Hagnos, 2001.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 2006.
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MAIA, H. Creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo. São José dos Campos - SP: Fiel, 2014.
MARSHALL, I. H. Atos, Introdução e comentario. São Paulo: Vida Nova, 2008.
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SILVA, A. T. Defendendo a Fé Cristã. São Paulo: Publicações Avivamento, 2011.
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