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Lição 10 – Nossa segurança vem de Deus

5 de Junho de 2022
Adultos 2º Trimestre de 2022

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não


consiste na abundância do que possui.” (Lc 12.15)

VERDADE PRÁTICA

Não podemos colocar a nossa esperança nas riquezas deste mundo, mas sim em Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Mateus 6.19-27

19 – Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os
ladrões minam e roubam.
20 – Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os
ladrões não minam, nem roubam.
21 – Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22 – A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu
corpo terá luz.
23 – Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz
que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24 – Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se
dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
25 – Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de
comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
26 – Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e
vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 – E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua
estatura?

INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, veremos que jamais devemos colocar a nossa esperança nos bens
materiais, mas sim em Deus (1 Tm 6.17). No Sermão do Monte, Jesus ensinou a respeito
do dinheiro, de juntarmos tesouros neste mundo, e sobre ansiedade. Tal ensinamento não
significa que não podemos ter bens materiais, mas mostra que devemos ter cuidado com a
avareza, pois o amor do dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6.10). Precisamos ser
vigilantes, pois o apego aos bens terrenos nos escraviza tornando-nos dependente das
coisas materiais e não mais do Senhor, que provê as nossas necessidades.

Palavra-Chave: ANSIEDADE
I – RIQUEZA DO CÉU E RIQUEZA DA TERRA

1- Uma conciliação impossível. Já experimentamos o Novo Nascimento, somos novas


criaturas e não devemos, novamente, ser dominados pela concupiscência dos nossos olhos
nem pela soberba deste mundo (1 Jo 2.16). Uma das tentações de Satanás, quando o
Senhor Jesus passou pelo processo de tentação (Mt 4.1-11), foi o oferecimento dos reinos
deste mundo (Mt 4.9). Jesus rejeitou tal proposta de imediato, pois seu coração não estava
nas coisas deste mundo e Ele sabia a quem devia a adoração verdadeira. O crente precisa
estar consciente de que não é possível agradar a Deus e aos homens, servir a Deus e a
Mamom (palavra aramaica que designa dinheiro e cobiça). Se nossos corações não
estiverem purificados pelo sangue do Cordeiro, andaremos em direção oposta a Deus e
passaremos a servir ao dinheiro.

2- Tesouros da terra, e tesouros do céu. Jesus não aprovou a posição dos escribas e
fariseus em relação ao dinheiro. Eles davam muita ênfase aos bens materiais e viam as
riquezas como uma amostra da aprovação divina. Jesus confrontou tal pensamento fazendo
uma distinção clara entre os tesouros do céu e os da terra. O Mestre mostrou que os bens
materiais não são um sinal de que Deus está aprovando nossas atitudes e conduta. Eles
são transitórios e podem ser destruídos pela traça, pela ferrugem e levados por ladrões.
Muitos, infelizmente, já perderam todas as suas economias devido a uma quebra na bolsa
de valores, um sócio desonesto ou por meio de golpes. Segundo Jesus, o crente deve
ajuntar tesouros no céu “onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões
não minam nem roubam ” (v. 20). Jesus estava dizendo que os nossos esforços devem ser
em prol do Reino de Deus e da sua justiça, pois ninguém levará nada deste mundo, com o
afirmou o patriarca Jó: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá (Jó 1.21).

3- O que o cristão precisa saber sobre os bens materiais? Jesus não estava condenando
adquirir bens materiais, pois muitos homens de Deus possuíam riqueza, como por exemplo:
Abraão (Gn 14.18-20; 24.1), Isaque (Gn 26.12,13), Jacó (Gn 30.43 ) e Salomão (2 Cr 1.12).
É importante também destacar que Jesus ensinou ao povo a não desperdiçar nada, pois
depois da multiplicação dos pães e peixes, Ele ordenou: “Recolhei os pedaços que
sobejaram, para que nada se perca” (Mt 6.12). O crente que conhece as Sagradas
Escrituras sabe que tudo que temos pertence a Deus e que toda bênção vem dEle. Como
criou todas a s coisas, Ele é o proprietário e possuidor de tudo, e o homem não é dono de
nada. Em relação aos bens materiais, o cristão não pode ser avarento ou acumulador
egoísta. Precisamos ser como os crentes do primeiro século, cujo coração e a alma eram
um e todas as coisas lhes eram comuns (At 4.32).

SINOPSE I
A Riqueza do Céu e a Riqueza da Terra não têm conciliação

II – A IDOLATRIA AO DINHEIRO

1- O coração no lugar certo. Nossos corações não podem estar apegados às coisas deste
mundo. Nossa esperança e confiança devem estar em Jesus. Em breve Cristo voltará para
arrebatar a sua Igreja e não levaremos nada deste mundo, porém, as nossas obras serão
provadas pelo fogo (1 Co 3.15). Teremos de prestar contas, com o um mordomo, de tudo
que fizemos com nossos bens e talentos, segundo a parábola do mordomo infiel (Lc
16.1-13). Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “a injustiça, a cobiça e o poder estão
comumente envolvidos na acumulação e emprego das riquezas deste mundo.”

2- Idolatrando a Mamom. Cristo nos chama para uma tomada de decisão: Ajuntar tesouro
na terra ou nos céus? Servir a Deus ou a Mamom? Lembre-se de que a dedicação a um
destes vai gerar a exclusão do outro, pois não há qualquer possibilidade de harmonizá-los;
nosso coração não pode estar dividido entre o que é terreno e o que é espiritual. Deus
deseja lealdade do seu povo. No momento em que o crentes escolhe o dinheiro, o conforto
e bens que Mamom pode oferecer, certamente sua espiritualidade e comunhão com o
Senhor estarão comprometidas. Quem conhece a Deus de modo pessoal jamais fará a
escolha errada, pois sabe que Ele abomina a idolatria: “ Não terás outros deuses diante de
mim ” (Êx 20.3). Idolatria é tudo que ocupa o lugar de Deus em nossos corações.

3- A riqueza condenada por Cristo. Na parábola do rico insensato (Lc 12.13- 21), Jesus
aponta três erros cometidos pelo homem: o primeiro erro está no fato de que ele achava
que tudo o que sua alma precisava era de bens materiais; em segundo lugar, entendia que
a essência da vida consistia nos bens materiais, de modo que isso gerava em seu coração
um sentimento de prepotência; e o terceiro erro era acreditar que poderia viver tempo
suficiente para desfrutar de tudo, se esquecendo que logo seria intimado para comparecer
perante Deus. Jesus condena tanto o egoísmo advindo das riquezas quanto também a
confiança nela, mas infelizmente vivemos em um a sociedade dominada pelo materialismo,
onde muitos só pensam em lucros e benefícios materiais.

SINOPSE II
A idolatria se caracteriza quando o dinheiro torna-se o lugar do coração do ser humano.

III- VIVENDO A QUIETUDE ESPIRITUAL EM DEUS

1- Os males advindos das preocupações. Devemos estar sempre alerta, pois não é
somente Mamom que pode nos levar à queda, mas as preocupações demasiadas com o
futuro e com a nossa subsistência podem comprometer nossa vida espiritual e a nossa
saúde mental. A preocupação demasiada com o futuro revela falta de confiança em Deus.
Mesmo em tempos difíceis, não podemos viver preocupados e ansiosos, pois temos um
Deus que tem cuidado de nós, suprindo as nossas necessidades (SI 23.1). Ele já nos
concedeu a salvação e proverá tudo de que precisamos. Não podemos viver como Marta,
que poderia estar aos pés de Jesus, mas optou andar distraída em muitos serviços (Lc
10.38-41). Quando não temos equilíbrio, a preocupação e o serviço em excesso roubam a
nossa comunhão com Deus. Precisamos trabalhar e servir ao Senhor, mas jamais podemos
nos esquecer de que a nossa tarefa mais importante é a nossa devoção e adoração a Ele.

2- Vivendo sem inquietação. O materialismo afastou o homem de sua quietude, da


simplicidade, do contato com a natureza, da qual poderia extrair grandes e preciosas lições
para sua vida. Para mostrar que não devemos estar inquietos, Jesus usa como referência
as aves: elas não semeiam, não colhem e nem ajuntam em celeiro, mas o Pai celestial as
sustenta. Só podemos viver sem inquietação quando tomamos consciência de que somos
filhos de Deus e que seu cuidado é especial para conosco. Os que vivem com maus
pressentimentos, em aflição, angústia, preocupando-se indevidamente pelo que vai
acontecer no dia seguinte, estão ignorando as promessas divinas. Que venham a lançar
toda nossa ansiedade sobre Deus, pois Ele é quem cuida de nós (Fp 4.6,7; 1 Pe 5.7).

3- Vivendo sossegados em Deus. Não viva inquieto, preocupado, em aflição, gastando


suas energias naquilo que pode prejudicar sua saúde. Devemos viver sossegados e quietos
confiando no Todo-Poderoso, pois não podemos modificar ou acrescentar nada com as
nossas preocupações. Jesus nos ensina que Deus cuida das aves e dos lírios do campo, de
modo que nem mesmo o Salomão, com toda a sua riqueza, se vestiu como qualquer um
deles. As lindas flores são transitórias, efêmeras, logo se tornam inexistentes, mas se o
cuidado divino está direcionado para essas pequenas coisas, não cuidará Ele dos seus
filhos? Para viver a quietude, o crente precisa buscar o Reino de Deus e sua Justiça (Mt
6.33). Neste tempo marcado pelo imediatismo e ansiedade, precisamos valorizar mais a
quietude, a calma que vem de Deus. Nele, encontramos descanso!

SINOPSE III
As preocupações com as coisas da Terra trazem diversos males e causam inquietude na
alma.

CONCLUSÃO
Os filhos de Deus devem estar conscientes de que “ toda boa dádiva e todo dom perfeito
vêm do alto, descendo do Pai” (Tg 1.17). Somos abençoados pelo Senhor com os nossos
bens, mas os nossos corações não estão nas riquezas deste mundo. Não amemos o
dinheiro e usem os todos os nossos recursos para a expansão do Reino de Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que significa a palavra “Mamom?
Mamom designa dinheiro e cobiça.
2- O que Satanás ofereceu a Jesus quando o tentou?
Uma das tentações de Satanás, quando o Senhor Jesus passou pelo processo de tentação
(Mt 4.1-11) , foi o oferecimento dos reinos deste mundo (Mt 4.9).
3- Segundo a lição, o que ocorre se nossos corações não forem purificados pelo sangue de
Jesus? Nossos corações não podem estar apegados às coisas deste mundo.
4- Como os escribas e fariseus viam as riquezas?
Eles davam muita ênfase aos bens materiais e viam a s riquezas como uma amostra da
aprovação divina.
5- Onde o crente deve ajuntar tesouros?
Segundo Jesus, o crente deve ajuntar tesouros no céu “onde nem a traça nem a ferrugem
consomem , e onde os ladrões não minam e nem roubam” (v. 20).

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