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Lição 11 – Sendo cautelosos nas opressões

12 de Junho de 2022
Adultos 2º Trimestre de 2022

TEXTO ÁUREO

“Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso (Lc 6.36)

VERDADE PRÁTICA

Quando julgamos as pessoas, nos colocamos em uma posição que não compete a nós,
seres imperfeitos e falhos.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Mateus 7.1-6

1 – Não julgueis, para que não sejais julgados,


2 – porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão de medir a vós.
3 – E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que
está no teu olho?
4 – Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no
teu?
5 – Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão.
6 – Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para
que não as pisem e, voltando-se, vos despedacem.

Hinos Sugeridos: da Harpa Cristã


134 JESUS À PORTA DO CORAÇÃO
334 O FIM VEM, CUIDADO!
568. Manso e Suave

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que no Sermão do Monte, Jesus ensinou a respeito do julgamento do
próximo. O Mestre foi bem enfático ao declarar: “ Não julgueis, e não sereis julgados (Lc
6.37).” Somente o Senhor, que é conhecedor de todas as coisas, tem autoridade para julgar
suas criaturas. Deus é o justo juiz e toda avaliação pertence somente a Ele (2 Tm 4.8). Por
isso, o crente cheio do Espírito Santo é misericordioso, não julga os outros
precipitadamente e procura viver com o “sal” e “luz” do mundo.

Palavra-Chave: CAUTELA

I – NÃO DEVEMOS JULGAR O OUTRO


1- Aprendendo a se relacionar com os outros. A igreja é o corpo de Cristo, formada por
Santos, porém humanos, imperfeitos e com dificuldade nos relacionamentos por isso
estamos sujeitos a enfrentar contendas e disputas (1Co 1.11-12). nos mostra que Jesus não
espera dos crentes perfeição. contudo, Ele exige que os súditos do seu reino sejam éticos e
misericordiosos: “Sede, pois misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso” (Lc
6.36). O sermão do Monte é o código de ética dos servos de Deus, mostrando como
devemos agir ou nos comportar diante de uma ação errada do nosso irmão.

2- Ninguém deve ser julgado? Será que o crente não pode emitir nenhum tipo de
julgamento, parecer ou opinião? Se fosse assim, nosso senhor Contrariar seu próprio
ensino presente no texto. Pois nos alertou que devemos atentar para algumas pessoas que
procedem como cães e porcos (Mt 7.6), além de Ele mesmo julgar o procedimento hipócrita
de escribas e fariseus (Mt 5.20; 6.2,5,16), e Paulo fazer julgamento dos cristãos de Corinto
e de outras igrejas (1 Co 5.12; 1Ts 2.14-15; 1Jo 4.1). Essas passagens bíblicas mostram
que o julgamento envolvendo uma pessoa não pode ser desprezado, porém, é preciso ter
em mente não somos Jesus, o qual tinha conhecimento pleno da natureza humana (Jo
2.24-25).

3- O julgamento defendido por Jesus. Quando Jesus disse: “não julgueis”, Ele usou o
verbo krinô, que no grego significa decidir, escolher, aprovar, estimar e preferir. Ensinar que
não podemos julgar alguém tão somente baseado em nossas observações ou pela
aparência pessoal. O próprio Senhor Jesus foi julgado pelos escribas e fariseus por comer
com pecadores (Lc 5.30). Eles estavam errados porque a missão de Jesus era chamar os
pecadores ao arrependimento (Lc 5.32). As Escrituras Sagradas nos ensinam a não
julgarmos como também não admitir falso rumor e a testemunhar falsamente contra alguém
(Êx 23.1).

SINOPSE I

No sermão do Monte Jesus Deixa claro que não devemos julgar o outro

II – DEVEMOS PRIMEIRAMEN­TE OLHAR PARA NÓS MESMOS

1- Cuidado com o juízo exagerado sobre os outros. Pessoas que não tem juízo
impensadas e infundadas a respeito de outros, podem estar tentando esconder seus
próprios erros. Podemos ver que tal fato ocorreu na vida do rei Davi quando cometeu
adultério e homicídio. Para mostrar a Davi a suas iniquidades. O Profeta Natã contou a
história de um viajante que matou a única ovelha de um homem pobre (2 Sm 12.1-7). Sem
analisar Bem a História e estando com a sua consciência cauterizada pelo pecado, Davi
prontamente declarou a sua sentença: “[…] Digno de morte é o homem que fez isso” (2 Sm
12.5). Foi fácil para Davi enxergar o pecado do outro e considerado horrível, mas ele não
pensou no seu, ou seja, não reparou a trave que estava no seus olhos (Mt 7.3). Muitas
vezes, de modo errôneo, procuramos falhas nos outros e os sentenciamos, mas ignoramos
ou fazemos vista grossa em relação às nossas próprias falhas, que, por vezes, são mais
graves do que as que outra pessoa está cometendo.

2- A inconsistência dos que possuem espírito de crítica. Aqueles que possuem o espírito
mórbido da crítica irão incorrer em graves consequências é o que Jesus ensina em Mateus
7.2. Para os críticos que não conseguem ver as manchas corrosivas em suas vidas, Jesus
disse: “ Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”
(Jo 8.7). Os Escribas e fariseus eram peritos em julgar os outros, eram autoconfiantes e
justos aos seus próprios olhos (Lc 18.9). Por isso, foram duramente repreendidos pelo
Senhor Jesus. Somente o Espírito Santo pode transformar o nosso homem interior,
afastando de nós todo desejo de julgamento ou crítica. precisamos seguir a recomendação
de Paulo: “Examine-se pois o homem a si mesmo [ …]” (1Co 11.28).

3- Fazer para não julgarmos precipitadamente os outros? Primeiro é preciso ter


consciência de que temos falhas e imperfeições embora não tenhamos mais prazer no erro.
Em segundo lugar, precisamos nos relacionar com as pessoas com o mesmo amor que um
dia Jesus Cristo teve para conosco (Jo 3.16), pois “o amor não faz mal ao próximo” (Rm
13.10). Terceiro, não podemos nos esquecer de que fomos alcançados pela graça e
precisamos tratar a todos com o mesmo favor e merecido que recebemos (Ef 2.8-9). Então,
ao invés de julgar, que venhamos orar por aqueles que pecaram, pedindo ao Senhor que
lhes conceda um novo recomeço, pois temos um Deus que é bom e misericordioso.

SINOPSE II

Antes de emitir qualquer juízo de valor a respeito do próximo, devemos, primeiramente,


olhar para nós mesmos.

III – E SE FÔSSEMOS JULGADOS PELA SEVERIDADE DE DEUS

1- Deus é severo? O apóstolo Paulo diz que devemos considerar a bondade e a


severidade do Senhor (Rm 11.22). A bondade de Deus é revelada por intermédio da
salvação em Jesus Cristo. No que tange à sua severidade, ela é empregada para com
aqueles que pecam deliberadamente e não se arrependem dos seus pecados (Rm 3.23).

2- Como Deus nos julga? O Todo-Poderoso não é um ser que está lá no céu desejando
agir brutalmente, que descarrega sua ira aleatoriamente. É preciso compreender que no
relacionamento com as suas criaturas, Ele age com retidão e justiça (Is 4 5-21; 2 Tm 4.8). O
crente deve ser consciente de que Deus é justo, estabeleceu um governo moral no mundo e
disponibilizou suas leis para serem praticados. Quando as leis divinas são observadas pelos
seus filhos, Deus os recompense, mas quando elas são quebradas, há consequências e
sanções (Dt 7.9,12 ). O julgamento do Senhor não é feito pela aparência dos fatos, pois Ele
conhece o mais profundo do nosso coração e intenções.

3- O exemplo da justiça de Deus na vida de Davi. Davi era um homem segundo o


coração de Deus (At 13.22), porém, ao pecar contra o Senhor e o próximo, ele
experimentou a justiça divina. Embora amasse seu servo, o Todo-Poderoso não o isentou
da punição. Deus é um Pai amoroso, mas também é justo e não tem por inocente o
pecador: “Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a
transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente […]” (Êx 34.7). A
severidade divina é para aqueles que não vivem segundo a sua Palavra, que escondem os
seus pecados, mas a sua bondade e cuidado alcançam àqueles que confessam e deixam
seus pecados, procurando expressar a verdadeira justiça de Cristo. Portanto, “considera,
pois, a bondade e a severidade de Deus” (Rm 11.22).
SINOPSE III

Deus julga os seus filhos com bondade e graça. O que seria de nós se o Todo-Poderoso
nos julgasse segundo a sua severidade.

CONCLUSÃO

Devemos seguir a recomendação do Mestre para não julgar precipitadamente o próximo.


Não devemos tomar a posição de juiz contra ninguém e muito menos julgar uma pessoa
apenas por sua aparência exterior. Quando formos fazer alguma avaliação a respeito das
atitudes de alguém, devemos fazê-lo de modo criterioso, sensato e lúcido, evitando toda
forma de precipitação.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- De acordo com a lição, o que Jesus exige de seus súditos?


Jesus exige que os súditos do seu Reino sejam éticos e misericordiosos (Lc 6.36).
2- Qual o significado do verbo krinô?
Significa decidir, escolher, aprovar, estimar e preferir.
3- Quem julgou ao Senhor Jesus por comer com pecadores?
Os escribas e os fariseus.
4- A quem a severidade de Deus é empregada?
Ela é empregada para com aqueles que pecam deliberadamente e não se arrependem dos
seus pecados.
5- Segundo a lição, a respeito de quê o crente deve ser consciente?
O crente deve ser consciente de que Deus é justo, estabeleceu um governo moral no
mundo e disponibilizou su as leis para serem praticadas.

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