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ESCOLA DE OFICIAIS

CURSO: Escola de oficiais


thiago.camargo.ipb@gmail.com
PROFESSOR: Pr. Thiago de Camargo
(11) 99778-0634
2º Semestre de 2019

1Timóteo 3.3-7
“Sóbrio, gentil, pacificador e não avarento, um líder em seu lar, maduro,
humilde e respeitado pelos de fora”.
Aula 10, 11 (Cronograma)
05/11/2019 – Parte 02

1) UM LÍDER EM SEU LAR


1. Um homem não pode ser qualificado como um presbítero se ele não governar
bem a própria casa.
a. Governar bem a própria casa é um pré-requisito, ou seja, não é algo que se
deva aprender durante o ofício, mas é uma qualificação essencialmente
necessária, sem a qual ninguém pode ser tornar um presbítero.

b. Quem não consegue governar sua família, tampouco conseguirá governar


família de Cristo, a igreja.

2. Os presbíteros devem governar suas casas com disciplina e respeito.


a. As palavras “disciplinas e respeito” se aplicam tanto aos pais no que concerne a
forma como cuidam e educam seus filhos, como aos filhos quanto a submissão
e obediência aos pais.

3. Os presbíteros devem dedicar atenção ao cuidado do seu lar.


a. É esperado que os presbíteros conheçam e supram as demandas financeiras
da família, que participem ativamente da educação dos seus filhos e cuidem da
manutenção física da própria casa.

4. Os presbíteros precisam ter filhos submissos.


a. Nesse ponto precisamos observar e respeitar os particulares de cada situação.

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b. A ideia não é que os presbíteros devam ter lares perfeitos, ou filhos perfeitos,
mas que governe bem sua casa em meio as circunstâncias adversas,
conduzindo seus filhos nos caminhos do Senhor.

5. Os presbíteros precisam ter o seu ofício endossado pelos seus filhos.


a. Se o filho já possui idade suficiente para compreender a importância do
oficialato, é importante observar se ele apoiaria seu pai como uma pessoa
digna do ofício.

b. Aquilo que os nossos filhos veem em nós, tanto as cosias boas, como as más,
é o mesmo que a igreja verá assim que começarmos a lidera-la.

6. No caso de presbíteros solteiros, ou casados sem filhos, é necessário observar


sua postura e opinião em relação a crianças e sobre criação de filhos.
a. Ele já serviu em algum ministério com crianças? Qual o feedback das crianças
e dos pais?

b. Ele se preocupado com o pastoreio, evangelização e assistência social de


crianças? Se voluntaria ao departamento infantil? Investe financeiramente
nessa área?

2) MADURO E HUMILDE
1. Os presbíteros não podem ser neófitos.
a. Literalmente, não podem ser “recentemente plantados” na fé.

b. Um novo convertido não terá a capacidade para aguentar o contínuo, difícil e


pesado caminhar do ministério.

c. Os novos crentes necessitam de instruções, de serem moldados e cuidados. E,


uma vez que eles mesmos são os que precisam de tais cuidados, lhes falta a
maturidade para que possam prover cuidado aos outros em um nível pastoral.

d. Não existe uma idade específica ou extensão de tempo que possa demonstrar
maturidade.
i. Existem cristãos que estão na fé a décadas e são imaturos, como outros
que estão na fé a poucos anos e evidenciam uma maturidade notável.

2. Presbíteros imaturos podem se ensoberbecer e incorrer na condenação do


Diabo.
a. Um homem imaturo está propenso, ao assumir um cargo de liderança na igreja,
a tornar-se orgulhoso.

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b. O orgulho faz com que nos vejamos mais elevados que outros. Isso afeta a
maneira como tratamos as ovelhas e nos torna indispostos a seguir outros
líderes.

c. João Calvino diz o seguinte sobre essa questão: “Neófitos têm, não somente
um fervor impetuoso e uma ousadia audaciosa, mas também se enchem com
uma confiança tola, como se pudessem voar até às nuvens.
Consequentemente, não é sem razão que estão excluídos do presbiterato até
que, no processo do tempo, seu temperamento orgulhoso seja conquistado.

d. Os presbíteros, e os candidatos ao ofício, devem esquadrinhar diariamente os


seus corações contra o orgulho, visto que o orgulho se veste de várias
máscaras.

e. Para se diagnosticar o orgulho e a imaturidade, é necessário muito


discernimento e, muita paciência.

3. Perguntas importantes sobre maturidade e humildade.


a. Quando o candidato foi convertido?
i. Se o homem for um novo cristão, mesmo que demonstre zelo e desejo
de servir, ele ainda não está preparado para o ofício.
ii. É necessário que seja discipulado e treinado para uma vida piedosa.

b. Quão espiritualmente maduro é o candidato?


i. Por maturidade não falamos de idade ou tempo de conversão, mas de
conformação a imagem de Cristo.
ii. Maturidade implica em uma vida que evidencie o Fruto do Espírito
(Gálatas 5.22-26).

c. Até que ponto se vê orgulho na vida do candidato?


i. Precisamos observar se nas ocasiões em que o candidato liderou ele foi
humilde, soube trabalhar em equipe, soube ouvir, ou se foi arrogante,
mesquinho e cheio de si.
ii. O candidato deve lutar contra o orgulho e a vaidade em suas relações
familiares, eclesiásticas e profissionais.
iii. O candidato precisa ser ponderado nas mídias sociais, evitando o
exibicionismo, o exagero e a arrogância.

d. Há confiança desmedida em face de perigos e tentações na vida do candidato?


i. Quando avisado sobre as acusações e tentações do inimigo, o candidato
mauro demonstrará preocupação, senso de incapacidade e necessidade
da proteção espiritual de Deus.

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ii. Um homem cego as suas próprias fraquezas e que não vigia
cuidadosamente, em breve se encontrará com um coração indiferente e
vulnerável aos ataques do inimigo.

e. O candidato é sensível as críticas?


i. Um presbítero não deve revidar todas as críticas e nem as considerar
sempre como oposição.
ii. O orgulho se manifesta nas pessoas em forma de atitude de “intocável”
diante das críticas, avaliações que os outros fazem.
iii. Um homem com atitude de oração, que é humilde e pobre de espírito,
recebe os comentários como uma oportunidade para reflexão e
crescimento.

f. O candidato submete-se aos outros líderes, mesmo quando discorda de suas


opiniões?
i. Uma parte crucial nas tarefas de um presbítero, é saber como submeter-
se a pessoas biblicamente qualificadas, com dons e talentos, cheios do
Espírito e que, de vez em quando, veem as coisas de um modo
diferente.
ii. É um orgulho pensar que os demais presbíteros devam submeter-se
sempre a você.

3) RESPEITADO PELOS DE FORA


1. Os presbíteros precisam possuir uma forte reputação entre aqueles de fora da
igreja.
a. Se um homem é bem considerado dentro da igreja, mas pobremente
considerado pelos não crentes, ele não se qualifica como um candidato
conveniente para o ofício de presbítero.
i. Não basta que os não crentes tenham uma opinião neutra, eles precisam
“dar bom testemunho”.

b. Uma reputação pobre, fora da igreja, uma vez confirmada, poderá indicar que o
homem é propenso a cair em desgraça, ou alguma armadilha do inimigo.

c. Quando não temos bom testemunho dos de fora, manchamos o testemunho de


Cristo e do Evangelho.

d. Ser bem visto pelos de fora, nem sempre é sinal de piedade.


i. Por vezes, o mundo nos ama por causa das nossas semelhanças e não
por causa das nossas diferenças.
ii. As Escrituras nos ensinam que assim como o mundo odiou o Senhor, ele
também odiará os seus discípulos (Mateus 10.24-25)
iii. Além disso, por amor ao Evangelho, os apóstolos foram considerados o
“lixo do mundo, escória de todos” (1Coríntios 4.13).

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iv. Paulo orienta Timóteo que todos que querem viver piedosamente em
Cristo serão perseguidos (2Timóteo 3.12).

e. Os presbíteros devem ser odiados pelo mundo, por causa do seu amor a Cristo
e por sua obediência a Deus, e não por suas falhas de caráter e comportamento
indigno.

f. Os presbíteros precisam ser testemunhas vivas do evangelho e de tudo que se


conforma a sã doutrina.

2. Perguntas importantes sobre bom testemunho.


a. O candidato ao ofício se envolve com a comunidade em geral?
i. Um homem que deseja ser presbítero deverá ser “sal da terra e luz do
mundo” (Mateus 5.13-14).
ii. Para ser sal e luz, os presbíteros precisam se envolver com os não
crentes e contribuir com a sociedade e com a vida comunitária.

b. O que os vizinhos e colegas não crentes falam sobre o candidato?


i. A opinião dos não crentes deve ser que o testemunho do candidato, o
seu comportamento, são cristãos em sua essência.
ii. As pessoas com quem convivem não devem se surpreender ao
descobrirem que o candidato se tornou um líder de sua igreja.

CONCLUSÃO
1. O Senhor requer que as igrejas sejam governadas por homens que saibam governar
bem as suas casas.
2. A maturidade e a humildade são de imenso valor para proteger a igreja e os
presbíteros das artimanhas e esquemas de Satanás.
3. Os presbíteros precisam ser modelos de uma fé devotada, dentro e fora da igreja, com
vidas dignas de Cristo e do evangelho, à vista de todos.

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