Você está na página 1de 15

[TÍTULO DO DOCUMENTO]

[SUBTÍTULO DO DOCUMENTO]

LU VIDANÇA
[NOME DA EMPRESA]
[Endereço da empresa]
Liderança 1

Princípios para uma liderança abençoada

Liderança é a capacidade de influenciar outros através da inspiração gerada por uma


paixão, motivada por uma visão nascida através de uma convicção produzida por um
propósito.

Pr. Myles Monroe

Um líder verdadeiro, e seguro, provavelmente não tem o desejo de liderar, mas é


pressionado a aceitar uma posição de liderança pelo chamado interno do Espírito
Santo e pela pressão das circunstâncias externas… Será humilde, gentil, terá espírito
sacrificial, pronto tanto para liderar como para ser liderado, quando o Espírito tornar-
lhe claro que apareceu alguém mais sábio e bem-dotado de dons do que ele.

Dr, A. W. Tozer

Liderança, no inglês, vem do verbo “to lead”, que significa conduzir, guiar (LEAD, 2020).

O pastor Bill Thompson ([?] apud SANDERS, J. O, 2007) nos diz que liderança cristã é a arte de
motivar, inspirar, envolver e dirigir pessoas, direcionando-as a um propósito e metas comuns. A
direção dada deve ter a intenção de glorificar a Deus e promover o bem daqueles que Ele colocou em
nosso meio.

O líder precisa ter bom testemunho, ser cheio do Espírito Santo e ser sábio para desempenhar
bem a função de direcionar os ministros. Atos 6:3 indica essas características essenciais: “(...) escolham
entre vocês sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, para os encarregarmos
desse serviço”.

Além disso, é interessante que o líder tenha alguma experiência em dança ou, pelo menos, se
interesse em estudar e se aprimorar, procurando sempre oferecer o melhor a Deus.

Um bom líder deve ser exemplo em tudo, deve ensinar e incentivar seus liderados a crescer,
tanto espiritual, quanto tecnicamente. Não é fácil. Você precisa realmente ter chamado de Deus para
essa função, pois vai exigir muito de você. Como Lucas 12:48b diz: “Mas àquele a quem muito foi dado,
muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”.

Em I Timóteo 3:2-13 podemos observar o que é esperado de um bispo ou obreiro da casa do


Senhor. Para mim, isso também precisa ser buscado pelo líder de dança.

É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher,


moderado, sensato, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho,
nem violento, porém cordial, inimigo de conflitos, não avarento; e que governe bem
a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito. Pois, se alguém
não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? Que o bispo não
seja recém-convertido, para não acontecer que fique cheio de orgulho e incorra na
condenação do diabo. É necessário, também, que ele tenha bom testemunho dos de
fora, a fim de não cair na desonra e no laço do diabo.
Liderança 2

Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só


palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos, conservando o mistério da fé
com a consciência limpa. Também estes devem ser primeiramente experimentados;
e, caso se mostrem irrepreensíveis, que exerçam o diaconato. Do mesmo modo,
quanto a mulheres, é necessário que elas sejam respeitáveis, não maldizentes,
moderadas e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem
os seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato
alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo
Jesus.

Atributos do líder
Como líderes é imprescindível buscarmos constantemente:

1. Santidade:

Pelo contrário, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês
também em tudo o que fizerem, porque está escrito: “Sejam santos, porque eu sou
santo” (I Pedro 1:15,16).

2. Sabedoria:

Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer à pessoa que lhe agrada; mas ao
pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada
a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento (Eclesiastes 2:26).

3. Humildade:
com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros
em amor (Efésios 4:2).

4. Paciência:

O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com
todos, apto para ensinar, paciente (II Timóteo 2:24).

5. Compaixão:

Finalmente, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos,


fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes. Não paguem mal com mal, nem
ofensa com ofensa. Pelo contrário, respondam com palavras de bênção, pois para isto
mesmo vocês foram chamados, a fim de receberem bênção por herança (I Pedro
3:8,9).

6. Ser exemplo:
Liderança 3

Seja você mesmo um exemplo de boas obras. No ensino, mostre integridade,


reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja
envergonhado, não tendo nada de mau a dizer a nosso respeito (Tito 2:7-8).

7. Dar frutos:

Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os escolhi e os designei para
que vão e deem fruto, e o fruto de vocês permaneça, a fim de que tudo o que pedirem
ao Pai em meu nome, ele lhes conceda (João 15:16).

8. Submissão ao pastor:

Obedeçam aos seus líderes e sejam submissos a eles, pois zelam pela alma de vocês,
como quem deve prestar contas. Que eles possam fazer isto com alegria e não
gemendo; do contrário, isso não trará proveito nenhum para vocês (Hebreus 13:17).

Calma! Se você está começando agora, deve estar apavorado com tanta responsabilidade e às
vezes pensando que não é capaz de metade disso. Esses adjetivos irão sendo incorporados a você
através das experiências. Deus vai nos moldando e ensinando na prática. Basta ter uma vida de
comunhão e intimidade com Ele, e o Seu Espírito irá te ensinar em cada situação.

Postura de líder
Além da vida com Deus, o líder de ministério precisa ter a postura certa para ser bem sucedido
nessa missão. Veja na lista abaixo as principais diferenças da postura de um líder autoritário, fora do
padrão ideal, e da postura de um líder exigente, conforme a vontade de Deus:

Postura errada: líder autoritário

1. Prioriza muito a hierarquia, gosta de mandar e ser obedecido;


2. Inspira mais medo do que respeito;
3. Aponta erros em vez de indicar caminhos para consertá-los;
4. Se acha superior, não ajuda nas tarefas.

Postura correta: líder exigente

1. É rigoroso em seus princípios e se preocupa em dar o exemplo para os que o seguem;


2. Consegue estabelecer ambientes leves, todas as opiniões são levadas em conta;
3. Sabe delegar tarefas e cobrar resultados com o rigor de seus princípios;
4. Está presente auxiliando e sempre que preciso, põe a mão na massa.

Ser líder de ministério é servir aos outros com humildade, firmeza, princípios, visão e amor.
Liderança 4

Como nos direciona I Pedro 4:10: “Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu,
como encarregados de administrar bem a multiforme graça de Deus”.

Jesus: exemplo de líder


Devemos aprender com o comportamento de Jesus. Como líder, Ele recebeu uma missão do
Pai: salvar o homem. Ele aceitou esse grande desafio. Como conhecedor das Escrituras, ensinava com
sabedoria, autoridade e amor.

Assim como Jesus, o bom líder precisa conhecer bem a Palavra de Deus para ensinar e orientar
seus liderados.

Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade (II Timóteo 2:15).

Jesus escolheu 12 liderados (discípulos). Todos eram pessoas comuns, com seus erros e
defeitos, mas isso não foi um empecilho. O Messias via o potencial de cada um mesmo com suas
limitações e estava disposto a investir em suas vidas, ensinando-os através de palavras, exemplos,
histórias (parábolas) e atitudes.

Nós líderes devemos investir em nossos liderados, ensinar com paciência e amor, estar sempre
juntos, ter intimidade, dar exemplo de vida e caráter cristão, pois, algumas vezes as atitudes valem
mais que mil palavras.

Vamos analisar o perfil de alguns dos discípulos liderados de Jesus (BÍBLIA DE ESTUDO
APLICAÇÃO PESSOAL, 2004):

1. Simão Pedro: era pescador de profissão e tinha pouco estudo. Em sua personalidade era
impulsivo, amoroso, tímido, explosivo e entendia com dificuldade os ensinamentos;

2. André: era sócio de seu irmão Pedro na pesca. Foi um homem zeloso, sincero e dedicado em
sua tarefa de apóstolo;

3. Tiago: tinha personalidade forte e ambiciosa. Foi um dos mais íntimos discípulos de Jesus;

4. João: trabalhava com seu irmão Pedro na pesca. À princípio, tinha personalidade forte e
ambiciosa mas, depois se tornou amoroso. Fazia parte também do rol dos discípulos mais
chegados a Jesus;

5. Filipe: provavelmente exercia a profissão de pescador. Possuía uma personalidade tímida e,


inicialmente, um pouco incrédula;

6. Bartolomeu: de profissão desconhecida, foi uma pessoa em quem não se via fraude. Ele era
honesto;

7. Tomé: era pescador por profissão. Foi uma pessoa determinada mas, no momento necessário,
não creu na ressurreição de Jesus;
Liderança 5

8. Mateus: trabalhava como cobrador de impostos (publicano). O fato de ter abandonado a sua
profissão demonstrava humildade, apesar de ser muito desprezado pelas pessoas;

9. Judas Iscariotes: sua profissão é desconhecida, mas é provável que tivesse uma habilidade
administrativa que o levou ao cargo de tesoureiro do grupo. Era egoísta, ambicioso e possuía
um espírito egocêntrico. Cometeu suicídio após ter traído Jesus.

Como podemos ver, Jesus liderou um grupo de pessoas normais, com defeitos e qualidades:
impulsivo, amoroso, tímido, explosivo, amigo íntimo, dedicado, honesto, sincero, de personalidade
forte, incrédulo, ambicioso, egoísta e traidor... Podemos identificar facilmente algumas dessas
características nos liderados de hoje.

Precisamos ser como Jesus! Ao lidar com os discípulos, Ele os corrigia em seus pontos fracos e
trabalhava os pontos fortes. Na verdade, estava preparando pessoas normais para ser novos líderes.
E foram esses líderes que fizeram com que o evangelho chegasse até nós.

Lembre-se: o bom líder gera líderes independente do perfil de seus liderados. Ele deve
preparar novas pessoas para dar continuidade à sua visão e trabalho.

Entendendo o que é autoridade e liderança


Nos dias de hoje está cada vez mais difícil exercer a autoridade dentro do ministério. A
sociedade atual prega a filosofia do ego, onde cada um é dono de si e não deve satisfação ou
obediência a ninguém, nem mesmo aos próprios pais; quem dirá ao líder de dança. A situação piora
quando alguns líderes não sabem lidar ou não entendem a autoridade que lhes é instituída. Isso
acontece porque confundem autoridade com autoritarismo.

Autoridade tem a ver com uma função estabelecida por Deus. Na Bíblia é comum
encontrarmos textos em que uma pessoa é ungida para assumir uma função de liderança no Reino de
Deus: Arão foi consagrado sacerdote por Moisés (Levítico 8:12),

Josué foi consagrado sucessor de Moisés antes de sua morte (Números 27:18-23), Saul e Davi
foram consagrados reis de Israel pelo profeta Samuel (I Samuel 10:1 e 16:13), o próprio Jesus foi
confirmado/ungido ao descer sobre Ele o Espírito Santo em seu batismo e ser chamado Filho de Deus
pelo próprio Pai (Mateus 3:16-17).

Contudo, é importante observarmos que em nenhum momento essa autoridade pode ser
exercida longe da vontade de Deus, ao contrário, a autoridade provém de Deus. O próprio Jesus
afirmou que foi ungido pelo Espírito do Senhor (Espírito Santo) para realizar Suas obras na Terra (Lucas
4:17-19) e, portanto, Ele cumpria a vontade do Pai (João 6:38). Assim, os líderes são pessoas escolhidas
por Deus para ser boca dEle, para dirigir o povo segundo a Sua vontade. Essa é a autoridade.

Quando um líder utiliza de sua posição para impor respeito e exigir que todos façam o que
acha certo, ou o que o líder deseja que seja feito, isso é autoritarismo. Um líder autoritário é o dono
da verdade, tem sempre a primeira e última palavra e não compartilha. Mais ainda, um líder autoritário
tende a não se submeter à vontade de Deus.
Liderança 6

Um líder verdadeiro não nega o coletivo, não deixa de ouvir os outros, pois sabe que Deus
pode falar através de outras pessoas. O Senhor vai confirmar as direções que deu ao líder no coração
dos liderados ou nos frutos. Ao exercer a autoridade que recebeu de Deus, o líder busca nEle a palavra
final.

Muitas vezes a dificuldade em exercer a autoridade de modo correto está na insubmissão dos
liderados, que acham que quem exerce autoridade não pode ser humilde e companheiro. Essa
concepção errada gera nos líderes o receio de exercer aquilo que o próprio Deus instituiu sobre a sua
vida. Um líder que não exerce sua autoridade tem muita dificuldade em conduzir o ministério, lidar
com adversidades e corre o risco de falhar em sua missão. Lembre-se: não existe crescimento sem
organização e não existe organização sem autoridade.

A autoridade é a essência da liderança. Uma boa liderança tem a habilidade de definir alvos
claros e de saber conduzir o ministério na direção correta, pois busca em Deus essas direções e as
constrói firmadas na Palavra.

Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo
que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem
trarão sobre si mesmos condenação (Romanos 13:1-2).

Não seja um líder autoritário, mas tome posse e exerça a autoridade vinda do céu.
Assim você será um líder bem sucedido, com um ministério abençoado.

Uma das grandes dificuldades do líder é lidar com pessoas rebeldes e essas devem ser tratadas
de forma um pouco diferente das que tem outro tipo de problema. O liderado rebelde é motivado por
um desejo de controlar e, por isso, acaba causando divisão e confusão através da queixa, da crítica e
da resistência à autoridade.

Um bom líder ensina e orienta seus liderados a serem obedientes e submissos à liderança, pois,
assim estarão sendo obedientes ao próprio Deus. Entretanto, a desobediência e rebeldia vão contra a
Sua Palavra e trazem condenação a eles.

Pois a rebelião é como o pecado da feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e cultos


a ídolos do lar. Por você ter rejeitado a palavra do Senhor, também ele o rejeitou como
rei (I Samuel 15:23).

Algumas características do rebelde são: ser muito insistente e agressivo, possuir auto-estima
excessivamente alta e atitudes rígidas, tendência a irar-se, ser manipulador, agir de forma
independente e, geralmente, ser muito inteligente. Essas pessoas raramente se consideram a fonte
dos problemas e costumam se meter em assuntos da liderança que não são de sua alçada, além de
tirarem a paz do seu líder. Um bom líder corrige essa pessoa de perto, exerce autoridade com firmeza
e sabedoria, impõe limites e, quando julgar necessário, aplica a disciplina como correção.

Antes de ser afligido eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra. Tu és bom e
fazes o bem; ensina-me os teus decretos. Os soberbos têm forjado mentiras contra
mim, mas eu guardo de todo o coração os teus preceitos. O coração deles se tornou
insensível, como se fosse de sebo; mas eu me alegro na tua lei. Foi bom que eu tivesse
Liderança 7

passado pelo aflição, para que aprendesse os teus decretos. Para mim vale mais a lei
que procede da tua boca do que milhares de peças de ouro e de prata (Salmos 119:67-
72).

Lidando com os rebeldes


As pessoas rebeldes devem ser tratadas de forma um pouco diferente que as que têm outro
tipo de problema.

O liderado rebelde é motivado por um desejo de controlar. Causa divisão e confusão através
da queixa, da crítica e da resistência à autoridade.

“Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria; a arrogância, como o mal da idolatria.


Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei”. (1 Samuel
15:23)

Características do rebelde:

1. Incrivelmente insistente

2. Auto-Estima excessivamente alta

3. Agressividade

4. Tendência a irar-se

5. Atitudes rígidas

6. Manipulador

7. Atitudes independentes

8. Geralmente é muito inteligente

Essas pessoas raramente se consideram a fonte dos problemas. Costumam se meter em


assuntos da liderança que não são de sua alçada, e tiram a paz do seu líder.

Um bom líder discipula e corrige essa pessoa de perto, exerce autoridade com firmeza e
sabedora, impõe limites e quando julgar necessário aplica disciplina como correção.

Corrigindo com sabedoria

“Antes de ser castigado, eu andava desviado, mas agora obedeço à tua palavra. Tu és
bom, e o que fazes é bom; ensina-me os teus decretos.
Os arrogantes mancharam o meu nome com mentiras, mas eu obedeço aos teus
preceitos de todo o coração. O coração deles é insensível, eu, porém, tenho prazer na
Liderança 8

tua lei. Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus decretos.
Para mim vale mais a lei que decretaste do que milhares de peças de prata e ouro”.
(Salmos 119:67-72)

Etapas de correção:

1. Orientação através de conversa;

2. Reorientação c/ argumento Bíblico/espiritual;

3. Identificação das causas e interagir;

4. Chamar a atenção explicando sua penalidade;

5. Cortar a participação nas atividades;

6. Disciplinar conforme sistema do Obreiro/Pastor e do estatuto da igreja.

Eu uso e indico método do “sanduíche”

Inicie a correção com um elogio, todos tem seus pontos fortes, fale daquilo que ele faz de
melhor, isso irá desarmar a pessoa, muitos se defendem atacando, irá tira-la da posição de ataque,
quando ela estiver aberta para a conversa evidencie o seu erro, diga onde ela está errando, sempre
deixe claro o motivo da advertência, o objetivo da correção e termine com um encorajamento, falando
que você a ama e está orando por ela e inclusive está disposto a ajuda-la superar essa situação.

Os 4 temperamentos e características
Sanguíneo

Este temperamento é expansivo, otimista e impulsivo. Extrovertidos e sensíveis, os sanguíneos


são indivíduos que não passam desapercebidos, pois são espontâneos e gostam de interagir. Além
disso, costumam fazer gestos largos e falar bem em público.

Pontos fortes: são comunicativos, adaptáveis e entusiastas;

Pontos que precisam ser trabalhados: impulsividade, falta de atenção, superficialidade e


exagero.

Fleumático

Este temperamento é sonhador, pacífico, dócil. Os fleumáticos prezam a rotina, o silêncio e


dificilmente perdem o controle, pois costumam avaliar antes de reagir. São pacientes, observadores,
disciplinados, preferem não manifestar suas opiniões em público e não costumam reagir bem às
críticas.
Liderança 9

Pontos fortes: são equilibrados e confiáveis;

Pontos que precisam ser trabalhados: lentidão, resistência as mudanças e indecisão.

Colérico

Este temperamento é explosivo, ambicioso e dominador. Indivíduos coléricos são


determinados e possuem grande capacidade de planejamento, além de muita energia e impulsividade.
São líderes natos e explosivos.

Pontos fortes: determinação, habilidade de liderança e praticidade;

Pontos que precisam ser trabalhados: egocentrismo, intolerância e impaciência.

Melancólico

Este temperamento é tímido, artístico e solitário. Os melancólicos têm a sensibilidade muito


aflorada, e são pessoas profundas, detalhistas e introvertidas, com tendência a guardar seus
sentimentos. São fiéis, desconfiados e tendem a escolher profissões que possam exercer sozinhos.

Pontos fortes: lealdade, dedicação e sensibilidade;

Pontos que precisam ser trabalhados: egoísmo, pessimismo e inflexibilidade.

Todos os temperamentos têm dois lados, quando a pessoa é dirigida pelo Espírito ela
demonstra sempre o lado positivo.

O líder deve ter a habilidade de lidar com todos os tipos de pessoas e ser um ajudador para
que seus liderados exerçam os pontos fortes de seus temperamentos.

Saiba utilizar o que eles têm de melhor, tenha paciência e lapide-os.

“Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito do que
o que toma uma cidade” (Pv. 16:32)

Como lidar com os temperamentos

Personalidade é o conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais. É aquilo que


a pessoa é. Em resumo personalidade é o mundo dos pensamentos, sentimentos e das decisões.
Elementos formadores da personalidade: Hereditariedade e meio ambiente.
Liderança 10

Temperamento é a característica dinâmica da personalidade. Fazem parte dele os impulsos ou


instintos. O temperamento é inato e capaz de desenvolver-se não pode ser mudado humanamente
falando, pode ser controlado pelo Espírito Santo e a vontade de Deus é transformar o homem.

“Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e
linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se
despiram do velho homem com suas práticas se revestiram do novo, o qual está sendo
renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador”. (Colossenses 3:8-10)

Existe um remédio para as fraquezas do temperamento, encher-nos do Espírito Santo de Deus:

“Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do


Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher
pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e
louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as
coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitem-se uns aos outros, por temor
a Cristo”. (Efésios 5:17-21)

Um cântico novo no coração (Ef 5.19)

Uma atitude mental de ação de graças (Ef 5.20)

Um espírito submisso (Ef 5.21).

A arte da comunicação
Tenho de confessar que, no início da caminhada como líder, tive muita dificuldade com a
comunicação, pois era tímida e insegura. Não conseguia expor meus pensamentos de forma direta e
clara, então sempre usava palavras como “eu acho” em minhas frases. Até que, um dia, uma liderada
indagou: “Você acha ou tem certeza do que está falando?” Depois disso, percebi que precisava
melhorar minha comunicação para liderar de forma eficaz o ministério.

Busquei ao Senhor em oração e procurei estudar sobre o assunto, em como melhorar. Passei
a usar as palavras como: “creio que” e tudo era comunicado pautado na Bíblia. A partir desse
momento, fui aprimorando minha comunicação e oratória em grupo. Hoje não tenho mais problemas
com isso.

A boa comunicação pode ser aprendida e aprimorada, mas isso demanda esforço e boa
vontade em ser um líder eficaz; ela não é feita no ”achismos”. Toda atitude do líder comunica, seja no
fazer ou no dizer. Portanto, cabe a ele ser paciente e objetivo.
Liderança 11

Nas palavras de Bloch (1977, p[?]): “Metade da vitória no mundo consiste em saber comunicar-
se adequadamente, de acordo com que se pensa, sente, é, faz e deseja”.

Delegando funções
Delegar é “incumbir; fazer uma transmissão de; conceder poderes ou obrigações a uma outra
pessoa: delegou responsabilidades; delegou as tarefas ao funcionário” ou membro da equipe
(DELEGAR, 2020).

Um líder seguro não teme delegar tarefas ao seu ministério; pelo contrário, ele sabe que dessa
forma não levará tudo em suas costas e poderá focar em novos projetos. Isso também desenvolve o
potencial de cada ministro, fazendo com que se sinta útil para a equipe, preparando e amadurecendo
pessoas para uma futura liderança, se for da vontade de Deus.

Delegar tarefas não significa que você se desligará delas, mas que deixará a cargo de outra
pessoa uma determinada atividade. Lembre-se: ao delegar, a responsabilidade continua sendo sua!
Para fazê-lo de forma eficiente, você precisa conhecer os pontos fracos e fortes do seu ministério,
para saber exatamente o que esperar de seus liderados e quais tarefas cada um poderá cumprir.

Alguns exemplos de funções para o ministério de dança:

1. Vice-líder: auxilia e aconselha a liderança;

2. Secretário(a): responsável em anotar todas as decisões tomadas em reuniões, projetos,


cronograma e agenda de ministrações durante o ano;

3. Tesoureiro(a): administra a parte financeira do ministério, organizando as entradas, saídas e


saldo de caixa. Cria estratégias para levantar recursos;

4. Líder de intercessão: responsável em organizar relógios de oração, escala de jejum, escala de


estudos ministrados durante os ensaios;

5. Figurinista: responsável em cuidar, zelar e produzir novos figurinos/vestes ministeriais;

6. Coreógrafo(a): responsável em criar sequências e passos técnicos para as coreografias


Liderança 12

produzidas durante o ensaio. Sua composição coreográfica pode ser total ou parcial,
incentivando outras pessoas a criarem juntamente com ele(a).

Todas essas funções devem estar alinhadas com a liderança, sempre consultando o líder para
tomar decisões dentro da sua área de atuação.

Organizando o ministério
Hoje em dia, temos alguns estilos de ministérios de dança dentro e fora das igrejas. Eu mesma
já passei por alguns: já fui líder e liderada em um ministério interno (ministério que serve a uma igreja
local); já fui líder e coreógrafa de um grupo composto por quatro ministérios de igreja diferentes
(ministério interdenominacional), onde as idades variavam entre 10 e 50 anos; já fui líder e diretora
de uma companhia de dança cristã interdenominacional...

Atualmente, sou líder do Ministério Passos, o ministério interno de minha igreja; tenho o
ministério solo Lu Vidança e, através dele ministro em congressos e eventos por todo o Brasil, além de
ser produtora de conteúdo do canal Lu Vidança no YouTube, onde ensino assuntos relacionados a
dança cristã na teoria e na prática.

Deus pode nos usar de várias maneiras por meio da dança, mas para melhor organizar um
ministério interno e sua atuação na igreja local, podemos pensar em dividir os grupos de trabalho.
Abaixo, cito algumas possíveis divisões, que devem ser adequadas conforme a sua realidade:

De acordo com a idade:

1. Infantil: de 3 a 6 anos e de 7 a 12 anos;


2. Adolescentes: de 13 a 16 anos;
3. Adulto: a partir de 17 anos;
4. Casados(as);
5. Melhor idade.

De acordo com o foco:

1. Com técnica (ou por estilo técnico);


2. Com gestos;
3. Evangelístico.

Essa divisão organizacional será conforme as necessidades de sua igreja. Por isso, considero
importante deixar uma dica: nunca tente copiar o estilo ou formato de outro grupo, porque as
realidades doutrinárias podem ser diferentes da sua. A igreja pode não se identificar com o
estilo/formato. Precisamos nos atentar à essas informações e ter sabedoria em nossas escolhas. Por
exemplo, uma igreja mais conservadora pode ter dificuldade com uma Dança Moderna ou
Contemporânea. Nesses casos, um estilo mais lírico e o uso de encenações podem ser melhor aceitos.

Na dúvida da escolha dos estilos, não hesite em consultar o pastor e pedir sua opinião.
Liderança 13

Motivando o Ministério

Muitas pessoas me perguntam como manter o ministério motivado, me pedem ajuda com
dinâmicas e brincadeiras, isso é bom de se fazer para manter a comunhão entre elas, mas a motivação
a meu ver precisa ser gerada de uma maneira mais profunda.

O líder deve motivar o seu ministério de forma espiritual, pois, trabalhamos com o mundo
espiritual, exercemos nossos dons em um ambiente totalmente espiritual, a casa de Deus e seu reino.

“Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus,
para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais
também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que
o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o
homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. (1
Coríntios 2:12-14)

A motivação maior no coração de cada ministro deve ser o amor a Deus, a gratidão a graça e a
salvação conquistada da cruz por nós precisamos ser o combustível para servi-lo no ministério com
todo entusiasmo e dedicação.

“Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento”. (Mateus 22:37)

A falta de motivação em entregar o melhor ao Senhor pode ser um sério sinal de que as coisas
não estão bem espiritualmente no ministério, meu conselho é que o líder abra mais espaço, orações,
jejuns, para estudos e discipulados sobre vida e intimidade com Deus, pois, quando temos um
relacionamento com Deus e o conhecemos de perto é impossível não ter um fogo que queima em
amor e gratidão ao ponto de querer agrada-lo e servi-lo com dedicação e ânimo.
Liderança 14

Considerações finais

Espero que os temas abordados nesta apostila tenham edificado a sua vida e acrescentado um
maior conhecimento sobre a liderança do ministério de dança.

Que em nossa dança sejamos achados por Deus como verdadeiros adoradores, servos,
ministros e líderes como referenciais de caráter cristão.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. (João 4:23)

Que a paz do Senhor esteja com você sempre.

Luciana Rios.

Você também pode gostar