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O capital: crítica da economia política (Livro I)

MARX, Karl. 'O capital': crítica da economia política: Livro I: o processo de produção do capital. 2. ed. São
Paulo: Boitempo, 2017. p.

Nota da Edição
O primeiro livro d’ O capital foi o único publicado em vida por Marx, sendo
que ele passava dias no museu britânico

Na segunda metade do século XIX, o capitalismo mais avançado existente


residia na Inglaterra

O Livro I foi publicado em 1867 (Hamburgo), o Livro II em 1885 e o Livro III


em 1894, sendo que os dois últimos foram editados e publicados por
Engels -1

A presente tradução tem como base a quarta edição alemã (Hamburgo,


1890) -2

...

1 – p. 11 2 – p. 12

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Apresentação
Jacob Gorender

I
A família Karl (pais de Marx) pertencia à classe média de origem judaica

Hegel foi mentor de Marx (que cursou Direito, mas depois foi para a
Filosofia) -1

Para Hegel, a Ideia se tornava ser-outro na natureza e se realizava nas


criações objetivas da história humana

A crítica de Feuerbach a Hegel influenciou grandemente Marx -2

Marx se apropriou da dialética hegeliana, considerava o princípio


dinâmico do materialismo -3
Já na década de 1840 havia diferentes teorias socialistas, as quais Marx se
tornou crítico junto com a economia política por ter conhecimento delas
através da Gazeta Renana -4

O Esboço de Engels também influenciou Marx em sua crítica da economia


política; Engels enfatizou o caráter ideológico da economia político e por
isso a negava como ciência -5

A definição de “alienação” se metamorfoseou em Hegel, Feuerbach e


Marx -6

A colaboração de Marx e Engels começou em Paris, 1844.

A sagrada família assinala o rompimento com a esquerda hegeliana que


depositava suas esperanças de renovações da Alemanha nas camadas
cultas -7

Não são as ideias que modificam a vida material, as ideias são expressões
das relações materiais que os homens possuem entre si.

A ideologia alemã inaugura o materialismo histórico -8

Hegel pensava que o Estado criava a sociedade civil (quando na verdade é


o contrário)

A partir de 1844 Marx concentrou sua energia em estudar os economistas


-9

A crítica da economia política foi construída com o materialismo histórico


como base -10

Miséria da filosofia é outro ponto de virada no pensamento de Marx, pois


é nesse livro em que a teoria do V-T é aceita -11

Perto de 1850, Marx foi exiliado em Londres, ficando lá até sua morte
(pouco tempo após a Nova Gazeta Renana fechar) -12

II
Marx e sua família passaram por momentos de miséria; sobre Vogt -13

Originalmente a crítica da economia política estaria dividida em 6 livros:


1 – O capital 2 – A propriedade territorial 3 – O T.a 4 – O Estado

5 – O comércio internacional 6 – O m mundial e as crises

E um livro à parte com a história das doutrinas econômicas -14

Os economistas clássicos pensavam que as categorias específicas do M.P.c


eram naturais, expressões de uma racionalidade supra-histórica -15

Na edição russa do Livro I (1872, que teve êxito de vendas), o czarismo a


considerou um livro socialista, mas muito complicado de se entender -16

Marx possuía uma péssima letra -17

O Livro IV sobre as histórias das doutrinas econômicas foram editados sob


o título de Teorias da Mais-Valia por Kautsky entre 1905-1910 -18

III
O capital é uma obra de economia política -19

Lenin afirmou que não é possível compreender O capital sem o prévio


estudo da Lógica hegeliana -20

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1 – p. 16 11 – p. 23

2 – p. 17

3 – p. 17 e 19 12 – p. 24

4 – p. 17 13 – p. 25

5 – p. 18 14 – p. 26

6 – p. 19 15 – p. 27

7 – p. 20 16 – p. 29

8 – p. 21 17 – p. 30

9 – p. 22 18 – p. 31
10 – pág. 22-3 19 – pág. 31

20 – pág. 33

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Advertências aos leitores

do Livro I d’ O capital
Louis Althusser

Engels (1886) disse que O capital se tornou a Bíblia do movimento


operário internacional -1

Proletariado – t.a diretamente empregados na Pr de bens materiais -2

Luta de classes econômica (sindical): é defensiva, pois é contra as duas


tendências do capitalismo

Luta de classes política: é ofensiva, pois é para a tomada do poder pela


classe operária e seus aliados -3

Tendência dupla do capitalismo: Prolongar a jornada de T e diminuir os S -


4

Método de leitura recomendada -5

O Livro IV foi publicado em 1905 -6

Quando publicou o Livro I, Marx já tinha escrito o Livro II e parte do Livro


III (o III na forma de rascunhos) -7

...

1 – pág. 40 4 – pág. 48 5 – pág. 50

2 – pág. 44 6 – pág. 50 N.R

3 – pág. 49 7 – pág. 52

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Considerações sobre o método


José Arthur Giannotti

Antigamente as relações de trocas ocorriam mais entre as comunidades -1

Proudhon e Bakunin foram grandes adversários de Marx

A Escola de Frankfurt se inspirava em Marx -2

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1 – pág. 63 2 – pág. 73

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O capital: crítica da economia política: livro I: o processo de


produção do capital
O capital foi dedicado a Wilhelm Wolff, amigo de Marx (pág. 76)

Prefácio da primeira edição


Marx desejava adicionar a cada capítulo teórico um excurso sobre a
história da teoria, mas desistiu na década de 1860 (N.R)

Teorias do Mais-valor são formados por rascunhos (N.R)

Marx chama sua teoria do valor de “Teoria do valor”

Marx foi acometido por diversas enfermidades que adiaram seu T

O capital é a continuação da Contribuição à crítica da economia política; o


primeiro capítulo é o mais difícil -1

Para estudar a sociedade capitalista, Marx usa a abstração e não um


microscópio como um químico

A forma-M constitui a forma econômica celular da sociedade capitalista

“O que pretendo nesta obra investigar é o M.P.c e suas correspondentes


relações de Pro e de circulação”, sendo que a Pro c possui leis próprias -2

Mesmo outros sistemas sem ser o M.P.c, a miséria ainda nos atormenta; a
estatística social da Alemanha e os demais países europeus ocidentais é
miserável
“finalidade última desta obra é desvelar a lei econômica do movimento da sociedade
burguesa” -3

“De modo algum retrato com cores róseas as figuras do c e do proprietário fundiário.
Mas aqui só se trata de pessoas na medida em que elas constituem a personificação de
categorias econômicas, os portadores de determinadas relações e interesses de
classes.” -4

...

1 – pág. 77 2 – pág. 78 3 – pág. 79 4 – pág. 80

Posfácio da segunda edição


A primeira edição d’ O capital se esgotou em quase 5 anos; desde 1850 o
capitalismo na Alemanha tem se desenvolvido rapidamente -1

A economia política burguesa entendia o capitalismo como a forma última


e absoluta da Pro social -2

As leis dos cereais haviam sido introduzidas na Inglaterra em 1815 e


deixaram de existir em 1846, seus objetivos eram limitar (a às vezes
proibir) a importação de trigo estrangeiro -3 (N.R)

O proletariado possui uma missão histórica, cuja é a revolucionamento do


M.P.c e a abolição final das classes -4

A edição russa d’ O capital (1872) de 3 mil exemplares quase se esgotou


aproximadamente em 2 anos -5

Disseram que Marx jamais poderia ser chamado de idealista; Marx nega
que existem leis gerais da vida econômica, cada período histórico possui
suas próprias leis

Marx em vida já era acusado de ter como ideia principal o comunismo -6

A investigação tem de se apropriar da matéria em seus detalhes; o


método dialético de Marx é o oposto do de Hegel

Marx diz que seu “método dialético, em seus fundamentos, não é apenas diferente
do método hegeliano, mas exatamente seu oposto. Para Hegel, o processo de
pensamento, que ele, sob o nome de Ideia, chega mesmo a se transformar num sujeito
autônomo, é o demiurgo do processo efetivo, o qual constitui apenas a manifestação
externa do primeiro. Para mim, ao contrário, o ideal não é mais do que o material,
transposto e traduzido na cabeça do homem.” -7

A dialética em Hegel “se encontra de cabeça para baixo. É preciso desvirá-la ”; na


dialética há “algo” e sua negação ao mesmo tempo

O movimento da sociedade capitalista é repleto de contradições -8

...

1 – pág. 84 5 – pág. 88

2 – pág. 85 6 – pág. 89

3 – pág. 86 7 – pág. 90

4 – pág. 87 8 – pág. 91

Prefácio da edição francesa


Os primeiros capítulos são os mais difíceis -1

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1 – pág. 93

Posfácio da edição francesa


A edição francesa tinha sido publicada em fascículos -1

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1 – pág. 95

Prefácio da terceira edição alemã


O Livro II foi deixado em forma de manuscritos; Engels era amigo de Marx
desde a década de 1840
A edição francesa do Livro I foi publicada em fascículos de 1872-1875 (N.R)
-1

...

1 – pág. 97

Prefácio da edição inglesa


Uma das filhas de Marx ajudou com esta tradução; O capital já era
deturpado desde essa época -1

A estrutura do Livro I d’ O capital foi mudando conforme as edições (N.R) -


2

O L e a r são fragmentos daquela parte não paga do produto que o


trabalhador tem de fornecer ao patrão -3

O período manufatureiro se baseia na D.T manual, o período da indústria


moderna se baseia na maquinaria

Na Europa “O capital costumou ser chamado de “a Bíblia da classe trabalhadora.” ” -


4

A F.P aumenta em progressão geométrica, a expansão dos m (na maior


parte das vezes) em progressão aritmética

“a Inglaterra é o único país onde a inevitável revolução social poderia ser realizada
inteiramente por meios pacíficos e legais. ”, embora Marx defendia que a
burguesia provavelmente iria se revoltar -5

...

1 – pág. 101 2 – pág. 101-2 3 – pág.


102

4 – pág. 103 5 – pág. 104

Prefácio da quarta edição alemã


Eleanor Marx ajudou na tradução desta edição -1
Eleanor rebateu argumentos que caluniavam seu pai -2

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1 – pág. 105 2 – pág. 106 (N.R) e 109

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Seção I – Mercadoria e Dinheiro


Capítulo I – A M

1 - Os dois fatores da M: V.U e V (S.V, G.V)

“A Riq das sociedades onde reina o M.P.c aparece como uma “enorme coleção de M”,
e a M individual, por sua vez, aparece como sua forma elementar.”

A M é, antes de tudo, algo externo que por conta de suas p satisfaz


necessidades humanas de qualquer tipo. Não importando se a origem
dessas necessidades provêm do estômago ou do espírito, nem também de
como satisfaz essa necessidade, como objeto de consumo ou Me.P -1

V.U: utilidade de uma coisa (e o próprio caractere da coisa de ser suporte


material faz dela um V.U)

Essa utilidade está condicionada no corpo da M, em suas p

Comum a qualquer forma de sl (conteúdo material da Riq)

Se realiza no consumo/uso

No capitalismo, V.U são o suporte material do V.T

V.T: aparece inicialmente como a relação quantitativa, a proporção na


qual V.U de um tipo são trocados por V.U de outro tipo

Se altera constantemente no tempo e no espaço -2

“os V.T vigentes da mesma M expressam algo igual.”, “que o V.T não pode ser mais do
que o modo de expressão, a “forma de manifestação” de um conteúdo em comum e de
mesma grandeza em duas coisas diferentes.”
Esse “conteúdo em comum” não pode ser as p físicas, geométricas e
químicas das M, pois elas determinam seus V.U e “ a abstração dos seus V.U é
justamente o que caracteriza as relações de troca das M.” -3

Todas as M são frutos do T; mas ao abstrairmos do V.U, abstraímos dos


caracteres específicos da M, ela não é mais o produto de T específico, mas
de um “T humano igual, o T humano abstrato.”

Na Pr de qualquer M “foi despendida F.T humana, que não leva em conta a forma
desse dispêndio”, T humano indiferenciado/amorfo foi acumulado

As M, “Como cristais dessa substância social que lhes é comum, elas são V”

S.V – T humano A

O “conteúdo em comum” que se expressa no V.T é o V, sendo o V.T o


modo necessário para ele se expressar; “ um bem só possui V porque nele está
objetivado ou materializado T humano A.” -4

Quando maior for o T dispendido na criação de uma M, maior será seu V –


ERRADO -5

O T que constitui a S.V é T humano igual, dispêndio da MESMA F.T


humana; F.T social média, não uma individual/específica, embora a F.T da
sociedade inteira seja composta por F.T individuais

t.T.s.n; “é aquele requerido para produzir um V.U qualquer sob as condições normais
para uma dada sociedade e com o grau s médio de destreza e intensidade de T. ”

“Após a introdução do tear a vapor na Inglaterra, por exemplo, passou a ser possível
transformar uma dada q de fio em tecido empregando cerca de / do T de antes. Na
verdade, o tecelão manual inglês continuou a precisar do mesmo t de T para essa Pr,
mas agora o produto de sua hora de T individual representava apenas / da hora de T
social e, por isso, seu V caiu para a metade do anterior. ”

G.V – t.T.s.n

M em que estão contidas iguais q de T.s.n possuem a mesma G.V

Um escrito anônimo de aproximadamente 1740 já determinava que o V


das coisas “é regulado pela q de T necessariamente requerida para sua Pr” (N.R) -6
Em outra edição – S.V = T e G.V = t de T (N.R)

A G.V de uma M permanece constante se permanece constante o t de T


requerido para sua Pr, mas este muda com cada alteração na F.P do T

A F.P do T é determinada por condições Nat, grau médio de destreza dos t,


volume e eficácia dos Me.P, desenvolvimento da ciência e sua
aplicabilidade tecnológica, etc.

Em geral, quando aumenta a F.P do T, menor é o t de T requerido, menos


massa de T na M é cristalizada e menor será seu V;

Quando diminui a F.P do T, maior é o t de T requerido, maior massa de T


na M é cristalizada e maior será seu V

Ou seja, a G.V de uma M varia na razão direta da q de T que nela é


realizado e na razão inversa da F.P desse T

Algo pode ser V.U mesmo não sendo V (ar, terra virgem, madeira bruta,
campos Nat); algo pode ser V.U e produto do T e ainda assim não ser M
(produzir V.U para satisfazer minha necessidade) -7

“Para produzir M, ele (‘o produtor’) tem de produzir não apenas V.U, mas V.U para
outrem, V.U s.”, V.U produzido para outrem que será adquirido por meio da
troca

“Por último, nenhuma coisa pode ser V sem ser objeto de uso. Se ela é inútil, também o
é o T nela contido, não conta como T e não cria, por isso, nenhum V.” -8

2 – O duplo caráter do T representado nas M

T.U. - T cuja utilidade se representa no V.U de seu produto

V.U não se troca pelo mesmo V.U -9

------ -10

Apenas produtores de T privados, separados e mutuamente


independentes uns dos outros confrontam-se como M
“Como criador de V.U, como T.U, o T é, assim, uma condição de existência do homem,
independente de todas as formas s, eterna necessidade Nat de mediação do
metabolismo entre homem e Nat”

V.U são nexos de dois elementos: matéria Nat e T -11

Princípio da conservação da matéria (‘só alteramos o existente’) (N.R)

O T não é a única fonte dos V.U que ele produz, a única fonte da Riq
material, a terra é a mãe da Riq material -12

O V da M representa unicamente T humano, dispêndio de T humano, “ ao


passo que os V casaco e linha, são, ao contrário, simples massa amorfa de T ”

Toda pessoa comum, sem qualquer desenvolvimento especial, possui uma


F.T simples (e essa será considerada daqui para frente)

O T complexo é apenas o T simples multiplicado; x q do produto de um T


complexo pode ser trocado por uma q maior do produto de um T simples

“As diferentes proporções em que os diferentes tipos de T são reduzidos ao T com


simples como sua unidade de medida são determinados por meio de um processo s que
ocorre pelas costas dos produtores e lhes parecem, assim, ter sido ligados pela
tradição.” -13

O T que é afetado pela variação na F.P do T é o T.U “ a mesmo T produz, nos


mesmos períodos de t, sempre a mesma G.V, independentemente da variação da F.P. ”

Com o aumento ou diminuição da F.P do T, uma maior ou menor q de V.U


serão produzidos, a G.V permanece a mesma (‘na mesma q de t’), embora
estando distribuída quantitativamente diferente em cada M produzida -
14.1

Todo T é dispêndio de força humana de T em sentido fisiológico, e é


graças a essa p de T humano igual ou abstrato ele gera o V das M

T.U produz V.U

T.A produz V -14

3 – A forma do V ou o V.T
Precursor anônimo de A. Smith: “Um homem consumiu uma semana na Pr
de um objeto útil [...] e outro homem, que em troca desse objeto lhe dá
um outro, não encontra outro meio de avaliar corretamente a
equivalência de V que não seja pelo cálculo do ‘labour’ e do tempo que
sua Pr lhe custou”. Labour = T que cria V (N.R)

As M só possuem a forma de M quando possuem a dupla forma:

Forma Nat (com a qual vem ao mundo) e a forma de V -15

O V é inapreensível, só se manifesta numa relação s entre M

“... as M possuem uma F.V em comum que contrasta do modo mais


evidente com as diversas formas Nat que apresentam seus V.U. Tal F.V em
comum é a F-M.”

Marx irá provar a gênese da F-D

Relação simples de V: Relação de V de uma M com uma única M distinta


dela

A – A F.V simples, individual ou ocasional

X M A = y M B ou: X M A têm o V de y M B (20 braças de linho = 1 casaco,


ou: 20 braças de linho têm o V de 1 casaco)

1 – Os dois polos da expressão do V; F.V.R e F de E

“O segredo de toda F.V reside em sua F.V simples” -16

As duas M, A e B desempenham papéis distintos; o V da M A é expresso na


M B, M B serve de material para essa expressão de V

O V de M A se apresenta como V.R, ou F.V.R; A M B funciona como


equivalente, encontra-se na F.E

M B não expressa seu V, para expressá-lo e se tornar F.V.R, será


necessário inverter a equação -17

2 – A F.V.R

A – Conteúdo da F.V.R
Para X M A = y M B, M A e M B tem de serem expressões da mesma
unidade, coisas da mesma Nat, qualitativamente iguais. “Quando o casaco
é equiparado ao linho como coisa de V, o T nele contido é equiparado com
o T contido no linho”

“Como V, as M não são mais do que massas amorfas de T humano...”

Na relação de 20 braças de linho = 1 casaco, o casaco vale como forma de


existência do V, como coisa de V -18

“Somente a expressão de equivalência de diferentes tipos de M evidencia


o caráter específico do T criador de V, ao reduzir os diversos T contidos
nas diversas M àquilo que lhes é comum: o T humano em geral”

“Na relação de V com o casaco, o linho vale como seu equivalente


qualitativo, como coisa da mesma Nat, porque ele é um V. Desse modo ele
vale como uma coisa na qual se manifesta o V ou que, em sua forma Nat,
palpável, representa V”

O corpo da M B é V.U

“Como o comércio não é nada mais que a troca de um T por outro, é no T


que o V de todas as coisas é estimada da melhor forma” (N.R) -19

M B, a forma de casaco vale como forma de V; a F.V de M A é diferente de


sua forma Nat

O V de M A é expresso no V.U (‘corpo M’) de M B; o V assume a forma de


casaco

“Por meio da relação de V, a F.Nat da M B se converte na F.V da M A, ou o


corpo da M B se converte no espelho do V da M A.” -20

O V de M A expresso no V.U da M B, assume a F.V.R

B – A determinidade quantitativa da F.V.R

“Toda M, cujo V deve ser expresso, é um objeto de uso numa dada q: 15


alqueires de trigo, 100 libras de café etc. Essa dada q de M contém uma q
determinada de T humano. A F.V tem, portanto, de expressar não só V em
geral, mas V quantitativamente determinado, ou G.V. Na relação do V da
M A com M B, do linho com o casaco, não apenas a espécie de M casaco é
qualitativamente equiparada ao linho, como corpo de V em geral, mas
uma determinada q de linho, por exemplo, 20 braças, é equiparada a uma
determinada q do corpo de V, ou considerado equivalente, por exemplo, 1
casaco.”

20 MA = 1 MB pressupõe que 1 MB contém tanto S.V quanto 20 MA, que


ambas as q de M custam a mesma q de t de T

O t de T necessário para a Pr de 20 MA e 1 MB muda com a variação na


F.P do T.C de MA ou de MB

I – O V de MA varia enquanto o V de MB permanece constante:

Se o t.T.n para a Pr de MA dobra (x 2):

Antes: 20 MA = 1 MB Agora: 20 MA = 2 MB

(20h produz 20 MA e 1 MB) (40h produz 20 MA e 2MB)

Se o t.T.n para a Pr de MA cai pela /:

Antes: 20 MA = 1MB Agora: 20 MA = ½ MB

(20h produz 20 MA e 1 MB) (10h produz 20 MA e ½ MB)

Conclusão: O V.R de MA (seu V expresso em MB), aumenta e diminui na


proporção direta da variação do V da MA em relação ao V constante de
MB -21

II – V de MA permanece constante, enquanto varia o V (‘G.V) de MB:

Se o t.T.n à Pr de MB dobra (x 2):

Antes = 20 MA = 1 MB Agora: 20 MA = ½ MB

(20h produz 20 MA/20 MB) (20h produz 20MA e ½ MB)


Se o t.T.n à Pr de MB cai pela /:

Antes = 20 MA = 1 MB Agora: 20 MB = 2 MB

(20h produz 20 MA/1 MB) (20h produz 20 MB e 2 MB)

Conclusão: Permanecendo constante o V de MA, aumenta ou diminui,


portanto, seu V.R, expresso na MB, em proporção inversa à variação do V
de MB -22

III – As q de T.n à Pr de linho e casaco podem variar ao mesmo tempo, na


mesma direção e na mesma proporção; “Se os V de todas as M
aumentassem ou diminuíssem ao mesmo tempo e na mesma proporção,
seus V.R permaneceriam inalterados”

A influência de todas as combinações possíveis sobre o V.R de uma M


resulta da simples aplicação dos casos I, II e III

O V.R de uma M pode variar, embora seu V se mantenha constante. Seu


V.R pode permanecer constante, embora seu V varie e, finalmente,
variações simultâneas em suas G.V e na expressão relativa dessa grandeza
não precisam de modo algum coincidir entre si -23

3 – A F.E

A F.E de uma M é a forma de sua permutabilidade direta com outras M

“... dois casacos podem expressar a G.V de 40 braças de linho, porém


jamais podem expressar sua própria G.V.” Uma determinada q de casaco
expressa determinada q de V do linho -24

A F.E de uma M não contém qualquer determinação quantitativa de V

1ª peculiaridade da F.E: “o V.U se torna a forma de manifestação de seu


contrário, do V” A F.Nat da M se torna F.V

O V é algo puramente social -25


A F.E aparenta possuir por Nat V, ser F.V da mesma forma como é V.U

A atividade criadora da F.E aparenta ser atividade criadora de V -26

2ª peculiaridade da F.E: “... o T.C torna-se a forma de manifestação de seu


contrário, o T humano A.”

3ª peculiaridade da F.E “o T privado converte-se na forma de seu


contrário, T imediatamente s.”

Aristóteles já tinha analisado a F.V; “... Aristóteles afirma claramente que a


F-D da M é apenas a figura ulteriormente desenvolvida da F.V simples...” -
27

4 – O conjunto da F.V simples

O V da MA é expresso qualitativamente por meio da sua permutabilidade


direta da MB com a MA. Ele é expresso quantitativamente por meio da
sua permutabilidade de uma determinada q de MB por uma dada q da MA

“... M é V.U e V.T, isso estava, para ser exato, errado.”

M é V e V.U; e se apresenta em seu ser duplo quando equiparada com


outra M -28

“... a F de V ou a expressão de V da M surge da Nat do V das M, e não, ao


contrário, que o V e a G.V sejam derivados de sua expressão como V.T.”

A F.V simples de uma M é, a forma simples de manifestação da oposição


nela contida entre V.U e V

O produto do T só se torna M numa época historicamente determinada de


desenvolvimento, uma época em que o T dispendido na Pr de uma coisa
útil se apresenta como sua qualidade “objetiva”, isto é, como seu V -29

“... a F.V simples da M é simultaneamente a F-M simples do produto do T


e [...] o desenvolvimento da F-M coincide com o desenvolvimento da F.V”
-30

A forma individual do V se transforma numa forma mais complexa; agora


o V de MA é expresso numa série de outras M, agora há uma série sempre
ampliável de suas diferentes expressões simples de V -31
B – A F.V total ou desdobrada

Z MA = U MB, ou = V MC, ou = W MD, ou = X ME, ou = etc

(20 braças de linho = 1 casaco, ou = 10 libras de chá, ou = 40 libras de café,


ou = 1 quarter de trigo, ou = 2 onças de Ouro, ou = ½ tonelada de Ferro,
ou = etc)

1 – A F.V.R desdobrada

O V de MA (linho) é expresso em inúmeras outras M do mundo das M,


cada um dos outros corpos M torna-se um espelho de V de MA -32

Pela primeira vez, o V de MA aparece verdadeiramente como massa


amorfa de T humano, pois o T que o cria é, agora, expressamente
representada como T que equivale a qualquer outro T humano,
indiferente da F.Nat que ela possua -33

Na forma primeira, 20 MA = 1MB poderia ser algo acidental, mas agora


essa possibilidade desaparece. O V de MA permanece da mesma
grandeza, seja ele representado em linho, café, Ferro, etc.

“Torna-se evidente que não é a troca que regula a G.V da M, mas


inversamente, é a G.V da M que regula sua relação de troca.” -34

2 – A F.E particular

Os diferentes corpos de V, a F.Nat dessas M é agora F.E particular ao lado


muitas outras. Os diferentes das F.E são agora considerados “... como
tantas outras formas de efetivação ou manifestação particulares de T
humano como tal” -35

3 – Influências da F.V total ou desdobrada

1ª – A expressão de V.R da M é incompleta, pois sua série de


representações jamais se conclui

2ª – Ela forma um colorido mosaico de expressões de V, desconexas e


variegadas
3ª – Se o V.R de cada M for devidamente expresso nessa forma
desdobrada, a F.V.R de cada M será uma série infinita de expressões de V,
diferente da F.V.R de qualquer outra M -36

C – A F.V.U

1 casaco=

10 libras de chá=

40 libras de café=

1 quarter de trigo= 20 braças de linho

2 onças de Ouro=

½ tonelada de Ferro=

X MA=

etc. M=

1 – Caráter modificado da F.V

Agora as M expressam seus V de modo simples (mesma M singular), de


modo unitário, porque na mesma M. Sua F.V é simples comum a todas,
portanto, universal

A forma primeira “... só se revela na prática nos primórdios mais remotos,


quando os produtos do T são transformados em M por meio da troca
contingente e ocasional.”

A forma segunda” ... se mostra pela primeira vez apenas quando um


produto do T, por exemplo, o gado, passa a ser trocado por outras M
diferentes não mais excepcional, mas habitualmente.”

“A nova forma obtida apenas expressa os V do mundo das M num único


tipo de M, separada das outras...”, na nova forma obtida, o linho
representa os V de todas as M mediante sua igualdade com o linho -37

“Essa forma é [...] a primeira que relaciona efetivamente as M entre si


como V, ou que as deixa aparecer uma às outras, como V.T.”
O linho se torna diretamente permutável por todas as outras M; “Sua
forma corpórea é considerada a encarnação visível, crisalidação s e
universal de todo T humano.”

“As inúmeras equações em que consiste a F.V.U equiparam


sucessivamente o T efetivado no linho com todo T contido em outras M...”
-38

2 – A relação de desenvolvimento entre a F.V.R e a F.E

Na forma primeira, uma M transforma outra em equivalente individual

Na forma segunda, essa expressão do V de uma M em todas as outras M,


imprime nestas últimas a F.E particulares de diferentes tipos

Por fim, uma M particular recebe a F.E.U

A oposição entre os dois polos se desenvolve com o desenvolvimento da


F.E em geral -39

O linho (ou F.E.U) está excluído de possuir V.R; para expressar seu V.R,
temos de inverter a forma III; a forma II aparece como a F.V.R específica
da M E.U -40

3 – Transição da F.V.U para a F-D

“O tipo específico de M, em cuja F.Nat a F.E encarna socialmente, torna-se


agora M-D, ou funciona como D.” o Ouro conquistou esse lugar
privilegiado; desempenhar o papel de E.U no mundo das M torna-se sua
função especificamente s, seu monopólio s

D – A F-D

20 braças de linho=

1 casaco=

10 libras de chá=

40 libras de café= 2 onças de Ouro

1 quarter de trigo=
½ tonelada de Ferro

X MA=

Não houve uma mudança significativa da forma III para a forma IV como
houve da forma I para a forma II, ou da forma II para a forma III

Agora, tal M específica (o Ouro) assume a F.E.U

“A expressão de V.R simples de uma M – por exemplo, do linho – na M que


funciona como M-D – por exemplo o Ouro – é a F-P ” -41

A F-P do linho é:

20 braças de linho = 2 onças de Ouro

ou, se £2 for a denominação monetária de 2 onças de Ouro:

20 braças de linho = £2 -42.1

“A F-M simples é [...] o germe da F-D.” -42

4 – O caráter fetichista da M e seu segredo

A M é algo sensível-suprassensível

O caráter místico da M não resulta de seu V.U, tampouco resulta do


conteúdo das determinações de V -43

O caráter enigmático que o produto do T possui assim que assume a F-M


provém dessa própria forma

“O caráter misterioso da F-M consiste, portanto, simplesmente no fato de que


ela reflete aos homens os caracteres s de seu próprio T como caracteres
objetivos dos próprios produtos do T, como p s que não Nat a essas coisas e, por
isso, reflete também a relação s dos produtores com o T total como uma relação
entre os objetos”

Aqui, uma relação s “determinada entre os próprios homens que aqui assume,
para eles, a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. ”; M são coisas
s -44
Assim como no mundo religioso os produtos da mente humana possuem
vida própria, travam relações entre si e com os homens; no mundo das M
os produtos da mão humana travam relações entre eles, “ A isso eu chamo
de fetichismo, que se cola nos produtos do T tão logo eles são produzidos como
M e que, por isso, é inseparável da Pr de M.”

Esse caráter fetichista surge do caráter s peculiar do T que produz M; o


conjunto dos T privados consiste no T s total

“Como os produtores só travam contato mediante a troca de seus produtos do


T, os caracteres especificamente s de seus T privados aparecem apenas no
âmbito dessa troca. Ou, [...] os T privados só atuam efetivamente como elos do
T s total por meio das relações que a troca estabelece entre os produtos do T e,
por meio destes, também dos produtores.” -45

Quando “equiparam entre si seus produtos de diferentes tipos na troca, como


V, eles equiparam entre si seus diferentes T como T humano. Eles não o sabem,
mas o fazem”

O caráter s dos “T privados, independentes entre si, consiste em sua igualdade


como T humano e assume a forma do caráter de V dos produtos do T ” -46

“Assim que essas proporções (‘em que os produtos são trocados’ ) alcançam
uma certa solidez habitual, elas aparentam derivar da Nat dos produtos do T,
como se, por exemplo, 1 tonelada de Ferro e 2 onças de Ouro tivessem o mesmo
V do mesmo modo como 1 libra de Ouro e 1 libra de Ferro têm o mesmo peso ”

A F-D “vela materialmente, em vez de relevar, o caráter s dos T privados e, com


isso, as relações entre os T privados.”

“Assim, somente a análise do P das M conduziu à determinação da G.V, e


somente a expressão monetária comum das M conduziu à fixação de seu
caráter de V” -47

Na Idade Média, a dependência dos homens (como servos e senhores


feudais), a dependência pessoal caracteriza tanto as relações s da Pr
material quanto as esferas da vida erguidas sobre elas. Aqui, as relações s
não se encontram travestidas em relações s entre coisas -48
Numa associação de homens livres que trabalham com Me.P
coletivizados, o produto total da associação é um produto s, e parte desse
produto serve, por sua vez, como Me.P, outra parte é consumida como
M.S pelos membros da associação. O modo como essa parte será
distribuída será diferente de acordo com o tipo peculiar do próprio
organismo s de Pr e o correspondente grau histórico de desenvolvimento
dos produtores (‘Socialismo’) -49

Nesta forma de sociedade,

“o cristianismo, com seu culto do homem abstrato, é a forma de religião mais


apropriada, especialmente em seu desenvolvimento burguês, como
protestantismo, deísmo etc.”-50

Para Epicuro, os deuses habitam espaços que separam os diferentes


mundos entre si; e também não exercem qualquer influência sobre o
desenvolvimento do mundo ou sobre a vida dos homens (N.R) -51

A economia política clássica nunca conseguiu descobrir, a partir da análise


da M e, mais especificamente do V das M, a F.V que o converte
precisamente em V.T (N.R) -52

Haviam economistas que consideravam as instituições burguesas naturais


e as do feudalismo artificiais (N.R)

Economia política clássica: Toda teoria econômica que desde W. Petty,


que investiga a estrutura interna das relações burguesas de Pr em
contraposição à economia vulgar, que se move apenas no interior do
contexto aparente e rumina constantemente o material há muito
fornecido pela economia científica a fim de fornecer uma justificativa
plausível dos fenômenos mais brutais e servir às necessidades domésticas
da burguesia (N.R) -53

A estrutura econômica da sociedade (modos determinados de Pr e as


relações de Pr que lhes correspondem) é a base real sobre a qual se ergue
uma superestrutura jurídica e política, à qual correspondem formas s de
consciência. O M.P da vida material condiciona o processo da vida s,
política e espiritual em geral. Como exemplo, o catolicismo dominava na
Idade Média justamente pelo modo como as pessoas produziam sua vida
(N.R) -54

Exemplo de fetichismo: “o Ouro e a Prata, ao servir como D, não expressam


uma relação s de Pr, mas atuam na forma de coisas Nat dotadas de estranhas p
s” -55

...

1 – pág. 113 21 – pág. 130 42 – pág. 146

2 – pág. 114 22 – pág. 130-131 43 – pág. 146

3 – pág. 115 23 – pág. 131 44 – pág. 147

4 – pág. 116 24 – pág. 132 45 – pág. 148

5 – pág. 116-117 25 – pág. 133 46 – pág. 149

6 – pág. 117 26 – pág. 134 47 – pág. 150

7 – pág. 118 27 – pág. 135 48 – pág. 152

8 – pág. 119 28 – pág. 136 49 – pág. 153

9 – pág. 119 29 – pág. 137 50 – pág. 154

10 – pág. – 30 – pág. 137-138 51 – pág. 154

11 – pág. 120 31 – pág. 138 52 – pág. 155

12 – pág. 121 32 – pág. 138 53 – pág. 156

13 – pág. 122 33 – pág. 138-139 54 – pág. 157

14.1 – pág. 123 34 – pág. 139 55 – pág. 157

14 – pág. 124 35 – pág. 139-140

15 – pág. 124 36 – pág. 140

16 – pág. 125 37 – pág. 141

17 – pág. 126 38 – pág. 142


18 – pág. 127 39 – pág. 143

19 – pág. 128 40 – pág. 144

20 – pág. 129 41 – pág. 145

42.1 – p. 145-6

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Capítulo II – O processo de troca

“As M não podem ir por si mesmas ao m e trocar-se umas pelas outras.”,


aqui entra os proprietários privados das M

“... um só pode se apropriar da M alheia e alienar a sua própria M em


concordância com a vontade do outro [...], por meio de um ato de
vontade comum a ambos.” -1

Aqui as pessoas existem, servem umas para as outras apenas como


possuidoras de M, que vão ao m representá-las -2

“Todas as M são não V.U para seus possuidores e V.U para seus não-
possuidores.”

O V se realiza na troca, sendo assim, para o V.U se realizar, primeiro o V


tem que se realizar

O possuidor da M “... quer alienar sua M em troca de outra M cujo V.U


satisfaça suas necessidades. [...] a troca é para ele apenas um processo
individual.” -3

“Por outro lado, ele quer realizar sua M como V, [...] em qualquer outra M
do mesmo V que seja de seu agrado, não importando se sua M tem ou
não V.U para o possuidor da outra M. [...] a troca é para ele um processo s
geral.” -4

“Mas não é possível que, simultaneamente para todos os possuidores de


M, o mesmo processo seja exclusivamente individual e, ao mesmo tempo,
exclusivamente s geral.”
Todo possuidor de M considera a sua M E.U, mas nenhuma realmente é.
Assim, as M não possuem uma F.V.R geral na qual possam se equiparar
como V, assim, elas se confrontam não como M, mas como produtos (ou
V.U)

A expansão e aprofundamento da troca exclui uma M particular para o V


ser universalmente expresso, e assim as M se relacionam entre si como V;
assim surge o D, algo necessário para a troca geral de M, resultado do
desenvolvimento da oposição entre V e V.U contida na M individual,
desenvolvimento este causado pela expansão e aprofundamento da troca
-5

Um tipo de socialismo pequeno burguês queria abolir o D mas continuar


com a produção de M, um claro equívoco (N.R)

Entre os selvagens, as trocas se dão entre as comunidades ou entre os


indivíduos de diferentes comunidades -6 (N.R e p)

“O costume (de trocar e equiparar as M) as fixa como G.V”

Os povos nômades foram os primeiros a desenvolver a F-D; a F-D tem que


ser móvel (dando um exemplo, o gado) -7

Para ter que expressar diferentes G.V, o D tem de ser capaz de expressar
diferentes q de V, tem que poder ser dividido e juntado; e os metais
preciosos possuem essa qualidade

O D é uma M -8

Sobre o V do D, “Seu próprio V é determinado pelo t.T requerido para sua


Pr e se expressa numa dada q de qualquer outra M em que esteja
incorporado o mesmo t.T.” -9

William Petty já no século XVII comentava sobre a influência que o T


necessário para adquirir uma M tem na relação de troca com outra M -10
(N.R)

A F-D aparenta possuir V naturalmente, “... como uma qualidade s de sua


Nat.”
“Uma M não aparenta se tornar D porque todas as outras M representam
nela seus V, mas, ao contrário, estas é que aparentam expressar nela seus
V pelo falto de ela ser D.”

“... o enigma do fetiche do D não é mais do que o enigma do fetiche da


M...” -11

...

1 – pág. 159 7 – pág. 163

2 – pág. 159-160 8 – pág. 164

3 – pág. 160 9 – pág. 166

4 – pág. 160-161 10 – pág. 166-167

5 – pág. 161 11 – pág. 167

6 – pág. 162

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