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DESIGN AUTORAL

Imagine que você pretende construir uma casa, um prédio ou até mesmo uma ponte. Você talvez tenha
pensado na casa dos seus sonhos, um prédio imponente ou uma ponte como uma figura de paisagem
retirada de um quadro.

O processo criativo permite infinitas possibilidades para o profissional autor do projeto.

No Brasil, as profissões de arquiteto, engenheiro, técnico e tecnólogo de edificações são regulamentadas. É


preciso ter formação específica para atuar como profissional, ter registro em conselho de classe e possuir a
devida anotação de responsabilidade técnica, que detalha as responsabilidades objeto do serviço
profissional de acordo com suas atribuições e com o contrato firmado.

Para obter a licença para construção de um edifício, é necessário, conforme define a legislação, que haja
um profissional legalmente habilitado, responsável pelo projeto e pela execução da construção.

As responsabilidades poderão estar sob atuação de um único profissional ou de uma equipe


multidisciplinar. No caso de múltiplas responsabilidades, estas serão vinculadas e coordenadas por um
profissional responsável pela compatibilização do projeto ou, no caso de execução, pela gestão das obras.

O projeto autoral pode ser entendido como o projeto de arquitetura ou qualquer outro projeto
complementar, como: instalação elétrica, instalação hidro sanitária, estrutura, sistemas, entre outras.

Nos casos de projetos que utilizam a metodologia BIM, especialmente o uso atrelado ao design autoral, é
fundamental pensar no envolvimento de uma equipe multidisciplinar. Os membros desta equipe precisam
ter a capacidade de manipular, navegar e revisar um modelo de forma colaborativa. É necessário que
conheçam os meios e os métodos de construção e possuam experiência em projeto e construção.

O trabalho de criação inicia com informações, mesmo que preliminares, que devem alimentar um banco de
dados e, à medida que a elaboração do projeto aumenta, este banco de dados é ampliado. Cada uma das
fases tem suas informações organizadas e incorporadas ao banco de dados com entradas, processamentos e
saídas.

Ao elaborar os croquisCroquis: desenhos rápidos, sem muita precisão, para esboçar ideias., o arquiteto
precisa de um conjunto de informações. Na sequência, precisa fornecer informações do seu trabalho para
as próximas etapas, que seguirão até o início da execução da construção. Começando, por exemplo, pelo
levantamento de dados para arquitetura, com o programa de necessidades de arquitetura, passando pelo
estudo de viabilidade, estudo preliminar do anteprojeto, do projeto executivo, dos projetos complementares
e do projeto legal para aprovação por órgãos responsáveis.

Dica

Dica!

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levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ);


programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ); /
estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ);
estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ);
anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ);
projeto legal de arquitetura (PL-ARQ);
projeto básico de arquitetura (PB-ARQ);
projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ);

A modelagem autoral é o processo de modelagem de informação da construção de um projeto específico, e


parte de um projeto maior. Este tipo de modelagem requer critérios bem definidos para que todos os
envolvidos consigam trabalhar as informações de maneira organizada.

É preciso definir as ferramentas de modelagem e análise, os padrões de códigos e nomenclaturas de


arquivos e dados, os parâmetros de materiais e sistemas, as unidades de medida, o modo de cooperação e
colaboração e os meios de comunicação.

Enquanto cabe ao arquiteto elaborar o projeto autoral de arquitetura, caberá ao engenheiro mecânico a
responsabilidade pela elaboração do projeto autoral de instalação do sistema de refrigeração do mesmo
edifício. O engenheiro pode iniciar seu projeto em uma ferramenta de modelagem específica diferente,
inclusive, da ferramenta de modelagem de arquitetura, porém deve haver a interoperabilidade entre essas
ferramentas. O engenheiro precisa ter acesso ao modelo autoral de arquitetura para produzir o projeto da
sua disciplina de forma colaborativa.

Durante a elaboração do projeto, o modelo de coordenação, que envolve as demais disciplinas, receberá
mais informações. Com isso, à medida que o projeto avança, o LOD - Level Of Development ou ND -
Nível de Desenvolvimento, é ampliado conforme a evolução dos serviços de projeto.

Saiba Mais

O uso BIM Design Autoral apresenta algumas vantagens potenciais:

Transparência para informações do projeto para todos os interessados.


Melhor controle de qualidade do projeto, custo e cronograma de execução da obra.
Melhor visualização do projeto.
Colaboração real entre os participantes do projeto e os usuários do BIM.
Melhor controle de qualidade e garantia.

Saiba Mais.

Este conceito de evolução do modelo e seu nível de informações foi desenvolvido pelo AIA - American
Institute of Architects e varia de 100 a 500.
De acordo com a Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC de 2017, os níveis de representação gráfica estão
divididos em 100, 200, 300, 350, 400 e 500, sendo que:

Lod 100 – Pode ser representado como um símbolo ou outra representação genérica.
Lod 200 – É representado como um sistema genérico, objeto ou montagem com
quantidades estimadas, tamanho, forma, localização e orientação. Também pode ser
representado com informações não gráficas.

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Lod 300 – É representado como um sistema, objeto ou conjunto específico em
quantidade, tamanho, forma, localização e orientação. Podem possuir, inclusive,
informações não gráficas.
Lod 350 – É representado como um sistema, objeto ou conjunto específico em
quantidade, tamanho, forma, posição, orientação e interfaces com outros sistemas.
Podem possuir, inclusive, informações não gráficas.
Lod 400 – É representado como um sistema, objeto ou conjunto específico em termos de
tamanho, forma, posição, localização, quantidade e orientação com detalhes de
fabricação, montagem e informações de instalação. Pode possuir, inclusive, informações
não gráficas.
Lod 500 – É uma representação verificada em campo em termos de tamanho, forma,
localização, quantidade, posição e orientação. Pode possuir, inclusive, informações não
gráficas.

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