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Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Patrimônio Material e
Patrimônio Imaterial
• Introdução;
• Sistema Nacional de Patrimônio Cultural;
• Política de Patrimônio Cultural Material do Iphan;
• Tombamento: Reconhecimento Histórico;
• Patrimônio Imaterial Brasileiro;
• O Registro do Patrimônio Imaterial Brasileiro;
• História de Sucesso.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Proporcionar ao aluno conhecimento sobre os sistemas e as políticas públicas de proteção
do patrimônio cultural brasileiro;
• Apresentar a Política de Patrimônio Cultural Material do Iphan e o seu principal instrumen-
to de proteção: o tombamento;
• Reforçar o conceito de patrimônio imaterial, instituído pela Constituição Federal de 1988,
destacando os instrumentos de salvaguarda;
• Apresentar um caso concreto no qual o poder público contribui efetivamente para o registro
de um patrimônio imaterial brasileiro.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Introdução
Patrimônio é tudo o que criamos, valorizamos e queremos preservar: são
os monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os
folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares. Tudo enfim que pro-
duzimos com as mãos, as ideias e a fantasia (Cecília Londres). (BRASIL,
2012, p. 5)
Figura 1 – O Bumba Meu Boi do Maranhão é uma celebração múltipla que congrega diversos bens
culturais associados, divididos entre plano expressivo, composto pelas performances dramáticas,
musicais e coreográficas; e o plano material, composto pelos artesanatos, como os bordados do boi,
a confecção de instrumentos musicais artesanais, entre outros. O Complexo Cultural do Bumba
Meu Boi do Maranhão foi inscrito como patrimônio imaterial no Livro de Registro de Celebrações
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em 2011
Fonte: iphan.gov.br
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De acordo com a doutora em História e Patrimônio Cultural Paula Porta (2012),
foi a partir da década de 2000, que esses princípios modernos estabelecidos pela
Constituição de 1988 começaram a realmente trazer inovações positivas à polí-
tica de preservação do patrimônio brasileiro. Dentre os principais aspectos que
constituem o avanço da política de preservação do patrimônio cultural no país, a
autora destaca:
a) atualização do conceito de patrimônio, adequando-o à diversidade cul-
tural brasileira;
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Para atender às cidades que possuem bens tombados pelo Iphan, o governo federal instituiu,
em 2013, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, destinando
R$ 1,6 bilhão a 425 obras de restauração de edifícios e de espaços públicos em 44 cidades
de 20 estados brasileiros. Coube ao Iphan a concepção dessa linha do PAC, que está sen-
do executada com a cooperação de diversos co-executores, em especial os municípios, as
universidades e as outras instituições federais, com apoio técnico da Caixa Econômica Fe-
deral e de governos estaduais. Em cinco anos de existência do PAC Cidades Históricas, foram
contratados R$ 651 milhões, que beneficiaram 126 obras. Confira mais informações sobre o
PAC Cidades Históricas em: https://bit.ly/2J4nm5U.
Figura 2 – Praça Senador Figueira, em Sobral (CE), restaurada pelo PAC Cidades Históricas
Fonte: iphan.gov.br
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3. Lançamento do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial, em 2004,
que institucionaliza e disponibiliza recursos para a salvaguarda, o apoio e
o fomento ao patrimônio imaterial.
4. Início do programa Legados da Imigração, que resultou no tombamento de
diversos bens relacionados à imigração alemã, italiana, ucraniana e polo-
nesa em Santa Catarina, em 2007.
5. Tombamento da Casa de Chico Mendes (figura 3), entendida como teste-
munho singular de um processo social relevante para o país (2008).
6. Primeiro tombamento relativo à cultura indígena, protegendo como
patrimônio nacional os locais sagrados dos povos do Xingu (2010).
7. Primeiros tombamentos relativos ao patrimônio naval (2010), protegendo
quatro embarcações tradicionais e o acervo do Museu Nacional do Mar
(Rio de Janeiro).
Figura 3 – Casa do líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes, em Xapuri (AC), foi tombada,
em 2008, como patrimônio material e passou a constar no Livro do Tombo Histórico
Foto: iphan.gov.br
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UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Política de Patrimônio
Cultural Material do Iphan
Em agosto de 2018, foi instituída, por meio da Portaria nº 375, a Política de
Patrimônio Cultural Material (PPCM) do Iphan, normativa que passou a servir de
guia para ações e processos de identificação, de reconhecimento, de proteção, de
normatização, de autorização, de licenciamento, de fiscalização, de monitoramento,
de conservação, de interpretação, de promoção, de difusão e de educação patrimo-
nial relacionados à dimensão material do Patrimônio Cultural Brasileiro. A PPCM
consolida princípios, premissas, objetivos, procedimentos e conceitos para a pre-
servação do Patrimônio Cultural Brasileiro de natureza material, que se formaram
e se modificaram ao longo das décadas.
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A Política de Patrimônio Cultural Material traz inovações importantes, ficando claro
o objetivo de promover a construção coletiva dos instrumentos de preservação, garan-
tindo assim a legitimidade das ações do Iphan junto às comunidades e também entre
os agentes públicos. Destaque para um instrumento de proteção inédito, a Declaração
de Lugares de Memória. Por meio desse reconhecimento, ainda que um bem cultural
tenha perdido sua integridade e autenticidade, em consequência da ação humana ou
do tempo, o Iphan poderá reconhecer a importância de seus valores simbólicos.
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Figura 4 – A educação patrimonial – recursos educativos formais e não formais que têm como foco o
patrimônio cultural – é um dos dez processos constantes na Política de Patrimônio Cultural Material
Foto: iphan.gov.br
Para fins operacionais, a PPCM do Iphan, apresenta um glossário muito interessantes com
verbetes e expressões relacionados ao patrimônio cultural de natureza material brasileiro
como, por exemplo: Conservação Preventiva – (1) Entendimento aplicável ao patrimônio
cultural material. (2) Conjunto de estratégias e de medidas de ordem técnica, administrati-
va e política que, considerando o manejo do bem e as circunstâncias ambientais em que o
mesmo se encontram deve contribuir para retardar ou prevenir a deterioração deste. Vale a
pena conferir na publicação Política do Patrimônio Cultural Material do Iphan, páginas 51 a
58 (BRASIL, 2018b). Disponível em: https://bit.ly/2QgdJ3S.
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Tombamento: Reconhecimento Histórico
O tombamento é um “conjunto de ações, realizadas pelo poder público e ali-
cerçado por legislação específica, que visa a preservar os bens de valor histórico,
cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo, impedindo a sua destruição e/ou desca-
racterização” (CREA-SP, 2008, p. 15). Em nível nacional, o Decreto-Lei nº 25/37
é o documento mais importante relacionado à preservação do patrimônio cultural,
utilizado ainda hoje como base na elaboração de legislações federais, estaduais
e municipais. O referido decreto instituiu o tombamento, processo administrativo
que garante legalmente a preservação dos bens culturais, como também pune, por
meio de sanções, aqueles que descumprirem a legislação.
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UNIDADE Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial
Um bem pode ser tombado Sim. Dependendo de sua importância, pode ser inscrito na Lista do Patrimônio Universal e ser
por mais de um nível? tombado pelas outras três instâncias nacionais.
A solicitação do pedido de tombamento pode vir do proprietário, da sociedade, do conselho
Quem pode solicitar de defesa do patrimônio, de entidades, de toda e qualquer pessoa de direito público ou
o tombamento? dos órgãos municipais/estaduais/federais. O pedido deve ser devidamente descrito
mediante justificativas.
Fonte: Crea-SP, 2008, p. 16-20
O Iphan, mantém quatro Livros do Tombo onde são inscritos bens culturais ma-
teriais passíveis de proteção. Vamos conferir, no quadro 2, a descrição desses livros.
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registrados1 como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Os bens culturais de na-
tureza imaterial dizem respeito às práticas e aos domínios da vida social que se
manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão
cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e san-
tuários que abrigam práticas culturais coletivas). A Constituição Federal de 1988,
em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer
a existência de bens culturais de natureza material e imaterial.
1 Uma questão importante: bens culturais materiais são tombados e bens culturais imateriais são registrados.
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Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC
Para falarmos sobre o INRC será preciso, antes, vermos, afinal, o que é um in-
ventário. Fazer um inventário é realizar um levantamento, uma listagem descritiva
dos bens de uma pessoa. Quando se fala em inventariar bens culturais de um lugar
ou de um grupo social, estamos falando sobre identificar bens culturais que reme-
tem às referências culturais desse lugar ou grupo.
Para que se possa preservar um bem cultural, é importante saber não
apenas que ele existe, mas também se a manifestação cultural é praticada
pela população local, se as pessoas têm dificuldade ou não em realizá-la,
que tipos de problema a afetam, como essa tradição vem sendo transmitida
de uma geração para outra, que transformações têm ocorrido, quem são
as pessoas que hoje atuam diretamente na manutenção dessa tradição,
entre vários outros aspectos relativos à existência daquele bem cultural. [...]
Ou seja, o primeiro passo para se preservar alguma coisa é conhecê-la.
O Inventário Nacional de Referências Culturais é um instrumento para co-
nhecer e documentar bens culturais, como também para conhecer o valor
atribuído pelos grupos sociais a esses bens. (BRASIL, 2012, p. 20)
Assim, ter uma manifestação cultural documentada (por meio de descrições tex-
tuais, fotos, vídeos, desenhos, entre outros) pode servir a diversos fins como, por
exemplo, ser fonte de pesquisa, atuar como referências do passado para que possa-
mos entender quem somos hoje, como memória de uma manifestação cultural que
não mais ocorre, mas que permanece viva na memória das pessoas e que pode vir
a ser reorganizada.
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Os bens inscritos em um ou mais de um desses livros recebem o título de Patri-
mônio Cultural do Brasil. Esse reconhecimento de bens e de expressões represen-
tativos da diversidade cultural brasileira, significa mais do que a mera atribuição de
um título:
Tem como efeito a obrigação, por parte do poder público, de documentar
e dar ampla divulgação a esse bem, de modo que toda a sociedade possa
ter acesso a informações sobre sua origem, sua trajetória e as transforma-
ções por que passou ao longo do tempo; seus modos de produção; seus
produtores; o modo como é consumido e como circula entre os diferentes
grupos da sociedade, entre outros aspectos relevantes. Ou seja, consiste
na identificação dos significados atribuídos ao bem e na produção de
vídeos ou material sonoro sobre suas características e contexto cultural
(BRASIL, 2012, p. 23).
História de Sucesso
O Ofício das Paneleiras de Goiabeiras, no Espírito Santo, foi o primeiro bem cul-
tural do país registrado, pelo Iphan, como patrimônio imaterial no Livro de Registro
dos Saberes, em 2002. O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de bar-
ro, processo de produção no bairro de Goiabeiras Velha, na capital Vitória, emprega
técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural. A atividade,
eminentemente feminina, é tradicionalmente repassada pelas artesãs paneleiras, às
suas filhas, netas, sobrinhas e vizinhas, no convívio doméstico e comunitário.
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terracota, de orla muito baixa e fundo muito raso”, “… num lugar chamado Goia-
beiras, próximo da capital do Espírito Santo” (BRASIL, 2006, p. 15). Atualmente,
confeccionam, em barro, panelas, potes, travessas, bules, caldeirões, frigideiras
etc., de diversas formas e tamanhos.
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Figuras 9 e 10 – Depois de secas ao sol, as panelas são polidas, queimadas
à céu aberto e impermeabilizadas com tintura de tanino
Fonte: Iphan/Márcio Vianna
Cuidar do nosso patrimônio imaterial é tarefa que cabe não apenas a ór-
gãos governamentais. No nosso cotidiano também podemos promover a
preservação desse patrimônio: ensinar aos nossos filhos o valor dos bens
culturais; procurar conhecer e valorizar nossos mestres e artistas locais;
envolver-se, direta ou indiretamente, na luta pela preservação dos patri-
mônios ameaçados de desaparecimento; acompanhar as ações dos ór-
gãos governamentais em prol da preservação das manifestações culturais
locais; entrar em contato com os agentes governamentais, propor, suge-
rir; conhecer as associações civis que existem no lugar onde moramos
e procurar saber se estas associações se preocupam com o patrimônio.
Ir além: formar uma associação, reunir um grupo de amigos, falar, dis-
cutir, se informar, ajudar a divulgar informações. (BRASIL, 2012, p. 33)
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
E-book Património Cultural: conceitos e critérios fundamentais
Esta obra, em formato digital, é uma coedição da IST Press e do Icomos Portugal, e
pretende reunir um conjunto de definições essenciais para qualquer abordagem teórica
ou prática ao património cultural, dando particular atenção às questões relacionadas
com o patrimônio arquitetônico. Adicionalmente, introduziram-se hiperlinks, com
o intuito de facilitar a navegação entre conceitos relacionados; na lista final de
referências bibliográficas, este sistema possibilita também o acesso direto, online, à
maioria das fontes consultadas. O Icomos – Conselho Internacional dos Monumentos
e Sítios –, é uma organização não-governamental mundial associada à Unesco. É a
única organização deste gênero, que se dedica a promover a teoria, a metodologia e
a tecnologia aplicada à conservação, à proteção e à valorização dos monumentos, dos
conjuntos e dos sítios.
https://bit.ly/2PD5pMJ
Vídeos
Saberes do Barro – Ofício das Paneleiras De Goiabeiras
Primeiro bem cultural imaterial registrado no Brasil pelo Iphan. Inscrito no Livro de
Registro dos Saberes em 2002. O ofício das paneleiras, em Vitória (ES), constitui
um saber repassado de mãe para filha por sucessivas gerações, no âmbito familiar e
comunitário, em uma tradição de mais de 400 anos. A técnica cerâmica utilizada é
de origem indígena, caracterizada por modelagem manual, queima a céu aberto e a
aplicação de tintura de tanino.
https://bit.ly/2WgOjHa
Leitura
Dicionário Iphan de Patrimônio Cultural
A obra, de caráter coletivo e referência dinâmica e crítica, busca contribuir no campo da
preservação do patrimônio cultural, a partir da experiência institucional, com a definição
básica das práticas, dos discursos e dos conceitos fundamentais que caracterizam a
história desse campo no Brasil. A obra foi concebida em duas partes: uma enciclopédica,
composta pelos artigos; e outra, dicionarizada, composta pelos verbetes.
https://bit.ly/2La7scF
Perguntas Frequentes Sobre Tombamento
A Prefeitura de São Paulo, em sua página na internet, no espaço Serviços para o
Cidadão, coloca à disposição 19 perguntas e respostas sobre o tema tombamento.
Vale a pena conferir.
https://bit.ly/2ZB9w0u
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Referências
BENHAMOU, F. Economia do patrimônio cultural. São Paulo: Edições Sesc São
Paulo, 2016.
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