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Plano Pedagógico do Curso de Extensão em Políticas

Públicas do Patrimônio Imaterial para povos e


Comunidade Tradicionais de Terreiros

Salvador, Janeiro/ 2021


Plano Pedagógico do Curso de Extensão em Políticas
Públicas do Patrimônio Imaterial para povos e
Comunidade Tradicionais de Terreiros

Documento de referência contendo as


diretrizes político pedagógicas para a
capacitação introdutória de agentes sociais
para a gestão de políticas de patrimônio
imaterial e elaboração de planos de
salvaguarda dos terreiros registrados
provisoriamente pelo IPAC - edital IPAC
001/2020 (Faixa 16) - Termo de
Colaboração com o Coletivo de Entidades
Negras/CEN.

Salvador, Janeiro/2021

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EQUIPE:

CURADORIA PEDAGÓGICA​:

Pesquisadores:

ANDRE LUIS NASCIMENTO DOS SANTOS (Coordenador-Geral)


DENIS ALEX BARBOSA
DESIREE RAMOS TOZI (Coordenadora técnica)
LUCIANE BARBOSA DE SOUZA
MAÍRA TORRES CORRÊA
ROBERTA NASCIMENTO SILVA

SISTEMATIZAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E REVISÃO:

LUCIANE BARBOSA DE SOUZA

CONTRATAÇÃO - TECNOMUSEU

Coordenação técnica - Simone Trindade


Assistência técnica- Beatrix Andrade

APOIO:

Milonga: Laboratório de Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos,


Políticas Públicas e Gestão da Diversidade (EAUFBA)

ANDRE LUIS NASCIMENTO DOS SANTOS


ANDRESSA VERDERO
DENIS ALEX BARBOZA DE MATOS
DESIREE RAMOS TOZI
LUCIANE BARBOSA
MAÍRA TORRES CORRÊA
ROBERTA NASCIMENTO DA SILVA
VICTÓRIA PAIXÃO

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1) Introdução

O presente documento reflete o processo de curadoria de saberes em torno


dos patrimônios afro-brasileiros, concebida para a realização do Curso de
Extensão em Políticas Públicas do Patrimônio Imaterial para povos e
Comunidade Tradicionais de Terreiros destinadas a formação de agentes
públicos e comunidades detentoras para uma integração de conhecimentos e
epistemologias dirigida ao campo do patrimônio imaterial.

Fruto da parceria entre o Coletivo de Entidades Negras, a Tecnomuseu e a


Milonga: Laboratório de Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos, Políticas
Públicas e Gestão da Diversidade, para a curadoria pedagógica e técnica do
projeto “Gestão da Salvaguarda de Terreiros – formação de uma Rede para
Articulação institucional e Prospecção de Futuro – Território Ilha de Itaparica,
Salvador e São Félix”, esse processo constitui-se em trilhas político-
pedagógicas para a condução de um roteiro formativo cuja estratégia é a
construção das bases do que venha ser a construção de entendimentos
comuns e consensos necessários para a construção de uma agenda de
política pública de salvaguarda do patrimônio imaterial de terreiros.

Assim, à luz de um fazer pedagógico pautado na experiência do “aprender e


fazer junto”, almejamos um caminhar formativo que auxilie no próprio
processo de construção dos planos de salvaguarda. Desse modo, para além
de fortalecermos uma dada agenda de política pública cristalizada pelos
editais advindos da Lei Aldir Blanc, buscamos, também, fortalecer as redes
de cooperação e solidariedade capazes de no tempo fundar acordos e
responsabilidades, papéis e compromissos institucionais para a
implementação de um conjunto de ações estratégicas para a continuidade e
manutenção da existência dos bens culturais, objetos de reconhecimento
patrimonial.

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Nesse sentido, esse documento não se destina apenas aos atores que
compõem essa parceria institucional, mas, sobretudo, todos os atores que
participam das redes que envolvem o campo do patrimônio cultural
afro-brasileiro, donde o fortalecimento da noção ampla e integral do
patrimônio é um ideário a ser batalhado cotidianamente.

2) Habilidades a serem desenvolvidas

Os participantes desse curso de capacitação devem ao final dessa atividade


extensionista estarem aptos a refletir sobre as políticas de patrimônio cultural
brasileiro a partir dos seus recortes étnico raciais, em especial, a temática
dos patrimônios negros. Ademais, devem estar aptos para compreenderem
as dinâmicas do patrimônio imaterial, bem como as suas implicações das
imaterialidades e materialidades para os patrimônios de terreiros de
Candomblé.

3) Estrutura do Curso

O curso está estruturado nas dinâmicas virtuais e remotas capazes de


ampliar as oportunidades de convívio, troca de experiências e conhecimentos
de conteúdos relacionados a temas afetos ao público detentor, quais sejam:
gestão de políticas culturais, gestão do patrimônio cultural, instrumentos de
salvaguarda do patrimônio imaterial, e políticas direcionadas aos terreiros.
Nesse sentido, esse curso de extensão se constitui em verdadeiro processo
de educação patrimonial destinado tanto aos poderes públicos, quanto à
sociedade civil, em especial, ao público de terreiros.

Por conta da pandemia, esse curso foi concebido no formato virtual, mediado
por plataforma de aprendizagem virtual, sendo ele estruturado no formato
misto de ensino remoto e educação à distância. A fim de diminuir os déficits
de proximidade com formatos educativos dessa natureza, introduziremos
algumas estratégias educativas que permitam a ampla participação nas
atividades de capacitação. As aulas/rodas de conversa serão transmitidas ao
vivo (síncronas), posteriormente gravadas e poderão ser acessadas no
ambiente de ensino virtual; nesses momentos esperamos estimular a fala e o

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engajamento dos terreiros nas reflexões dos problemas que vivem na gestão
de seus patrimônios culturais.

Para promover a interação entre os participantes, os fóruns de debate e chats


​ u ​Whatsapp​,
serão realizados através de grupos de aplicativos, ​Telegram o
espaços que vão acompanhar as atividades didáticas propostas no ambiente
de aprendizagem virtual, permitindo a participação e o debate através de
áudios e vídeos.

Os docentes da capacitação serão profissionais com formação acadêmica,


lideranças de terreiro e de comunidades tradicionais, gestores e membros de
grupos de bens registrados, esperando que assim, tenhamos um panorama
diverso e rico de abordagens e experiências na gestão do patrimônio cultural.

As aulas serão semanais, com encontros síncronos de média de 90 minutos,


complementadas com vídeos gravados anteriormente (de até 5 minutos
cada) na plataforma de aprendizado virtual, onde também serão
disponibilizados textos, materiais didáticos e audiovisuais que possam
enriquecer a experiência do debate e reflexão sobre os temas. Os fóruns de
debate e chats farão parte da atividade que estamos chamando de
prospecção, pois costumam ser espaços ricos de informações sobre os
problemas de gestão e questões associadas ao cotidiano das comunidades.
Considerando essa característica, uma primeira filtragem e mapeamento das
demandas de salvaguarda serão extraídos desses espaços de escuta e
momentos de interação.

4) Metodologia

As atividades desenvolvidas no ambiente virtual de aprendizagem (AVA)


serão organizadas em blocos de conteúdo, sendo que cada um dos blocos é
subdividido em unidades de aprendizagem, nas quais serão distribuídos os
temas para debate e subsídios teóricos e conceituais para elaboração dos
planos de salvaguarda.

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Além dos recursos disponibilizados no AVA, contribuirão para a formação e
alcance dos objetivos do curso as atividades colaborativas e debates
coletivos viabilizados nos aplicativos virtuais de comunicação (tais como
Whatsapp e Telegram). Essas atividades serão facilitadas por tutores e
coordenadores de atividades que farão a mediação dos debates entre os
cursistas acerca do conteúdo disponibilizado de forma remota e nos
encontros síncronos.

As aulas/rodas de conversa serão transmitidas ao vivo (síncronas),


posteriormente gravadas e poderão ser acessadas no ambiente virtual de
ensino; nesses momentos esperamos estimular a fala e o engajamento dos
terreiros nas reflexões dos problemas que vivem na gestão de seus
patrimônios culturais. O CEN disponibilizará 04 equipamentos Chromebooks
para que as comunidades de terreiro possam acessar a plataforma de ensino
no momento agendado das aulas e realizar as atividades de reflexão e
construção de atividades do curso (respeitando as condições de segurança,
limpeza e distanciamento em razão da pandemia). A interação entre os
participantes será realizada através das atividades de comentários no AVA e
dos chats, realizados através de grupos de aplicativos Telegram ou
Whatsapp, espaços que vão estimular a reflexão e a expressão dos
participantes, com temas vinculados às atividades didáticas propostas no
ambiente de aprendizagem virtual, permitindo a participação através de
áudios e vídeos. Os docentes da capacitação serão profissionais com
formação acadêmica, lideranças de terreiro e de comunidades tradicionais,
gestores e membros de grupos de bens registrados, esperando que assim,
tenhamos um panorama diverso e rico de abordagens e experiências na
gestão do patrimônio cultural.

As aulas serão semanais, com encontros síncronos, de média de 90 minutos,


complementadas com vídeos gravados anteriormente (3 vídeos de até 5
minutos cada, com apresentação dos temas e conceitos do encontro
semanal). E disponibilizados na plataforma de aprendizado virtual, onde

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também estarão oportunizados textos, materiais didáticos e audiovisuais que
possam enriquecer a experiência do debate e reflexão sobre os temas.

Como forma de dinamizar os encontros síncronos e estimular as atividades


de prospecção, planejamos propor que questões norteadoras em cada um
dos blocos temáticos que deverão orientar os debates a serem realizados
nas aulas/ rodas de conversa síncronas, de forma a produzirem reflexões que
se direcionem a compor os planos de salvaguarda dos terreiros registrados.

Os fóruns de debate e chats farão parte da atividade que estamos chamando


de prospecção, pois costumam ser espaços ricos de informações sobre os
problemas de gestão e questões associadas ao cotidiano das comunidades.

Considerando essa característica, uma primeira filtragem e mapeamento das


demandas de salvaguarda serão extraídos desses espaços de escuta e
momentos de interação, através da equipe do CEN e organizados a partir de
formulários elaborados para essa finalidade.

Sugere-se que o ambiente virtual de aprendizagem seja dividido em dois


blocos formativos:

● Bloco de Ambientação

Atividades remotas (acessíveis no AVA):

1) Cadastro e acesso ao ambiente de aprendizagem (AVA);


2) Acesso aos vídeos tutoriais de navegação no AVA;
3) Atividades orientadas para facilitação de acesso aos recursos de
aprendizagem (vídeos, questionários, aplicativos de comunicação,
textos base, relatórios de participação, etc.);
4) 2 Vídeo-aulas de apresentação da finalidade, diretrizes e princípios do
curso (vídeo produzido pela coordenação do curso com duração média
de 5 minutos).

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● Bloco de conteúdos

Atividades remotas e síncronas (acessíveis no AVA e através da


plataforma Zoom):

1) Apresentação da disciplina: Conteúdo disponibilizado em vídeo


gravado anteriormente (com duração de até 5 minutos) contendo
introdução programática da unidade, conteúdos que serão debatidos,
dos objetivos e competências que se espera alcançar e da dinâmica
desenvolvida pelos professores condutores do bloco;
2) Unidades de aprendizagem: cada uma das unidades que compõem os
blocos de conteúdo do curso é composta por um conjunto de
atividades remotas - que deverão ser acessadas pelo cursista no AVA
- e por um encontro síncrono no qual se desenvolverão as aulas/rodas
de conversa. Haverá atividades semanais para conferência de
presença e aderência aos conteúdos debatidos;
3) As aulas remotas serão compostas, minimamente, por:
a) Conteúdo audiovisual: produção de 02 vídeos (com duração
média de 05 minutos cada) com os conceitos-base do tema da
aula e com exemplos dos conceitos aplicados em casos (estudo
de caso);
b) Conteúdo textual: indicação de textos-base para referência
conceitual e teórica, e/ou de materiais audiovisuais de estudos
de caso norteadores da discussão;
4) A atividade síncrona será composta por um encontro virtual (através
da plataforma Zoom) envolvendo o(s) professor(es) responsável pela
unidade e os cursistas. O propósito desses encontros é aprofundar as
discussões suscitadas nos vídeos e textos motivadores, promover o
debate e as reflexões que facilitem o encadeamento de questões
relativas à salvaguarda do patrimônio cultural imaterial dos terreiros e
suas comunidades;
5) Atividade avaliativa: essa atividade será desenvolvida integralmente
utilizando-se os recursos do AVA, tais como, formulários eletrônicos,

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relatórios de participação e outros recursos propostos pelos
professores condutores das unidades de aprendizagem.
6) "Organizando as ideias": como atividade de encerramento dos blocos
temáticos e unidades de aprendizagem e visando a articulação dos
conteúdos para a formulação de projetos e ações dos planos de
salvaguarda, será realizada uma atividade de síntese e avaliação
temática estruturada por meio de:
a) síntese dos tópicos debatidos no curso;
b) Apresentação de painéis de experiências na área de
salvaguarda do património cultural imaterial de matriz africana;
c) um momento dedicado a um fórum de discussões e debates.

A relatoria do debate será publicada no AVA e contribuirá como


material de referência para a discussão dos grupos no momento da
elaboração dos planos de salvaguarda, e também servirá como
subsídio avaliativo para o relatório de atividades gerais do projeto.

● Bloco de atividade prática

A equipe técnica do CEN será responsável por apoiar e orientar a


construção de planos de trabalho para realização de ações de
salvaguarda emergencial dos 4 terreiros registrados provisoriamente pelo
IPAC, de forma a mobilizar as comunidades para organização,
planejamento, priorização de ações e mobilização de atores e recursos
para a execução de projeto com essa finalidade. A orientação ocorrerá
virtualmente, sendo um orientador por comunidade de terreiro, e se
desenvolverá no período de 4 semanas, momento em que se espera que
os membros das comunidades dos 4 terreiros tenham amadurecido
reflexões relacionadas ao patrimônio imaterial e de ações de salvaguarda
de suas casas. As estratégias das orientações objetivam estimular a
reflexão e o trabalho articulado e conjunto da comunidade de cada
terreiro,​ conforme modelo de plano de trabalho sugerido em anexo.

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Ao final das 4 semanas, espera-se que cada comunidade dos terreiros
registrados provisoriamente pelo IPAC tenham construído ao menos um
plano de trabalho/ projeto para realização de ação emergencial de
salvaguarda de um bem cultural de seu patrimônio imaterial, que serão
objeto de premiação do edital previsto no termo de colaboração do IPAC
e CEN.

5) Ementas

Bloco 1 - A Gestão Da Cultura No Brasil Contemporâneo (15 Horas - 4


semanas)

Ementa: O objetivo desse bloco é delinear um panorama das políticas


públicas de cultura no Brasil, especialmente pós Constituição Federal de
1988, demonstrando como se deu a institucionalização dos dispositivos
constitucionais que tratam do tema, e ainda, da viabilização dos canais de
participação social na construção dessas políticas. As discussões que se
desenvolverão nesse tópico visam fornecer elementos para facilitar a
identificação da estrutura administrativa do Estado, suas articulações
federativas, e seus mecanismos de financiamento para o setor cultural.

❖ Aula 1 - Gestão de Políticas de Cultura no Brasil (1 semana)


Professor Sugerido: (Chico Assis – Gestor Cultural da Fundação Gregório de
Matos)

Como proposta inicial de discussão, serão abordados os principais marcos


jurídicos e administrativos da constituição do campo das políticas públicas
para os campos o setor da cultural e de promoção das ações afirmativas no
Brasil contemporâneo. A avaliação do percurso de construção social desse
campo político e da institucionalização das políticas culturais será abordada
sempre a partir de uma perspectiva reflexiva sobre o lugar destinado aos
povos e comunidades tradicionais de terreiro nesse processo, discutindo

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criticamente os possíveis avanços e a persistência de entraves à efetivação
de seus direitos culturais.

● Da Constituição Federal de 1988 ao Sistema Nacional de Cultura:


marcos, diretrizes e princípios da política cultural brasileira;
● Cultura: dimensão simbólica, dimensão cidadã, dimensão econômica -
como articular políticas públicas culturais a partir desses eixos?;
● Políticas Culturais para o povo de terreiro: painel abordando a
implementação de experiências recentes.

Questão norteadora​: Quais são as políticas de cultura no seu Território e


que chegam na sua comunidade de terreiro? Seu terreiro produz algum tipo
de linguagem cultural e artística para fora da comunidade?

❖ Aula 2. Participação Social na Gestão de Políticas Públicas (1


semana).
Professor Sugerido: Rosildo Rosário

Além de apresentar os principais mecanismos de participação social na


gestão das políticas públicas, o objetivo da discussão empreendida neste
tópico é abordar o cenário político e institucional brasileiro e construir uma
avaliação sobre os limites e riscos que se estabeleceram nos últimos anos à
gestão participativa no poder Executivo. Ao debater as possibilidades de
permanência da sociedade civil organizada na gestão das políticas públicas,
serão retomados os principais momentos da história política nacional em que
se fizeram presentes a atuação da sociedade civil organizada social para
desconstrução do racismo institucional e estrutural. Sugere-se que o
professor traga exemplos de casos de instâncias de participação social
relacionadas à políticas de patrimônio cultural imaterial.

● Política nacional de participação social:

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​https://www.youtube.com/watch?v=s-V9_FpmPqs​ (debate IPEA: 27’)
● Impactos do Decreto 9759/2019:
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/um-decreto-contra-a-partici
pacao-os-riscos-a-democracia-no-brasil/
● Inclusão política e racismo institucional:
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6630/1/PPP_n45_Inclus
%C3%A3o_Pol%C3%ADtica.pdf​ (análise CNPIR).

Questão norteadora​: Como sua comunidade participa da gestão das


políticas públicas? Alguém do terreiro já participou ou participa de conselhos,
grupos de trabalho ou comissões com a prefeitura, estado ou governo
federal?

❖ Aula 3. Captação e Gestão de Projetos Culturais (2 semanas)


Professor sugerido: Júlio Marques

Nesse fórum serão abordados os mecanismos de financiamento do setor


cultural nos níveis federal e estadual. Além dos instrumentos de
financiamento público e privado serão discutidos também os elementos
estruturantes de um projeto para captação de recursos via mecanismos de
renúncia fiscal e projetos incentivados; discussão dos pontos críticos da
relação entre Estado e sociedade civil quando se trata do repasse de
recursos. Sugere-se que o professor traga exemplos ou estudos de caso para
ilustrar pontos-chave para o sucesso e para a gestão de riscos dos projetos.
Sugere-se uma estrutura básica de temas que poderão ser abordados:

● Fundo Nacional de Direitos Difusos;


● Fundo Nacional de Cultura;
● Fazcultura/Sec. Est. Cultura Bahia;
● Outras fontes de financiamento: BNDES, Itaú Cultural, Empresas
públicas, etc.;
● Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC);

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● Principais tópicos em gestão de projetos - elaboração, captação,
gestão de riscos, monitoramento e avaliação de projetos;
● Prestação de contas em projetos culturais.

Questão norteadora​: Como identificar potencialidades, captar recursos e


gerir projetos a partir de sua comunidade? Cada membro de um dos terreiros
registrados, deverão elaborar uma proposta de atividade para captação de
recursos para ação emergencial de salvaguarda em suas comunidades.

Bloco 2. A Gestão Das Políticas De Patrimônio No Brasil (20 Horas - 4


semanas)

Ementa: Neste bloco, serão apresentadas discussões interdisciplinares,


acerca do campo semântico da cultura, memória e do patrimônio cultural.
Tem como foco as dimensões da cultura, memória e do patrimônio cultural a
partir do cotidiano e das várias formas de construção da coletividade, por
meio das manifestações culturais, simbólicas, imagéticas e comportamentais.
A partir dos processos de construção de sentidos e valores da diversidade
cultural - valorização e invisibilidade dos grupos formadores da sociedade,
serão abordadas as conceituações do campo do patrimônio cultural no Brasil
- a construção social do patrimônio cultural, a noção de referência cultural,
diversidades e sentidos. Serão apresentadas e debatidas as estruturas
institucionais do campo e os instrumentos (para a identificação, o registro e a
salvaguarda) utilizados pelo Estado brasileiro para a efetivação das ações de
preservação e proteção do patrimônio cultural: ações e práticas sociais;
saberes e fazeres; formas de expressão e transmissão; direito à memória,
pertencimento e ancestralidade; território, meio ambiente e preservação dos
lugares sagrados. Ainda neste bloco serão tratados alguns aspectos do
campo do patrimônio cultural e da cultura relacionados à legislação e à
gestão do patrimônio cultural, suas instituições e políticas públicas. Os

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debates que aqui serão fomentados buscam apresentar uma abordagem
ampla e integrada do campo do patrimônio cultural que possibilite a leitura
crítica e o fazer crítico de sua institucionalidade e de seus instrumentos para
a identificação, o registro e a salvaguarda das referências culturais.

❖ Aula 4. As Políticas de Patrimônio Cultural no Brasil (1 semana)


Professor Sugerido: Wanderson Uã Flor do Nascimento - UNB

Na Aula 4 serão abordadas as questões relacionadas à cultura, por meio dos


aspectos simbólicos do campo do patrimônio cultural e da memória.
Debatendo as diferentes formas de construção dos modos de vida, partindo
da percepção e análises das disputas, narrativas, produções e
experimentações dos grupos formadores da sociedade brasileira. Por meio
do debate acerca da transmissão dos valores e da preservação dos
elementos tangíveis e intangíveis, serão considerados os aspectos
relacionados às representações sociais, aos jogos de poder, à valorização e
à invisibilidade dos grupos sociais formadores da sociedade brasileira. Como
sugestão, poderão ser abordados os seguintes conteúdos:

● Apresentação dos conceitos: culturas; identidades, memórias e


patrimônios culturais - por diferentes perspectivas teóricas;
● Aspectos formadores do campo da cultura - conceito de identidade
nacional e a perspectiva pluriétnica;
● Cultura e Pós-modernidade (questões do multiculturalismo): para ler o
patrimônio cultural;
● Cultura, Colonialidade e Resistências: para ler o patrimônio cultural.

Questão norteadora​: Você conhece patrimônios em sua cidade? Quais


seriam os bens para serem selecionados como patrimônios culturais por sua
comunidade?

❖ Aula 5. A Política de Patrimônio Cultural Imaterial (1 semana)

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Professor Sugerido​:Juliana Cunha

A aula 5 tem o objetivo de apresentar a estrutura e organização


sistemática do patrimônio cultural, seus aspectos e processos de construção
social do campo do patrimônio cultural. Pretende difundir os instrumentos
institucionais utilizados pelo Estado brasileiro e apontar para a construção de
ações para a gestão participativa. Segue sugestão de conteúdo temático para
a construção das aulas:

● Historiografia do Campo do Patrimônio Cultural, a partir da


compreensão de seus aspectos legais;
● Apresentação da Legislação, do campo do patrimônio cultural, em sua
totalidade de esferas e instituições: UNESCO / Brasil / Bahia;
● Conceituação dos pressupostos institucionais do patrimônio cultural
imaterial, regulamentação e normas vigentes;
● Apresentação dos Instrumentos de salvaguarda: inventário, inventário
participativo, registro e fomento;
● Apontamentos acerca da Gestão do Patrimônio Cultural - Participação
dos detentores e acesso aos bens culturais;
● Apresentação de Estudo de Caso para a assimilação da prática
institucional desenvolvida no campo do patrimônio cultural.

Questões norteadoras:
1) Quais instrumentos de salvaguarda poderiam ser aplicados na sua
comunidade? Quais seriam referências culturais que têm algum tipo de
risco de desaparecimento?
2) Você já visitou terreiros registrados? Quais características se
assemelham e se diferenciam do seu terreiro? Existe parentesco entre
as casas visitadas? Elas compartilham alguma história em comum? Se
você não visitou outra casa, faça uma breve conversa com um colega
de um terreiro registrado pelo IPAC e tente perceber essas questões.

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❖ Aula 6. Os Instrumentos de participação na Salvaguarda (1 semana)
Professor Sugerido: Mestre Duda e Contra-mestre Paulo Magalhães

A Aula 6 pretende apresentar aspectos do campo do patrimônio cultural por


meio da construção coletiva e vivência dos agentes da sociedade civil,
inseridos em dinâmicas e processos da salvaguarda institucional dos bens
culturais imateriais reconhecidos pelas instituições de preservação do
patrimônio cultural. A seguir, sugestão de tópicos para a formulação do
conteúdo temático;

● Instrumentos e estratégias de participação social nas políticas de


patrimônio cultural Material e Imaterial;
● Comitês e Conselhos de Salvaguarda na construção, monitoramento
de planos e ações de Salvaguarda;
● Envolvimento de detentores e formação de redes;
● Aspectos da governança do patrimônio cultural;
● Apresentação de Estudo de Caso.

Questão norteadora​: Quais são as principais tensões e conflitos que sua


comunidade vive ou já viveu? Como as questões políticas e econômicas
afetam a salvaguarda do Patrimônio imaterial em sua comunidade?

❖ Aula 7. Patrimônio Cultural e Direitos (1 semana)


Professor Sugerido: Aline (Uneb)

A Aula 7 pretende correlacionar os campos do Patrimônio Cultural, da Cultura


e do Direito, por meio da contextualização das políticas públicas e da
cidadania na sociedade brasileira. A proposta terá como Marco Legal a
Constituição de 1988, os instrumentos para o reconhecimento da diversidade
das identidades brasileiras, dos povos e comunidades tradicionais e seus
modos de vida. Também serão abordados aspectos conceituais
fundamentais para a compreensão do campo do direito. Serão apontados

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neste conteúdo os seguintes temas: 1) o que significa ter Direito à Memória?;
2) O que são Direitos Culturais? 3) O que são Direitos Individuais, Coletivos e
Difusos? 4) O que são direitos fundamentais? 5) O que é Cidadania?.
Sugestão de tópicos para a construção do conteúdo temático:

● Relação entre Estado e Sociedade. Patrimônio Cultural e Democracia;


● Direitos culturais, Patrimônio e Direitos Humanos;
● A patrimonialização e os Direitos de Propriedade Intelectual;
● Direitos Coletivos, Direitos Fundamentais e o reconhecimento do
interesse público da patrimonialização.

Questão norteadora​: Como funcionam os serviços públicos na sua


comunidade (água, luz, coleta de lixo, manutenção de vias, saúde, educação,
etc)? Como reivindicar Direitos para sua comunidade a partir dos
instrumentos de salvaguarda do Patrimônio Cultural?

Bloco 3 - O Patrimônio Imaterial Afro-brasileiro (20 Horas - 4 semanas)

Ementa: O objetivo desse bloco formativo é justamente promover a reflexão


substantiva acerca do patrimônio imaterial afro-brasileiro na sua dimensão
integral a partir de outras dimensões do patrimônio cultural que compõe as
comunidades tradicionais de terreiros, bem como, outras expressões
afro-brasileiras. Nesse sentido, partimos da tese de que o patrimônio de
terreiros não pode (e não deve) ser analisado a partir de enclaves únicos,
mas, sim, a partir das múltiplas dimensões que o estruturam: as
materialidades, as imaterialidades, os patrimônios ambientais e a gestão
social do território, algo que demanda considerar as comunidades em si, bem
como, as redes de solidariedade, apoio e irmandade constituídas no tempo.
Esse bloco formativo é composto de três unidades que se entrecruzam em
torno de alguns debates estruturantes e transversais, quais sejam: a) Os
desafios do patrimônio afro-brasileiro no enfrentamento ao racismo estrutural
e estruturante, um racismo que se confunde muitas vezes com práticas de

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estado, sugerindo, assim, a institucionalização do racismo enquanto práxis do
Estado na condução das suas ​polices​; b) Por um repensar as políticas
públicas destinadas aos povos e comunidades tradicionais de terreiros, a
partir de novas lógicas de diálogo e interação com os poderes públicos.
Almeja-se assim, enriquecer as políticas de patrimônio afro brasileiro através
da inserção de alguns elementos nos processos de formulação e avaliação
de PP, tais como, intersetorialidades, interdisciplinaridades e
transversalidades, complexidades e inovações possíveis; c) Por fim, a
integração no âmbito das políticas culturais destinadas a povos e
comunidades tradicionais de terreiro enquanto valor. Como integrar as
narrativas negras ao rol das narrativas nacionais? Como integrar as pautas
da cultura respeitando os direitos das comunidades detentoras de não ver
folclorizado os seus ritos, segredos e interdições? Como preservar e
salvaguardar as materialidades e imaterialidades das comunidades
tradicionais de terreiro a partir de métricas balizadas pelas próprias
comunidades, sem necessariamente o aval aquiescente dos antropólogos e
do próprio Estado? Questões que ficam e que desafiam esse campo da
ação política dos povos e comunidades tradicionais de terreiros que são
legítimos detentores do patrimônio cultural afro-brasileiro.

❖ Aula 8 e Aula 09 ​- ​O Patrimônio Afro Brasileiro e Estratégias para


enfrentar o Racismo Institucional (2 semanas)
Professores Sugeridos: MARCOS REZENDE e GEORGE HORA

Propõe-se neste tópico o debate em torno do racismo institucional, posto que


o Patrimônio Brasileiro avoca a contribuição cultural deixada pelos Povos
Africanos na Diáspora e que é marcada por diversas formas de violência.
Neste sentido, e em especial às violências cometidas pelas organizações
institucionais que possuem como princípios a garantia e a afirmação de
Direitos. Sendo assim esta unidade facilitará o debate em torno da atuação
estatal diligenciando e/ou negligenciando direitos. E o diálogo em torno das
políticas públicas possíveis para o enfrentamento ao racismo. São conteúdos
que deverão ser abordados pelo docente:

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● Contextualizar a evolução histórica em torno do debate acerca de raça
e racismo. E como ele é estruturante na cultura brasileira;

● Debater como o racismo é tema fundante nas discriminações


étnica/racial, de gênero, social e religiosa;

● Analisar o racismo como tema fundamental a ser debatido dentro dos


Terreiros enquanto organizações religiosas e impulsionadoras de
convicções e saberes;

● Compreender os símbolos do Povo de Santo nos espaços públicos em


disputa com a ascensão evangélica nos espaços de Poder;

● ·Verificar o racismo nas organizações governamentais e em suas


diversas instâncias;

● Expor atuação de um “Estado Laico” no enfrentamento à intolerância


religiosa;

● ·As ações afirmativas como políticas públicas e afirmação de direitos;

● .Trazer casos de combate ao racismo tendo o campo do patrimônio


cultural de terreiros como base para debater as estratégias de
organização e mobilização coletivas.

Questão norteadora​: Escolha um bem cultural afro-brasileiro e descreva as


características que o fazem ter valor coletivo. Como você acha que o racismo
se manifesta na sua comunidade e na gestão da cultura de sua cidade?
Quais seriam os meios para enfrentar o racismo institucional?

❖ Aula 10 – Políticas Públicas para Terreiros - Perspectivas de Ação e


Diálogos com os Poderes Públicos (1 semana)

Professor Sugerido - Iya Sônia Oliveira

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O objetivo deste encontro é justamente refletirmos que elementos devem
conter uma política pública destinada a povos e comunidades de terreiros
pensando nas especificidades desse público. De modo específico, contribuir
para reflexões teóricas e práticas no campo das políticas públicas que
consiga dar conta dos principais problemas que se colocam para os Povos e
comunidades tradicionais de terreiros, algo que passa tanto por engajar
publicamente as burocracias de Estado como também mobilizar esses atores
sociais envolvidos em prol de protagonismos e participação social. Espera-se
que o professor traga estudos de caso para pensar as estratégias de
interlocução e mediação dos terreiros com os poderes públicos.

​ uais seriam as estratégias que o estado deveria


Questão norteadora: Q
adotar para dialogar com os terreiros? Seria possível pensar em ações
coletivas que beneficiassem a maior parte dos terreiros de sua região? Cite
algumas.

❖ Aula 11 - Territórios Tradicionais de Terreiros e Práticas Culturais:


Desafios de Integração (1 semana)

Professor Sugerido - Denis Barbosa

A partir do objetivo em fomentar uma ampla ponderação sobre o patrimônio


imaterial afro-brasileiro, apoiada numa concepção abrangente e que agregue
as diversas e múltiplas dimensões inerentes a esse patrimônio cultural, no
sentido de estabelecer uma noção de patrimônio e salvaguarda integral;
torna-se, fundamental, uma análise concisa sobre o espaço, a paisagem,
bem como os lugares e os territórios das comunidades tradicionais de
terreiro. O desprovimento de um estudo integral realizado pelas instituições
preservacionistas sobre os sítios onde estão assentadas essas comunidades,
viabilizou a inserção do referido tema no bloco formativo – O Patrimônio
Imaterial Afro-brasileiro, através da Unidade 3 – Territórios Tradicionais de

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Terreiros e Práticas Culturais: Desafios de Integração. A exposição desse
conteúdo, visa, atenuar o hiato vigente a partir de uma perspectiva embasada
no conceito de Patrimônio Integral. Acreditamos que esta proposta, ofereça
uma fração básica de informações para os alunos do curso de capacitação,
de modo que os mesmos sejam minimamente inteirados sobre o tema, sendo
este, um assunto de grande relevância no âmbito da conservação e da
salvaguarda integral.

O principal propósito de uma análise efetiva sobre os espaços onde estão


localizadas as comunidades tradicionais de terreiro, consiste, na
compreensão de que esses sítios reúnem nas suas extensões físicas boa
parte das múltiplas dimensões que constituem o patrimônio cultural
afro-brasileiro no seu aspecto religioso. A materialidade do lote, quadra ou
terreno onde se edifica uma Casa de Axé, é uma condicionante do próprio
solo, contudo, são nestas parcelas de terra que os grupos sociais dos
terreiros efetuam as suas afirmações existenciais, assim como as suas
práticas culturais, exercendo o seu modo de ser e de estar presente no
mundo. A própria condição do espaço concatena objetos de caráter
complexos e que reúne elementos da esfera do patrimônio material, do
patrimônio imaterial, como também, do patrimônio ambiental, além de
conteúdos que perpassam pelo âmbito antropossocial, político, econômico,
simbólico e questões que envolve a relação dos terreiros com os seus
municípios como, o planejamento de áreas urbanas e os planejamentos
regional e físico-territorial. Essa natureza aglutinadora do espaço, permite
que este seja visto e entendido como uma forma conteúdo, ou seja, uma
forma (no sentido de algo material) que não possui existência se estiver
desassociada do seu conteúdo, do mesmo modo que o conteúdo inexiste
sem a forma que o abriga. Portanto, há uma inseparabilidade entre os valores
tangíveis e intangíveis, do mesmo modo que há uma inseparabilidade entre
os objetos e as ações. De tal maneira, esses sítios quando significados pelos
grupos sociais que deles fazem uso, tornam-se agentes que redefinem os
seus objetos, apesar das suas aptidões originais, pois, estão inseridos num

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conjunto diversificado, cujos elementos e conteúdos estão dispostos a partir
de uma permuta e de uma interação relacional. Essa troca, envolve o liame
dessas comunidades com a natureza (meio ambiente/ objeto naturais) e com
o ambiente construído pelo engenho humano (objetos não naturais) a partir
do seu ethos e da sua visão de mundo. Nesse contexto, o conteúdo será
apresentado a partir de três eixos que se encontram interligados: 1)
Paisagem e Espaço - conceitos e diferenças entre os dois objetos e aplicação
desses conceitos no âmbito do patrimônio; 2) O Espírito do Lugar: as
características excepcionais e qualitativas de um lugar e a valorização dos
seus aspectos visíveis e invisíveis a partir dos seus atributos humanos,
ambientais e morfológicos; 3) Estudo de Caso: O Terreiro Icimimó.

Questão norteadora: Como é a gestão do território de seu terreiro? Existem


pessoas com cargos para essa função? Quais são os principais temas ou
problemas relacionados a manutenção das construções, da área verde e dos
espaços coletivos em seu terreiro? Existe algum tipo de parceria com outros
grupos ou gestores para essa manutenção?

❖ Aula 12 - Organizando as ideias - síntese e avaliação dos tópicos e


temas debatidos ao longo dos encontros.

Professores sugeridos: MILONGA (Pesquisadores da MILONGA)

Atividade de síntese dos tópicos debatidos no curso. Apresentação de


painéis de experiências na área de salvaguarda do patrimônio cultural de
matriz africana (o curso de Extensão Terreiros tombados - UFBA/IPHAN;
GTIT). Sistematização das principais discussões e debates do curso.
Avaliação do curso.

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6) Referências Bibliográficas e sugestões fílmicas

CUNHA, Juliana da Mata. ​Quem pode mais do que o dono da casa?


Participação social no processo de patrimonialização do Terreiro Ilê Obá
Ogunté (Sítio de Pai Adão) no Recife-PE​. ​Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, 2018. - ​cap3.

FLOR DO NASCIMENTO, Wanderson. ​O FENÔMENO DO RACISMO


RELIGIOSO: DESAFIOS PARA OS POVOS TRADICIONAIS DE MATRIZES
AFRICANAS​. Disponível
em: ​http://revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/RevistaEixo/article/view/515

GUEDES, Maristela Gomes de Souza. ​Exu, escola e racismo. Disponível


em: ​http://www.cult.ufba.br/wordpress/24334.pdf​

IPAC. Dossiê de Registro Terreiros de Cachoeira e S. Felix. Capítulos: ​Os


Efeitos Jurídicos Garantistas do Registro Especial e os “novos” rumos e
desafios da Salvaguarda​ (pp.21-34)

IPEA. ​Inclusão política e racismo institucional. ​Disponível


em: ​http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6630/1/PPP_n45_Inclus%C3
%A3o_Pol%C3%ADtica.pdf​ (análise CNPIR)

IPHAN.​ Patrimônio Cultural Imaterial: Para Saber Mais, ​2012.

IPHAN. Laudo Antropológico e notícias de jornal do processo de tombamento


do Ilê Omo Agboula.

IPHAN. ​Patrimônio Cultural Imaterial: Para Saber Mais - Cartilha 2 -


Salvaguarda de Bens Registrados Patrimônio Cultural do Brasil, ​2016.

IPHAN. ​Políticas de Acautelamento de Terreiros - ​Capítulos de Marcia


Sant'Anna e Nicolau Parés (xerox)

LÓPEZ, Laura Cecília. ​O conceito de racismo institucional: aplicações no


campo da saúde. ​Disponível em:

https://www.scielo.br/pdf/icse/v16n40/aop0412.pdf

MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. ​O negro no Brasil de hoje.


Disponível em:

24
http://petdireito.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/03/03-Kabengele-Munanga-e-
Nilma-Lino-Gomes-O-negro-no-Brasil-de-hoje.pdf

NÓR, Soraya. O Lugar como imaterialidade da paisagem cultural. Revistas


USP- Paisagem e Ambiente: Ensaios - N.32 - São Paulo - p. 119-128 - 2013.

REZENDE, Marcos Fabio. ​Patrimônios negros, instituições brancas: uma


análise sobre a gestão integrada e planos de salvaguarda de terreiros
tombados​. 2017. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar e Profissional em
Desenvolvimento e Gestão Social) - Universidade Federal da Bahia. 2017.

SANTOS, A. L. N.; TOZI, D. R.; BATISTA, D. ​I CURSO DE EXTENSÃO EM


GESTÃO E SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO CULTURAL INTEGRADO
DOS TERREIROS TOMBADOS: O BREVE RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA​.
In: X Fórum Mestres e Conselheiros - Agentes Multiplicadores do Patrimônio.
Anais...Belo Horizonte (MG), 2018, Belo Horizonte. Anais do X Fórum Mestres
e Conselheiros - Agentes Multiplicadores do Patrimônio, 2018.

SANTOS, A. L. N.. ​Marcos regulatórios das políticas urbana e


habitacionais​. 1. Ed. Salvador: UFBA, Escola de Administração;
Superintendência de Educação a Distância, 2020. 68p.

SERPA, Angelo. ​Ponto Convergente de Utopias e Culturas: o Parque de


São Bartolomeu​. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 8 (1): 177-190,
maio de 1996.

SOUZA, Luciane Barbosa de. ​O que não salvaguarda, o racismo leva: a


pertença das comunidades de terreiro nos processos de tombamento do
Iphan.​ Nova Iguaçu, 2019. ​CAP.1

TOZI, Desirée Ramos. ​Representação Tradicional e Representatividade


Socioestatal de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – O I Plano
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais de Matriz Africana (2013-2015). ​Trabalho de Conclusão de
Curso do Curso de Especialização em Gestão Pública 10ª edição. ENAP,
Brasília, 2016. Disponível em:​ ​http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/2868​

TOZI, D.R.. ​DE QUE SERVE O TOMBAMENTO? POR UMA PERSPECTIVA


ETNOGRÁFICA DOS PROCESSOS DE TOMBAMENTO DE TERREIROS DE
CANDOMBLÉ​. ENECULT, 2017.

TOZI, D.R.. ​A Gestão do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades de


Matriz Africana e os Desafios de Tradução e Implementação de Políticas
Públicas Integradas. ​In: Patrimônio e identidades em (Re)construções:

25
tensões, embates, negociações. Valerie V. V. Gruber; Fernando Santos de
Jesus (orgs.) Ed. Telha, 2020.

WERNECK, Jurema. ​A luta continua: o combate ao racismo no Brasil


pós-Durban​. Observatório da Cidadania 2005. Disponível em:
http://www.socialwatch.org/sites/default/files/pdf/en/panorbrasileirod2005_bra.p
df

VILAS BOAS, Lucas Guedes. ​Resenha sobre o livro A Natureza do Espaço


de Milton Santos​. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.8,
n.21,p. 150-155, set/2017.

VÍDEOS

*Paisagem e Espaço:

https://www.youtube.com/watch?v=juUkCzFTO5U

*Paisagem Cultural:

https://www.youtube.com/watch?v=zfXkPbQah0I

https://www.youtube.com/watch?v=8YnvBXl7ZBg

*Patrimônio Imaterial:
https://www.youtube.com/watch?v=S2ePvIcSsH0
https://www.youtube.com/watch?v=CMUk9ZwJl2k

*Curso Gestão de Políticas para Terreiros (MILONGA/UFBA):


https://www.youtube.com/watch?v=AWsnMH-Cz7U&t=17s
https://www.youtube.com/watch?v=rBsD4MH77pM&t=7s
https://www.youtube.com/watch?v=UrGYmVTF1Kw
https://www.youtube.com/watch?v=nrQiAG97Wmo
https://www.youtube.com/watch?v=D1Bv70v9Oyg
https://www.youtube.com/watch?v=O-wx7euzFRw
https://www.youtube.com/watch?v=9pvgqCgCLHE

*IPAC:
https://www.youtube.com/watch?v=cg7WPL_90k4
https://www.youtube.com/watch?v=y92SLXnZ6bY

26
*O que é Racismo Institucional?
https://www.youtube.com/watch?v=K177pV862FQ

* Interfaces do Racismo: Racismo Institucional


https://www.youtube.com/watch?v=3lKaM-6dVOU

*Política nacional de participação social:(debate IPEA: 27’)


​https://www.youtube.com/watch?v=s-V9_FpmPqs

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