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ANGÚSTIA

CENA 1 – EXT. RUA – TARDE

Julião está andando pela rua e Luís o observa, indo a sua


direção sem que Julião perceba.

Então, Luís, com uma corda em sua mão, a segura fortemente


e ataca Julião de surpresa, enforcando-o.

Assim, não podendo revidar diretamente, Julião tenta


colocar sua mão no rosto de Luís, que responde com uma
mordida em seu dedo.

Sem saída, Julião morre por falta de ar. Entretanto, logo


após matá-lo, Luís sente culpa, medo e desespero,
arregalando seus olhos, vendo o corpo em seus braços.

De imediato, ele joga Julião de lado e se “arrasta” até a


parede, ficando em posição fetal.

CENA 2 – INT. CASA – MANHA

Luís acorda desesperado, respirando rapidamente, ele olha


para o relógio pensando que estava atrasado para o
trabalho, porém não estava.

Logo levanta e vai tomar café em sua cozinha.

Durante a refeição, Luís se lembra do dia em que seu pai


foi enterrado, ele, com a mão no rosto, chorava muito, até
que uma pessoa desconhecida toca em seu ombro:

DESCONHECIDA
Ele tinha seus defeitos, mas foi um bom homem.

Luís, ainda tomando café, retorna à realidade, levantando


da cadeira logo em seguida.

Ele entra em seu quarto para se trocar, coloca sua roupa e


vai trabalhar.
CENA 3 – INT. JORNAL – DIA

Chegando ao trabalho, Luís coloca seu computador na mesa e


o liga.

Após alguns minutos trabalhando, ele olha para o lado e


mira Julião, um homem metido e exibido, que estava junto de
uma de suas mulheres.

Julião percebe e começa a fazer suas graças em tom de


deboche:

JULIAO
E aí Luís, como ta seu trabalho? Anda muito ocupado?
Vamos beber um pouco qualquer dia!

Luís se sente muito desconfortável, ouvindo as risadas de


fundo.

Ele novamente se lembra de mais uma memória sobre seu pai:

PAI DE LUÍS
Olha filho, nem sempre a vida será fácil, então a
enfrente, mas nunca desista.

Luís (jovem) se encanta com a fala de seu pai, com olhos


abertos e brilhantes, junto de um sorriso no rosto.

Porém logo volta à realidade e vê Julião ainda rindo.

O relógio mostra as horas passando.

Enfim chega o momento de ir embora, Luís olha para seu


computador, suspira e o fecha, levantando de sua cadeira.

CENA 4 – EXT. CASA – TARDE

Na porta de sua casa, Luís da de cara com sua vizinha


Marina, tentando entrar em casa, mas sua porta estava
emperrada

LUÍS
Hã, oi Marina
Como vai?
MARINA
Oi (concentrada em abrir a porta), eu to só...
tentando abrir a porta

LUÍS
Precisa de uma mão? Deixe-me te ajudar

Marina derruba sua chave no chão.

Luís e Marina vão em direção a chave para pegá-la e acabam


se esbarrando, olhando um no olho do outro.

Ambos ficam envergonhados, colocando a mão atrás da cabeça


para disfarçar.

Luís, com a chave na mão, vai tentar abrir a porta, mas não
consegue.

MARINA
Quer saber? É mais fácil esperar minha mãe chegar

MARINA
Vamos sentar ali (aponta para o banco), porque até
ela chegar vai demorar bastante

Ambos se sentam no banco e começam a conversar.

Um longo tempo se passa, Luís deita em sua cama dizendo

LUÍS
Eu não to apaixonado, eu não to apaixonado, eu
não to apaixonado... Eu to apaixonado

CENA 5 – EXT. CASA – MANHA

Luís tranca sua porta para ir trabalhar.

Após retirar a chave da porta, ele olha para o lado e vê


Julião flertando com Marina.

Luís se sente traído, expressando surpresa em seu rosto,


com boca e olhos bem abertos.
Logo em seguida fica bravo e se vira indo em direção a seu
trabalho.

Novamente, outro dia, ele fecha a porta para ir trabalhar e


vê os dois conversando. (repetição do fechamento de porta)

CENA 6 – INT. CASA – TARDE

Luís chega a sua casa, guarda sua maleta, troca de roupa.

Ele procura pelas suas estantes uma garrafa de bebida.

Luís senta em sua mesa e bebe muito.

Quando bêbado, começa a pensar em matar Julião.

Ele levanta e vai atrás de uma corda em sua casa, saindo em


seguida.

CENA 7 – EXT. RUA – TARDE

Luís abre a porta de sua casa, sai e fecha em seguida.

Andando pela rua, vê a distancia Julião vadiando.

Luís se aproxima lentamente com ódio em seus olhos.

Então, com uma corda em sua mão, a segura fortemente e


ataca Julião de surpresa, enforcando-o.

Assim, não podendo revidar diretamente, Julião tenta


colocar sua mão no rosto de Luís, que responde com uma
mordida em seu dedo.

Sem saída, Julião morre por falta de ar. Entretanto, logo


após matá-lo, Luís sente culpa, medo e desespero,
arregalando seus olhos, vendo o corpo em seus braços.

De imediato, ele joga Julião de lado e se “arrasta” até a


parede, ficando em posição fetal.

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