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CURSO DE HISTÓRIA
FICHAMENTO I:
A História da Vida Privada
Porto Alegre
2022
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL – PUCRS
CURSO DE HISTÓRIA
FICHAMENTO I:
A História da Vida Privada
Porto Alegre
2022
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Sumario
1. Introdução 3
2. A Invasão do Público ao Privado 4
3. Os Símbolos da Revolução 5
4. Relação Estado e Religião 6
5. Influência da Revolução no Âmbito Familiar 7
6. O Papel da Mulher Durante a Revolução 8
7. Legado Revolucionário 9
8. Conclusão
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9. Referência Bibliográfica
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1. Introdução
O fichamento a seguir tem como objetivo principal analisar a vida privada dos
cidadãos franceses de Paris durante a Revolução Francesa, com o objeto principal
de analise o texto de Michelle Perrot “História da Vida Privada”, a fim de entender as
modificações da vida privada francesa e as principais alterações do privado devido à
invasão da vida pública e revolucionária. Possuindo também o foco na revolução em
suas relações com a vida privada e como lhe interferiram, como por exemplo: a
família, a igreja e a educação.
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3. Os Símbolos da Revolução
Aqueles que não adotaram a roseta tricolor e os trajes dos sans-culottes, eram
denominados aristocratas ou moderados, delimitando através da vestimenta o ideal
revolucionário do indivíduo e seu lado político dentro da revolução. Não existiam leis
que obrigassem os cidadãos franceses a adotarem estas vestimentas, mas o terror
que Robespierre trouxe aos cidadãos, fez com que a população de Paris buscasse
utilizar as vestimentas a fim de despistar as suspeitas por parte dos revolucionários.
Entretanto a partir de 1792, todos os homens franceses deveriam aderir
obrigatoriamente a utilização da roseta tricolor, fazendo parte da vestimenta de todo
cidadão francês; e a partir de 1793, todos os homens e mulheres deveriam utilizar a
roseta tricolor obrigatoriamente. A Convenção Nacional procurou o pintor e deputado
Jacques Louis David para criar projetos de trajes para os cidadãos franceses
utilizarem, tendo a intenção de tornar as vestimentas padronizadas, assim
demonstrando igualdade entre os indivíduos.
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A forma de repressão e suspeita de conspiradores foi tão tamanha, que até mesmo
deputados chagavam a propor formas de se dirigissem uns aos outros, utilizando o
“tu” para se comunicarem de republicano para republicano, sendo aqueles que não
utilizassem o pronome pessoal “tu”, seriam considerados suspeitos pelo Estado;
entretanto a proposta não acabou sendo aceita pela Convenção, mas alguns
deputados e revolucionários aderiram ao pronome e começaram a utiliza-lo ao se
relacionar entre republicanos.
Outro fator importante foi que o Estado se tornaria responsável pelas cerimonias
realizadas pela igreja, assim os casamentos passariam a ser papel do Estado
organizar e no lugar de um padre, um funcionário público seria o responsável por
consagrar o matrimonio de modo civil. Estes casamentos possuíam a possibilidade
de divorcio caso ambas as partes aceitassem em se separar, sendo este ato
abominável pela igreja, assim desconsiderando os casamentos realizados de modo
civil. Os bispos teriam agora que ser nomeados através das eleições, tornando a
igreja católica francesa subordinada ao Estado revolucionário.
Este conflito entre Estado e Igreja iria durar até 1801, quando Napoleão Bonaparte,
se reúne como o Papa Pio VII. O acordo entre Napoleão e o Papa resultou na Igreja
Católica Romana ser considerada majoritária na França. A Concordata foi assinada
em 15 de julho de 1801, com os líderes da Igreja Católica prestando juramento civil
exigido pelo acordo, assim acabando com o conflito interno do clero refratário com
os revolucionários, e o conflito entre os Estados Papais com a França
Revolucionária.
como mãe nos espaços privados, realizando afazeres domésticos e educando seus
filhos. Esta figura da mulher requintada e do lar se tornou mais forte devido as
guerras da França Revolucionária contra as coalizões, logo enquanto o homem
revolucionário e republicano estava nos campos de batalha defendendo sua pátria
francesa, a mulher estava encarregada do papel de cuidar de sua família e de seu
lar.
Entretanto com a inserção do divorcio no contexto familiar privado, a mulher
adquiriu uma forma de desatar de seu cônjuge, mesmo que o processo fosse
demorado e precisasse realizar audiências em tribunais familiares para averiguar se
o casal era mesmo infeliz, sendo os familiares as testemunhas de ambos os
cônjuges.
7. Legado Revolucionário
patriótico foram algumas das mudanças e inovações que a revolução trouxe para a
história europeia.
8. Conclusão
9. Referência Bibliográfica