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E a princesa se trancou na torre.

Não porque odiasse o mundo, mas porque tinha medo dele.

Já não adiantava nada, seu coração estava abatido.

As pessoas pareciam todos alheias até mesmo as mais próximas.

Todas pareciam muito felizes, vivendo suas vidas.

Seu coração se tornou negro e seu rosto pura lagrima.

Se envergonhava daquilo que era. E nem perdia tempo se irando contra si mesma.

Porque a ira pressupõe a chance de alguma mudança.

Mas ela persistia na dor e na angustia, mas em uma cinzenta angustia, mais como um tedio
doque como uma angustia. Tudo era cinza, preto e branco, fantasmagórico, vazio, sem
energia.

Ela sabia que não persistiria na torre por muito tempo.

Mas resolvera deixar a vida levala. Deixar se arrastar.

Até que a morte chegasse, ou fosse chamada.

Já não temia. Porque a dor havia tomado conta.

As pessoas que a desprezavam apenas delas se lembrava, como se suas vozes se repetissem
em eco em sua alma.

Sabia que não era a única a sofrer, porisso sofria resignada. Não tinha remédio pra sua dor.

Não havia nenhum acalento.

E mesmo se houvesse já não havia nada no mundo pra ela.

Resolveu sentar se na parte mais escura e esperar pela morte.

Rir pra que? Se daqui a pouco me lembro ou me lembram

E o esquecimento proporcionara uma angustia ansiosa

Quando eu me lembrar.

Não é isso que quero.

Ele sabe.

Oque eu quero?

Um amigo ou uma amiga que me levante.

Que me diga oque fazer.


Uma alma santa.

Que me de o encorajamento e me faça saber

Que não tenho coragem de ir por causa dela.

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