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e Sustentabilidade
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Editora da UECE
Erasmo Miessa Ruiz
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Trabalho, Saúde
e Sustentabilidade
1a Edição
Fortaleza - CE Maria Rosilene Cândido Moreira
2019 Francisco Elizaudo de Brito Júnior
José Auricélio Bernardo Cândido
Organizadores
Trabalho, Saúde e Sustentabilidade
© 2019 Copyright by Maria Rosilene Cândido Moreira, Francisco Elizaudo de Brito
Júnior e José Auricélio Bernardo Cândido
Editora filiada à
Coordenação Editorial
Erasmo Miessa Ruiz
Capa
José Auricélio Bernardo Cândido
Diagramação
Narcelio Lopes
Revisão de Texto
Lorna Etiene Castelo Branco Reis
Ficha Catalográfica
Lúcia Oliveira CRB - 3/304
PREFÁCIO........................................................................................ 8
ORGANIZADORES...................................................................... 331
AUTORES..................................................................................... 333
INTRODUÇÃO
A expansão urbana das cidades brasileiras é uma
realidade marcada por problemas estreitamente relacio-
nados entre si, e que tem como consequência fatores
que potencializam a destruição dos recursos naturais,
urbanização desordenada, comprometimento da saúde e
qualidade de vida das pessoas, dentre outros.
Com esse cenário, as discussões sobre o Desenvolvi-
mento Sustentável passaram a ser prioridade nos debates
acadêmicos e na sociedade. O termo Desenvolvimento
Sustentável emergiu no Relatório da primeira-ministra
da Noruega Gro Haralen Brundtland, denominado de
“Nosso Futuro Comum”, em 1987, e teve sua consoli-
dação no encontro Rio-92, mas o seu conceito correla-
ciona-se com o que Maurice Strong denominou de Eco-
desenvolvimento, em 1972, um desenvolvimento para
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os pesquisados eram acadêmicos com idades entre
18 e 53 anos de idade; cinco alunos eram do sexo mas-
culino e 10 do sexo feminino; um aluno estava matri-
REFERÊNCIAS
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estudantes como estratégia de inclusão através da educação. Per-
Cursos, v. 7, n. 1, p.1-11, 2006. Disponível em: <http://www.perio-
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BARRETO, P.L.N.; CHACON, S.S.; NASCIMENTO, V.S. Educa-
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______. Educar para a Sustentabilidade: Uma contribuição à Déca-
da da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Ed,
INTRODUÇÃO
A Abordagem Ecossistêmica em Saúde pode ser
entendida como um enfoque fundamentado no casa-
mento da ideia de ecossistema & saúde humana, a partir
do vínculo entre estratégias de gestão integral do meio
ambiente com uma abordagem complexa da promoção
da saúde. Objetiva desenvolver novos conhecimentos
sobre a relação saúde, ambiente, trabalho, em realidades
concretas, de forma que permita ações adequadas, apro-
priadas e saudáveis das pessoas, e para as pessoas que aí
vivem (MINAYO, 2006).
Tal abordagem inovadora, também chamada de
Ecossaúde, surge para responder a uma lacuna na atua-
lidade e frente a incertezas apresentadas no processo di-
nâmico de interação entre os seres vivos e a ação humana
(SANTOS, 2009). É fundamental compreender a inter-
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a
qual pode ser considerada como uma pesquisa que bus-
ca sintetizar estudos realizados acerca de determinado
assunto. A revisão integrativa é um dos métodos de pes-
quisa utilizados na prática baseada em evidências e que
possibilita a incorporação das evidências na prática clí-
nica. Tendo como referencial estudiosos desse método,
é preciso percorrer seis etapas distintas: Identificação do
tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa, esta-
belecimento de critérios de inclusão e exclusão e busca
na literatura, definição das informações a serem extraí-
das, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados
e apresentação da revisão integrativa (Mendes, Silveira e
Galvão, 2008).
1. Transdisciplinariedade
A transdisciplinariedade emerge na abordagem
ecossistêmica como fruto da superação da insuficiência
teórica dos enfoques unidisciplinares em explicar as per-
turbações advindas da relação ser humano-ecossistema.
Implica em visão ampla dos problemas de saúde, a partir
de um processo de investigação que não esteja restrito à
ciência, mas que os conhecimentos adquiridos em ou-
tras esferas possam integrar-se à vida das pessoas, pos-
sibilitando poder de transformação social (SANTOS;
AUGUSTO,2010; CEZAR-VAZ et al., 2007). Trata-se
de romper com as fronteiras historicamente construídas
entre as disciplinas (WEIHS; MERTENS, 2013).
Os esforços destinados a amenizar os sintomas da
mudança planetária, decorrentes dos impactos das pes-
2. Participação social
A partir de uma perspectiva de saúde pública, é
primordial identificar e reduzir os determinantes sociais
que favorecem a reprodução de doenças, indo além de
suas origens biológicas, tanto visando amenizar a sua
frequência como influenciar a mudança de comporta-
mento da comunidade. Para tanto, incentiva-se o uso
de estratégias participativas, que juntamente com uma
abordagem interdisciplinar, resultaram em uma maior
capacidade organizativa para resolver as questões locais
(WEIHS; MERTENS, 2013; SUAREZ; GONZÁLEZ;
CARRASQUILA; QUINTERO, 2009).
É pertinente pensar que o processo de mudança
da realidade só se torna possível se os indivíduos que a
vivenciam são capazes de conhecê-la, refletir criticamen-
te sobre ela e compreender a necessidade de mudança.
Desta maneira, consideram-se os atores sociais indis-
pensáveis nesse processo, sendo os mesmos instigados à
participação e envolvimento nas questões ambientais, a
partir da identificação de problemas e busca de soluções
(SVALDI; ZAMBERLAN; SIQUEIRA, 2013; CANA-
VESE; ORTEGA; GIATTI, 2012).
3. Equidade de gênero.
No que diz respeito à equidade de gênero, percebe-
-se que cabe ao homem o papel de provedor, relaciona-
do à sua masculinidade e promovendo a reprodução dos
padrões de comportamento de gênero. Assim, desde a
infância, os garotos são cobrados quanto ao sustento do
lar através do trabalho. Já a ocupação das mulheres, por
sua vez, foi tida como um obstáculo para os cuidados
da família. Almeja-se, portanto, a equidade de gênero
por meio do empoderamento da mulher no papel da
reprodução, no cuidado com a saúde, na ação política
e no mercado de trabalho (AUGUSTO; GOÉS, 2007;
SVALDI; ZAMBERLAN; SIQUEIRA, 2013).
Os desafios O projeto brasileiro denominado CARUSO No projeto Caruso, o diálogo entre pesquisadores e saberes lo-
da geração do e um conjunto de projetos desenvolvido no cais (transdisciplinariedade), bem como a participação social,
conhecimento em Nepal foram revisados quando à aplicação da permitiu compreender a dinâmica integral do local e identificar
saúde ambiental: interdisciplinaridade e transdisciplinariedade, soluções para o problema.
uma perspectiva segundo uma perspectiva ecossistêmica, sendo As estratégias participativas e inter/transdisciplinares resulta-
ecossistêmica abordada também a participação comunitária. ram em uma maior capacidade organizativa para resolver as
questões locais.
An ecosystem Foi realizado um estudo transdisciplinar para A ocorrência da doença está ligada a percepções sociais de saú-
perspective in avaliar as ligações entre fatores eco-bio- de e doença, dependendo de determinados ambientes para seu
the socio-cultural -sociais e da situação atual da dengue em desenvolvimento e sendo associada pela população às classes
evaluation of duas cidades da bacia do rio Magdalena, na mais baixas, tendo estas muito mais risco de ter as formas dos
dengue in two Colômbia. vetores da dengue. Há a necessidade de uma abordagem ecos-
Colombian towns sistêmica.
Abordagem ecos- Aborda de forma teórica as considerações O pensamento/abordagem ecossistêmica desponta como uma
sistêmica:uma sobre a abordagem ecossistêmica e a constru- possibilidade de construção de conhecimento ao permitir a
possibilidade para ção de um conhecimento sustentável. emergência de ideias coletivas e inovadoras. Metodologica-
construir conheci- mente, é agregadora e promove a emergência das respostas, não
mento sustentável sendo prescritiva nem determinística. Essa forma metodológica
em enfermagem/ pode permitir que o ser humano encontre outra maneira de pen-
saúde sar, de construir conhecimento/ciência.
Ecosystem Aborda de forma teórica o enfoque ecossistê- A abordagem ecossistêmica contribui para a produção de infor-
approach and the mico e as novas abordagens para a Saúde Am- mação científica. A situação dos atuais problemas ambientais
Fuzzy logic: a di- biental e os desafios no uso da informação sob e de saúde requer pesquisas com metodologias participativas
alectical proposal a ótica ecossistêmica. e integradas, com uma proposta transdisciplinar e participação
for information de atores sociais. No entanto, existem desafios como a incom-
on Environmental patibilidade entre as medidas em direito ambiental e a aborda-
Health gem ecossistêmica e a dificuldade de apropriação por parte dos
usuários dos instrumentos apresentados.
Modelo multidi- Aborda um modelo compreensivo/explicativo O marco conceitual da abordagem ecossistêmica se emprega
mensional para de caráter ecossistêmico, a partir da identifi- para analisar os vínculos entre os ecossistemas e a saúde hu-
o controle da cação das situações de risco envolvidas com mana. Essa abordagem considera essencial entender as formas
dengue: uma pro- a da Dengue nos níveis de micro e macro- de participação social e equidade existentes nos contextos
posta com base na contexto. locais, com base na transdisciplinaridade.
reprodução social
e situações de
riscos
Abordagem Realiza uma investigação visando identificar A abordagem ecossistêmica em saúde humana objetiva desen-
ecossistêmica em o conhecimento dos enfermeiros sobre a abor- volver perspectivas acerca da relação saúde do ser humano e
terapia intensiva: dagem ecossistêmica em Unidade de Terapia ambiente, permitindo ações adequadas e saudáveis de todos os
conhecimento dos Intensiva. indivíduos, a partir de um trabalho transdisciplinar. A saúde é
enfermeiros intrinsecamente relacionada com a qualidade de vida em um
ambiente capaz de oferecer aos indivíduos uma assistência
contínua e integral. Destaca-se a relação interativa entre o pro-
fissional de enfermagem e o usuário/cliente, tornando-o mais
participativo de sua própria saúde.
Nursing, environ- Abordar teoricamente os principais delinea- O sentido de ambiente claramente é compreendido como cole-
ment and health mentos de significados expressos de ambiente tivo em sua dimensão sociobiológica e o desafio é apreendê-lo
conceptions: na relação com o trabalho desenvolvido pelas numa dimensão ecológica ampliada de promoção da saúde
an ecosystemic enfermeiras da rede básica de atenção à saúde, humana. Os saberes e práticas dos enfermeiros não devem se
approach of the com base na abordagem ecossistêmica na pro- restringir a um fenômeno único (saúde descolada do ambiente
collective health dução de saúde. físico e/ou social), são conhecimentos que devem se construir
production in the e desenvolver de forma integrada (interdisciplinariedade).
primary care.
Convergence of Compara-se dois tipos distintos de abor- Ambas as abordagens enfatizam uma compreensão holística
Ecohealth and dagem: A abordagem ecossistêmica e One da saúde para além da puramente biomédica, baseando-se no
One Health. Health, buscando compreender as divergên- pensamento sistêmico como uma maneira de alcançar uma
cias entre eles. maior compreensão dos problemas de saúde, ambas defendem
a inter e trans-disciplinariedade nas pesquisas e participação
colaborativa.
Salute deglieco- Aborda dois estudos de caso em que foi Uma abordagem ecossistêmica nas minas e pedreiras requer
sistemi e salute utilizada a Abordagem Ecossistêmica: Minas a participação de atores sociais, como governos ou os gover-
umana. e pedreiras, DDT e malária. nos locais, empresas, comunidades locais e ecossistemas. Os
problemas causados pelo uso de DDT trazem a necessidade
de uma estratégia abrangente para as questões de saúde do
ecossistema e à saúde humana, capaz de superar a perspectiva
reducionista e abraçar as complexas dinâmicas que ligam o
ambiente para o homem. Dá-se destaque aos métodos transdis-
ciplinares, a partir da epidemiologia.
Ecosystem Contribuição teórica sobre o desenvolvimento Uma abordagem ecossistêmica necessariamente envolve uma
approaches and de Abordagem ecossistêmica no contexto combinação de diversas informações (conhecimento inte-
health in Latin latino-americano. grado), a participação do público e de todos os atores sociais
America envolvidos, sendo considerados elementos integrais.
Letter from Aborda teoricamente a importância da As tentativas de mitigar essas síndromes de mudança global
the New IAEH Abordagem ecossistêmica na compreensão não podem ser alcançadas por uma única disciplina (inter
President, Jakob- da relação entre alterações ecossistêmicas e e transdisciplinariedade) e devem ser de forma reflexiva e
Zinsstag: Health efeitos na saúde. sistêmica.
& Ecology: Let
us Join Forces.
Compreensões Aborda as relações sociais decorrentes das Deve-se recuperar a relação saudável do ser humano com a
integradas para interações de grupos humanos com o ambien- natureza, que só poderá acontecer mediante políticas públicas
a vigilância da te de floresta em face do processo produtivo estabelecidas com essa intencionalidade aliadas à participação
saúde em ambien- extrativista vegetal e identificar os decorrentes da comunidade. Consideram-se as relações de gênero.
te de floresta: o problemas ambientais e sociais, que são
caso da Chapada importantes para orientar ações de vigilância
do Araripe, Ceará, da saúde
Brasil.
INTRODUÇÃO
A visão sistêmica da vida expõe-se como uma ma-
neira de refletir sobre a realidade como um processo
contínuo de fluxo e mudança, que se desdobra mediante
o interacionismo das partes de um todo. Os fenômenos
cósmicos, dentro desta perspectiva, mostram-se dinâ-
micos, adquirindo uma natureza cíclica, de modo que
todos os processos se encontram integrados em prol de
um equilíbrio constante (CAPRA, 1983).
Frente ao delineamento de uma visão sistêmica,
as contribuições do pensamento ecossistêmico se fir-
mam nas interações entre homem, sociedade e meio,
tendo como um de seus pilares de sustentação os con-
ceitos epistemológicos procedentes de teorias sistêmicas
e apontando a necessidade de repensar a configuração
dessas interações e de que modo vão de encontro à ma-
nutenção do meio (SANTOS, 2010).
AS ESSÊNCIAS ADOTADAS
Diante das novas perspectivas na pesquisa, ema-
nadas por intermédio do avanço do pensamento ecos-
sistêmico, outras abordagens se destacaram e aspiraram
algumas de suas características para se fazerem presentes
e angariarem vantagens também à pesquisa em saúde,
dando-lhe um ar analítico mais holístico e sensível às in-
ter-relações do ser com seu ambiente. A exemplo, temos
a etnografia e a pesquisa-ação.
A TÍTULO DE CONCLUSÃO
Digamos que quanto à estética, o pensamento
ecossistêmico intervém às novas abordagens metodoló-
gicas da pesquisa, com a observação mais sensível, uma
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
As transformações vividas pela humanidade ao lon-
go dos anos, sejam nas relações interpessoais ou nas rela-
ções homem e natureza, refletiram na capacidade de su-
prir as necessidades humanas e de resiliência do ambiente.
Ao mesmo tempo em que se descreve o momento
atual como tendo alcançado o progresso nas ciências e
tecnologias, aumento da longevidade e diminuição da
mortalidade, vivencia-se uma crise ambiental que amea-
ça a própria vida do planeta (BURSZTYN e PERSEGO-
NA, 2008). E isso se deve, em parte, pelas alterações ge-
radas pela globalização, como a migração de grande par-
cela da população para a área urbana nas últimas décadas,
e a exploração sem compromisso do meio ambiente.
No contexto deste progresso, muitas vezes o ho-
mem se posiciona como espectador, dada a omissão so-
cial a qual veio assumindo, a quem nada pode acontecer,
2 SUSTENTABILIDADE E SAÚDE
O desenvolvimento sustentável da sociedade tem
por objeto principal a preservação e disponibilização dos
seus recursos voltados para a melhoria da qualidade da
CONCLUSÃO
Conclui-se que as questões referentes à saúde e à
qualidade de vida nas instituições de trabalho precisam
ser revistas, os cenários de trabalho precisam ser revisi-
tados e o modo de fazer cotidiano precisa ser reavaliado,
no sentido de otimizar tempo, recurso e motivação hu-
mana. Acredita-se que não exista um manual pronto,
mas que as ações de melhoria precisam ser implemen-
tadas e otimizadas continuamente, no sentido de pro-
mover satisfação no trabalho e um ambiente de saúde e
qualidade de vida para as pessoas envolvidas.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, um novo tema tem perpas-
sado as discussões acadêmicas, reflexo dos alertas glo-
bais como as mudanças climáticas, escassez energética
e problemas de controle do crescimento demográfico.
Aliado a estas dimensões que conectam o homem com
a natureza, discute-se o papel da educação na busca pelo
desenvolvimento sustentável, onde se possa conectar os
homens entre si, na disseminação de valores e de uma
cultura que incentive a mudança de estilo de vida.
Conforme destaca Morin (2011), a educação tem
a função de prover valores, atitudes e comportamentos
que confrontem os desafios como pobreza, desigualdade
e violência. Esta nova mentalidade é um desafio para as
universidades, atualmente engessadas em metodologias
e práticas arcaicas que enrijecem as relações de recipro-
cidade, ou melhor, muitas vezes somente há espaço para
trocas objetivas, reprimindo-se a vinculação socioafeti-
5 CONCLUSÃO
Dessa forma, é possível perceber que não se trata
apenas de oferecer atendimentos pontuais em determi-
nadas áreas da saúde, é necessário pensar em estratégias
para torná-la autossustentável, investindo no empodera-
mento do estudante como promotor da sua saúde biop-
sicossocial, em uma visão holística, capaz de promover
mudanças e adaptações no seu meio ambiente a fim de
manejar fatores protetores em seu favor. Diante da gran-
de demanda de serviços de saúde, também se faz neces-
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A precarização do trabalho, em decorrência da
busca desenfreada pelo lucro, é um dos problemas mais
graves da atualidade. Nesse contexto, erige-se a prática
do trabalho com a redução do homem à condição aná-
loga de escravo. O trabalho escravo não é só um evento
do passado, mas também um problema bastante atual,
substancialmente nos países em desenvolvimento, situa-
ção na qual o Brasil se encontra. Tem-se a falsa ideia
de abolição do trabalho escravo no Brasil, decorrente da
sanção da Lei Áurea em 1888. Diz-se falsa, porque basta
uma leitura nos relatórios da Organização Mundial do
Trabalho – OIT e do Ministério do Trabalho e Empre-
go – MTE para compreender que esta prática nefasta e
desumana está longe de ser afastada de nossa realidade.
Hodiernamente, encontramo-nos no século XXI,
mais de cem anos após a abolição da escravatura no Bra-
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
É sabido que, superado o período em que se acha-
va que desenvolvimento era equivalente ao crescimento
econômico, o desafio agora seria diferenciá-los. E foi isso
o que vários autores fizeram. Focado no intuito de dis-
tinguir um termo do outro, Souza (1999) afirma que
crescimento não é sinônimo de desenvolvimento, mui-
to embora aquele seja condição indispensável para este
último, não é condição suficiente. Logo, nem tudo que
cresce é desenvolvido.
Conforme aborda Chenery (p. 7, 1981) sobre o de-
senvolvimento, pode-se compreender que “o desenvol-
vimento econômico [também] é um conjunto de trans-
formações intimamente associadas, que se produzem
na estrutura de uma economia, e que são necessárias à
continuidade de seu crescimento”. Isso abre uma fenda
na sensibilidade dos que acreditam que crescimento é o
MODERNIDADE E CAPITALISMO
A primeira impressão transmitida da ideia de mo-
derno é que as melhorias vêm, automaticamente, imbuí-
das nesse processo. Bauman (1999) fala que a moderni-
dade pode significar muitas coisas. E Cruz (2001) con-
corda com aquele autor, ao corroborar que, justificar sua
definição, pode ser considerado tarefa difícil. Por outro
lado, podemos considerar que a modernidade funciona
como uma espécie de avanço temporal produzido pelo
homem e para o homem, em que este, ao se colocar no
centro como ser pensante e, portanto, dotado da razão,
torna-se capaz de modificar a realidade ao seu redor por
meio do uso do conhecimento, superando, por sinal, os
signos que antes compunham o período do renascimen-
to; o indivíduo que antes era considerado figura passiva,
passa agora a ser sujeito – o fato de ser colocado no cen-
tro, já o reconhece como sendo sujeito ativo (ou apenas
sujeito, o que não interfere no seu sentido).
Ele mesmo (o indivíduo), à luz da razão, elabora o
scriptim social com base na sua verdade. Doravante, te-
mos a passagem do antigo para o novo, do atrasado para
o avançado, do homem velho para o homem moderno.
Aliás, foi na modernidade o grito que proclamou o iní-
cio de muitas mazelas as quais podemos constatar hoje.
2 Ver Leonardo Boff em sua obra intitulada de Nova Era: a civilização planetária; desafios
à sociedade e ao capitalismo, p. 87, ano de 1994.
CONCLUSÕES
Como foi mostrado, é nítido que o homem foi su-
cumbido por um processo que veio conjunto à moder-
nidade. A possibilidade de almejar melhorias em todos
os quesitos da vida, seja social, econômico ou político,
trouxe aos indivíduos que vivem em sociedade, a capaci-
dade de lograr – principalmente em termos econômicos
– uma mobilidade social que lhes fosse, imediatamente,
mais favorável. Sendo difícil imaginar como seria tudo
que os cerca se não fosse os atributos advindos com a
modernidade, como a possibilidade de assistir televisão,
usar o aparelho de celular, roupas da moda, consumir
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Durante a realização de assembleias da ONU, na
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento, em 1987, o termo desenvolvimento sustentável
tornou-se uma nova perspectiva do conceito de desen-
volvimento, formalizado no Relatório de Brundtland
(1991). O Relatório considera como desenvolvimento
sustentável “atender às necessidades da atual geração,
sem comprometer a capacidade das futuras gerações em
prover suas próprias demandas”.
As organizações da sociedade civil desenvolvem
inúmeros projetos, nas mais variadas temáticas e cam-
pos: na educação, geração de renda, captação de água,
beneficiamento da produção, bancos de sementes, assis-
tência técnica agroecológica etc. Muitos projetos são fi-
nanciados por organizações de apoio do exterior, outros
pelo governo brasileiro, por empresas ou pelo próprio
grupo que o desenvolve, buscando, principalmente,
PERCURSO METODOLÓGICO
A metodologia da pesquisa baseia-se no conheci-
mento popular por meio de entrevista e avaliação visual,
com o envolvimento de mais de 124 famílias com par-
ticipação de 132 jovens com idades variando entre 14 a
29 anos, em 26 comunidades rurais.
As comunidades foram selecionadas em quatro
municípios: Crato; Cariri Central, Nova Olinda; Cariri
Leste, Santana do Cariri e Milagres; Cariri Oeste, sen-
do essas escolhidas por representar tanto o projeto de
ATER, como também, permitiu uma pesquisa diversifi-
cada do Território da Cidadania do Cariri cearense.
Os dados qualitativos buscaram comparar as vivên-
cias da juventude na atual conjuntura da zona rural. As
comunidades estudadas são beneficiadas com políticas
públicas de convivência com o semiárido, que frisam
bons resultados na preservação do meio ambiente, no ge-
renciamento dos recursos hídricos, segurança alimentar
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo nos municípios envolvidos destaca repre-
sentações dos jovens agricultores nas três partes do ter-
ritório da cidadania do Cariri cearense; Oeste, Centro e
Leste. O que nos permitiu um bom diagnóstico sobre as
ações, e que tratou de fato a construção das identidades
INTRODUÇÃO
A Atenção Primária à Saúde (APS) constitui-se
no sistema público de saúde, como principal porta de
entrada dos usuários, assumindo, assim, a coordenação
do cuidado, responsabilizando-se por um conjunto de
ações de caráter individual e coletivo voltado para pro-
moção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tra-
tamento e reabilitação.
Nesse sentido, destaca-se o caráter estruturante
que a APS tem na constituição das Redes de Atenção
à Saúde (RAS), visto que, segundo Mendes (2011), as
RAS dependem que a APS seja efetiva desde o primeiro
contato, assumindo particularidades como a integrali-
dade, coordenação, centralização na família, orientação
MATRIZ FPEEEA
Pinto e colaboradores (2012) definem a matriz
FPEEEA como sendo uma ferramenta que analisa pro-
blemas originados na relação saúde/ambiente/trabalho
e que identifica indicadores e propõe ações que possam
resolver os problemas identificados. O modelo consiste
da construção de uma matriz, em seis estágios que são a
força motriz, a pressão, a situação, a exposição, o efeito
e a ação e tem como precursores os modelos PER (pres-
são-estado-resposta) e o PIER (pressão-estado-impacto-
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência da aplicação
de um modelo ecossistêmico de vigilância em saúde na
atenção básica, por meio da territorialização, classifica-
ção de risco familiar e construção participativa de matri-
zes ecossistêmicas e indicadores.
A área de estudo do presente trabalho foi o mu-
nicípio do Crato-CE. Ele situa-se na microrregião do
RESULTADOS
O estudo foi baseado na experiência realizada na
cidade de Massaranduba-SC (BOGER et al., 2007). Os
idealizadores do projeto utilizaram um instrumento de
classificação de risco construído pelas redes de saúde lo-
cal e composto por fatores socioeconômicos e clínicos
que receberam pontuações que classificam a família con-
forme o risco que elas apresentam.
O referido instrumento foi adaptado para ade-
quar-se à realidade do território a ser analisado. Entre
as modificações realizadas pode-se citar: a inclusão de
uma análise referente a condições crônicas presentes na
sociedade e a avaliação de ocorrência de arboviroses. A
renda familiar foi atualizada com base na definição do
banco mundial (EBC, 2017) que estabelece a linha de
pobreza ou hipossuficiência constituída por pessoas que
vivem com renda mínima inferior a US$ 1,25 por dia.
Esse valor foi convertido para reais e o divisor de linha
Fonte: OMS(1994)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com vista aos novos processos de qualificação da
atenção à saúde, o modelo desenvolvido neste estudo
ganha uma maior visibilidade visto que tudo o que foi
realizado apresenta um alinhamento com as políticas de
saúde atuais, como exemplo, o QualificaAPSUS, que
objetiva, prioritariamente, a qualificação da Atenção
Primária à saúde, reorganizando o modelo de atenção
dando ênfase a alguns processos básicos, como a territo-
rialização, cadastramento e diagnóstico local.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
É crescente a inclusão do tema sustentabilidade nas
discussões em todo o mundo e, especialmente, no am-
biente de formação das profissões, pode ser compreendi-
do como um novo paradigma a ser implementado para
a valorização do trabalho e do trabalhador (CIRINO,
2014). Nesse sentido, compreende-se que a sustentabi-
lidade deve ser o objetivo comum, que reúne esforços e
ações de todos em prol de um mundo melhor, podendo
constituir uma estratégia curricular formadora de atitu-
des por parte dos profissionais que a praticam, na dire-
ção do bem-viver.
No cenário mundial, as discussões em torno do
Desenvolvimento Sustentável, provocadas pela Orga-
nização das Nações Unidas (ONU), resultaram em um
documento intitulado Agenda 2030, na qual foram
elencados 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentá-
MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa documental, com abor-
dagem mista e natureza descritiva.
Para responder aos questionamentos norteadores, a
pesquisa teve início com a verificação, no site do Ministé-
rio da Educação (MEC), de quais universidades públicas
federais oferecem cursos na modalidade presencial, com
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as 62 universidades federais brasileiras lista-
das no site do MEC, que oferecem cursos na modalidade
presencial, optou-se por eleger somente aquelas que car-
regam os nomes dos estados nos quais estão localizadas
(26 universidades). A partir disso, foram consultadas
suas respectivas páginas oficiais, e listadas aquelas que
detinham cursos na área de saúde, cujos currículos es-
tavam disponíveis para domínio público, compondo o
elenco das 18 universidades listadas no Quadro 1.
As universidades que concentraram maior núme-
ro de cursos foram: Universidade Federal de São Paulo
(cinco cursos), Universidade Federal de Pernambuco
(quatro cursos) e as Universidades Federais do Acre, do
Tocantins, de Sergipe e do Rio de Janeiro (três cursos
em cada). Dos 38 cursos identificados, o que teve maior
destaque foi o de Nutrição (nove cursos), seguido de
Medicina (sete cursos), Enfermagem (seis cursos) e Edu-
cação Física (cinco cursos).
REGIÃO
TOTAL
UNIVERSIDADE E
N SC E M BM F O GS TO FT
F
Univ. Federal do Acre x x x 3
NORTE
Univ. Fed. de Roraima x x 2
Univ. Fed. de Rondônia x 1
Univ. Fed. de Tocantins x x x 3
Univ. Federal do Piauí x x 2
Univ. Federal do Ceará x 1
NORDESTE
ESTE
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus consiste em um importante
problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Em
2015, a prevalência de adultos com diabetes no mundo
era de 8,8% e em 2040 estima-se que chegará em 10,
4%. O Brasil ocupa o quarto lugar dentre os dez primei-
ros países com maior número de adultos com diabetes
com um total de 14,3 milhões de pessoas com a doença
e uma prevalência de 10,2%, ficando atrás apenas da
China, Índia e Estados Unidos da América (INTERNA-
TIONAL DIABETES FEDERATION - IDF, 2015).
As principais abordagens terapêuticas para o diabetes
mellitus consistem na mudança no estilo de vida, medica-
mentos orais e insulina. O uso de insulina é imprescin-
dível no tratamento do diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e
deve ser instituído assim que o diagnóstico for realizado.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, se-
guindo-se o percurso metodológico subdividido em seis
fases: escolha e definição do tema seguida da seleção da
questão de partida; amostragem ou busca na literatu-
ra; critérios para categorização dos estudos para coleta
RESULTADOS
O universo do estudo foi composto por 52 pu-
blicações referentes à temática investigada, das quais 9
compuseram a amostra. Não houve predominância em
CONCLUSÃO
As abordagens que os estudos dessa revisão trou-
xeram apontam para a importância de realizar um ge-
renciamento adequado com os RSS provenientes da
insulinoterapia e dos cuidados com o diabetes mellitus
agrega potencialidades tanto à crescente preocupação
mundial com a temática ambiental como aos governos,
profissionais de saúde, pessoas com a doença e todos os
envolvidos. Nesse sentido, as experiências exitosas de-
monstradas nos estudos como modelos de orientação
também são válidas, porém urge a necessidade do desen-
volvimento de novas pesquisas que abordem como está
sendo realizado o gerenciamento desses resíduos nas suas
específicas localidades, angariando maior conhecimento
e expansão das boas práticas.
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos da história da huma-
nidade o homem edifica espaços para o desenvolvimento
de suas atividades: moradia, trabalho, desenvolvimento
da espiritualidade, manutenção da saúde e locais de lazer.
Essas atividades requerem espaços adequados e, indepen-
dente da tecnologia utilizada, toda edificação é um pro-
duto da construção civil, esta é uma das atividades mais
antigas que remete à própria evolução do homem.
A construção civil apresenta-se como um grande
gerador de empregos, com expressiva contribuição para
o desenvolvimento econômico do país, sendo caracte-
rizada como um setor estratégico para o crescimento
nacional pelas suas características estruturais e os efeitos
favoráveis sobre a geração de renda, emprego e tributos
(IPECE, 2013).
MÉTODO
A pesquisa seguiu um modelo analítico, transver-
sal, de natureza quantitativa (APPOLINÁRIO, 2012).
O estudo foi realizado durante os meses de agosto de
2012 a setembro de 2013, em canteiros de obras da
construção civil que estavam instalados nos municípios
de Crato e Juazeiro do Norte, no sul do Ceará, para fins
do desenvolvimento da dissertação de mestrado de Sou-
sa (2014). Foram analisados trabalhadores que se encon-
travam em atividade nas obras de edificações de grande
porte e também de pequeno porte, como moradias, fo-
calizando apenas a etapa de elevação das edificações, ou
seja, a etapa de levantamento de alvenaria.
A amostra foi composta por 100 trabalhadores
que obedeceram aos seguintes critérios de inclusão: sexo
masculino, idade superior a 18 anos, mínimo de 01 ano
a b
c d
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os trabalhadores da construção civil estão expostos
a riscos ocupacionais destacando-se o risco ergonômico
como fator predisponente ao afastamento precoce do
trabalho. O risco ergonômico é extremamente acentua-
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A relação homem-ambiente-saúde faz parte dos
antigos registros da humanidade, no entanto, somente
no final do século XX iniciaram-se as discussões técnicas
sobre as relações entre o meio ambiente e outros seto-
res da sociedade (NUNES, 2015). Foi a partir dessas
discussões que surgiu o conceito de Saúde Ambiental,
que tem como premissa básica conhecer os reflexos das
condições ambientais na saúde humana.
A análise da saúde ambiental é muito importante
em diversas atividades realizadas pelo homem. A ati-
vidade de mineração, por exemplo, causa considerável
impacto ao meio ambiente e afeta diretamente a saúde
dos seus trabalhadores e indiretamente a população cir-
cunvizinha à área de mineração. Por muitas décadas, a
atividade mineral tem se destacado como uma atividade
𝑛=𝑍².𝑝.𝑞.𝑁𝑑2(𝑁−1)+𝑍².𝑝.𝑞
Onde:
N = Tamanho da população;
Z = Abscissa da distribuição normal padrão;
Se o nível for de 95,5%, Z = 2;
Se o nível for de 95%, Z = 1,96;
Se o nível for de 99%, Z = 2,57;
p = Estimativa da verdadeira proporção de um dos
níveis da variável escolhida. Será expresso em decimais.
De forma convencional admite-se p = 0,50, gerando, as-
sim, o maior tamanho de amostra possível.
q = 1 – p;
d= Margem de erro, expresso em decimais;
n= Tamanho da amostra aleatória simples a ser re-
tirada da população.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As classificações dos indicadores de saúde ambien-
tal analisados para a atividade de extração do calcário la-
minado estão apresentadas na Tabela 1, juntamente com
alguns motivos que influenciaram tais classificações.
Desta tabela observa-se que aproximadamente 78% dos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados desta pesquisa demonstram a falta de
políticas públicas e de ações de gerenciamento voltados
para a atividade de mineração no sul do Ceará. As clas-
sificações dos indicadores alertam para a necessidade ur-
gente de adoção de medidas preventivas e corretivas na
atividade de extração do calcário laminado, de maneira
a obter um melhor nível de classificação. Ações simples,
como a umidificação das vias de circulação de veículos
não pavimentadas, podem reduzir significativamente a
geração de poeira. O monitoramento e o gerenciamento
INTRODUÇÃO
A expansão do agronegócio e o uso de novas tec-
nologias no mundo globalizado provocam impactos de
ordem ambiental, com consequências na saúde humana.
A força motriz que impulsiona o agronegócio está na
hegemonia do capital dentro do modelo de desenvolvi-
mento, em detrimento da qualidade de vida do ambien-
te e das populações. Grandes são os desafios da atua-
lidade, principalmente para a saúde coletiva. A adoção
de um sistema capitalista, com a produção de bens e de
consumo por meio de uma industrialização na qual se
supervaloriza a produtividade, age como um fator con-
dicionante desta saúde (ASSUNÇÃO; ROHIFS, 2012).
Nesta lógica a exploração da natureza em sua ple-
nitude durante a extração de matéria-prima permite que
a agricultura produza de modo acelerado e sem perdas,
sem levar em consideração os fatores imprevisíveis da
natureza. Para alcançar níveis cada vez mais altos de
MÉTODO/PERCURSO METODOLÓGICO
Trata-se de um estudo descritivo bibliográfico,
traçando um panorama retrospectivo das principais pu-
blicações desenvolvidas no Brasil, relacionadas aos pro-
cessos de contaminação por agrotóxicos e seus impactos
na saúde ambiental e das populações. Para Gil (2002,
p. 42), “as pesquisas descritivas têm como objetivo pri-
mordial a descrição das características de determinada
população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis”.
Quanto aos procedimentos, pode ser dita pesquisa
documental, que consiste na coleta, classificação, seleção
difusa e na utilização de toda espécie de informações na
forma de textos, imagens e outros (FACHIN, 2001).
A amostra da pesquisa foi obtida por uma seleção de
periódicos. Foi realizado um levantamento bibliográfico,
através de busca eletrônica realizada pela Internet na Bi-
blioteca Virtual em Saúde (BVS). Tendo em vista os ob-
jetivos do presente artigo, foram selecionados para análi-
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
O presente estudo possibilitou a revisão bibliográ-
fica nos bancos de dados, tendo como foco as repercus-
sões do uso dos agrotóxicos para a saúde ambiental e
humana. Os agrotóxicos são utilizados em larga escala
no Brasil de forma indiscriminada, e legalizados por
uma legislação insipiente, carente em outras estruturas
de fiscalização. O controle social não consegue, dentro
desse sistema econômico hegemônico do capital, exercer
seu papel fiscalizador e denunciatório.
Os agrotóxicos são substâncias químicas com efei-
tos tóxicos diversos na saúde ambiental e humana, com
efeito devastador amplo para a vida nos territórios. Na
saúde ambiental, comprovadamente, existe a conta-
minação da água, solo e ar em ordem decrescente de
ocorrência, o que foi demonstrado nos estudos relatados
nesta pesquisa.
INTRODUÇÃO
O envelhecimento da população é um fator que
vem se consolidando no decorrer dos anos nos países de-
senvolvidos em decorrência de inúmeros indicadores de
saúde, tais como: a queda na mortalidade, a melhora da
qualidade da atenção à saúde, a velocidade na divulga-
ção de informações decorrente dos avanços tecnológicos
e melhorias nas condições de higiene e do meio ambien-
te. A soma desses fatores contribui para o crescimento
populacional da terceira idade.
Em decorrência desse processo de envelhecimento,
a maior parte dos países do mundo vem experimentando
esse aumento na proporção do número de idosos. E como
resultado, essa situação interfere em diversos setores,
como previdência e assistência social, transportes, edu-
cação, consumo de bens e serviços, habitação, segurança
pública, saúde e mercado de trabalho (BRASIL, 2017).