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Governador

Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

SÚMARIO

1. INTRODUÇÃO 01
2. ACIDENTE DE TRABALHO 01
3. DOENÇA OCUPACIONAL 03
4. GERENCIAMENTO DE RISCO 04
5. RISCOS AMBIENTAIS 04
6. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 10
7. ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO 14
7.1. ILUMINAÇÃO 14
8. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS 16
9. SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA 19
10. CIRCULAÇÃO 24
11. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA 30
12. PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES 32
13. INSOLAÇÃO 32
14. VENTILAÇÃO 33
15. HIGIENE E SAÚDE 34
16. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 36
17. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA 45
18. ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 47
19. LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR 51
20. ERGONOMIA 51
21. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58

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1. INTRODUÇÃO

Desde o princípio, o homem procura e utiliza meios de melhoria para sua vida, suas
descobertas sempre tiveram o foco na evolução e conquistas pessoais. A busca da proteção em
relação às adversidades diárias também é característica própria do homem, condições de bem-estar
e conforto físico satisfatório sempre lhes foram necessidade.
Suas necessidades e cuidados ao elaborar, projetar, e realizar um bom trabalho envolvendo
o espaço construído e meio ambiente são meramente observados no cotidiano do ramo da
construção. Entendemos então que, e a atividade da construção civil sofreu e sofre mudanças
contínuas e aceleradas, todas com o objetivo de alcançar a satisfação e confortabilidade (caráter da
qualidade do conforto), embora durante muito tempo o cuidado com o meio ambiente não tenha
sido foco principal do homem. Hoje, porém, graças ao avanço da tecnologia e o estudo do
universo sustentável é visto como assunto primordial e elementos de transformação e valorização.
Nos dias atuais é de fundamental importância saber como garantir o conforto e a segurança
no ambiente de seu trabalho. Isso vai permitir, não só a maior produtividade para a empresa, como
também uma boa qualidade de vida para o trabalhador.

2. ACIDENTE DE TRABALHO

Um acidente pode ser definido como um acontecimento imprevisto, casual ou não, que
resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína etc. Nesse sentido é muito importante
observar que um acidente não é simples obra do acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis.
Em outras palavras: acidentes podem ser previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados.
No ambiente de trabalho, pode ocorrer o mesmo. Hoje, cada vez mais pessoas deixam o serviço
por conta de acidentes de trabalho que, com a mínima atenção e cuidado, poderiam ter sido
evitados. Mas o conceito de acidente é igual ao de acidente de trabalho?
Não. De acordo com a Lei 8213/91, Art 19 da Legislação de Direito Previdenciário e com
o Decreto nº 611/92 de 21 de julho de 1992, do Ministério da Previdência e Assistência Social;
acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte do trabalhador, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho (invalidez).
Então, acidente de trabalho é toda ocorrência não programada, não desejada, que pode
resultar em danos físicos e ou funcionais para o trabalhador e danos materiais e econômicos à
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empresa e ao meio ambiente. Existem diversos tipos de acidente de trabalho, conforme segue
abaixo:

 Com lesão: deixa marcas nas vítimas provocadas pelos ferimentos;


 Sem lesão: não promove nenhum tipo de lesão na vítima;
 Incapacidade permanente total: a vítima fica totalmente inválida para o trabalho;
 Incapacidade permanente parcial: a vítima tem uma perda parcial da capacidade para o
trabalho. Ex.: a perda de um dedo ou de uma vista.
 Acidente com morte: falecimento em função do acidente de trabalho;
 Acidente típico: aquele decorrente da característica da atividade profissional desempenhada
pelo acidentado.
 De trajeto: ocorrem durante o deslocamento da vítima de casa para o trabalho ou vice versa.
 Acidente fora do local e da hora do trabalho: na execução de ordem ou na realização de serviço
sob a autoridade da empresa, na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
 Com perda de materiais: todo acidente que envolve uma perda material não envolve pessoas.
Ex.: queda de uma empilhadeira de um andaime sobre o piso de concreto.

Diversos fatores podem provocar acidentes de trabalho como falta de manutenção do


maquinário, não utilização de equipamentos de segurança e até mesmo falta de organização. No
entanto, as causas desses tipos de acidentes podem ser classificadas em três grupos principais: ato
abaixo do padrão, condição abaixo do padrão e fator pessoal de insegurança.

 Ato inseguro (ato abaixo do padrão): são aqueles que dependem das ações dos homens como
fontes causadoras de acidentes. Ex.: deixar de usar equipamento de proteção individual, entrar em
áreas não permitidas e operar máquinas sem estar habilitado.
 Condição insegura (condição abaixo do padrão): são as condições físicas no ambiente de
trabalho que podem gerar acidentes. Ex.: piso escorregadio, ferramentas em mau estado de
conservação e iluminação e ventilação inadequados.
 Fator pessoal de insegurança: as pessoas cometem atos inseguros ou criam condições inseguras
ou colaboram para que elas continuem existindo, pelo seu modo de agir. Ex.: desconhecimento dos
riscos de acidentes, treinamento inadequado, excesso de confiança etc.

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FIGURA: Ferramentas em mau estado de conservação


FONTE: Adaptado INTERNET

A ocorrência dos acidentes de trabalho, independentemente do tipo que ela seja, pode gerar
conseqüências para a empresa, o trabalhador e a sociedade. Para o trabalhador, por exemplo, pode
causar sofrimento físico, desamparo à família e incapacidade para o trabalho. Já a empresa pode
sofrer com a perda de faturamento, gasto com serviços médicos e perda de tempo e produtos.
Quanto à sociedade, podem existir impactos como: aumento impostos e do custo de vida e perda
de elementos produtivos.

3. DOENÇA OCUPACIONAL

A doença ocupacional diretamente ligada à modificação na saúde do trabalhador por causa


da atividade desempenhada por ele ou da condição de trabalho às quais ele está submetido. Dessa
forma, ela pode ser classificada como Doença Profissional ou Doença do Trabalho.

 Doença Profissional: é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada pelo exercício da


sua atividade profissional. Por exemplo, um motorista de caçamba que fica com um problema de
coluna por causa de problemas de postura ao conduzir o veículo.

 Doença do Trabalho: é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente. Por
exemplo, um motorista de caminhão que adquire um problema respiratório, porque trabalha em
uma mineradora e acaba respirando muita poeira.

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4. GERENCIAMENTO DE RISCO

Para controlar a ocorrência de acidentes de trabalho e, dessa forma, preservar a saúde dos
funcionários e, consequentemente, a produtividade da empresa, é necessário fazer o
gerenciamento de risco. Esse tipo de gerenciamento visa à identificação e avaliação de todos os
perigos atuais e futuros ocorridos no ambiente de trabalho.
Atualmente, diversas técnicas de identificação de perigos e avaliações de riscos são
utilizadas em todo o mundo. As mais conhecidas são:

 Análise preliminar de riscos (APR);


 Hazard and Operability Studies (HAZOP);
 Análise de Árvores de Falhas (AAF).

Essas metodologias vão auxiliar a descobrir que tipo de riscos o funcionário da empresa
corre no ambiente de trabalho, bem como o que fazer para eliminar esses riscos e diminuir as
possíveis situações de perigo.
A identificação de perigo e a avaliação de riscos são de fundamental importância para a
empresa, pois, se mal feitas, todas as ações decorrentes serão realizadas de forma inadequada ou
incompleta. E isso pode significar em perda de materiais e/ou de pessoas.

5. RISCOS AMBIENTAIS

De acordo com o minidicionário Houaiss, o termo risco significa probabilidade de perigo


ou probabilidade de insucesso. Aqui, você vai aprender um pouco mais sobre os riscos ambientais
existentes nos locais de trabalho.
Os riscos ambientais são aqueles causados por agente físicos, químicos ou biológicos que,
a depender de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição, podem
comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a produtividade da empresa.
Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais afetam o
trabalhador a custo, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes com lesões imediatas e/ou
doenças chamadas profissionais ou de trabalho, que podem ser comparadas aos acidentes do
trabalho.

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Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos


ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Os riscos ambientais são classificados segundo a sua natureza e forma com que atuam no
organismo humano. Dessa forma, podem ser físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes.

FIGURA: RISCOS AMBIENTAIS


FONTE: SENAI, 2010

Levando em consideração a natureza dos riscos, bem como a forma como eles atuam no
organismo humano, confira exemplos de agentes que podem ser encontrados no ambiente de
trabalho:

RISCOS FÍSICOS (cor verde):

Os agentes de riscos físicos podem ser definidos como diversos tipos de energia que o
trabalhador é exposto durante a realização de suas atividades. Podemos citar como exemplo um
ambiente com temperatura e umidade muito alta ou muito baixa; com pressões anormais, além
desse podem também ser considerados como agente físicos:
Ruído: as máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem
atingir níveis excessivos, podendo provocar graves prejuízos à saúde. Os principais efeitos do
ruído excessivo sobre uma pessoa pode ser a surdez total ou parcial, o stress e/ou a redução do
apetite sexual.
Vibrações mecânicas: na indústria, é comum o isso de máquinas e equipamentos que
produzem vibrações (movimentos) que podem prejudicar o trabalhador. As vibrações podem ser
localizadas ou generalizadas.
Radiações ionizantes: os operadores de aparelhos de Raios X frequentemente estão
expostos a esse tipo de radiação que pode afetar o organismo ou se manifestar nos
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descendentes. Alguns dos efeitos produzidos por este agente são: anemia, leucemia, câncer
e/ou alterações genéticas.
Radiações não ionizantes: as radiações infravermelhas (presentes em operações de fornos e
de solda oxiacetilênica), raios laser e ultravioleta (produzida pela solda elétrica) podem causar ou
agravar problemas visuais, além de provocar sobrecarga térmica, queimaduras, câncer de pele e
aumento de atividade de tireóide.

RISCOS QUÍMICOS (cor vermelha):

Podem ser definidos como as substâncias ou compostos que possam penetrar no organismo
do trabalhador. Esses agentes, quando entram em contato com a pessoa, podem provocar danos à
saúde de forma imediata, há médio ou longo prazo.
Podemos citar como agentes causadores de riscos químicos: poeiras, fumos, vapores,
gases, névoas e produtos químicos em geral. O contato dos agentes químicos com as pessoas pode
ocorrer de três formas:
Por via respiratória: os agentes penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando
aos pulmões. Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos, onde manifestam
os seus efeitos tóxicos, tais como asma, bronquites, pneumoconiose etc.
Por via cutânea: os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos e
provocar lesões como alterações na circulação e oxigenação do sangue, nos glóbulos vermelhos e
problemas na medula óssea.
Por via digestiva: a contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de
substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos
inadequados como o de alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer lábios com
a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene contribuem para a ingestão desse tipo
de agente. Conforme o tipo de produto ingerido, pode ocorrer queimadura na boca, no esôfago e
estomago etc.

RISCOS BIOLÓGICOS (cor marrom):

Surgem do contato do homem com certos micróbios e animais no ambiente de trabalho.


Algumas atividades facilitam o contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes como
atividades em hospitais, a coleta do lixo, as indústrias de alimentação, laboratórios, dentre outros.
Esse agentes podem causar doenças como tuberculose, intoxicação alimentar, brucelose, malária,
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febre amarela etc.


Podemos citar como agentes causadores de riscos biológicos: vírus, bactérias, fungos,
bacilos, protozoários e parasitas.
As medidas preventivas mais comuns para esse tipo de agentes são o controle médico
permanente, o uso de equipamentos de proteção individual, a higiene rigorosa nos locais de
trabalho, os hábitos de higiene pessoal, o uso de roupas adequadas, a vacinação e o treinamento.

RISCOS ERGONÔMICOS (cor amarela):

Estão relacionados às condições de trabalho dos funcionários como cadeiras e mesas


adequadas, maquinário moderno, conscientização dos trabalhadores etc. Esses agentes podem
gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos como fadiga, dores musculares, fraquezas, hipertensão
arterial, úlcera duodenal, doenças do sistema nervoso, diabetes, alterações do ritmo normal de
sono e da libido, acidentes, problemas de coluna, taquicardia, angina, infarto, asma etc.
Podemos citar como agentes causadores de riscos ergonômicos: trabalho físico pesado,
postura incorreta, monotonia, ritmo excessivo, trabalhos noturnos e treinamento inadequado ou
inexistente;
Para evitar que essas situações comprometam a atividade, é necessário adequar as
condições de trabalho ao homem. Essa adequação pode ser obtida por meio de modernização de
máquinas e equipamentos, uso de ferramentas adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura
adequada, simplificação e diversificação do trabalho, entre outros.

RISCOS MECÂNICOS (cor azul):

Estão relacionados às condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnologias


impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador.
Podemos citar como agentes causadores de riscos mecânicos: eletricidade, animais
peçonhentos, iluminação, arranjos físicos e armazenamentos inadequados, probabilidade de
incêndio e explosões, máquinas e equipamentos sem proteção e ferramentas inadequadas ou
defeituosas.
A principal medida para prevenir os acidentes por riscos mecânicos é realizar um programa
de inspeções de segurança. Por meio de exame criterioso de todas as máquinas e instalações, é
possível evitar e reparar as situações de risco potencial. A manutenção preventiva eficiente e
sistemática é a melhor, para eliminar os riscos mecânicos de acidente.
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EXERCÍCIO

1. Preencha as lacunas abaixo, com respostas que completam corretamente as frases:

a. Os acidentes de ________________ ocorrem durante o deslocamento da vítima de casa para o


trabalho e vice-versa.
b. Fator __________________ de insegurança: pontos fracos das pessoas em relação às tarefas
que elas realizam.
c. Doença _________________ é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente.
d. Doença _________________ é a modificação na saúde do trabalhador, desencadeada pelo
exercício da sua atividade profissional.

2. De que forma pode ocorrer o contato dos agentes químicos com as pessoas?

a. Apenas por via respiratória.


b. Apenas por via respiratória e cutânea.
c. Apenas por via cutânea, digestiva e cutânea.
d. Apenas por via digestiva e cutânea.

3. Por qual via ocorre a contaminação do organismo pela ingestão acidental ou não de
substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva?

4. Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades humanas,
comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da empresa. Com relação ao
tempo, como os riscos podem afetar o trabalhador?

a. A médio e longo prazo.


b. Apenas a curto prazo.
c. Apenas a longo prazo.
d. A curto, médio e longo prazo.

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5. Que tipo de elementos podem ser considerados riscos físicos em um ambiente de trabalho?

a. Pressões anormais, postura incorreta e esforço excessivo.


b. Bactérias, fungos e bacilos.
c. Ruído, vibração e umidade.
d. Gases, temperaturas extremas e vapores.

6. Qual a importância, tanto para o empregado como para o empregador, de garantir a segurança
em seu ambiente de trabalho?

7. Defina e exemplifique: incapacidade permanente total e incapacidade permanente parcial.

8. Qual a diferença de ato inseguro e condição insegura? Exemplifique ambas as causas de


acidentes de trabalho que podem ocorrer na construção civil.

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6. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

A Norma Regulamentadora - NR 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)


estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do
meio ambiente e dos recursos naturais.

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da


empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua
abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de
controle.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo o planejamento


anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; a estratégia e metodologia de
ação, a forma do registro, manutenção e divulgação dos dados e a periodicidade e forma de
avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;


b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho;
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d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;


e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde
decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura
técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.

A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:

a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de


reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização


ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes
situações: identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; constatação, na fase de
reconhecimento de risco evidente à saúde; quando os resultados das avaliações quantitativas da
exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência
destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference
of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação
coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos
observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.

Em relação às responsabilidades caberá ao empregador estabelecer, implementar e


assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. E aos
trabalhadores colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; seguir as orientações
recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; informar ao seu superior hierárquico
direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores

O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existente nos


locais de trabalho. É representado por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
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FIGURA: MAPA DE RISCO


FONTE: SENAI, 2010.
EXERCÍCIO

1. Identifique quais são os riscos ambientais existentes em sua sala de aula. Cite exemplos destes
riscos e formas de como preveni-los.
2. Identifique quais são os riscos ambientais existentes na planta abaixo. Cite exemplos destes
riscos e formas de como preveni-los.

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7. ORGANIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO

Um local de trabalho limpo e organizado, com pessoas conscientes de suas responsabilidades, é


fundamental para minimizar os acidentes de trabalho e impactos ao Meio Ambiente. No entanto,
por incrível que pareça, essa não é uma tarefa fácil. A pressa, os prazos curtos e o estresse do dia a
dia, muitas vezes, colaboram para que cada vez mais as pessoas
deixem de lado coisas simples, mas podem colaborar com a limpeza e
organização do local de trabalho, como limpar a mesa antes de ir para
casa, separar o lixo antes de jogá-lo fora, dentre outras coisas.
Esse programa é a porta de entrada para uma boa Gestão Integra de
Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que possibilita uma
maior motivação para a qualidade e apresenta resultados rápidos e
visíveis. A prática do 5S permite uma mudança interior que resulta em
hábitos de organização e limpeza saudáveis.
Para começar esta mudança, devemos considerar alguns aspectos importantes como
iluminação do local de trabalho, transporte, armazenamento e manuseio de materiais, sinalização
de segurança, e pisos e escadas.

7.1. ILUMINAÇÃO

Os locais de trabalho devem ter iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à


natureza de atividade, ou seja, o tipo de iluminação utilizada no ambiente de trabalho deve estar
relacionado ao tipo de atividade que é realizada ali. Além de ser distribuída e difusa de maneira
uniforme, a iluminação dever ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos
incômodos, sombras e contrastes excessivos.
No ambiente de trabalho é comum encontrar alguns problemas que precisam ser evitados
como:
 Nível insuficiente de iluminação – esse tipo de problema pode causar percepção
inadequada dos detalhes, queda de rendimento do trabalhador, além de erros, cansaço etc;
 Claridade excessiva ou de ofuscamento – gera fadiga visual;
 Tamanho inadequado de letras e objetos – ocasiona fadiga visual e posturas forçadas,
para enxergar melhor;
 Inexistência de bom contraste dos limites do objeto;
 Uso de lâmpadas de baixa reprodutibilidade cromática – como lâmpadas de vapor de
sódio para atividades em que a percepção de cores é fundamental.
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a Norma Brasileira


Regulamentadora – NBR 5314 que trata sobre Iluminância de interiores, ela estabelece os valores
de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se
realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.
Já a NBR 5382 trata sobre Verificação de iluminância de interiores, fixa o modo pelo qual se faz a
verificação da iluminância de interiores de áreas retangulares, através da iluminância média sobre
um plano horizontal, proveniente da iluminação geral.

CURIOSIDADE: o luxímetro é um aparelho usado para medir a


iluminância, é um instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido
(LCD) da figura ao lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em
LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX. A Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) determina a quantidade mínima de iluminação para
diversos tipos de atividades. Seguir esta normatização é apenas o primeiro passo para se ter um
ambiente saudável neste sentido.
FIGURA: LUXÍMETRO
FONTE: INTERNET

A iluminação é um fator que influencia diretamente o conforto, a produtividade e até


mesmo a saúde do homem. A falta de iluminação correta, além de atrapalhar o rendimento das
pessoas, também pode desvalorizar a beleza de um ambiente, já uma boa iluminação externa, por
exemplo, valoriza a imagem do mesmo. O uso da luz natural em edificações, principalmente
durante o dia, produz dois grandes fatores:
• uma redução significativa para do consumo de energia elétrica.
• melhoria do conforto visual e bem estar dos usuários.

A Luz Natural é de e uma qualidade mais agradável e tem o poder de apreciar e encantar o
ambiente proporcionado pela iluminação artificial. Com relação a iluminação natural, as aberturas
nas edificações proporcionam:
 O contato visual com o mundo exterior e permitem também o relaxamento do sistema visual
pela mudança das distâncias focais.
 A garantia de uma sensação de bem-estar em um relacionamento de aparência com o ambiente
maior no qual estamos inseridos.
 Melhoria em até 40% a performace e o bem estar de seus ocupantes.
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Porém, no Brasil, que tem um alto índice de iluminação solar durante o ano, infelizmente não é
bem explorada, mas avanços veem sendo feito e o uso da iluminação natural nas empresas de
arquitetura e engenharia está conquistando bastante espaço.
Por conta da ineficiência e inexistência do sistema de ar pode ser gerado o desconforto
condicionado ou de ventilação, felizmente, o desconforto gerado pela incidência solar na
iluminação natural está sendo reavaliado.

VOCÊ SABIA QUE:


• No Brasil, a energia elétrica usada em edifícios corresponde a 45% do consumo total?.
• O setor residencial é responsável, aproximadamente, pela metade do consumo de energia
elétrica, sendo a outra metade dividida entre os setores comercial e público?
• Substituir as lâmpadas incandescentes pela luz natural é uma excelente alternativa para reduzir
a conta de luz?
• A iluminação natural é energia pura, limpa e abundante nos países tropicais?
• Construir uma casa com iluminação natural se é necessário antes de qualquer coisa, uma
avaliação do clima local, levando em conta o tipo de céu, a nebulosidade, o percurso do sol e
fatores que influenciam a disponibilidade luz natural durante todo o ano.
• Para aumentar a qualidade de energia dos ambientes em uma edificação, deve-se pensar que a
luz natural e artificial se completam e tabém valorizar o conhecimento nem que seja básico da
iluminação natural quanto dos tipos de equipamentos de iluminação a serem utilizados na
arquitetura?
Portanto para um projeto ser eficiente e de bom resultado, é necessário que estejam em
conjunto o conhecimento técnico e arquitetônico dos processos de iluminação natural e artificial,
levando-se em conta principais decisões é a definição doscomponentes desses sistemas (lâmpadas,
luminárias, reatores, sistemas de controle, janela, etc.) todos eles tem desempenho e qualidade
diferentes, que depende do tipo de tecnologia empregada em sua fabricação.

8. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS

A Norma Regulamentadora - NR 11 (Transporte, Movimentação, Armazenagem e


Manuseio de materiais) estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de
trabalho, tanto de forma mecânica quanto manual, e tem o objetivo de prevenir acidentes.

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Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores


industriais e máquinas transportadoras.

Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua


altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. Quando a cabina do elevador não
estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros
dispositivos convenientes.
Deverão apresentar resistência necessária às atividades de uso e ser realizadas inspeções e
manutenção, substituindo-se as suas partes defeituosas. Em todo o equipamento será indicado, em
lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

FIGURA: SEGURANÇA EM ELEVADORES


FONTE: INTERNET

Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. Nos equipamentos
de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado
pela empresa, que o habilitará nessa função. Já de transporte motorizado deverão ser habilitados e
só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o
nome e fotografia, em lugar visível.
Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora
(buzina). Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas
transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos
neutralizadores adequados.

Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.


Transporte manual de sacos é toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua,
essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por
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um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua deposição.


Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte
manual de um saco. O transporte descarga deverá ser realizado mediante impulsão de vagonetes,
carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. É vedado o
transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um metro) ou
mais de extensão e elas deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros).
Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador
terá o auxílio de ajudante.
Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual,
mediante a utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:
a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;
b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de
1,00m x 1,00m (um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois
metros e vinte e cinco centímetros);
c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o
espelho ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m
(vinte e cinco centímetros);
d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que
assegure sua estabilidade;
e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em
toda a extensão;
f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que
apresente qualquer defeito.

O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza,
utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação.

Armazenamento de materiais

O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o
piso. Ele deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra
incêndio, saídas de emergências, não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas
de emergência etc. Deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo
menos 0,50m (cinqüenta centímetros).
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9. SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA

A sinalização de segurança é fundamental para estabelecer a padronização das cores a


serem utilizadas para classificar o nível de perigo das áreas e, dessa forma, preservar a saúde e a
integridade física dos trabalhadores. Em função dessa necessidade, através da Norma
Regulamentadora NR 26 (Sinalização de Segurança), padronizou-se a aplicação das cores, de
modo que o seu significado sempre seja o mesmo na área de segurança do trabalho, permitindo,
assim, uma identificação imediata de risco existente.
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para
pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por
palavras.
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador. Além disso, o uso de cores não dispensa o emprego de outras
formas de prevenção de acidentes.

As cores adotadas nesta norma são as seguintes:


- amarelo; - branco; - preto;
- azul;- verde; - laranja;
- púrpura; - lilás; - cinza
- alumínio; - marrom. - vermelho;

VERMELHO

O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de


proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de
pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que
significa Alerta). É empregado para identificar ações e objetos normalmente relacionados a
incêndio, tais como:

- caixas e sirenes de alarme e bombas de incêndio,

- extintores e sua localização; indicações de extintores (visível à distância, dentro da área de uso
do extintor); localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte,

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moldura da caixa ou nicho); baldes de areia ou água, para extinção de incêndio; transporte com
equipamentos de combate a incêndio; rede de água para incêndio (sprinklers);

- hidrantes; caixas com cobertores para abafar chamas; tubulações, válvulas e hastes do sistema de
aspersão de água; portas de saídas de emergência;

FIGURA: USO DA COR VERMELHA


FONTE: ADAPTADO INTERNET

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo:


- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras
obstruções temporárias;
- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.

AMARELO

Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. O


amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando:
- partes baixas de escadas portáteis;
- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco;
- espelhos de degraus de escadas;
- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas
que não possam ter corrimões;
- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;

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- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;


- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
- paredes de fundo de corredores sem saída;
- vigas colocadas a baixa altura;
- cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
- equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores
industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc.;
- fundos de letreiros e avisos de advertência;
- pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa
esbarrar;
- cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
- bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
- comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
- pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.

FIGURA: USO DA COR AMARELA


FONTE: ARQUIVO PESSOAL

Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver
necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.

BRANCO

O branco será empregado em:


- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura);
- direção e circulação, por meio de sinais;

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- localização e coletores de resíduos;


- localização de bebedouros;
- áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros
equipamentos de emergência;
- áreas destinadas à armazenagem;
- zonas de segurança.

FIGURA: USO DA COR BRANCA


FONTE: INTERNET

PRETO

O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta


viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.). O preto poderá
ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem.

AZUL

O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso
e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.
- empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de
comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos.
Será também empregado em:
- canalizações de ar comprimido;
- prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;
- avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.

VERDE

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O verde é a cor que caracteriza "segurança". Deverá ser empregado para identificar:
- canalizações de água;
- caixas de equipamento de socorro de urgência;
- caixas contendo máscaras contra gases;
- chuveiros de segurança;
- macas;
- fontes lavadoras de olhos;
- quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;
- porta de entrada de salas de curativos de urgência;
- localização de EPI; caixas contendo EPI;
- emblemas de segurança;
- dispositivos de segurança;
- mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

LARANJA

O laranja deverá ser empregado para identificar:


- canalizações contendo ácidos;
- partes móveis de máquinas e equipamentos;
- partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;
- faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
- faces externas de polias e engrenagens;
- botões de arranque de segurança;
- dispositivos de corte, borda de serras, prensas.

PÚRPURA

A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas
penetrantes de partículas nucleares. Deverá ser empregada a púrpura em:
- portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais
radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;
- locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;
- recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados;
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- sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas


penetrantes e partículas nucleares.

LILÁS

O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo
poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.

CINZA

a) Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo;


b) Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos.

ALUMÍNIO

O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e


combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

MARROM

O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não
identificável pelas demais cores. O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou
verde. As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, deverão receber a aplicação
de cores, em toda sua extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes.
Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais.

10. CIRCULAÇÃO

A Norma Regulamentadora - NR 8 – Edificações, estabelece requisitos técnicos mínimos


que devem ser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas
trabalhem.
Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com as
posturas municipais, atendidas as condições de conforto, segurança e salubridade, estabelecidas na
Portaria 3.214/78.
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Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que
prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. As aberturas nos pisos e nas
paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos.
Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas
móveis e fixas, para as quais a edificação se destina.
Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões, compartimentos para garagens e
outros que não forem vedados por paredes externas, devem dispor de guarda-corpo de proteção
contra quedas, de acordo com os seguintes requisitos:
a) ter altura de 0,90m (noventa centímetros), no mínimo, a contar do nível do pavimento;
b) quando for vazado, os vãos do guarda-corpo devem ter, pelo menos, uma das dimensões igual
ou inferior a 0,12m (doze centímetros);
c) ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal de 80kgf/m2 (oitenta
quilogramas-força por metro quadrado) aplicado no seu ponto mais desfavorável.

Segundo a NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) as


rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo com as normas
técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. Nos pisos, escadas, rampas,
corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, serão
empregados materiais ou processos antiderrapantes.
A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa
qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo
proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.
As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais
devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé.
A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros)
deve ser feita por meio de escadas ou rampas. É obrigatória a instalação de rampa ou escada
provisória de uso coletivo para transposição de níveis como meio de circulação de trabalhadores.
As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de
trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros), devendo ter pelo
menos a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar intermediário.
Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura
da escada.
A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno
porte. As escadas de mão poderão ter até 7,00m (sete metros) de extensão e o espaçamento entre
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os degraus deve ser uniforme, variando entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m (trinta
centímetros). É proibido o uso de escada de mão com montante único. É proibido colocar escada
de mão:
a) nas proximidades de portas ou áreas de circulação;
b) onde houver risco de queda de objetos ou materiais;
c) nas proximidades de aberturas e vãos.

A escada de mão deve:


a) ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior;
b) ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo que impeça o seu
escorregamento;
c) ser dotada de degraus antiderrapantes;
d) ser apoiada em piso resistente.

É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos. A


escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com abertura
constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m (seis metros), quando fechada.
A escada extensível deve ser dotada de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto
vão a contar da catraca. Caso não haja o limitador de curso, quando estendida, deve permitir uma
sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro).
A escada fixa, tipo marinheiro, com 6,00 (seis metros) ou mais de altura, deve ser provida
de gaiola protetora a partir de 2,00m (dois metros) acima da base até 1,00m (um metro) acima da
última superfície de trabalho.
Para cada lance de 9,00m (nove metros), deve existir um patamar intermediário de
descanso, protegido por guarda-corpo e rodapé.
As rampas e passarelas provisórias devem ser construídas e mantidas em perfeitas
condições de uso e segurança. As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior,
não ultrapassando 30º (trinta graus) de inclinação em relação ao piso. Nas rampas provisórias, com
inclinação superior a 18º (dezoito graus), devem ser fixadas peças transversais, espaçadas em
0,40m (quarenta centímetros), no máximo, para apoio dos pés.
As rampas provisórias usadas para trânsito de caminhões devem ter largura mínima de
4,00m (quatro metros) e ser fixadas em suas extremidades. Não devem existir ressaltos entre o
piso da passarela e o piso do terreno.

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A figura a seguir mostra uma escada provisória de uso coletivo em conformidade com a
Norma Regulamentadora.

FIGURA: ESCADAS COLETIVAS PROVISÓRIAS


FONTE: PINI, 2012

EXERCÍCIO

1. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter em sua estrutura, exceto:

a. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma.


b. Estratégia e metodologia de ação.
c. Estabelecer uma única empresa responsável pela limpeza dos equipamentos de proteção.
d. Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados.

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2. Qual o objetivo do PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais?

3. Defina acidente de trabalho, segundo a Lei 8213/91:

4. A NR 11 traz em seu conteúdo normas sobre transporte, movimentação, armazenagem e


manuseio de materiais, assinale o item correto:
a. Os poços de elevadores deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, sem exceções.
b. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos
c. Os equipamentos de transporte motorizados não precisam possuir sinal de advertência sonora
(buzina).
d. Fica estabelecida a distância máxima de 62,00m para o transporte manual de um saco.

5. A NR 8 estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas


edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem, cite 3 exemplos
desses requisitos.

6. Sobre a Norma Regulamentadora de Sinalização de Segurança marque a opção


verdadeira:
a. É regida pela NR 16.
b. A utilização de cores dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
c. O uso de cores deverá ser o mais amplo possível, pois isso não ocasiona distração e fadiga ao
trabalhador.
d. Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de
indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
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7. A Norma Regulamentadora 8 traz em seu conteúdo requisitos técnicos mínimos que devem
ser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas
trabalhem, assinale o item incorreto:
a. Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências e depressões.
b. O guarda corpo deve ter altura de 0,90m, no mínimo, a contar do nível do pavimento.
c. As edificações dos locais de trabalho devem ser construídas de modo a evitar apenas a
insolação excessiva.
d. As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas.

8. Em relação às palavras de advertência da NR 26 marque o item correto:


a. A palavra "PERIGO" deve ser utilizada para indicar substâncias que apresentem risco
moderado.
b. A palavra "CUIDADO" deve ser utilizada para substâncias que apresentem risco médio.
c. A palavra "ATENÇÃO" deve ser utilizada para substâncias que apresentem alto risco.
e. A palavra "PERIGO" deve ser utilizada para indicar substâncias que apresentem risco leve.

9. A cor vermelha deverá ser usada para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de
proteção e combate a incêndio. Quais as ocasiões onde essa cor não poderá ser utilizada e
onde será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo?

10. As radiações ionizantes e não ionizantes são classificadas como riscos físicos em um
ambiente de trabalho. Defina o que são essas radiações, como podem ser adquiridas e quais
os efeitos ocasionados?

11. Cite na construção civil como podem ser adquiridos riscos químicos pelas três vias de
transmissão:

12. Que tipo de cuidados se pode adotar para prevenção dos riscos biológicos?

13. Quais os riscos mecânicos que os profissionais podem sofrer em uma construção e como
podemos evitá-los?

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11. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA

É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores


ou de projeção e materiais. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.
As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e
equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de
material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar.
Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no
mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e
seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas.
É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de
trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da
primeira laje.

FIGURA: BANDEJAS DE PROTEÇÃO COLETIVA


FONTE: ADAPTADO INTERNET

A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-


corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:
a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e
0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);
c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento
seguro da abertura.
Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura
equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da
primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno.
Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de
projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta

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centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua
extremidade.
O perímetro da construção de edifícios deve ser fechado com tela a partir da plataforma
principal de proteção. Deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e
ferramentas. Deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção
consecutivas, só podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma
imediatamente superior, estiver concluída.
O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes
elementos:
a) rede de segurança;
b) cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede;
c) conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, composto de:
I. Elemento forca;
II. Grampos de fixação do elemento forca;
III. Ganchos de ancoragem da rede na parte inferior.

Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida


a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma
isolada e sinalizada.
Quando o local de lançamento de concreto não for visível pelo operador do equipamento
de transporte ou bomba de concreto, deve ser utilizado um sistema de sinalização, sonoro ou
visual, e, quando isso não for possível deve haver comunicação por telefone ou rádio para
determinar o início e o fim do transporte.
No transporte e descarga dos perfis, vigas e elementos estruturais, devem ser adotadas
medidas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.
Os acessos da obra devem estar desimpedidos, possibilitando a movimentação dos
equipamentos de guindar e transportar.
O guincho do elevador deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu
acionamento por pessoa não autorizada.Os elevadores de caçamba devem ser utilizados apenas
para o transporte de material a granel. É proibido o transporte de pessoas por equipamento de
guindar não projetado para este fim

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12. PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

As partes externas, bem como todas as que separem unidades autônomas de uma
edificação, ainda que não acompanhem sua estrutura, devem, obrigatoriamente, observar as
normas técnicas oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e
condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade.
Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessário,
impermeabilizados e protegidos contra a umidade. As coberturas dos locais de trabalho devem
assegurar proteção contra as chuvas. As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e
construídas de modo a evitar insolação excessiva ou falta de insolação.
A fonte de luz e de calor, fenômenos e visuais e térmicos de uma edificação é a radiação
solar. Ela é um dos fatores que mais influencia o ganho térmico nas edificações e é função da
intensidade da radiação solar incidente e das características térmicas dos materiais da edificação.
As edificações utilizam materiais de revestimento que, em sua maioria, têm baixa
refletância solar e absorvem uma parcela elevada da radiação incidente. Uma parcela significativa
desta radiação é armazenada em forma de calor e devolvida ao ambiente ao final do dia,
contribuindo para o aumento da temperatura do ar e gerando ilhas de calor.
DICA: Faça um estudo sobre a absorção de calor na utilização de tijolo cerâmico comparado ao
bloco de concreto.

13. INSOLAÇÃO

A isolação causa de desconforto térmico nas edificações. O que se pode ser feito para
diminuir os efeitos da isolação:

 Proteger as paredes com pintura de cores claras.


 Sombreamento por meio de vegetação ou dispositivos de proteção solar;
 Isolamento utilizando-se materiais isolantes pelo lado de fora;
 Adoção de paredes de grande capacidade calorífica para amortecer as variações de temperatura
exterior e com ventilação para eliminação do calor interno.
 Coberturas podem ser protegidas com a utilização de forro, telhas claras, isolantes térmicos e
de materiais de grande inércia térmica.

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 Buscar o aproveitamento máximo da insolação


também com o uso de materiais de grande capacidade
calorífica para amortecer as variações de temperatura
exterior e materiais isolantes térmicos para proteção do
exterior, visando manter o calor interno e reduzir a
condensação na face interna das paredes externas da
edificação.

IMPORTANTE: A proteção solar e sua localização em


relação à superfície envidraçada, para o lado interno ou
externo, influenciam o seu desempenho.

FIGURA: ORIENTAÇÃO SOLAR


FONTE: ADAPTADO INTERNET

14. VENTILAÇÃO
A ventilação é necessária para proporcionar conforto térmico, manutenção das condições
de higiene e propiciar a renovação do ar dos ambientes
provocando a distribuição do calor sua desconcentração
local e também a de vapores, fumaças e poluentes.
Nos meses de verão ajuda a resfriar os espaços internos
do edifício, por meio das trocas térmicas entre o paredes e
o ar. Considerando que toda e qualquer forma de
condições ambientais de ventilação está ligada
diretamente a saúde e bem-estar do homem.
FIGURA: VENTILAÇÃO
FONTE: ADAPTADO INTERNET

No espaço construído de habitação, existem algumas exigências com relação à ventilação para
higiene dos usuários, vejamos:

• Quantidade de oxigênio necessária à reposição.


• Limitação da taxa de gás carbônico.
• Eliminação dos odores desagradáveis.

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• Eliminação dos riscos de contaminação por gases tóxicos como o monóxido de carbono e
até mesmo sua quantidade de oxigênio necessária para o corpo humano realizar o metabolismo.

Tudo isso é pensado e projetado quando se trata do espaço construído para permanência do
homem, está relacionado diretamente a sua satisfação pessoal e bem-estar.

VENTILAÇÃO NATURAL

A ventilação natural é o deslocamento do ar através de aberturas de entrada e saída do


edifício, porém é necessária a projeção para cada fim, e necessário que a dimensão e posição das
aberturas sejam definidas de modo a proporcionar um fluxo de ar adequado ao ambiente. O ar e
seu fluxo que entra ou sai da edificação depende de alguns fatores:
* da diferença de pressão do ar entre os ambientes internos e externos.
* da resistência ao fluxo de ar oferecido pelas aberturas e pelas obstruções internas, além de
implicações relacionadas à incidência do vento e forma da edificação.

15. HIGIENE E SAÚDE

Os trabalhadores não devem Adoecer por conta das atividades que eles exercem em seu
local de trabalho. No entanto, situações de risco são comuns no dia a dia dos trabalhadores,
principalmente daqueles que trabalham na indústria ou qualquer outro lugar que envolva situações
ou objetos de trabalhos perigosos, quando mal utilizados.
Diante disso, é muito importante ter um ambiente de trabalho sadio. Isso vai contribuir
tanto para o funcionamento da empresa quanto para a saúde do trabalhador.
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de
doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a falta de uma alimentação
balanceada, de exercícios físicos regulares e o tabagismo são os três principais fatores de risco à
saúde, mas podem ser evitados com hábitos de vida saudáveis.
Higiene Ambiental é a ciência e a arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar
enfermidades, prejuízos para a saúde ou bem estar dos trabalhadores, sem perder de vista, claro, o
impacto na comunidade e no meio ambiente em geral.

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A antecipação serve para determinar os riscos potenciais existentes, estudando as


modificações das instalações e verificando a introdução de novos processos ou alterações dos já
existentes, incluindo medidas para a redução ou eliminação dos riscos.
A avaliação designa os monitoramentos que serão conduzidos no ambiente de trabalho
para saber a que tipo de riscos os empregados são expostos durante um período de tempo.
A terceira etapa é o reconhecimento. Nela, é feita toda análise e observação do ambiente de
trabalho, a fim de identificar os agentes existentes, os potenciais de risco a ele associados e qual a
prioridade de controle existe no local.
O controle, por sua vez, está associado à eliminação ou minimização dos potenciais de
exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente de trabalho considerado.
É importante deixar claro que a Higiene Ambiental de uma empresa, como pode ser visto,
está diretamente ligada à administração dos riscos existentes no ambiente de trabalho e,
consequentemente, à saúde do trabalhador e ao sucesso da empresa, então como se prevenir destes
riscos?

Contra agentes físicos podemos citar como exemplo a exposição de uma pessoa a um
ruído com intensidade ao limite de 85 decibéis/8h, como prevê a legislação vigente, poderá perder
sua capacidade auditiva para sempre. O ruído põe em risco a segurança do trabalhador, interfere
na sua comunicação, dificulta a concentração, causa irritabilidade, cansaço e alterações no sono.
Deve-se isolar em primeiro lugar o ruído na fonte de emissão do agente, caso não seja
possível, a utilização do equipamento de proteção auditiva pelo trabalhador.
Dica: quando o trabalhador realizar atividades por um longo período exposto o sol, ele
deve utilizar fardamento de manga comprida, creme protetor com filtro solar e chapéu.

Os agentes químicos podem causar intoxicações nos trabalhadores se usados sem


cuidados necessários. Dentre as medidas preventivas das intoxicações ocupacionais pode-se
considerar: o armazenamento, a utilização e o descarte de produtos químicos da forma correta, a
manutenção de ordem e limpeza rigorosa nos locais de trabalho e de permanência dos
trabalhadores, higiene pessoal rigorosa e o uso de EPIs.
Os agentes químicos tendem a se expandir no ar e atingir as vias respiratórias dos
trabalhadores. Esses agentes químicos, após serem inalados, podem ser absorvidos, atingir a
circulação sanguínea e provocar danos à saúde.
A absorção digestiva pode resultar da ingestão de resíduos de produtos químicos presentes
nas mãos e unhas sujas, da alimentação no local de trabalho e de ingestão acidental.
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Os agentes químicos tendem a se expandir no ar e atingir as vias respiratórias dos


trabalhadores. Estes agentes químicos,após serem inalados, podem ser absorvidos, atingir a
circulação sanguínea e provocar danos à saúde. A pele pode ser porta de entrada de agentes
químicos no estado líquido pelo contato direto, ou pelo uso de roupas impregnadas por resíduos
químicos.
Os agentes biológicos são microorganismos causadores de doenças, com os quais pode o
trabalhador entrar em contato, no exercício de diversas atividades profissionais. Alguns ficam
muito expostos devido a característica de suas atividades, são eles: médicos, enfermeiros,
funcionários de laboratório, lixeiros, açougueiros etc.
Tais doenças só devem ser consideradas profissionais, quando estiverem diretamente
relacionadas com exposições ocupacionais aos microorganismos patológicos, isto é, quando
causadas diretamente pelas condições de trabalho.
As medidas preventivas das doenças relacionadas ao trabalho podem ser aplicadas em 3
níveis:
Na fonte de emissão do agente: isolamento acústico de um equipamento ruidoso,
contenção de uma fonte emissora de gases e vapores, ventiladores de exaustão.
Na trajetória dos materiais e energias: aumento da distância entre o agente e o trabalhador,
sinalização.
No corpo do trabalhador: disciplina rigorosa no trabalho, uso de equipamento de proteção
individual (EPI, higiene pessoal.

16. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de


uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho. O Equipamento Conjugado de Proteção Individual é todo aquele
composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que
possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
O EPI só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação – CA. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado
ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
Desenho da Construção Civil – Conforto e Segurança no Ambiente Construído 36
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b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,


c) para atender a situações de emergência.
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente
em determinada atividade. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à
proteção do trabalhador.
O empregador é responsável pela aquisição do EPI adequado ao risco de cada atividade,
pela exigência do seu uso, pelo fornecimento ao trabalhador. Cabe também a ele:
- orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
- substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
- responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e comunicar ao MTE qualquer
irregularidade observada.
- registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.
Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso
adequado.

Cada funcionário é responsável pela limpeza dos equipamentos


que estão sob sua responsabilidade e a melhor forma de fazer
isso é utilizando água e sabão. No caso de máscaras, a
higienização é feita pelo Departamento de Segurança de sua
empresa.
FIGURA: MANUTENÇÃO EPI
FONTE: SENAI, 2010.
Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da
empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome
do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

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LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA


A.1 – Capacete
Dispositivo básico de segurança em qualquer obra. O casco é feito de
material plástico rígido, de alta resistência à penetração e impacto. É
desenhado para rebater o material em queda para o lado, evitando lesões no
pescoço do trabalhador. É utilizado com suspensão, que permite o ajuste mais exato à cabeça e
amortece os impactos.

Tipos existentes:
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes
geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

A.2 – Capuz

a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos


de origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra
respingos de produtos químicos.

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultra-violeta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infra-vermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.

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FIGURA: ÓCULOS DE PROTEÇÃO


FONTE: ADAPTADO INTERNET

B.2 - Protetor facial


a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de
partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de
produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação
infra-vermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

B.3 - Máscara de Solda


a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas
volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultra-violeta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infra-vermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo


a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR – 15;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores ao estabelecido na NR – 15;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR – 15.

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FIGURA: PROTETORES AURICULARES


FONTE: ADAPTADO INTERNET

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar


Asseguram o funcionamento do aparelho respiratório contra gases, poeiras e
vapores. Contra poeiras incômodas é usada a máscara descartável. Os
respiradores podem ser semifaciais (abrangem nariz e boca) ou faciais (nariz,
boca e olhos). A especificação dos filtros depende do tipo de substância ao qual
o trabalhador está exposto.

a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos ou
gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de
produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases
emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos.

D.2 - Respirador de adução de ar

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a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes
confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes
confinados;

D.3 - Respirador de fuga


a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de
escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio
menor que 18 % em volume.

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica,
mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de
água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de
fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luva
É o equipamento com maior diversidade de especificações. São nove tipos básicos de luvas
existentes no mercado atualmente. Elas podem ser de: amianto (para altas temperaturas); raspa de
couro (soldagern ou corte a quente); PVC sem forro (permite maior mobilidade que a versão
forrada); borracha (serviços elétricos, divididos em cinco classes, de acordo com a voltagem);
pelica (protege as luvas de borracha contra perfurações).

FIGURA: LUVAS DE PROTEÇÃO


FONTE: ADAPTADO INTERNET

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Variedades
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor


a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de
acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.

F.3 – Manga
a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes cortantes e perfurantes.
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
umidade proveniente de operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.

F.4 - Braçadeira
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F.5 - Dedeira
a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

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G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçado
Podem ser botas ou sapatos. As botas, feitas de PVC e com solado
antiderrapante, são usadas em locais úmidos, inundados ou com
presença de ácidos e podem ter canos até as virilhas. Os sapatos são de
uso permanente na obra. A versão com biqueira de aço protege de
materiais pesados que podem cair nos pés do usuário. Em serviços de
soldagem ou corte a quente são usadas perneiras de raspa de couro.

Tipos encontrados:
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de
objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques
elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes
térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.

G.2 - Meia
a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira
a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso
de água.

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G.4 - Calça
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água.

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacão
a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
umidade proveniente de operações com uso de água.

H.2 - Conjunto
a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de
água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

H.3 - Vestimenta de corpo inteiro


a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de
operações com água;
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c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 - Dispositivo trava-queda


a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do
usuário contra quedas em operações com movimentação
vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.

FIGURA: CINTURÃO DE SEGURANÇA


FONTE: ADAPTADO INTERNET

I.2 - Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.

17. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

São os equipamentos que podem ser usados de forma coletiva, são usados com o objetivo
de modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo a proteção de
todo o grupo.
Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção coletiva são
sempre mais eficientes que os equipamentos de proteção individual. Apesar disso, os EPI’s são
mais utilizados, pois, normalmente, há curto prazo, eles são mais baratos do que fazer
modificações no ambiente. No entanto, há longo prazo, os custos com a manutenção desses
equipamentos podem se tornar mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.
São exemplo bastante utilizado de equipamentos de proteção coletiva, os chuveiros e lava
olhos de emergência, o isolamento acústico de um equipamento ruidoso, os extintores de incêndio,
o guardo corpo, a capela, o lava olhos, o corrimão, os exaustores etc.

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FIGURA: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA


FONTE: ADAPTADO INTERNET

EXERCÍCIO

1. Cite todos os procedimentos que deverão ser adotados em relação ao controle de


fornecimento de EPI’s:

2. Defina EPI e EPC, compare e cite exemplos, da utilização de ambos:

3. São exemplos de equipamentos de proteção coletiva apenas:


a. Guarda corpo, corrimão e capelas.
b. Óculos, capela e protetor auricular.
c. Lava olhos, óculos e protetor auricular.
d. Protetor auricular, capacetes e óculos.

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4. Em relação ao equipamento de proteção individual marque a alternativa incorreta:


a. A Norma Regulamentadora que dispõe sobre estes equipamentos é a de número 6.
b. Só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação.
c. A empresa é obrigada a fornecer EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento.
d. Deve ser substituído imediatamente apenas quando danificado ou extraviado.

5. Quais os procedimentos que devem ser seguidos para higienizar os EPI’s que são de
responsabilidade do empregado?

6. Qual é a medida de proteção mais eficiente a coletiva ou a individual? Justifique sua resposta.

18. ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

De acordo com a norma regulamentadora NR 15 que trata de atividades Insalubres, toda


área de trabalho de acordo com a função, período de exposição e grau de risco existe o seu limite.
Portanto este tempo de exposição ao ruído é avaliado por dB(A)(Decibéis) que estipula o nível de
exposição. O limite da intensidade de ruídos existente em lei, explica que não se deve ultrapassar
85dB por 8 horas. Abaixo a tabela que indica esses limites.
Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de
Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de
resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância
fixados na figura anterior.
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima
exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

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FIGURA: NR 15
FONTE: INTERNET

Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais
períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos
combinados. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído,
contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave
e iminente.
Atenção para os fatores de exposição e quais as maneiras adequadas de eliminá-los ou
minimizá-los seja em qualquer ramo de atividades principalmente no contexto geral de
edificações. Descobrir quais os recursos da área de edificações capazes de nos proporcionar
melhores condições de exposição a ruídos internos e externos do espaço construído.

19. A ESCOLHA DO LOCAL

Considera-se muito importante a fase de escolha do terreno o qual será construído, deve ser
atentado para a escolha da região, se apresenta movimento intenso ou se há fontes de ruídos
próximas, como fábricas, por exemplo. Por sua vez, o projeto arquitetônico pode ajudar a
controlar ou reduzir esses problemas.

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Os espaços mais sensíveis de uma edificação são: dormitório,sala íntima,de estar,ou


escritório, e todos esses barulhos que atrapalham a concentração interior vem de suas janelas.Essas
deverão ter sua capacidade de isolamento sonoro condizente com a carga de ruídos que irão
receber, o que deve ser medido por um profissional através do uso de equipamentos.
Veja o exemplo:
Se do lado de fora de um ambiente o barulho atinge 60dB e o limite aceito num dormitório é de
35dB?
1- A janela adequada deverá ser especial, isto é, dupla, com vácuo entre dois vidros distanciados.
2- Caracterizada por classe de transmissão de som aéreo de isolação - CTSA - igual a 25
(resultado adequado, segundo a diferença entre 60 e 35dB).
3- Esta é uma janela possível de se encontrar em lojas especializadas. Porém, para uma casa
localizada à beira de uma rodovia, onde o barulho chega a 85dB, a janela ideal deveria ter CTSA
50, quase impossível de ser encontrada no mercado.

Para melhorar as Condições extremas.


• Isoladas ou adotadas em conjunto, exemplo podem amenizar o alto índice de barulho externo,
como portas de madeira maciça (de preferência almofadadas, por serem mais acústicas) e paredes
de tijolos, revestidas de ambos os lados.
• Uma opção pode ser ainda o sistema de ar condicionado central, que obriga o fechamento
hermético de todas as janelas.
• A solução de arquitetura mais usual é construir a ala íntima da casa voltada para o lado oposto
aos ruídos mais intensos.
• Fachadas cegas, isto é, sem portas nem janelas, são outra boa opção para não deixar entrar o
barulho externo, pois o concreto é um forte bloqueador sonoro, ao contrário de portas e janelas.
• Em áreas próximas a aeroportos, por exemplo, uma providência importante é ter uma laje no
telhado, o que irá reter mais o som, principalmente se aliada a forros isolantes. Mas não basta um
forro mais espesso: ele precisará ser suspenso elasticamente, com o auxílio, por exemplo, de um
forro de madeira tipo macho-e-fêmea, apresentando buracos para absorver o som.
• Paredes, pisos e tetos podem ganhar qualidade acústica com a adoção de algumas soluções:
• colméias de cerâmica nas paredes (como as usadas em adegas);
• pintura chapiscada em forro e paredes;
• no acabamento, com forro e paredes revestidas por espuma;
• aplicação de gesso, um ótimo aliado contra a propagação sonora.

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• Num corredor, por exemplo, um simples forro de gesso rebaixado (com juntas de dilatação de
aproximadamente 2,5cm nas laterais) pode ajudar bastante na absorção do som, ainda mais quando
o corredor liga o estar aos dormitórios.
• Várias alturas de forros entre um ambiente e outro também são um recurso valioso na captura
do barulho excessivo;
• Carpetes com base de moletom são ótimos redutores de ruídos de impacto, e a instalação de
passadeiras nas escadas também facilita o abafamento do som.
• Máquinas de lavar, secadoras e geladeiras podem criar ressonância se encostadas em paredes.
• A respeito dos eletrodomésticos em geral, pouco pode ser feito. Entretanto, na hora de comprá-
los, pode-se optar por aparelhos menos barulhentos. E, na elaboração do projeto, é interessante
que a cozinha e a copa fiquem afastadas dos ambientes mais sensíveis.
• A canalização de água e esgoto numa casa térrea pode ser isolada, caso não esteja: chumbada à
parede, livrando-se do barulhinho de água fluindo, muitas vezes irritante no dia-a-dia.
• Para as descargas de vasos sanitários, uma caixa falsa com um colchão de ar, em média de
5cm, entre as paredes pode ser a solução para um ruído estridente.
• Para silenciar ao máximo os exaustores, pode-se optar pela colocação de um tubo com
tratamento acústico, em cuja ponta ficará o exaustor. Outra saída é dar preferência a modelos que
deixem o motor instalado na parte externa da casa.
• Já uma banheira de hidromassagem barulhenta pode ter seu ruído reduzido se for disposta sobre
uma laje flutuante (principalmente o motor), em base elástica feita de borracha ou cortiça, entre
outros materiais.
• Na cobertura, alguns tipos de telhas absorvem melhor o som do que outras, como as telhas de
barro e as comuns, do tipo francesa.
O projeto arquitetônico pode ainda prever algumas soluções úteis:
• no corredor de circulação, as portas não devem ficar frente a frente, mas ser distribuídas de
forma desencontrada;
• na suíte, o closet separando o quarto do banheiro diminui bastante o ruído da caixa e válvula
de descarga;
• o uso de borracha ou feltro sintético para vedar folgas em portas e janelas, evitando o
desconforto de vibrações e assobios em dias de ventania

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20. LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR

Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido
natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. As medições devem ser efetuadas
no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1.

FIGURA: Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de
descanso no próprio local de prestação de serviço.
FONTE: NR 15

21. ERGONOMIA

A NR 17 visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de


trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.
Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma
abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
Levantamento, transporte e descarga individual de materiais, é o transporte manual de
cargas que designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só
trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.

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Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua
ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de
quatorze anos. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves,
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá
utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de
cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os
homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que
o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não
comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual
deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com
sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.

Mobiliário dos postos de trabalho

Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve
ser planejado ou adaptado para esta posição.
Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a
distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados
dos segmentos corporais.
Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos anteriormente, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter
posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as

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diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho


a ser executado.
Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise
ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da
perna do trabalhador. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem
ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os
trabalhadores durante as pausas.

Equipamentos dos postos de trabalho

Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às


características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nas
atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa
postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do
papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem
observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação
do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao
trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo
com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias
olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.

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Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo


forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no anteriormente,
observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do
trabalho.

Condições ambientais de trabalho

As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características


psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nos locais de
trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes,
tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.

Para as atividades que possuam as características definidas no item anterior, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído
aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de
valor não superior a 60 dB.
Os parâmetros anteriormente citados devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os
níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do
trabalhador. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. A iluminação geral deve ser
uniformemente distribuída e difusa. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e
instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza
a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho
humano e em função do ângulo de incidência.

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Organização do trabalho

A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos


trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. A organização do trabalhodeve levar em
consideração, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.

Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros,
dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser
observado o seguinte:
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de
qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15
(quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de
produção vigentes na época anterior ao afastamento.

Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em


convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos
nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o
automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por
hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão
sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco)
horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras
atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não
exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;

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d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada
50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;

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22. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 5314 - Iluminância de interiores.


DECRETO Nº 611/92 DE 21 DE JULHO DE 1992.
EDISON DA SILVA ROUSSELET & CESAR FALCÃO, Segurança na Obra, Editora
Interciência, ed 1, 1999.
LEI N° 8213, Legislação de Direito Previdenciário, 1991.
NR6 - Norma Regulamentadora 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI.
NR8 – EDIFICAÇÕES.
NR9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS.
NR11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE
MATERIAIS.
NR15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES.
NR17 – ERGONOMIA.
NR18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO.
NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA.
PAOLESCHI Bruno, CIPA - Guia Prático de Segurança do Trabalho, Editora Érica, 2010.
PINI – REVISTA EQUIPE OBRA, 7ª edição, 2012.
SENAI – Serviço Nacional de aprendizagem Industrial, Competências Transversais em Segurança
do Trabalho, 2010.

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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