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09/02/2021

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA Processo de Convergência no SetorPúblico


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
“Processo de adoção de
regras e procedimentos contábeis
CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
sob uma mesma base
conceitual visando a
comparabilidade da situação
econômico-financeira de vários
Prof. Gilvane Scheren , Msc. países ou de entidades do setor
público nacionais e/ou
internacionais.” 2

2021

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Processo de Convergência no SetorPúblico Processo de Convergência no SetorPúblico


Procedimentos Procedimentos Procedimentos Consolidação
Contábeis Contábeis Contábeis das contas dos
PCASP DCASP Patrimoniais PCP Específicos Orçamentários entes da
PCE PCO Federação

NBC TSP MCASP Implantados em toda a


IPSAS Prazos definidos
Portaria nº Federação
convergênci normas para
Fontes ae a
634/2013
(coleta da DCA pelo
conforme ato Aplicabilidade Aplicabilidade Aplicabilidade
normativas Prazos normativo específico imediata imediata imediata
adaptação à consolidaçã Siconfi somente no padrão
atuais: da STN
internacionais realidade o das PCASP)
brasileira contas da
Federação

Plano de Implantação dos PCP


(Portaria STN nº 548/2015)
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09/02/2021

Processo de Convergência no SetorPúblico Calibrando o Processo de Convergência


PLANEJAMENTO DAS EDIÇÕES DO MCASP:

NBCTSP
EDIÇÕES DO Válido para os NBC TSP IPSAS
MCASP exercícios: convergidas
7ª edição EC e mais 5 PIPCP
2017 e 2018
(dez/2016) NBC TSP
8ª edição 2019, 2020 e
9 NBC TSP - Aplicabilidade
(dez/2018) 2021 - Operacionalidade
- Maturidade contábil dos
9ª edição
2022 (...) 20 NBC TSP entes Filtro normativo
(jul/2021) - Materialidade na
consolidação
- Diretrizes institucionais

Implantação
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Processo de Convergência no SetorPúblico Histórico sob a ótica do IPSASB/IFAC


MCASP 8ª edição Projeto Conceptual Framework
(dezembro/2018, vigência em 2019 a 2021):
•Contexto:
• NBC TSP 06 – Propriedade para
Investimento;
• NBC TSP 07 – Ativo Imobilizado; • Críticas às IPSAS
• NBC TSP 08 – Ativo Intangível; • Necessidade de um guia para
• NBC TSP 09 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa; a elaboração de normas específicas
• NBC TSP 10 – Redução ao Valor do setor público
Recuperável de Ativo Gerador de • Convergência IPSAS x IFRS
Caixa;
• NBC TSP 11 – Apresentação das • Projeto da Estrutura Conceitual das IFRS
Demonstrações Contábeis; • Discussão da Governança do IPSASB e
• NBC TSP 12 – Demonstração dos Fluxos de
Caixa; 7 incremento da participação de entidades 8

• NBC TSP 13 – internacionais


Apresentação de Informação
Orçamentária nas
Demonstrações Contábeis;

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Histórico sob a ótica do CFC/STN


Histórico sob a ótica do IPSASB/IFAC
Projeto Conceptual Framework Projeto Estrutura Conceitual
•Iniciado em nov/2006 e concluído em out/2014
(quase 8 anos de duração!)
Contexto:
•Assegurar que as IPSAS fossem editadas a partir de
um núcleo (metáfora da “cebola”) • Diretrizes para retomar o processo de
convergência no setor público
•A sua observância não é compulsória. Não é uma
IPSAS. •Reestruturação do GA/NBC TSP
• Projeto dividido em 4 fases (1. características •Adequação ao Acordo com a IFAC
gerais; 2.reconhecimento; 3.elementos e sua (Statement of Member Obligations -
mensuração; e 4.evidenciação). 11 SMOs) 12

•Necessidade de convergência como


norma

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Revogação da Resolução CFCnº 750/1993 Alguns impactos do ponto de vistaoperacional


 O texto não traz aplicações específicas, mas apresenta as
diretrizes e regras gerais que as demonstrações devem seguir.

1993 2008 2010 2011


Publicação da Res. Resolução CFC nº Passou a dispor Aprovação da NBC
2016
 Rotinas contábeis e sistemas serão ajustados para atingir os
1.111/2008 Revogação da
CFC nº 750/1993
Dispunha sobre os Interpretação dos
sobre os
“Princípios de
TG
– EC para
Res. CFC nº objetivos da informação contábil (prestação de contas e
750/1993
“Princípios PFC sob a
perspectiva do
Contabilidade”. Elaboração e
Divulgação de Aprovação da responsabilização e auxílio à tomada de decisão). Ex.: definições
Fundamentais de Exclusão do
Contabilidade” setor público. princípio da Relatório Contábil-
Financeiro
NBC TSP –
Estrutura de ativo, passivo, receita, despesa e metodologias de mensuração
(PFC). NBC T 16.1 a 16.10 atualização
monetária. (“CPC 00” R1)
Conceitual.
e reconhecimento.

 Demonstrativos Fiscais cada vez mais “próximos” da informação


contábil.

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Estrutura Conceitual Relatório Contábil de Propósito Geral(RCPG)


EXEMPLOS:
O que é uma Estrutura Conceitual?
• Conceitos-base para a elaboração das Demonstrações
Contábeis e
Demonstrações Contábeis outros
e Notas
demonstrativos (RCPGs) Explicativas
Relatórios para Demonstrativ
os fins de RCPG os
•Conceitos-base para a elaboração das Transparência Fiscais
(quando elaborados

demais normas (“norma das normas”) Relatórios


com base na
Contabilidade)

Gerenciais
(quando

•Características: Generalidade e elaborados com


base na
Contabilidade)
Estabilidade

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Alcance da ECe demais NBCTSP Características Qualitativas


Entidades do setor público:
Fora do escopo (observância Relevância
Governos
facultativa ou por força de órgão
federal,
regulador ou fiscalizador): Representação Fidedigna
estaduais,
distrital e
municipai
-Empresas estatais independentes Característic
-Sistema “S” Compreensibilidade
s as
-Entidades privadas
Poderes, Qualitativas Comparabilidade
abrangido
s TCs, Da
Defensoria Informação Tempestividade
s e MP
Contábil
Órgãos,
Fundos,
consórcios,
Verificabilidade
Autarquia conselhos
secretarias, empresas
s, estatais profissionai
departamen fundaçõe dependentes e s (*) Restrições Materialidade, custo-benefício e equilíbrio dascaracterísticas
- tos, s outras
agências repartições
públicas públicas 22
(*) MCASP não obrigatório

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09/02/2021

Relevância Representação Fidedigna

A informação pode ser considerada relevante quando for Para ser útil, a informação deve ser confiável, livre de erros
capaz de influenciar significativamente o cumprimento dos materiais ou vieses e refletir adequadamente aquilo que se
objetivos da elaboração e da divulgação da informação propõe a representar.
contábil.

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Compreensibilidade Comparabilidade

Uma qualidade essencial das informações apresentadas nos A comparabilidade possibilita aos usuários identificar
RCPG é que elas sejam prontamente entendidas pelos semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de
usuários. fenômenos.

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09/02/2021

Tempestividade Verificabilidade

A tempestividade envolve oferecer a informação confiável A verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a
antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins da assegurar aos usuários que a informação contida no Relatório
elaboração e divulgação da informação contábil. Contábil de Propósito Geral (RCPG) representa fielmente os
fenômenos ou de outra natureza que se propõe a representar.

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Restrições acerca das informações contábeis

A sua omissão ou distorção puder influenciar o


cumprimento do dever de prestação de contas e
Materialidade responsabilização (accountability), ou as decisões dos
usuários.

Os benefícios decorrentes da informação devem


Custo-Benefício exceder o custo de produzi-la. A avaliação dos custos
e benefícios é, entretanto, em essência, um exercício
de julgamento.
Equilíbrio entre as O equilíbrio entre as características qualitativas é
características necessário para se alcançar os objetivos da informação
qualitativas contábil.

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27/07/2021

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Prof. Gilvane Scheren , Msc.

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27/07/2021

CONCEITO CONCEITO

Administração Pública é Administração é gerir os


todo o aparelhamento do serviços públicos, significa
Estado, preordenado à não só prestar serviço,
realização de seus serviços, executá-lo, como também,
visando à satisfação das dirigir, governar, exercer a
necessidades coletivas vontade com o objetivo de
(MEIRELLES, 1984). obter um resultado útil
(MELLO, 1979).

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CONCEITO CONCEITO

Para Jesé (1926) a Grande distinção existente entre a administração pública e a


finalidade do Estado é particular repousa na seguinte concepção:
assim definida: “O fim do
Estado é organizar e fazer “Na administração pública não há liberdade pessoal. Enquanto
na administração particular é lícito fazer tudo o que a Lei não
funcionar os serviços proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a
públicos”. Lei autoriza.” (MEIRELLES, 1984).

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27/07/2021

CONCEITO CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sobre a perpetuidade do Em termos gerais, conforme


Estado: “O Estado é o nos ensina Hely Lopes
representante da Meirelles, Administração
perpetuidade social: ele vem a ser “o conjunto de
órgãos instituídos para a
deve velar para que as consecução dos objetivos
condições gerais da do Governo”. Dessa forma
existência da nação não se a Administração Pública é,
deteriorem jamais.” ao mesmo tempo, a titular e
(BEAULIEU, 1900). a executora do serviço
público.

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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

De acordo com o art. 18 da Cons tuição Federal – CF, a É importante ressaltar que junto ao Legislativo estão
organização polí co-administra va da República incluídos os Tribunais de Contas, compreendendo dessa
Federa va do Brasil compreende a União, os Estados, o forma o Tribunal de Contas da União, os Tribunais de
Distrito Federal e os Municípios. Estando Contas dos Estados e, quando houver, Tribunais de
compreendidos nesses: Contas dos Municípios e Tribunais de Contas de
a) o Poder Execu vo, o Poder Legisla vo, o Poder Município.
Judiciário e o Ministério Público;
b) autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
Sociedades de Economia Mista.

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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA
NÍVEIS DO ESTADO
A LC no 101/00, a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal
 União; (LRF), em seu art. 1°, relaciona os entes e órgãos públicos que
 Estados; estão sujeitos ao atendimento da Lei Complementar:
“Art. 1° [...]
 Município.
§ 2° As disposições desta Lei Complementar obrigam a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 3° Nas referências: I – à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, estão compreendidos: a) o Poder
Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais
de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;

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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU
A LC no 101/00, a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal CENTRALIZADA
(LRF), em seu art. 1o, relaciona os entes e órgãos públicos que
estão sujeitos ao atendimento da Lei Complementar: É constituída dos serviços integrados na
“Art. 1o [...] estrutura administrativa da Presidência da
b) as respec vas administrações diretas, fundos, autarquias,
fundações e empresas estatais dependentes;
República e do Ministérios, no âmbito
II – a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; federal, e do Gabinete do Governador e
III – a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas Secretarias de Estado, no âmbito estadual, e,
da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, na administração municipal, deve seguir
Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do
estrutura semelhante.
Município.”

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ADMINISTRAÇÃO DIRETA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
É aquela atividade administrativa,
caracterizada como serviço público ou de
interesse público, transferida ou descolada
do Estado, para outra entidade por ele criada
ou cuja criação é por ele autorizada.

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA - AUTARQUIAS


É a forma de descentralização administrativa, por meio
da personificação centralizada e, por essa razão, à
autarquia só deve ser outorgado serviço público típico e
não atividades industriais ou econômicas, ainda que de
interesse coletivo.

A autarquia, geralmente são indicados serviços que


requeiram maior especialização e, consequentemente,
organização adequada, autonomia de gestão e pessoal
técnico especializado.

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA - AUTARQUIAS ADMINISTRAÇÃO INDIRETA - AUTARQUIAS


Elas estão em funcionamento nas mais diversas
áreas.
Alguns exemplos de autarquias no governo federal
são o Banco Central (BC), as agências reguladoras, o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep) e órgãos como o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
(CNPq) e também as universidades federais.

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
EMPRESAS PÚBLICAS ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – SOCIEDADE DE
É dotada de personalidade jurídica de direito privado,
ECONOMIA MISTA
com patrimônio e capital exclusivamente Dotada de personalidade jurídica de direito privado,
governamental, criação autorizada por lei, para com patrimônio próprio, criação autorizada por lei
exploração de atividade econômica ou industrial, que o para a exploração de atividade econômica ou serviço,
governo seja levado a exercer por força de contingência com participação do poder público e de
ou conveniência administrativa. particularidades no seu capital e na sua
administração.

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA -
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
FUNDAÇÕES
EMPRESAS PÚBLICAS versus SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA Instituídas pelo poder público
são dotadas de personalidade
jurídica de direito privado,
com patrimônio próprio,
criação autorizada por lei,
escritura pública e estatuto
registrado e inscrito no
Registro Civil de Pessoas
Jurídicas.

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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA -
FUNDAÇÕES ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
LEI Nº 13.151, DE 28 DE JULHO DE 2015. “Art. 62.”
A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização
de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos
técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas;

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27/07/2021

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA


FUNDOS ESPECIAIS FUNDOS ESPECIAIS
Os fundos especiais têm por fim Conjunto de recursos, previamente definidos na sua lei de
assegurar recursos financeiros criação ou em outro ato legal, des nados, exclusivamente, ao
desenvolvimento ou à consolidação de a vidades públicas
suficientes para a viabilização de devidamente caracterizadas, art. 71 da Lei no 4.320/64.
programas específicos de interesse
Essa ins tuição de fundos especiais, em geral, pressupõe a
primordial do Estado. existência de produto de receitas especificadas, que deverão
estar explicitadas em sua lei de criação e que serão, como já
visto, vinculados a administração direta ou centralizada.

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FUNDOS ESPECIAIS
FUNDOS ESPECIAIS
Classificação
Os fundos especiais classificam-se em: Fundos Especiais de Despesa:

• Fundos Especiais de Despesa; São aqueles que se vinculam à realização de


• Fundos Especiais de Financiamento (Rotativos). determinados obje vos ou serviços dos diversos
• Fundos de Natureza Contábil. e órgãos.

Ex.: Receita Patrimonial, Receita Agropecuária,


juros e depósitos bancários.

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27/07/2021

FUNDOS ESPECIAIS FUNDOS ESPECIAIS


Classificação Classificação
Fundos Especiais de Financiamento (Rotativos): Fundos Especiais de Financiamento (Rotativos):

São os que se vinculam à execução de Podem contar com as seguintes receitas:


programas de emprés mos e financiamento a • Juros Bancários.
en dades públicas ou privadas, sem • Multas e Juros de Mora, de natureza não
personalidade jurídica que, geralmente, devem tributária.
ser administrados por uma ins tuição financeira
oficial ou vinculada à Administração Pública. • Receitas Diversas.

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FUNDOS ESPECIAIS FUNDOS ESPECIAIS


Classificação Classificação
Fundos de Natureza Contábil: Fundos de Natureza Contábil:

O recolhimento, a movimentação e o controle Ex.: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


de receitas e sua distribuição para a realização Educação Básica e de Valorização dos
de obje vos ou serviços específicos, atendidas Profissionais da Educação (FUNDEB). Nos termos
as normas de captação e u lização dos recursos do art. 60 do Ato das Disposições Cons tucionais
que forem estabelecidas na lei de ins tuição do Transitórias (ADCT) e regulamentado pela Lei
fundo. Federal no 11.494/2007.

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17/02/2021

SERVIÇOS PÚBLICOS
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS De Acordo com Kohama:
“são o conjunto de atividades e bens que são exercidos ou
Serviços Públicos / Servidores Públicos colocados à disposição da coletividade, visando
abranger e proporcionar o maior grau possível de bem-
estar social ou da prosperidade pública”

Prof. Gilvane Scheren, Msc.

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SERVIÇOS PÚBLICOS
SERVIÇOS PRIVATIVO DO ESTADO
Já Meirelles define: “Serviço Público é todo aquele São prestados diretamente à sociedade, por serem
prestado pela administração ou por seus delegados, sob considerados próprios do Estado e, como tal, competir-lhe
normas e controles estatais, para satisfazer necessidades exclusiva e privativamente, em virtude do reconhecimento de
essenciais ou secundárias da coletividade ou simples sua característica de atendimento de necessidades coletiva e
conveniências do Estado”. permanente que envolve a sua prestação (polícia, forças
MEIRELLES, Hely Lopes, p. 297. armadas, correio, moeda, etc.).

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17/02/2021

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA


SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA
É o que o Poder Público, reconhecendo a sua utilidade (não
necessidade) para os indivíduos componentes da Por Concessão
sociedade, presta-os diretamente ou por delegação a quem Exploração Serviços Público (rádios, telefonia, jazidas,
deles quiser utilizar-se, mediante remuneração. São transporte público), por meio contratual.
exemplos característicos dessa modalidade os serviços de
Não transfere propriedade, delegada somente a prática da
fornecimento de energia elétrica, água, gás, telefone e outros
atividade pública.
mais.

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SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA


SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA
Por Permissão
De delegação de um serviço ou permissão de uso de um
bem público, com característica de precariedade, em vista
do fato de que ao permissionário não se impõe a
necessidade de dispor de grandes importância para
exercer a atividade. Exemplos: colocação de banca de
jornal, pontos de alimentação.

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SERVIDOR PÚBLICO
SERVIDOR PÚBLICO
São todos os que mantém “com o Poder Público uma relação
de trabalho, de natureza profissional e caráter não eventual, A CF/88 utiliza-se da expressão servidor público, ora para
sob vínculo de dependência”. referir-se apenas à pessoas que prestam serviços com vínculo
MELLO, 2006. empregatício a administração pública direta, autarquias e
fundações, ora em sentido mais amplo, incluindo a
administração pública indireta e, até, as pessoas que prestam
Segundo Aguiar (2012), “servidor público é todo aquele que, serviços sem vínculo empregatício.
mediante vinculação empregatícia, presta serviços ao poder
público, seja à administração centralizada ou à autárquica”

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SERVIDOR PÚBLICO SERVIDOR PÚBLICO

Agente público é toda pessoa física que presta serviço ao


Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta (DI De acordo com Di Pietro (2006, p. 499), são 4 as categorias de
PIETRO, 2006). agentes públicos:

Agente público é todo aquele que exerce função pública, não Agentes políticos;
importando o seu vínculo. Seja de forma temporária ou de Servidores públicos;
forma permanente, remunerado ou não (MARINELLA, 2008). Militares; e
Particulares em colaboração com o poder público.
• Ex. jurado do Tribunal de Júri, Mesário em eleição, etc.

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AGENTES POLÍTICOS AGENTES POLÍTICOS

“Agentes políticos são os componentes do governo, nos seus Regime jurídico do agente político:
primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos
ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação O agente político segue o regime geral
para o exercício de atribuições constitucionais (MEIRELLES, in
DI PIETRO, 2006, p. 500). No entanto podem ser regidos pelo regime estatutário
(estatuto dos servidores).
• Definição ampla: Para Meirelles (2006), são agentes
políticos os chefes de executivo, legislativo, magistratura, Ex. Para os servidores da união é a lei 8.112/90; para a
ministério, etc. Magistratura é a Lei Orgânica da magistratura, etc...
• Mais restrita: Para Celso Antonio Bandeira de Mello
(2011), seriam apenas os chefes de executivo, seus
ministros e secretários, senadores, deputados e vereadores. Sempre que uma lei cuida do regime do agente, diz-se
estatutário.

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SERVIDORES PÚBLICOS SERVIDORES PÚBLICOS

São servidores públicos, em sentido amplo, as pessoas físicas Compreendem:


que prestam serviços ao Estado e às entidades da Os servidores estatutários – sujeitos ao regime estatutário e
administração indireta, com vínculo empregatício e mediante ocupante de cargo público;
remuneração paga pelos cofres públicos (DI PIETRO, 2006, p. Os empregados públicos – contratados sob o regime da
501). legislação trabalhista (celetista, contratual). É ocupante de
emprego público; e
A definição refere-se a servidores estatais e abrange tanto os Os servidores temporários – contratados por tempo
servidores públicos, quanto os das entidades privadas determinado, para atender à necessidade temporária de
prestadoras de serviços públicos. excepcional interesse público (art. 37, IX, CF/88). Exercem
função sem estarem vinculados a cargo ou emprego.

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MILITARES
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO
Militares: Art. 142, caput e § 3º; art. 37, XI, XIII, XIV e XV; ART.
7º VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV; art. 42, §§ 1º e 2º e art.40, §
É um particular, que não perde a qualidade de particular mas,
9º (a partir da EC 18/98, deixaram de ser chamados de
se estiver exercendo função pública, com ou sem
servidores):
remuneração, naquele momento que exerce função pública, é
incluído no conceito de particular em colaboração.
Os militares abrangem as pessoas físicas que prestam serviços
para: Cabe MS em face particular em colaboração - mesário, dono de
• Forças armadas, marinha, exército e aeronáutica; universidade privada, etc.
• Polícia militar e Corpos de Bombeiros Militares (das 3
esferas de governo).

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DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO


DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO
• Emprego: assunto de interesse do direito trabalhista.

Na administração pública todas O direito administrativo se preocupa com cargo e função


as competências são pública, sendo que:
definidas e distribuidas
em 3 níveis • Cargo: é um conjunto de atribuições + responsabilidade +
posto na administração (não é posto físico e sim quadro da
administração). É como se cada servidor tivesse um quadro
Pessoas Jurídicas: órgãos: Servidores Públicos:
União, Ministérios, cargos,
na estrutura da administração. Cada qual ocupa um lugar.
Estados e Secretarias e empregos e • Função: a função é um conjunto de atribuições e
Municípios suas subdivisões funções. responsabilidades, não tem posto, não tem lugar no quadro
da administração.

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17/02/2021

DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO

O art. 37, II, CF/88, exige concurso público para o caso de a) cargo: é a denominação dada a mais simples unidade de
cargo e emprego: poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente.
“II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de
O ocupante de cargo público tem vínculo estatutário (na União
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
foi instituído o regime jurídico único – Lei 8.112/90).
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
em comissão declarado em lei de livre nomeação e Os cargos são criados por Lei, que lhes confere denominação
exoneração”. própria , define atribuições, fixa vencimento ou remuneração.

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DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO


DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO

No caso de Cargo em comissão como ele é cargo baseado


Os CARGOS podem ser efetivos (com concurso, após o numa relação de confiança, também chamado de cargo de
período de estágio probatório), em comissão (sem concurso) confiança, há a dispensa do concurso. (cargo de parente,
ou vitalícios (juízes, promotores, etc), conforme o modo de dorme com e acorda sem).
provimento ou investidura do agente.
Qualquer pessoa pode ser nomeada para o cargo em comissão.
Também existem a classificação em:
Cargo isolado: não há possibilidade de ascensão; Mas, como há uma rotatividade grande destes cargos, o
Cargo de carreira: há plano de ascensão funcional (não é constituinte exigiu que fosse respeitado um mínimo deles para
mudança de carreira e sim de cargo dentro da própria serem preenchidos por servidores de carreira.
carreira).

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17/02/2021

DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO


DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO
c) Função: é o conjunto de atribuições às quais não
b) emprego: expressão utilizada paralelamente a cargo corresponde um cargo ou emprego.
público para designar uma unidade de atribuição, onde o
ocupante do emprego público tem um vínculo contratual, sob
a regência da CLT. A lei não exige concurso público para o desempenho de
função. Os que a exercem o fazem em duas situações:
c.1 - são contratados temporariamente para atender às
Embora a CF, após a EC 19/98 faculte a opção por cargo ou
necessidades emergentes da administração (art. 37, IX), ou
emprego, o STF afirma que só se pode adotar o regime de
emprego para função subalterna e temporária - ADIN 2310, já, c.2 - são ocupantes de função de confiança.
quando exige qualificação técnica ou contratação permanente,
tem que ser regime legal. Apenas b é abarcado pelo art. 38 da CF/88, que dispõe sobre
as garantias em caso de afastamento em virtude de cargo
eletivo.

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DISTINÇÃO ENTRE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO

Função de confiança: art. 37, V, CF/88. direção chefia e


assessoramento. No Brasil, como função tem atribuições e
responsabilidade, mas não tem lugar no quadro, é possível
falar de atribuição de funções, sem emergência, apenas
quando há função de confiança.
Assim, não dá para dar função de confiança a qualquer pessoa,
só para quem tem cargo efetivo.

Função de confiança= cargo efetivo + função


(atrib+resp+posto) + (atrib.+ resp)
Em função do acúmulo da atribuição e responsabilidade, ele
ganha um acréscimo em dinheiro, realizado por meio de
gratificação.

27

7
17/02/2021

Conceito e Objeto da Contabilidade

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Estuda
Ciência
Ponto de
Introdução à Contabilidade Aplicada Vista
ao Setor Público
Controle e PATRIMÔNIO
análise

Prof. Gilvane Scheren, Msc.


Elementos Econômico
e e
variações Financeiro

2021

1 2

Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação


Lei 4.320/1964: Contabilidade x Orçamento Público
• Conceito: ramo da ciência contábil que aplica, no processo
gerador de informações, os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle
ORÇAMENTO CONTABILIDADE
patrimonial de entidades do setor público. (art. 3)

• Objetivo: fornecer informações sobre os resultados


alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade
do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de
tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o
necessário suporte para a instrumentalização do controle social Atos e fatos que se
relacionam diretamente Alterações do
(art. 4).
com o Fluxo Financeiro Patrimônio da entidade
OBJETO
da entidade
• Objeto: Patrimônio Público (art. 5).

3 4

1
17/02/2021

A Contabilidade apoiando o Orçamento


Regime Orçamentário x Regime Patrimonial
O orçamento faz uso das técnicas próprias da contabilidade, mas não utiliza os
critérios, conceitos e regimes contábeis.
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Demonstrações Regime Orçamentário


São técnicas contábeis,
utilizadas segundo  Pertencem ao exercício financeiro:
critérios, conceitos e
regimes As receitas (orçamentárias) nele arrecadadas
orçamentários.
As despesas (orçamentárias) nele legalmente empenhadas

Orçamento Regime Contábil (Patrimonial)

Partidas  As receitas (Variações Patrimoniais Aumentativas) e as despesas


Dobradas Plano de (Variações Patrimoniais Diminutivas) devem ser incluídas na
Contas apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente
de recebimento ou pagamento.

5 6

Técnicas Contábeis

Escrituração
Registro dos fatos que influem na composição patrimonial, em linguagem própria,
com observância aos princípios contábeis. A Garantia da Boa Informação Contábil

Elaboração das Demonstrações Contábeis


Elaboração periódica de relatórios sobre o estado do patrimônio e os efeitos da gestão
administrativa. Contador

Auditoria
INFORMAÇÃO
Emissão de parecer sobre adequação das demonstrações contábeis.

Análise das Demonstrações Contábeis


Interpretação dos demonstrativos.

7 8

2
17/02/2021

A Garantia da Boa Informação Contábil

A Garantia da Boa Informação Contábil Controle Externo

Controle Interno Controle Interno

Contador
Controle Social
Contador

INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO

9 10

O QUE SÃO DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS? Demonstrações Contábeis


Exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela
contabilidade, em determinado período. LEI 4320/64 RESOLUÇÃO LEI N.º 6.404/76

e ANEXOS CFC Nº. 1.133/08 (NBCT


Exercício Social 16.6) Balanço Patrimonial

Balanço Orçamentário
Período base para elaboração das demonstrações. Balanço Orçamentário DRE

Geralmente, tem a duração de 01 (um) ano . Balanço Financeiro


Balanço Financeiro DLPA

Normalmente, coincide com o ano civil. Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial


DFC
Demonstração das Variações Demonstração das Variações
Notas Explicativas Patrimoniais Patrimoniais
DVA
Registram informações complementares necessárias para esclarecimentos da
Demonstração do Fluxo de
situação patrimonial e dos resultados do exercício. Caixa

Demonstração do Resultado
Econômico

11 12

3
20/02/2021

Fundamentos da Lei de Responsabilidade Fiscal


UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Lei de Responsabilidade
Fiscal

Prof. Gilvane Scheren, Msc.

2021

1 2

O que é a Lei de Responsabilidade 1988: A CF prevê edição de Lei


Fiscal? Complementar para fixar os
princípios norteadores das finanças
públicas no Brasil (Art. 163).
Lei Complementar
Conforme estabeleceram os artigos 163 1998: A Emenda Constitucional da
e 169 da CF/88 Reforma Administrativa determina
prazo de 180 dias para que o
L e i nº 101 de 4 de M aio de 2000 Executivo envie projeto.

3 4

1
20/02/2021

M odelo B rasileiro da L R F
O rigens N acionais
O artigo 165, § 9º prevê edição de L e i
Complementar para:

Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência,


os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual - P PA , da lei de diretrizes
orçamentárias - L D O e da lei orçamentária anual
- LOA;

Mo delo misto que conjuga regras fiscais e


Estabelecer normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta
transparência.
bem como condições para a instituição e
L e i nº 4.320/64 foi
funcionamento de fundos.
recepcionada pela C F;
P L P nº 295/2016 em Transparência R egras
tramitação.

5 6

Objetivos da L RF: E q uilíbrio e


A L R F é u m código de Transparência
conduta p a ra o s
“§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a
a d m i n i st ra d o res p ú b li c o s
ação planejada e transparente, em que se previnem
q u e p a ssa m a ob ed ec e r
riscos e corrigem desvios capazes de afetar o
normas e limites p a ra
equilíbrio das contas públicas, ...
a d m i n i st ra r a s f i n a n ç a s,
prestando contas d e
q u a n t o e c om o g a st a m os
rec u rso s d a so c i e d a d e.

7 8

2
20/02/2021

Objetivos da L RF: E q uilíbrio e Objetivos da L RF: E q uilíbrio e


Transparência Transparência
... o cumprimento de metas de resultados entre
receitas e despesas; e a obediência a lim ites e Foco no equilíbrio fiscal intertemporal;
condições no que tange a:
▪ renúncia de rec eita,
▪ geração de despesas com pessoal, da Ajuste fiscal estável e contínuo - não se trata de
seguridade social e outras, ajuste fiscal de curto prazo; e
▪ dívidas consolidada e mobiliária,
▪ operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, Introduz conceitos de responsabilidade e
▪ concessão de garantia e
▪ inscrição em R estos a Pagar.” transparência.

9 10

Princípios da L R F E strutura da L ei de
✓ ✓ Prevenção de déficits excessivos e frequentes, equilíbrio R esponsabilidade Fiscal
entre aspirações da sociedade e os recursos que esta coloca
à disposição do governo;

✓ Limitação da dívida pública a nível prudente, compatível


com receita e patrimônio público, propiciando margem de
segurança para absorção dos efeitos de eventos
imprevistos;

✓ Preservação do patrimônio público em nível adequado;

✓ Adoção de política tributária previsível e estável;

✓ Transparência na elaboração e divulgação dos documentos


orçamentários e contábeis, em linguagem simples e objetiva.

11 12

3
20/02/2021

Receita Co rrente L íquida – R C L


Receita C orrente
com o parâm etro no R G F
Líquida – R C L Art. 2º

13 14

Do P lanejamento Do P lanejamento
C o n stitu iç ão F e deral
✓ PPA - Plano Plurianual
✓ LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias
✓ LOA - Lei Orçamentária Anual

L e i 4.320/64
✓ Direito Financeiro – Normas Gerais
✓ Orçamentos – Elaboração e Controle
✓ União, Estados, DF e Municípios

L e i de R esponsabilidade F iscal
✓ Reforça vínculos entre PPA, LDO e LOA.
✓ LOA compatível com o PPA e LDO
✓ Despesa adequada à LOA e compatível com PPA e LDO

15 16

4
20/02/2021

Da Receita Pública R egras para G eração de D espesa

17 18

Declaração do ordenador de despesa

19 20

5
20/02/2021

21 22

23 24

6
20/02/2021

25 26

D a G e s t ã o P a t r i m on i al

27 28

7
20/02/2021

29 30

8
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
PÚBLICO 1964

Publicação da Lei Federal 4.320/64, que está em vigor até os dias atuais.

A lei substituiu o Código de Contabilidade de 1922, e uma série de


legislações espalhadas na época.

Foi um avanço, mas com algumas ressalvas:


Prof. Gilvane Scheren, Msc.  Focou excessivamente na classificação e estrutura (padronização)
 Trouxe regras de previsão de receita e fixação de despesas ($), sem
foco em planejamento
 Possibilita grande flexibilização durante a execução da LOA

2021

1 2

Aspectos históricos do planejamento no Brasil Aspectos históricos do planejamento no Brasil


Poucos ciclos orçamentários após a LRF:
Municípios: Estados:
PPA 2002-2005; PPA 2006-2009 PPA 2004-2007; PPA 2008-2011
PPA 2010-2013; PPA 2014-2017 PPA 2012-2015; PPA 2016-2019
PPA 2018-2021; PPA 2022-2025 PPA 2020-2023

1988 2000
Promulgação da Constituição Federal. Lei de Responsabilidade Fiscal
• O planejamento é o seu pilar básico
Art. 1º, § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar
•O atual modelo de planejamento no país é criado o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no
• A lei 4320/64 é recepcionada e mantém-se em vigor que tange(...)

•O início é marcado por grandes dificuldades na implantação dos instrumentos


Determinoua Planejamento de Detalhamento do PPAe
de planejamento PPA / LDO / LOA por parte dos municípios
Transparência Resultados LDO

Metas e Compatibilidadeentre
RiscosFiscais PPA/LDO/LOA

3 4

1
Um resumo dasmudanças Fasesdo ciclo de planejamento

Afinal, desde 1964, o que mudou no


Planejamento?
Constituição EC LRF Início da Publicação da NBC TSP
Lei 4.320
Federal 19/98 vigência da 16.3 – Planejamento
O orçamento (LOA) Regrasmais rígidas Portaria 42/99
passou a ser baseado sobre o controle das Fiscalização de

Principais marcos
em um planejamento destinações / fontes Tribunais de Contas A Lei 4320 A Constituição A EC 19/98
inclui o
A LRF define O CFC publica uma
cria a cria o formato do oconteúd norma contábil sobre o
de recursos, além do em meio eletrônico formatação ciclo de conceito de omínimo do PPA planejamento público sob
estabelecido atual da Lei vigent
planejamento eficiência e da o enfoque contábil
aumento em (informatização) Orçamentária e(PPA / LDO no art. 37 LDO
anteriormente (PPA)e vinculações
Anual (LOA) /LOA
)
1964 1988 1998 2000 2002 2008
em um planejamento
Primeiros ciclos de Ciclos orçamentários
fiscal (LDO)

Ciclos
com cobrança eletrônica

PPA
planejamento com o

de
formato atual pelos órgãos de controle
(PPA/LDO/LOA) externo
1988-2001 2002-2005 2006-2009 2010-2013 2014-2017

Aumento da Pressões por Planejamento voltado


Fase orçamentária Fase pós- Fase de
a resultados, com Fase de orçamento-programa

Fases
transparência participação popular tradicional constitucional transição
metas, objetivos e
indicadores

5 6

Osinstrumentos de planejamento noBrasil Prazos

 Os prazos estarão estabelecidosna ConstituiçãoEstadual e na Lei


Orgânica dos Municípios.
“Compatíveis entre si”

PPA
•Conjunto de
programas (e ações) PPA 1º ano do mandato do chefe do Executivo
para 4 anos, com LDO
objetivos e metas a •Priorização dos
serem alcançadas programas e ações
•Planejamento fiscal
LDO Anualmente, normalmente em abril
(metas e riscos)
•Orientação da
LOA
elaboração da LOA •Alocação de LOA Anualmente, normalmente em setembro
recursos para a
execução do
planejamento
CF - § 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
**Para os municípios, além dos três orçamentárias e da lei orçamentária anual;
instrumentos básicos, considera-se ainda (Lei ainda não existente...) .
como instrumento básico de planejamento o 28
Plano Diretor

7 8

2
Iniciativa e trâmite legal
Perda do Prazo

Lei 4320/64, Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo Sanciona e promulga
fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o a lei, podendopropor
Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento Poder Elaboração do
vetos ao texto
vigente. Executivo projeto de lei
aprovado pelo
Legislativo

Discute, altera e Altera ou rejeita os


Poder
aprova do projeto vetos propostospelo
Legislativo de lei Executivo

9 10

9 10

Transparência e participação popular Alguns conceitos básicos para o planejamento

Audiências públicas eletrônicas Programas e ações governamentais


É o instrumento de organização da ação governamental, visando
à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado
por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual (Portaria MPOG
42/99)

Cada programa é composto por AÇÕES necessárias para atingir


os seus OBJETIVOS, sob forma de PROJETOS, ATIVIDADES e
OPERAÇÕES ESPECIAIS, especificando os respectivos VALORES e 55
METAS.

11

11 12

3
Alguns conceitos básicos para o planejamento Os programas

Indicadores X Metas Físicas O Programa é um conjunto articulado de ações (projetos,


atividades, operações especiais e outras ações), estruturas e
Qual é o PROBLEMA
problema ou a Justificativa
potencialidade? pessoas motivadas ao alcance de um objetivo comum;
OBJETIVO
O que fazer? Programa PROGRAMA Esse objetivo é concretizado em um resultado (solução
INDICADORES de um problema ou
Onde chegar? Objetivo Indicadores atendimento de uma demanda da sociedade), expresso pela
PRODUTOS
Produtos evolução de indicadores, possibilitando-se, assim, uma
Como fazer? Ações Metas AÇÕES METAS
Recursos avaliação objetiva da atuação do governo;
RECURSOS Os programas visam conferir maior visibilidade aos resultados
e benefícios gerados para a sociedade, garantindo objetividade
e transparência à aplicação dos recursos públicos.
13

13 14

Os programas Os programas

Requisitos para constituição de programas

• Dar solução a um problema, atender a uma demanda da


sociedade ou ao aproveitamento de uma oportunidade de
investimento
• Compreender um conjunto de ações voltadas para um
objetivo comum
• Permitir a identificação do público-alvo
• Ampliar a base de financiamento do PPA, mediante geração
de receitas próprias ou parcerias
• Ter seu Objetivo explicitado de modo a permitir a
mensuração dos resultados sobre um público-alvo definido,
por meio da variação de indicadores pré-estabelecidos.

15

15 16

4
As Ações

Atividades: Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e


permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de
governo. A classificação como atividade só se aplica a ações financiadas, total ou
parcialmente, com recursos orçamentários.

Exemplo: Remuneração de professores, distribuição de merenda escolar.


PPA – Plano Plurianual
Projetos: Conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um
produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo.
A classificação como projeto só se aplica a ações financiadas, total ou
parcialmente, com recursos orçamentários.

Exemplo: construção de sala de aula, capacitação de professores.

17

17 18

Plano Plurianual Ciclo de planejamento

Análise da Constituição Federal – art. 165, § 1º Elaboração do


próximo PPA

“A lei que instituir o plano plurianual”


Mandato
o PPA deverá ser instituído por Lei, a qual será elaborada pelo 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
do gestor
Poder Executivo e encaminhado para análise e aprovação pelo
Poder Legislativo.
Ciclo do 4º anoPPA
“estabelecerá, de forma regionalizada” anterior 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
PPA
O plano deverá ser elaborado por regiões. Para os municípios,
sobretudo os pequenos, essa divisão pode se tornar um pouco
mais complexa, mas poderá ser adotado o critério de divisão por Novo ciclo
do PPA
zona urbana e rural ou dependendo do tamanho por bairros ou
regiões. LDOx1 LOAx1
LDOx2 LOAx2
“as diretrizes”
LDOx3 LOAx3
Quanto às diretrizes citadas poderão ser identificadas como
orientações, indicações e princípios estratégicos que irão nortear LDOx4 LOAx4
todo o planejamento, que deverão estar alinhados com o programa
de governo da administração atual, pautado em diagnóstico
situacional prévio.

19 20

19 20

5
Conteúdo do projeto de lei do PPA Etapas – elaboração do PPA

•Mensagem do executivo: texto que contém a justificativa e a síntese


dos objetivos que se pretende alcançar durante os quatro anos de
vigência do plano plurianual;
•Texto do projeto de lei: o plano plurianual deve ser aprovado por uma
lei, portanto o projeto de lei acompanha o documento entregue ao
Legislativo;
•Apresentação do plano plurianual: é um texto usado para informar ao
Poder Legislativo sobre os critérios que foram utilizados para elaborar o
projeto, além de traçar um panorama da situação econômico-financeira,
das projeções sobre o desempenho da economia e uma série de outras
informações que devem ser consideradas na elaboração do plano
plurianual, tais como: aspectos de ocupação urbana, impactos
ambientais, ordenação territorial, etc.
• Detalhamento dos programas e respectivas ações previstas para o
período do plano plurianual.

21 22

21 22

PLANO PLURIANUAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


PPA LDO

Consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, de forma a


Corresponde ao plano de médio prazo, por meio do qual se procura ordenar as
adequá-los às diretrizes, aos objetivos e às metas da administração pública
ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para
estabelecidos no plano plurianual.
um período de quatro anos.

Além das disposições constitucionais, LDO deverá dispor sobre:


-equilíbrio entre receita e despesas;
- critérios e forma de limitação de empenho;
- normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados do
programas financiados com recursos dos orçamentos;
- demais condições e exigências para a transferências de recursos a entidades
públicas e privadas.

23

23 24

6
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA

Objetiva viabilizar a realização das ações planejadas no plano


plurianual e transformá-las em realidade.

Deve ser elaborada de forma compatível com o plano plurianual, com


a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da LRF.

25

25 26

PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

Plano Plurianual:
Elaborado no 1º exercício do Chefe do Poder Executivo, para
vigência a partir do 2º ano de seu mandato até o primeiro
ano daquele que lhe suceder.

MANDATO

2021 2022 2023 2024 2025

ELABORAÇÃO VIGÊNCIA ELABORAÇÃO


27

27 28

7
29 30

8
10/09/2021

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA
AO SETOR PÚBLICO – MCASP 8ª EDIÇÃO
(Válido a partir do exercício financeiro de 2019)

Receita Orçamentária PARTE I – Procedimentos Contábeis Orçamentários

Disponível em www.tesouro.gov.br/mcasp

Prof. Gilvane Scheren, Msc. Pré-requisito recomendável:


Noções básicas de contabilidade

2021

1 2

Princípios Orçamentários

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Unidade / Totalidade

Unidade ou Totalidade Legalidade

Universalidade Publicidade
A Lei do Orçamento conterá a A lei orçamentária anual compreenderá:
Anualidade ou Periodicidade Transparência discriminação da receita e despesa de I - o orçamento fiscal
forma a evidenciar a política econômica (...);
financeira e o programa de trabalho do II - o orçamento de investimento
Exclusividade Orçamento Bruto Governo (...). (...);
III - o orçamento da seguridade social
(...).
Não Afetação de Receitas (Art. 2º da Lei nº 4.320/1964) (§5º do art. 165 da CF/1988)

3 4

3 4
10/09/2021

Princípios Orçamentários Princípios Orçamentários

Universalidade Anualidade ou Periodicidade

A Lei de Orçamentos compreenderá A Lei de Orçamento compreenderá O exercício financeiro coincidirá com o Os créditos especiais e extraordinários
todas as receitas, inclusive as de todas as despesas próprias dos órgãos ano civil. terão vigência no exercício financeiro
operações de crédito autorizadas em lei. do Governo e da administração em que forem autorizados, salvo se o
centralizada (...). ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício
(...)

(Art. 3º da Lei nº 4.320/1964) (Art. 4º da Lei nº 4.320/1964) (Art. 34 da Lei nº 4.320/1964) (§2º do art. 167 da CF/1988)

5 6

5 6

Princípios Orçamentários Princípios Orçamentários

Exclusividade Legalidade Publicidade Transparência

A lei orçamentária anual não conterá Leis de iniciativa do Poder Executivo A administração pública direta e indireta São instrumentos de transparência da
dispositivo estranho à previsão da estabelecerão: de qualquer dos Poderes da União, dos gestão fiscal, aos quais será dada ampla
receita e à fixação da despesa. Estados, do Distrito Federal e dos divulgação, inclusive em meios
Não se inclui na proibição: I - o plano plurianual; Municípios obedecerá aos princípios de eletrônicos de acesso público: os planos,
abertura de créditos suplementares II - as diretrizes orçamentárias; legalidade, impessoalidade, moralidade, orçamentos e leis de diretrizes
operações de crédito, ainda que por ARO. III - os orçamentos anuais. publicidade e eficiência (...). orçamentárias (...)

(§8º do art. 165 da CF/1988) (Art. 165 da CF/1988) (Art. 37 da CF/1988) (Art. 48 da LC nº 101/2000)

10

7 8
10/09/2021

Princípios Orçamentários
Sumário
Orçamento Bruto Não Afetação de Receitas 1. Princípios Orçamentários

2. Receita Orçamentária
2.1Conceito
2. Classificações da Receita Orçamentária
[É vedada] a vinculação de receita de
Todas as receitas e despesas constarão impostos a órgão, fundo ou despesa 3. Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime Contábil
da Lei de Orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.
Ressalvadas:
FPM, FPE, FNE, FNO, FCO
4. Etapas da Receita Orçamentária
Recursos para área de saúde e ensino 5. Procedimentos Contábeis Referentes à Receita Orçamentária
Atividades da administração tributária
Garantias a ARO e débitos com a União
3. Fonte / Destinação de Recursos
(Art. 6º da Lei nº 4.320/1964)
(Art. 167, IV, da CF/1988) 1. Conceito
2. Mecanismo de Utilização da Fonte / Destinação de Recursos

10

9 10

Conceito de Ingressos Orçamentários e Extraorçamentários Conceito de Receita Orçamentária

INGRESSOS INGRESSOS
INGRESSOS Pertencem ao exercício financeiro:
ORÇAMENTÁRIOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS I - as receitas nele arrecadadas;
ORÇAMENTÁRIOS II - as despesas nele legalmente empenhadas.
São disponibilidades Representam entradas (Art. 35 da Lei nº 4.320/1964)
de recursos compensatórias (ex: cauções, São disponibilidades
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

retenções de terceiros, etc.) de recursos


São utilizados para

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS
Serão classificadas como receita orçamentária, sob
cobertura de despesas São utilizados para as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas,
cobertura de despesas inclusive as provenientes de operações de crédito,
Pertencem ao
ainda que não previstas no Orçamento.
Estado Pertencem ao
Estado
Transitam pelo (Art. 57 da Lei nº 4.320/1964)
patrimônio Transitam pelo
patrimônio
Aumentam o saldo Ressalvas da lei (Parágrafo único, art. 3º):
financeiro Aumentam o saldo ▪ operações de credito por antecipação da receita;
financeiro ▪ emissões de papel-moeda;
Em regra, estão ▪ outras entradas compensatórias.
previstas na LOA Cofres Públicos Em regra, estão
previstas na LOA

11 12
10/09/2021

Classificação da Receita Orçamentária por Natureza


Base normativa:
C O E D DD D
• Lei nº 4.320/1964, art. 11
Categoria Origem Espécie Desdobramentos para
• Portaria Interministerial STN/ SOF nº 163/2001 Econômica identificação de Tipo
peculiaridades da receita

Obrigatoriedade União LOA 2016


Nova Exemplo: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, código “1.1.1.8.01.1.1”
Classificação da Estados, DF e * LOA 2018
C Categoria Econômica 1 Receita Corrente
NR Municípios *MSC (Envio
Alterações: O Origem 1 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
em 2019)
• Portaria STN/SOF nº5/2015 E Espécie 1 Impostos
*DCA (Envio
• Portaria STN/SOF nº419/2016 D Desdobramentos para 8 Impostos Específicos de Estados/DF Municípios
em 2020)
• Portaria STN/SOF nº1/2017 DD identificação de 01 Impostos sobre o Patrimônio para Estados/DF/Municípios
• Portaria STN/SOF nº1/2018 D peculiaridades da receita 1 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
União SOF
T Tipo 1 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - Principal

Competência Padronização dos 3


para alteração primeiros dígitos Ementário da Receita (Planilha)
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/-/ementario-da-receita-
Estados, DF e orcamentaria
STN
Municípios
17

13 14

Relacionamento do Regime Orçamentário com o Regime Contábil


Categoria Econômica Origem Espécie

(1) Impostos, Taxas e Contrib. Melhoria RECEITA ORÇAMENTÁRIA VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA
(2) Contribuições (VPA)
(1) (3) Receita Patrimonial
ORÇAMENTÁRIA (1) Impostos
CORRENTE (4) Receita Agropecuária (2) Taxas
Corresponde a aumentos na situação
NATUREZA DA RECEITA

(7) (5) Receita Industrial (3) Contribuição de Melhoria


patrimonial líquida da entidade não oriundos
INTRAORÇAMENTÁRIA de contribuições dos proprietários.
(6) Receita de Serviços Pertencem ao exercício financeiro
CORRENTE A Estrutura Conceitual estabelece os conceitos
(7) Transferências Correntes as receitas nele arrecadadas;
que fundamentam a elaboração e a divulgação
(1)Contribuições Sociais (Art. 35 da Lei nº 4.320/1964, inciso I)
(9) Outras Receitas Correntes dos RCPGs, os quais devem ser elaborados com
(2) Contribuições Econômicas base no regime de competência.
(3) Contribuições para Entidades Privadas de (NBC TSP Estrutura Conceitual)
Serviço Social e de Formação Profissional
(1) Operações de crédito
(2) (4)Contribuições para custeio da Iluminação
ORÇAMENTÁRIA (2) Alienação de bens Pública
CAPITAL
(3) Amortização de empréstimos ARRECADAÇÃO COMPETÊNCIA
(8)
INTRAORÇAMENTÁRIA (4) Transferências de Capital
CAPITAL (9) Outras Receitas de Capital
19

15 16
10/09/2021

Etapas da receita orçamentária

Direto / De Ofício (IPVA, IPTU)


Situações de uso da dedução de receita orçamentária
Misto / Por Declaração (ITR) Por
Homologação (IPI, ICMS, IR)
Restituição de tributos
Previsão Arrecadação Recolhimento
recebidos a maior ou
Lançamento
indevidamente.

Metodologia
Unidade de DEDUÇÃO DE Recursos que o ente tenha a
Caixas Bancos
Caixa
RECEITA competência de arrecadar, mas
ORÇAMENTÁRIA que pertencem a outro ente.
Classificação
por NR –
Natureza da
Receita
Renúncia de receita
Destinação:
Livre ou por FR

17 18

17 18

* Não há uma regra definida e


Deduções da receita orçamentária – Restituições ! padronizada para toda a Exemplos de contabilização de restituições
Federação. Assim, cada ente
deve definir sua própria Exemplo 1 – Regra Geral
metodologia (se por dedução Receita R$ 100,00;
Restituição de tributos Dedução da de receita ou por despesa Restituição a ser efetuada no mesmo exercício: R$ 20,00.
REGRA
recebidos a maior ou Receita orçamentária), observando se
GERAL*
indevidamente Orçamentária há legislação específica
Antes da restituição Após a restituição
aplicável ao caso concreto.
Exercício X1 Exercício X1

Restituição de Receita
Despesa Orçamentária
rendas extintas $ 80
Receita
$ 100
Dedução até o limite da receita; o
No mesmo Controle
valor excedente deve ser Dedução da receita
exercício individualizado
registrado como despesa.
Restituição de saldo $ 20
de convênio
No exercício
seguinte
Despesa Orçamentária

20

19 20
10/09/2021

Exemplos de contabilização de restituições Exemplos de contabilização de restituições


Exemplo 2 – Regra Geral Exemplo 3 – Regra Geral
No exercício X1, receita R$ 60,00; No exercício X1, receita R$ 60,00;
No exercício X2, receita R$ 40,00 e restituição referente a receitas do exercício anterior: R$ 30,00. No exercício X2, receita R$ 40,00 e restituição referente a receitas do exercício anterior: R$ 50,00.

Antes da restituição Após a restituição Antes da restituição Após a restituição

Exercício Exercício Exercício Exercício Exercício Exercício Exercício Exercício


X1 X2 X1 X2 X1 X2 X1 X2
Receita Receita Receita Receita
$ 60 Receita $ 60 $ 60 Receita $ 60
Receita
$ 40 $ 40 Dedução
$ 10
Dedução da
da receita
receita $ 40
$ 30
Despesa
$ 10

21 40

21 22

Exemplos de contabilização de restituições


Exemplos de contabilização de restituições
Exemplo 4 – Receitas Extintas
No exercício X1, receita R$ 100,00; Exemplo 5 – Restituição de convênios no mesmo exercício
No exercício X2, não houve receita (extinta) e ainda houve restituição R$ 30,00. No exercício de X1, receita R$ 100,00;
No mesmo exercício (X1), restituição (saldo não utilizado) de R$ 40,00.
Antes da restituição Após a restituição
Antes da restituição Após a restituição
Exercício Exercício Exercício Exercício
X1 X2 X1 X2 Exercício X1 Exercício X1
Receita Receita
$ 100 $ 100 Receita
$ 60
Receita
$ 100
Renda Renda
Extinta Extinta Dedução da receita
$0 $0 $ 40

Despesa
$ 30

23 24

23 24
10/09/2021

Exemplos de contabilização de restituições


Exemplo 6 – Restituição de convênios no exercício seguinte
No exercício X1, receita R$ 100,00 referente ao Convênio A. RENÚNCIA DE RECEITA
No exercício X2, receita R$ 20,00 referente ao Convênio B e restituição R$ 30,00 (saldo não utilizado do Convênio A).
Perdão da multa por infrações cometidas anteriormente à
Anistia
vigência da lei que a concedeu.
Antes da restituição Após a restituição
Perdão da dívida, em determinadas circunstâncias previstas na
Exercício Exercício Exercício Exercício Remissão lei, tais como valor diminuto da dívida, alto custo do
X1 X2 X1 X2 processamento da cobrança, erro ou ignorância escusáveis, etc.
Receita Receita Montante do imposto cobrado na operação anterior.
$ 100 $ 100 Objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não
Crédito presumido
cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção
nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria.

Isenção em
Receita Dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.
Receita caráter não geral
$ 20
$ 20
Alteração de alíquota
Despesa
$ 30 Modificação de Incentivo fiscal por meio do qual a lei modifica para menos sua
base de cálculo base tributável.
25 26

25 26

Imposto de Renda Retido na Fonte Transferências de Recursos Intergovernamentais

Transferências Constitucionais ou Legais:


Pertence aos estados, DF e aos EXEMPLO Despesa
municípios o imposto de renda e os Receita Tributária Orçamentária
proventos de qualquer natureza,
As receitas arrecadadas
1.1.1.3.03.1.0
incidentes na fonte, pagos por eles, suas constam no orçamento do
Imposto sobre a Renda – Retido na
autarquias e pelas fundações que Fonte – Trabalho ente transferidor?
instituírem e mantiverem.
Dedução de
(art. 157, I, e art. 158, I da CF/1988) Receita

Não há de se falar em registro de uma receita de transferência nos Transferências Voluntárias:


estados, DF e municípios,
! uma vez que não ocorre a efetiva transferência do valor pela União. Não há determinação legal Despesa
Necessita de
para transferência Orçamentária
autorização
legislativa

27 28

27 28
10/09/2021

Fonte de Recursos: Origem ou Destinação?


FONTE / DESTINAÇÃO DE
RECURSOS Origem: Fonte de Recursos
Natureza da Receita Visão da Receita: Destinação
OBJETIVOS DA Lei Complementar
CLASSIFICAÇÃO nº 101/2000 (LRF) 23.5% FPM

Art. 8º – Parágrafo único. Os recursos 21.5% FPE


• Evidenciação das fontes de legalmente vinculados a finalidade específica 3% F. Constitucionais
financiamento das despesas; serão utilizados exclusivamente para atender 18% Educação
ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o
• Evidenciação de vinculações ingresso. Saldo: Recursos Livres

Imposto de Renda
Art. 50 – Além de obedecer às demais normas
• Transparência no gasto público de contabilidade pública, a escrituração das
contas públicas observará as seguintes:
80% Seguridade Social
I – a disponibilidade de caixa constará de
registro próprio, de modo que os recursos 20% DRU
vinculados a órgão, fundo ou despesa Cofins
obrigatória fiquem identificados e escriturados
de forma individualizada; 53

29 30

Fonte de Recursos: Origem ou Destinação?


Origem: Fonte de Recursos
Visão da Despesa: Origem Despesas
Natureza da Receita

23.5% FPM

21.5% FPE

3% F. Constitucionais
18% Educação

20% DRU

Saldo: Recursos Livres

Imposto de Renda

80% Seguridade Social

20% DRU

Cofins

31

31
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA O processo licitatório tem por objetivos:
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

I – assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais


vantajoso para a Administração Pública, inclusive no que se refere ao ciclo de vida
do objeto;
LICITAÇÕES II – assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem como a justa
Lei 14.133/2021. competição;

III – evitar contratações com sobrepreço ou com preços manifestamente


inexequíveis e superfaturamento na execução dos contratos;
Prof. Gilvane Scheren, Msc.
IV – incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sustentável.

2021

1 2

3 4

1
5 6

7 8

2
9 10

11 12

3
13 14

15 16

4
17 18

19 20

5
21 22

23 24

6
25 26

27 28

7
29 30

31 32

8
*Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP)

33 34

35 36

9
37 38

39 40

10
41 42

Da Dispensa de Licitação
Da Dispensa de Licitação

43 44

11
Da Dispensa de Licitação Da Inexigibilidade de Licitação

45 46

Da Inexigibilidade de Licitação Da Inexigibilidade de Licitação

47 48

12
Da Dispensa de Licitação Da Dispensa de Licitação

49 50

Da Dispensa de Licitação

Da Dispensa de Licitação

51 52

13
Da Dispensa de Licitação

Da Dispensa de Licitação

53 54

55

14

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