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“PLANEJAMENTO E GESTÃO DE

RECURSOS”
GESTÃO Arts. 6º e 6º-A da
LOAS, item 3 da
PNAS e Art. 1º
da NOBSUAS/2012

Organizada sob a forma de sistema


descentralizado e participativo, denominado
Sistema Único de Assistência Social – SUAS

O órgão gestor da política de assistência social é


o(a):
DEPARTAMENTO/SETOR/SECRETARIA/DIVISÃO
Municipal de Assistência Social
SUAS
Em síntese, este modelo de gestão:
 Preconiza o pacto federativo, com definição de
competências dos entes das esferas de governo;
 Organiza as ações: por Proteção (Básica e Especial),
níveis de complexidade, território, considerando regiões
e porte de municípios;
 Viabiliza o sistema descentralizado e participativo em
todo o território nacional; e
 Propõe a articulação entre os três eixos balizadores dessa
política pública: a gestão, o financiamento e o controle
social.
O SUAS comporta quatro tipos de Gestão:

conforme suas competências (CF


88 e na LOAS, alterada pela Lei
I.- da União 12435 de 2011) assumem
II.- dos Estados; responsabilidades na gestão do
III.- do Distrito Federal; sistema e na garantia de sua
IV - dos Municípios. organização, qualidade e resultados
na prestação dos serviços,
programas, projetos e benefícios
Socioassistenciais.
DECRETO Nº 7.788, DE 15/08/2012
PRINCIPAIS INOVAÇÕES
 Inclusão da possibilidade de aquisição de equipamentos e
material permanente (Art. 4º, Inciso I) e construção e
ampliação dos equipamentos públicos que compõem a rede
socioassistencial (Art. 4º, Inciso II) – Pendente de
regulamentação.

 Introdução da forma como os entes recebedores de recursos


na modalidade fundo a fundo demonstrarão a utilização dos
recursos recebidos (Prestação de Contas), ressaltando o
papel dos Conselhos em cada esfera (Art. 8º) ;

 Inclusão de blocos de financiamento como um novo


regramento de transferência de recursos (Art. 7º);
FINANCIAMENTO
FINANCIAMENTO

Condições necessárias para recebimento de recursos do FNAS

Art. 30 da LOAS - Cumprimento por parte dos Estados, do Distrito Federal e


dos municípios :

a) a constituição do conselho de assistência social;

b) a elaboração do plano de assistência social;

c) a instituição e funcionamento do fundo, com alocação de recursos


próprios
do tesouro em seu orçamento;

d) constituir Unidade Orçamentária para cada Fundo de Assistência Social


nas respectivas esferas de governo contemplando os recursos
destinados às Ações/Serviços de Assistência Social (as parcelas do
cofinanciamento federal, estadual e municipal).
FINANCIAMENTO
 As transferências ocorrem por meio de repasses na modalidade
"fundo a fundo", realizadas pelo Fundo Nacional de Assistência Social
- FNAS aos fundos estaduais, municipais e do Distrito Federal, ou pelo
fundo estadual de assistência aos fundos municipais, de forma
regular e automática, propiciando que os gestores disponham dos
recursos previamente pactuados nas comissões intergestores (CIB e
CIT) e deliberados nos conselhos de assistência social, para o
cumprimento de sua programação de ações e serviços.
FUNDOS DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL
FUNDOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL –
FAS
 Os Fundos de Assistência Social, mais do que uma exigência legal,
são instrumentos fundamentais de gestão dos recursos para a
garantia da oferta de serviços do Sistema Único de Assistência Social -
SUAS.

 Isto torna a estruturação e a organização dos fundos e


consequentemente, oaprimoramento da gestão orçamentária e
financeira, necessidades prementes e um desafio a ser enfrentado pelos
gestores em cada esfera de governo.
INSTITUIÇÃO, ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DOS
FAS de não haver estrutura única recomendável, certas funcionalidades
Apesar
são
aplicáveis a todos os casos:
 Lei de Criação do Fundo;
 Decreto de Regulamentação do Fundo;
ASPECTOS LEGAIS  Inscrever o FAS no CNPJ (IN/RFB nº 1183, de 19.08.2011 e
IN/RFB nº 1143, de 01.04.2011)

Definir o Gestor Ordenador de Despesas e o Gestor


ASPECTOS POLÍTICO- Financeiro;
ADMINISTRATIVOS Subordinar o Fundo à Secretaria de Assistência Social;
Definir equipe do FMAS

Constituir Unidade Orçamentária;


Instituir Unidade Gestora;
Realizar planejamento orçamentário e financeiro;
Realizar programação financeira e fluxo de caixa;
ASPECTOS Realizar execução orçamentária e financeira e contábil
ORGANIZACIONAIS Realizar monitoramento, avaliação e controle;
Prestar Contas ao Conselho em relatórios de fácil
compreensão
Prestar contas ao MDS por meio do Demonstrativo Sintético
Anual de Execução Físico-Financeiro do SUAS
FLUXO DO FINANCIAMENTO DO SUAS
Partilha/ Pactuação (critérios pré-

ACOMPANHAMENTO
ACOMPANHAMENTO EE FISCALIZAÇÃO
estabelecidos)

-- CONSELHO

ACOMPANHAMENTO
ACOMPANHAMENTO PELO

ACOMPANHAMENTO
ACOMPANHAMENTO PELO
CONSELHO DE
Planejamento e Preenchimento do Plano de
Ação.

SOCIAL
SOCIAL
Avaliação do Conselho – Plano de Ação

DE ASSISTÊNCIA
Repasse dos Execução dos

ASSISTÊNCIA
Recursos Serviços

FISCALIZAÇÃO

PELO GESTOR

PELO GESTOR
Prestação de Contas – Preenchimento das

GESTOR ESTADUAL
informações do Demonstrativo

GESTOR FEDERAL
ESTADUAL
Parecer do Conselho

FEDERAL
ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
PELO GESTOR FEDERAL
INSTRUMENTOS DE
PLANEJAMENTO
PPA, LDO, LOA E PMAS(QUADRIENAL)
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

LOA
Plano de
Ação
PLANO DE
ASSISTÊNCIA
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
 O Plano Plurianual – PPA → Estabelece os programas e as metas governamentais de
longo prazo. Atualmente a sua vigência é de 04 (quatro) anos.

 As Diretrizes Orçamentárias – LDO → É um instrumento intermediário entre o PPA e a


LOA. Prevê as prioridades de gastos, as normas e os parâmetros que vão orientar a
elaboração do Projeto de Lei Orçamentária para o exercício seguinte.

O Orçamento Anual – LOA → É um plano de trabalho, indicando os recursos


necessários à sua execução. O orçamento público dos governos das 03 (Três) esferas
compreende a previsão de todas as receitas e a fixação de todos os gastos (despesas). A
sua elaboração é obrigatória e tem periodicidade anual.

 O Plano Municipal de Assistência Social → Organiza, regula e norteia a execução da


PMAS (Política Municipal de Assistência Social) e deve ser aprovado pelo respectivo
Conselho.
PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIAL SOCIAL

Instrumento de Deve ser elaborado a 1- Diagnóstico socioterritorial;


cada 4 anos coincidindo
planejamento com o PPA contemplando:
estratégico que 2- Objetivos gerais e específicos;
contempla
propostas para 3- Diretrizes e prioridades
deliberadas;
execução e o
monitoramento da 4- Ações estratégicas para sua
implementação;
política de
assistência social 5- Metas estabelecidas;
no âmbito do
6- Resultados e impactos
Município esperados;
7- Recursos materiais, humanos e
 Arts. 18 ao 22 da financeiros disponíveis e necessários;
NOBSUAS/2012. 8- Mecanismos e fontes de
financiamento;
9- Indicadores de monitoramento
e avaliação;

10- Tempo de execução.


RELAÇÃO ENTRE AS LEIS ORÇAMENTARIAS

Os programas do PPA têm metas e indicadores quantificados

A LDO explicita metas e prioridades para cada ano

A LOA prevê recursos para sua execução


CRONOGRAMA PPA, LDO E LOA
1º ANO DO MANDATO
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

15/abril - 31/agosto - Projeto do PPA


encaminhar ao +
Legislativo Projeto Encaminhar ao Legislativo Projeto da
da Projeto de LDO LOA

2º, 3º e 4º MANDATO
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

31/agosto – encaminhar ao
15/abril – encaminhar
Legislativo
ao Legislativo Projeto
Projeto de LOA
da
+
Projeto de LDO
Revisão do PPA
MANDATO DO PREFEITO X VIGÊNCIA DO PPA

MANDATO 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano

DURAÇÃO Executa o 1º Ano


2º Ano 3º Ano
DO PPA 4º Ano do Inicia
PPA execução
Anterior do PPA
do seu
governo
CICLO ORÇAMENTÁRIO

O orçamento público percorre


diversas etapas, que se iniciam com
a apresentação de uma proposta ELABORAÇÃO
que se transformará em projeto de
lei a ser apreciado, emendado,
aprovado, sancionado e publicado.
Após esta fase Inicia-se a execução,
quando se observa a realização da
DISCUSSÃO
receita e a execução da despesa, AVALIAÇÃO CICLO / ESTUDO /
ORÇAMENTÁRIO APROVAÇÃO
dentro do ano civil. A última fase
consiste no acompanhamento, no
controle e na avaliação da
execução caracterizada pelo
exercício dos controles interno e
externo. EXECUÇÃO
ORGANIZAÇÃO DO
ORÇAMENTO ANUAL
Três tipos de Orçamentos Distintos:

•O orçamento fiscal;
•O da seguridade social (com fontes tributárias
exclusivas que garantem o financiamento das
políticas da seguridade: saúde, previdência social
e assistência social), e
•O orçamento de investimentos de empresas
estatais. Esses orçamentos integram a LOA (Lei
Orçamentária Anual).
Orçamento Público

 O orçamento público é o compromisso do governante


com a sociedade para a execução de políticas públicas.
Por meio dele, todos os cidadãos podem visualizar onde,
quando, como e por quanto será realizada uma obra ou
fornecido um serviço.

Por exemplo, para que um Centro de Referência


de Assistência Social (CRAS) seja construído, os
técnicos remunerados e a limpeza realizada, é
preciso que haja antes a previsão detalhada do
que será feito e de quanto será gasto. Esta
previsão é expressa no texto do orçamento
público.
Princípios Orçamentários

 ...“os princípios orçamentários visam estabelecer


regras básicas, a fim de conferir racionalidade,
eficiência e transparência aos processos de
elaboração, execução e controle do orçamento
público”. (Caderno de Gestão Financeira e
Orçamentária do SUAS)
Princípios Clássicos

 Art. 47. Constituem princípios do orçamento público:


 I - anualidade: o orçamento público deve ser elaborado pelo período
de um ano, coincidente com o ano civil;
 II - clareza: o orçamento público deve ser apresentado em linguagem
clara e compreensível a todos;
 III - especialidade: as receitas e as despesas devem constar de maneira
discriminada, pormenorizando a origem dos recursos e a sua aplicação;
 IV - exclusividade: o orçamento público não deve conter matéria
estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvadas as
exceções legais;
 V - legalidade: a arrecadação de receitas e a execução de despesas
pelo setor público devem ser precedidas de expressa autorização
legislativa;
 VI - publicidade: deve ser permitido o amplo acesso da sociedade a
todas as informações relativas ao orçamento público;
Princípios Clássicos

 Art. 47. Constituem princípios do orçamento público:


 VII - unidade: o orçamento público deve ser elaborado
com base numa mesma política orçamentária,
estruturado de modo uniforme, sendo vedada toda forma
de orçamentos paralelos;
 VIII - universalidade: todas as receitas e despesas devem
ser incluídas na lei orçamentária;
 IX - equilíbrio: o orçamento público deve possuir
equilíbrio financeiro entre receita e despesa;
 X - exatidão: as estimativas orçamentárias devem ser tão
exatas quanto possível, a fim de se dotar o orçamento da
consistência necessária, para que possa ser empregado
como instrumento de gerência, programação e controle;
Princípios Clássicos

 Art. 47. Constituem princípios do orçamento público:


 XI - flexibilidade: possibilidade de ajuste na execução do
orçamento público às contingências operacionais e à
disponibilidade efetiva de recursos;
 XII - programação: o orçamento público deve expressar o
programa de trabalho detalhado concernente à atuação
do setor público durante a execução orçamentária;
 XIII - regionalização: o orçamento público deve ser
elaborado sobre a base territorial com o maior nível de
especificação possível, de forma a reduzir as
desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
Princípios MODERNOS

 Princípio da Simplificação
Pelo princípio da simplificação, o planejamento e o orçamento devem
utilizar elementos de fácil compreensão.
 Princípio da Descentralização
Segundo este princípio, é preferível que a execução das ações ocorra no
nível mais próximo de seus beneficiários. Com essa prática, a cobrança
dos resultados tende a ser favorecida, dada a proximidade entre o
cidadão (beneficiário da ação) e a unidade administrativa que a executa.
 Princípio da Responsabilização
Conforme o princípio da responsabilização, os gerentes/administradores
devem assumir de forma personalizada a responsabilidade pelo
desenvolvimento de um programa, buscando a solução ou o
encaminhamento de um problema.
E OS OUTROS PLANOS???
Plano de Ação Federal, PMAS Web e Planos de
Trabalho
A grande generosidade está em lutar para que, cada
vez mais, essas mãos, sejam de homens ou de povos,
se estendam menos em gestos de súplicas.
Súplica de humilde a poderosos.
E vão se fazendo, cada vez mais, mãos humanas,
que trabalham e transformam o mundo.

(Paulo Freire, Caderno PAIF Vol. 2 , pag. 97)

Obrigada!

Luciana Francisca da Silva dos Santos

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