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PROPÓSITO
Compreender os conceitos teóricos e práticos de levantamentos topográficos planimétricos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 1
MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS
O objetivo da planimetria é a representação em planta dos pontos no terreno. Tal
representação é feita a partir de uma projeção ortogonal das coordenadas dos pontos. Por
essa razão, é necessário determinar as distâncias entre os pontos no terreno e os ângulos
entre os alinhamentos formados pelos pontos.
EXEMPLO
As observações de distâncias podem ser tomadas de duas formas e são classificadas em:
Medida indireta de distância
Foto: Shutterstock.com
TRENA:
instrumento muito conhecido com comprimento que pode variar de 20 a 100 metros. Existem
trenas compostas por materiais mais simples e aquelas com materiais de baixa
dilatação/deformação, como a trena feita com material de fibra de vidro.
Foto: Shutterstock.com
PASSO:
o passo de uma pessoa é aferido ao medir determinada distância no plano, a passo e em
unidades de metros. Trata-se de um método prático, rápido e barato que serve, por exemplo,
para fins de levantamento de reconhecimento do terreno.
Foto: Shutterstock.com
HODÔMETRO:
trata-se de um aparelho adaptado à roda de um veículo que registra o número de voltas dadas
em um percurso.
ATENÇÃO
PIQUETES
São utilizados para marcar os pontos a serem medidos no terreno. São fabricados em madeira,
geralmente com seção quadrada e com a superfície plana. Eles são marcados na sua parte
superior com tachinhas de cobre ou pregos e sua dimensão é de aproximadamente 15 a 30 cm
de comprimento por 3 a 5 cm de diâmetro.
ESTACAS
TESTEMUNHAS
São confeccionadas em madeira e em tamanho maior que o piquete. São utilizadas para
facilitar a localização dos piquetes, indicando a sua posição aproximada.
BALIZAS
Utilizadas para manter o alinhamento na tomada de medidas entre os pontos. São construídas
em ferro ou madeira e possuem dimensão aproximada de 2 m de comprimento por 20 mm de
diâmetro.
NÍVEL DE
CANTONEIRA
Trata-se de um bastão equipado com bolha circular de nivelamento que permite manter a
baliza na posição vertical sobre o piquete para a tomada horizontal da medida de distância.
Imagem: Allcomp.com.br
GROSSEIROS
Causados, geralmente, por negligência do operador e não são passíveis de correção. Como,
por exemplo, erro na medição da altura do aparelho, engano na contagem de lances da trena,
erro na anotação de um valor.
SISTEMÁTICOS
São aqueles que em condições de igualdade repetem-se sempre com a mesma magnitude e
sinal, o qual pode ser positivo ou negativo. É caracterizado como um erro acumulativo durante
o levantamento e é passível de correção e/ou eliminação, seja a partir de modelos matemáticos
ou de técnicas de observação.
ALEATÓRIOS OU ACIDENTAIS
São inerentes ao processo de medidas e ocorrem ora num sentido, ora em outro. Este tipo de
erro não pode ser vinculado a uma fonte específica ou causa conhecida.
SAIBA MAIS
Para compreender o conceito de acurácia, tomemos como exemplo o caso do atirador ao alvo,
como exemplificado na figura a seguir.
O caso B apresenta baixa dispersão e também baixa tendência em relação ao valor central do
alvo. Neste caso, pode-se dizer que é acurado.
O caso C apresenta alta dispersão (não preciso) e alta tendência, ou seja, não é acurado.
As fontes de erros nas medidas diretas de distância são: catenária e tensão, desvio vertical e
desvio lateral. Vejamos cada uma delas:
CATENÁRIA
É a curvatura que a trena faz em função do seu peso.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
f – Flecha da catenária
d – Comprimento da trena
TENSÃO
As tensões aplicadas nas extremidades da trena dificilmente se mantêm uniformes, o que
ocasiona variação na flecha catenária.
DESVIO DA VERTICAL
Ocorre em função da distância medida não ser perfeitamente horizontal. Pode ser calculado a
partir da seguinte equação:
2
ΔH
C =
2di
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
di – Distância inclinada
DESVIO LATERAL
É o erro cometido quando o balizamento não é observado com precisão. Pode ser calculado a
partir da seguinte equação:
2
ΔH
C =
2dH
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
dH – Distância horizontal
A qualidade das medidas diretas de distância depende, principalmente, dos acessórios a serem
utilizados e dos cuidados durante a operação, tais como:
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
GARANTIA DE HORIZONTALIDADE DA TRENA.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
ATENÇÃO
Neste caso, é necessário realizar cálculos com as medidas efetuadas em campo para se obter
indiretamente o valor da distância.
TEODOLITO
MIRA VERTICAL
O método taqueométrico se baseia nas propriedades dos triângulos semelhantes e nas leituras
dos fios estadimétricos sobre miras.
FIOS ESTADIMÉTRICOS
As miras estadimétricas são réguas graduadas com valores de centímetros, onde cada espaço,
branco ou preto (figura a seguir), corresponde a um centímetro. Os decímetros são indicados
ao lado da escala centimétrica.
EXEMPLO
(di )
di = k(F s − F i)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
k é a constante estadimétrica multiplicativa, geralmente, fornecida pelo fabricante do
Teodolito.
A distância horizontal
(dH )
2 2
dH = di . sen (Z) ou dH = di . cos (V )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
Z - O ângulo zenital
V - O ângulo vertical.
MEDIÇÃO DE ÂNGULOS
Dadas duas direções quaisquer, a medida angular horizontal entre elas é feita por meio do
ângulo diedro, formado por dois planos verticais que contêm, respectivamente, as direções em
questão:
Medidas de direções.
α = leituravante − LeituraRé
α = αA − αB
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Quando se efetua uma operação de leitura de ângulos, o círculo (limbo) do Teodolito deve estar
situado à esquerda do operador, o que permite que os ângulos sejam observados na Posição
Direta (PD). Ao inverter a luneta com giro horizontal e vertical de 180º, o círculo ficará
localizado do lado direito do operador e os ângulos observados serão dados na Posição
Inversa (PI). Desta forma, ao realizar observações de ângulos em um mesmo ponto nas
posições PD e PI, obtém uma diferença de 180º entre as leituras PD e PI.
Exemplo de leituras em PD e PI (α PD
º.
− αP I = 180 )
180 º
, o que não ocorre devido aos erros de colimação e de pontaria. No caso em que
(α
PD
− α
PI
) < 0 º, soma-se
360 º
ao valor obtido.
COLIMAÇÃO
Nome dado ao alinhamento entre lentes e/ou espelhos em componentes ópticos, com
intuito de direcionar os raios de luz da melhor maneira.
AZIMUTE E RUMO
Nos levantamentos topográficos, medem-se ângulos e distâncias, cujo objetivo é determinar as
coordenadas dos pontos/vértices. Os pontos são representados pelas coordenadas
retangulares planas
(XeY )
ou
(E, N )
P1
P2
P2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
AZIMUTE MAGNÉTICO
AZIMUTE VERDADEIRO
É obtido a partir do Norte representado pela projeção das coordenadas UTM em um mapa.
O rumo é o menor ângulo formado entre o Norte ou o Sul até o alinhamento na direção do
ponto visado, partindo da esquerda ou da direita e variando de 0º a 90º.
ATENÇÃO
1º Q:
Az1 = R1
2º Q:
Az2 = 180 º − R2
3º Q:
Az3 = 180 º + R3
4º Q:
Az4 = 360 º − R4
.
EXEMPLO 1
Dadas as coordenadas planas entre dois pontos, é possível calcular o rumo e azimute a partir
de:
ΔN
) , onde ΔE = E2 − E1 e ΔN = N2 − N1
RESOLUÇÃO
O primeiro passo que precisamos dar é o de calcular o ponto azimutal por meio da análise de
quadrante:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ΔN
)
∣
∣
ΔN
)+180 º
ΔN
)
∣
∣
Azimute e contra-azimute.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
Os ângulos vertical ou zenital são utilizados para transformar a distância inclinada em distância
horizontal e esse procedimento é chamado de redução de distância ao horizonte.
Ao utilizar o Norte magnético, tem-se o azimute magnético e no caso do Norte verdadeiro, tem-
se o azimute verdadeiro. O azimute de quadrícula ou plano é obtido a partir do Norte
representado pela projeção das coordenadas UTM.
MÓDULO 2
APRESENTAR OS CONCEITOS
ENVOLVIDOS COM A ESTAÇÃO TOTAL
MEDIDAS ELETRÔNICAS DE DIREÇÕES
As medidas de ângulos e distâncias são essenciais na Geodésia e na Topografia. Estas
medidas podem ser realizadas a partir de taqueometria que envolve observações às miras
graduadas. A partir do desenvolvimento de instrumentos eletrônicos para medir distâncias, a
tarefa de medir ângulos e distâncias pode ser feita com a Estação Total.
GEODÉSIA
SAIBA MAIS
Micro-ondas são dificilmente absorvidas pela atmosfera e permitem realizar medida de grandes
distâncias (50 km ou mais). Contudo, os efeitos de umidade na refração da onda são grandes,
o que pode deteriorar os resultados.
Imagem: Shutterstock.com
O primeiro MED foi desenvolvido pelo físico sueco Erick Bergstrand, em 1948, e foi
denominado geodímetro (geodetic distance meter) (TORGE, 2001). Resultou das tentativas de
melhorar os métodos para medir a velocidade da luz. Ele transmite laser com modulação de
frequência entre 15 e 50 MHz. Esse equipamento foi capaz de medir distâncias de até 60 km
em dias claros com acurácia de mais ou menos
−6
(10. . . 15 mm + 2 × 10 s).
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em 1956, o telurômetro foi construído pelo sul-africano T. L. Wadley (TORGE, 2001). Este
medidor de distância era baseado em micro-ondas. A estação emitia uma onda portadora (λ =
8 mm até 10 cm) modulada (modulação de frequências entre 7,5 e 150 MHz), a qual era
retransmitida pelo transponder ativo (receptor e transmissor). Com esse equipamento, foram
obtidas medidas de distâncias de até 70 km ou mais com acurácia de mais ou menos
−6
(10. . . 15 mm + 3 × 10 s).
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Os medidores geodímetro e telurômetro eram caros e não portáteis (pesados) para operações
de campo, o que requeria longos procedimentos de medição. Além disso, as reduções
matemáticas para obter distâncias consumiam muito tempo.
VOCÊ SABIA
QUANTO À FINALIDADE
QUANTO À FORMA
Ópticos-mecânicos ou eletrônicos.
QUANTO À PRECISÃO
A NBR 13133 classifica os Teodolitos segundo o desvio padrão de uma direção observada em
duas posições da luneta, conforme a tabela a seguir:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
O Teodolito/Estação Total é composto pelos eixos horizontal, vertical e eixo de colimação (ver
figura abaixo). Os três eixos básicos devem manter as seguintes relações entre si:
Esquema de um Teodolito
A Estação Total pode ser considerada como uma composição de Teodolito eletrônico (medida
angular), com distanciômetro eletrônico (medida linear), a qual possui um processador para
cálculos matemáticos. A partir de observações realizadas em campo, como ângulos e
distâncias, a Estação Total permite obter outras informações, como, por exemplo:
OPERAÇÕES DE CAMPO
Imagem: Allcomp.com.br
Exemplo de um tripé utilizado nas operações de campo.
MEDIDA ANGULAR
α = Lc − Lb
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
RETÍCULOS VERTICAIS
O caso de leituras de pares conjugados consiste na leitura em posições direta e inversa (LPD
e LPI) (ver figura abaixo). Faz-se a leitura em posição direta nos pontos B e C (1ª e 2ª leituras)
e, em seguida, inverte-se a luneta da Estação Total para posição PI, fazendo-se a 3ª leitura em
C e 4ª leitura com retorno ao ponto B.
O ângulo α, nesse caso, permite eliminar erros sistemáticos e pode ser calculado por:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXPORTAÇÃO DE DADOS
O grande problema que se enfrenta é que cada fabricante de Estação Total define seu formato
proprietário, não sendo possível exportar os dados em um único formato conhecido.
Felizmente, os aplicativos de Topografia permitem fazer a leitura dos dados da maioria das
Estações Totais existentes no mercado.
DICA
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Geodímetro e telurômetro.
D) Ótico-mecânico e astronômico.
E) Modulador e eletrônico.
A) Analógico e digital.
B) Calantes e nivelantes.
C) Apoio e vertical.
GABARITO
A Estação Total pode ser considerada como uma composição de Teodolito eletrônico (medida
angular) com distanciômetro eletrônico (medida linear).
2. As leituras de ângulos com a Estação Total podem ser feitas nos seguintes modos:
As leituras de ângulos podem ser feitas no modo simples e por pares conjugados. Para realizar
as medidas angulares, é necessário realizar tais medidas em pares.
MÓDULO 3
APRESENTAR OS MÉTODOS DE
LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, em maio de 1994, a NBR13133
que fixa as condições para execução de levantamentos topográficos. Desta forma, todo
profissional ligado a esse campo de atividade deve consultar as especificações da NBR13133.
Essa norma especifica as seguintes fases do levantamento:
Apoio topográfico;
Levantamento de detalhes;
Cálculo e ajustes;
Desenho topográfico;
Relatório técnico..
O vértice de apoio topográfico se torna ideal quando suas coordenadas estão vinculadas ao
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), o que pode ser realizado atualmente com o auxílio dos
levantamentos por GPS (Global Positioning System).
O uso de coordenadas UTM para os pontos de apoio é sugerido pela NBR13133 como forma
de facilitar o controle de levantamentos topográficos. Contudo, a norma também permite a
aplicação de sistemas locais com origem arbitrária, podendo estar orientado para o Norte
magnético.
SAIBA MAIS
VOCÊ SABIA
A coordenada UTM significa Universal Transversa de Mercator. Tal unidade utiliza sistema de
coordenadas cartesianas bidimensional para expressar as localizações na superfície da Terra.
POLIGONAÇÃO
Uma poligonal constitui-se de uma série de alinhamentos consecutivos dos quais a extensão e
a direção são medidas em campo. A poligonação ou método de caminhamento consiste em
ligar consecutivamente os alinhamentos entre uma série de pontos que formam uma poligonal.
O operador percorre a poligonal inteira medindo ângulos e distâncias, com o objetivo de
determinar as coordenadas (X e Y ou E e N) dos pontos.
Aberta;
Fechada;
Enquadrada
Existe ainda a determinação de pontos por irradiação e por métodos de interseção para os
casos de pontos inacessíveis.
POLIGONAL ABERTA
A poligonal aberta é quando o ponto final não está “amarrado” em um ponto de coordenadas
conhecidas. Na figura a seguir, o levantamento parte de um par de coordenadas conhecidas
(ponto com símbolo de triângulo fechado) e termina em um ponto com coordenada
desconhecida (ponto com símbolo de círculo fechado).
ATENÇÃO
Esse tipo de poligonal não permite a verificação dos erros de fechamento angular e linear.
Para calcular as coordenadas dos pontos no exemplo acima, é necessário calcular os azimutes
AzB−P 1 , Azp1−p2 e AzP 2−P 3 :
AzB−p1 = Az
A−B
+ α
A−B
± 180 º
Az
p1−p2
= Az
B−p1
+ α
1
± 180 º
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O azimute inicial AzAB pode ser calculado a partir das coordenadas conhecidas dos pontos A
e B.
A fórmula geral para o cálculo de azimutes na poligonal é dada pela soma do azimute anterior
com o ângulo interno lido no ponto
±180 º
Az
i
= Az
i−1
+ α ± 180
i
º
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
De posse dos azimutes calculados, pode-se obter as coordenadas dos pontos a partir de:
E = E + d . sen(Az )
p1 B B−P 1 B−P 1
N = N + d . cos(Az )
p1 B B−P 1 B−P 1
E = E + d . sen(Az )
p3 p2 P 2−p3 P 2−p3
N = N + d . cos(Az )
p3 p2 P 2−p3 P 2−p3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A fórmula geral para o cálculo das coordenadas é dada pela soma das coordenadas do ponto
anterior com o seno ou cosseno do azimute:
E = E + d . sen(Az )
pi pi−1 (P i−1)−pi (pi−1)−P i
N = N + d . cos(Azi )
pi pi−1 (P i−1)−pi (pi−1)−P i
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
POLIGONAL FECHADA
A poligonal fechada é onde os pontos inicial e final são coincidentes e com coordenadas
conhecidas, formando uma figura fechada. Permite a verificação dos erros de fechamento
angular e linear.
DICA
O cálculo das coordenadas dos pontos na poligonal fechada é realizado conforme apresentado
no caso da poligonal aberta, com a diferença que o último ponto coincide com o ponto inicial,
o qual possui coordenadas conhecidas.
Dessa forma, de posse das coordenadas conhecidas e das calculadas, é possível obter o erro
de fechamento linear. O mesmo ocorre para o erro de fechamento angular, o qual pode ser
obtido a partir da diferença do azimute final calculado e do azimute inicial conhecido.
POLIGONAL ENQUADRADA
Assim como no caso de poligonal aberta, não é possível verificar erro de fechamento angular e
linear no ponto de irradiação. Contudo, suas coordenadas são calculadas a partir da poligonal
ajustada ou compensada.
AJUSTE E FECHAMENTO DE POLIGONAL
Para o cálculo da poligonal, obtêm-se primeiramente os azimutes e as coordenadas provisórias
dos pontos a partir de:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
AZIMUTE:
COORDENADAS PROVISÓRIAS:
(eα )
n
eα =(AzF − AzI )−(∑
i=1
α − k. 180 ) º
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
AzI e AzF – Referem-se aos azimutes inicial e final, respectivamente;
n
∑
i=1
α - É a somatória dos ângulos internos observados;
n + 2
n + 1
n − 1
ou
n − 2
, onde
eα
Cα =
n
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
eα – É o erro de fechamento angular obtido na equação anterior;
Os valores de
Cα
(eL )
a partir de:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
E
e =(EF − EI )− ∑ ΔE
L
N
e =(NF − NI )− ∑ ΔN
L
2 2
T E N
e = √(e ) + (e )
L L L
E
e
E L
C = . dh
L ∑ dh
N
e
N L
C = . dh
L ∑ dh
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
LEVANTAMENTO DE PONTOS
INACESSÍVEIS
O levantamento de pontos inacessíveis é realizado a partir do método de interseção de visadas
a partir de pontos com coordenadas conhecidas. A interseção à vante direta ou simples
consiste em determinar o ponto C a partir dos pontos A e B com coordenadas conhecidas,
como exemplificado a seguir:
Interseção à vante.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CÁLCULOS INICIAIS:
EB −EA
AzA−B = Arctg(
NB −NA
) (Analisar quadrante)
γ = 180 º −(α A + αB )
αA
αB
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A
E = EA + dA−C . sen(AzA−C )
C
A
N = NA + dA−C . cos(AzA−C )
C
sen ( αB )
dA−C =
sen ( γ )
. dA−B (pela lei dos senos)
AzA−C = AzA−B − αA
B
N = NB + dB−C . cos(AzB−C )
C
sen ( αa )
dB−C = . dA−B (pela lei dos senos)
sen ( γ )
∣E A − E B ∣≤ δ
∣ C C
∣
∣N A − N B ∣≤ δ
∣ C C
∣
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
a partir de:
A B
E +E
C C
EC =
2
A B
N +N
C C
NC =
2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Outros métodos de interseção conhecidos são a interseção à ré ou recessão e interseção
lateral, que seguem procedimentos de cálculos similares ao caso aqui apresentado de
interseção à vante.
CÁLCULO DE ÁREAS
A área do polígono pode ser calculada a partir de processo mecânico, analítico e
computacional.
Foto: shutterstock.com
PROCESSO MECÂNICO
Foto: shutterstock.com
PROCESSO ANALÍTICO
PLANÍMETRO
O cálculo da área de poligonais pode ser realizado, por exemplo, a partir do cálculo da área de
trapézios formados pelos vértices da poligonal (fórmula de Gauss). Dado um conjunto de
coordenadas xi e yi de um polígono com n pontos, a fórmula para o cálculo da área é escrita da
seguinte forma:
n n
∑ ( yi .xi+1 ) − ∑ ( xi .yi+1 )
i=1 i=1
A =
2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A partir da equação acima pode-se facilmente efetuar o cálculo da área montando-se uma
tabela com as coordenadas dos pontos, tomando o cuidado de repetir a coordenada do
primeiro ponto no final da tabela, e multiplicando-se como representado a seguir.
Tabela: Cálculo da área pelo método de Gauss. / Elaborada por Haroldo Antonio Marques.
∑ 1−∑ 2
A =
2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
DESENHO DE LEVANTAMENTOS
TOPOGRÁFICOS
Os desenhos devem ser realizados em folhas com formato padrão seguindo as Normas ABNT
(NBR) para desenho técnico.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
As dimensões das folhas da série denominada de “A” são apresentadas na tabela abaixo.
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela: Dimensões das folhas tipo A. / Elaborado por Haroldo Antonio Marques.
Imagem: Shutterstock.com
ATENÇÃO
A folha de desenho deve conter espaços para desenho, texto e legenda. De acordo com a NBR
10068 (ABNT 1987), a legenda deverá ter 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e
175 mm nos formatos A1 e A0.
PLANTA
CARTAS
MAPAS
As escalas podem ser representadas na forma gráfica ou numérica. A fórmula para o cálculo
da escala é dada por:
d
E =
D
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
d – É o tamanho no desenho
D – É o tamanho no terreno
DICA
Para saber qual será a escala da planta, calcula-se a escala utilizando a maior distância na
direção E e a maior distância na direção N. Então, escolhe-se a menor escala obtida.
EXEMPLO 2
Tomemos, como exemplo, um terreno que mede 200 x 500 m e deverá ser representado em
folha de desenho com dimensão de 40 x 40 cm. Qual a escala a ser utilizada?
RESOLUÇÃO
d 0,40 1
E1 = = =
D 200 500
d 0,40 1
E2 = = =
D 500 1250
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
VOCÊ SABIA
Imagem: Norma Técnica para georreferenciamento de imóveis rurais. INCRA, 2003. p.35.
Modelo de planta para representação no georreferenciamento de imóveis rurais.
A utilização de softwares de Topografia e CAD fornece alto ganho produtivo e resultados com
melhor qualidade. Estes realizam cálculos de coordenadas, área de polígonos e outros, além
de permitir a representação de informações em diversas camadas, hachuras, diversificação de
símbolos etc.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
1. As poligonais são classificadas como:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos, inicialmente, sobre os conceitos de levantamentos topográficos planimétricos,
envolvendo o processo de medição de distâncias na forma direta e indireta e a medição de
ângulos. Vimos que as observações podem ser feitas em PD e PI, na forma simples ou
conjugada. Os conceitos de rumo, azimute e contra-azimute foram apresentados, bem como as
equações necessárias para os cálculos.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10068: Folha de
desenho - Leiaute e dimensões: Padronização. Rio de Janeiro, 1987.
EXPLORE+
Veja como Monico et al. trata a questão dos conceitos de precisão e acurácia de forma
detalhada no artigo Acurácia e precisão: revendo os conceitos de forma acurada.
CONTEUDISTA
Haroldo Antonio Marques
CURRÍCULO LATTES