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l . Ele revela: "... homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito
Santo."(ll Pe 1.21)
3. Ele fala: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:" (ap 2.7)
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5.Ele testifica de Jesus: "...o Espírito da verdade, ...dará testemunho de mim;"
(Jo
15.26)
EU — "E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três
homens te buscam. Levanta-te, pois, desce, e vai com eles, não duvidando;
porque eu os enviei" (At 10.19,20).
Ele - "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo"
(Jo
16.8)
Aquele — "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito" (Jo 14.26)
Outro — "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre" (Jo 14.16)
Esse — "..O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas..."(Jo 14.26).
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1. Os atributos divinos atribuídos ao Espírito Santo.
ONIPRESENÇA: "Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da
tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no Sheol a minha cama, eis que
tu ali estás também. Se tomar às asas da alva, se habitar nas extremidades do
mar, até ali a tua mão me guiará e tua destra me susterá" (SI 139.1-5). A
palavra onipresença deriva-se de dois vocábulos latinos "omnis", que
significa "tudo" e "praesum" que significa "estar próximo ou presente". Ele
pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo sem se dividir, e
nem ocupar espaço; porém, sua presença tanto pode ser passiva como ativa:
* Presença passiva: E o poder de estar em todos os lugares, contemplando
todas as coisas sem se manifestar, ou se fazer presente (PV 15.3).
* Presença ativa: E quando sua presença se manifesta e se torna visível, e isso
só acontece onde Deus é invocado em espírito e em verdade (Jo 4.23; Is 57.14,
15; Ap 4.1-10; I Ci 3.16).
ONISCIÉNCIA: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e
não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que
o amam. Porém Deus no-las revelou pelo seu Espírito porque o Espirito
penetra todas as coisas, ainda às profundezas de Deus. Porque, qual dos
homens sabe as coisas do homem, seoào o espírito do homem, que nele
está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus" (l co 2.9-11). A palavra onisciente deriva-se também de dois
vocábulos latinos: "omnis" que signitica "tudo" e "scientia" que significa
"conhecimento". Deus sendo Espírito perfeito, tem conhecimento perfeito,
total pleno de tudo, passado, presente e futuro. Deus tem conhecimento de
todas as coisas, de eternidade em eternidade. Esse conhecimento abrange os
mínimos detalhes (SI 139.7-10; At 15.18; Rm 1 1.36; 1 co 2.10).
l . Deus entende tudo (SI 147.5)
2. Deus esquadrinha tudo (Ap 2.23)
3. Deus conhece tudo (IS 46.9-13)
4. Deus sabe tudo (Jó 37.16).
ONlPOTÊNCIA: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do
Altíssimo te envolverá com a sua sombra" (LC 1.35). Os vocábulos
"omnis" e "potentia" juntos significam "todo o poder", ambos foram
transliterados para "onipotência" que, como atributo da divindade, é o
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poder ilimitado para fazer tudo o que quiser. Só Deus pode dizer como
disse a Abraão: "Eu sou o Deus todo Poderoso..." (Gn 17.1). Ver também
a) Onipotência moral: Deus é tão poderoso que não pode praticar o mal
e sim só a justiça.
b) Onipotência física: Deus e seu poder criador criou os céus e a terra. (Gn
1.1; Jr 32.17) Deus sustenta todas as coisas criadas (Hb 1 .3; SI 135.5,6)
c) Onipotência espiritual: Deus como ser auto-existente, subsiste por si só, e
possui todo poder espiritual, para fazer o que bem lhe aprouver, no mundo
espiritual, inclusive punir e julgar as hostes do mal (Ap 20.1-3; 20.10).
b) No Novo Testamento
(At 28.25,27) "E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo
Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por
intermédio do profeta Isaías, quando disse: Porquanto o coração deste povo
se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os
olhos, para que
jamais vejam, netn ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o
coração, e se convertam, e por mim sejam curados." Isaías diz que foi a
voz do Senhor, contudo Paulo afirma que foi o Espírito Santo.
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3. A Deidade do Espírito Santo também é revelada através das suas
ações e obras realizadas.
O Espírito Santo é Deus: "Disse então Pedro: Ananias, por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo... ? Não
mentiste aos homens, mas a Deus" (At 5.3-4). O que você observou neste
texto? No versículo 3. Pedro, falando a Ananias, acusou-o de haver
mentido "ao Espírito Santo ", e no versículo 4, diz que mentiu "a Deus".
Logo o Espírito Santo é Deus.
O Espírito Santo é o co-autor da Criação: "Quando envias o teu
Espírito, são criados, e renova a face da terra" (SI 104.30). Ver
também (SI 33.6).
O Espírito Santo participou na criação do homem: "O Espírito de
Deus me fez e a inspiração do Todo Poderoso me deu vida". (Jó 33.4)
cf. (Gn 1.26).
Usamos o termo Deus trino, para designar o monoteísmo composto de Deus, que se
manifesta em três pessoas em um só Deus. (Jo 1.1; At 5.4-5; Ef4.4-6; I Jo 5.20).
I.Espírito de Deus: Isto significa que o Espírito Santo tem íntima relação
com o Pai, no que concerne ao nosso bem estar espiritual e a nossa segurança.
"Não sabeis que o Espírito de Deus habita em vós?" (I co 3.16). Encontramos
este nome também no início da Bíblia, associado diretamente à criação, onde
nos é dito: "0 Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2). Em
outras passagens das Escrituras, aparece também este nome, ligado
diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração humana: (Gn 6.3;
Jó 33.4; SI 104.30; Rm 8.2; etc). O Espírito Santo, como Espírito de Deus,
representa a onipotência de Deus, que tudo criou e tudo pode fazer.
2.0 Espírito de Cristo: Este nome está relacionado com a obra redentora de
Cristo na cruz do calvário por amor a nós. Desde os tempos mais remotos, o
Espírito Santo vinha "testificando os sofrimentos que a Cristo havia de vir e a
glória que se lhe havia de seguir" (II Pe 1.11). Esta é uma das razões por que
Ele é chamado O ESPÍRITO DE CRISTO. Ele acompanhou todos os passos,
atos e palavras de Cristo em sua missão divina a favor dos homens.
3.Espírito Santo : Em algumas partes da Bíblia, o Espírito é chamado de
"o Espírito" (I Jo 3.24; I C02. IO). Entretanto, ao abrirmos o Novo
Testamento encontramos o Espírito Santo imediatamente com este nome,
e daí por diante em cada seção tópica ou temática, o nome que lhe é dado
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com freqüência é "Espírito Santo". A ênfase, aqui, recai sobre a
santidade. O nome indica a sua natureza "Vós sereis batizados com
Espírito Santo...." (At 1.5). Até a evidência central da ressurreição de
Cristo aconteceu "segundo o Espírito de santificação" (Rm 1.4). Esta é,
portanto, a natureza do seu Ser e a extensão de sua obra santificadora.
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4.Refrigério: O vento movimenta e refresca os homens, amenizando o calor do sol.
O Espírito Santo opera de idêntica maneira, movendo os crentes, tanto coletiva como
individualmente, trazendo o refrigerado senso da presença de Deus. O vento também
alimenta o fogo, o que simboliza uma ação simultânea do Espírito Santo. O vento é a
atmosfera em movimento e tem caráter permanente, o que ensina que o Pentecostes
deve continuar como um movimento até o dia do arrebatamento (At 2.1-4). Esta é a
vontade de Deus.
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representa o Brasil, porém não é o Brasil. (o verde = as matas; o amarelo o ouro; o
azul= o céu; o branco= a paz).
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Na Palavra de Deus, o óleo aparece como um símbolo do Espírito Santo. Era usado nas
solenidades de unção e consagração de profetas, sacerdotes e reis (Ex 30.30; LV 8.12; I
Sm 10.1; 16.13; I RS 1.39) Era usado no ritualismo do Antigo Testamento,
correspondendo à operação real do Espírito Santo na vida do crente na atual
dispensação.
a)Aplicação simbólica do azeite: (LV 14.17)" do restante do azeite que está na mão, o
sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o
polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito, em cima do sangue da
oferta pela culpa;
I .Na orelha habilitação para ouvir a voz de Deus. "Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espirito diz às igrejas... "(Ap 2.17)
2)Na mão, habilitação para o trabalho de Deus "..não por força nem por poder, mas pelo
meu Espírito, diz o Senhor..."(Zc 4.6)
3)No pé, habilitação para andar nos caminhos do Senhor. ..andai no Espírito... "(Gl
5.16).
4)No rosto, brilho da alegria espiritual (SI 104.15) "...com o rosto desvendado...somos
transformados, de glória em glória...pelo Senhor, o Espírito " (II co 3.18). 5)Azeite em
outras vasilhas ( II RS 4.4-6). Bênção para outras pessoas (Rm 5.5). Nas feridas (LC
10.34) símbolo de restauração pelo Espírito Santo (LC 4.18).
b)Composicão e uso especial do óleo: Era proibido fabricar outro óleo com a
mesma composição (Ex 30.32,33). Ninguém pode imitar o Espírito Santo.
Era proibido usar o óleo sagrado para fins particulares. O Espírito Santo não pode ser
usado. Ele usa os servos de Deus (Ex 30.31,32)
d)Para servir eficientemente, "...Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo
e com poder..."(At 10.38) "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo... "(At I .8). Jesus foi ungido para realizar completa e eterna salvação. O crente é
ungido para pregar a salvação eterna com todos os seus benefícios
e) Para enxergar perfeitamente. "Aconselho-te que de mim compres... colírio para
ungires os olhos, afim de que vejas"(Ap 3.18).
f)Para comunicar conhecimento espiritual "vós possuís unção que vem do Santo, e
todos tendes conhecimento " (I Jo 2.20)
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g)Para confirmar em Cristo "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e
nos ungiu é Deus " (II co 1.21)
O óleo era usado para alimentar, iluminar, lubrificar, curar as enfermidades,
suavizar a pelo, para lavar, etc. Da mesma maneira o Espírito Santo alimenta,
ilumina, lubrifica, cura suaviza a alma, lava os nossos corações. Glória te damos
Senhor pelo dom do Seu Espírito Santo.
1. Em José no Egito.
Quando o Espírito Santo tem liberdade de açào em cima de um servo de Deus, pode
habilitá-lo para os maiores empreendimentos.
-Capacidade para revelar mistérios: Sonhos com profundos significados
deixaram Faraó, rei do Egito, " ..de espírito perturbado...mas ninguém havia
que lhos interpretasse " (Gn 41.8). Os temores de Faraó foram confirmados
quando José, pelo Espirito de Deus, interpretou-lhe os sonhos, revelando que
a poderosa nação egípcia esta à margem de uma crise sem paralelo.
-Sabedoria para administrar: Q quem Faraó iria encontrar capaz de tão
importante tarefa? A pergunta do rei foi: " . acharíamos, porventura, homem
como este, em quem há o Espirito de Deus? " (Gn 41.38).
2.Em Moisés.
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-Autoridade para liderar: Não há setor algum das atividades da igreja em que
não seja importante a orientação e ajuda do Espírito Santo. Através dos 5
primeiros livros da Bíblia encontramos várias vezes Moisés envolvido pela
glória de Deus. Liderou a libertação do povo hebreu cativo no Egito. Após a
libertação do povo hebreu, Moisés os liderou por cerca de 40 anos no deserto.
-Sabedoria de Moisés: Moisés nunca foi esquecido pelo povo israelita. Este foi
o resultado da sabedoria com que foi dotado pelo Espírito de Deus para
comunicar as leis e mandamentos do Altíssimo.
3.Em Bezaleel.
-Sabedoria e inteligência e de ciência: Deus capacitou através de Seu Espírito,
Bezaleel para inventar coisas, trabalhar em ouro, prata, e em cobre. Lavramento
de pedras preciosas, madeira, e acima de tudo a capacidade de ensinar. O
egoísmo não provém do Espírito de Deus, nem mesmo quanto ao saber. O
Espírito Santo ensina a uns e os usa para ensinarem a outros.
4.Nos 70 anciãos.
Em (Nu 11.16, 17) "Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos
anciãos...Entâo, descerei e ali falarei contigo; tirarei do Espírito que está sobre ti e
porei sobre eles: e contigo levarão a carga do povo..." Qual era a carga do povo que
Moisés carregava? Era ser como juiz em suas causas. Orientar o povo na maneira
de agir, como cumprir os estatutos e mandamentos que Deus havia dado para o
povo hebreu. Seria como Moisés sendo Presidente da República e os 70 anciãos
como governadores.
5. Em Josué.
-Comandante de um exército: ele veio a substituir a Moisés para a conquista da
Terra Prometida, usando estratégias dada pelo Espírito Santo.
-Liderança do povo hebreu, que após a morte de Moisés recai sobre Josué,
lembre-se que ele foi um dos 12 espias mandados para ver como era a Terra
Prometida e somente Josué e Calebe, que não murmuraram.
6.Sobre os juízes.
Vários foram os juízes do Antigo Testamento, falaremos de alguns:
Gideào: "Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão... (Jz 6.34). Resultado
maravilhoso livramento do poder dos midianitas.
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Jefté: "Então, o Espírito do Senhor veio sobre Jefté... " (Jz 1 1.29). Resultado
venceu os amonitas e libertou Israel.
Otoniel: ' 'Veio sobre ele o Espírito do Senhor, e ele julgou a Israel... a terra
ficou em paz durante 40 anos... ' .
Sansão: "Então o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele...."(Jz 14.6,
19; 15.14).
7.Sobre Reis.
a)Saul: Em (I Sm 10.6) " O Espírito do Senhor se apossará de ti, e profetizarás.... "
Saul foi inspirado pelo Espírito a incitar Israel e Judá contra os amonitas. O
resultado foi uma grande vitória sobre os inimigos de Deus.
b)Davi: Davi foi indicado como sucessor de Saul, para reinar sobre Israel.
"...e daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi... "(I Sm
16.13). Guiou o povo de Israel para o caminho de sucesso, triunfando contra
todos os seus inimigos. Embora jovem na idade, tinha idéias amadurecidas e
atitudes elevadas. Davi sempre teve a certeza de que era o Espírito de Deus
que o guiava, e quando Davi pecou implorou a Deus que não retirasse dele o
Espírito Santo.
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A inspiração nunca deve ser entendida como uma mera capacidade da
inteligência humana. A inspiração assegura-nos que cada palavra na Bíblia
representa os pensamentos do Espírito. Isto é provado pelas declarações feitas
na Bíblia em (II Sm 23.2,3; Jr 1.9), e também pelo fato de os próprios profetas
terem estudado seus próprios escritos, para saberem o que relatavam (I Pe l .
10-12). A palavra "inpiração" enfatiza que as Escrituras vieram de Deus.
1. A concepção de Cristo.
O Espírito de Deus preparou o corpo humano do Salvador no ventre de Maria (Mt
1.18-20).
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I . Dar um sinal da completa satisfação do Pai através do Filho (Mt 3.17; SI
45.7) 2. Dar um sinal para as pessoas (Jo 1.32-34; 6.27) João reconheceu que
Cristo tinha o poder do Espírito Santo (Jo 3.34)
3. Equipar a Cristo com poder para o serviço (Is 61.1-4)
4. A tentação de Cristo
Foi o Espírito Santo quem conduziu Jesus a ser tentado (Mt 4.1; Mc 1.2).
7. A glorificação de Cristo.
"Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando
Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que
isto lhe fizeram". A ressurreição de Cristo foi coroada com a sua glorificação,
com a glória que Ele possuía antes que o mundo existisse.
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VI - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO CRENTE.
O Espírito Santo sendo um ser divino habita no crente, que por sua vez é o
templo do
Espírito Santo (I co 3.16). Nesta lição você vai estudar o ministério do Espírito
no
crente, em caráter individual. Não iremos abordar o batismo com o Espírito Santo
neste tópico, pois o mesmo será tratado a parte na próxima lição.
l. A procedência do Espírito Santo: A doutrina do Espírito Santo no Novo
Testamento apresenta-o como procedendo do Pai. Jesus, referindo-se Ele disse:
"Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito
da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;" (Jo 15.26). 2. A
regeneração no crente: "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo
sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo, " (Tt 3.5). A palavra "regeneração" nesta passagem é
"paligenésia", e significa "nascer de novo". Ela descreve a comunicação de uma
nova vida, e foi exatamente o que Jesus disse a Nicodemos: "...Em verdade, em
verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus..... quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus."
(Jo 3.3-5b). Portanto é de suma importância que se pregue à palavra ( a água que
purifica), se quisermos que o Espírito possa produzir no coração do pecador o
milagre do novo nascimento.
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como no Novo Testamento. Note a diversidade de operações no ministério de
Eliseu registrado em (II RS 4.34-35). O próprio Senhor Jesus com a diversidade
de operação no seu ministério, usando o dom da sua palavra, da saliva, tocando
com as suas mãos, através de suas vestes etc. Paulo, através dos dons
espirituais, curava de forma que até lenços e aventais de uso pessoal dele eram
levados e colocados sobre os enfermos, e estes eram curados (At 19.12). A
Bíblia nos mostra que a diversidade de operação, pode se manifestar através
das mãos, da palavra, da unção com óleo, etc... Quando um obreiro do Senhor
se torna flexível a voz do Espírito Santo suas orientações no momento de se
realizar uma obra, esta manifestação será dada a ele para a glória de Deus.
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A interpretação mais aceita, é de que o fogo do vrs. I I indique a obra
purificadora do Espírito Santo na vida dos arrependidos. Já o fogo do vrs. 12
simbolizam o fogo do juízo sobre a classe dos não arrependidos, visto que João
pregando sua mensagem a duas classes de pessoas, os arrependidos e os não
arrependidos. "Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província
adjacente ao Jordão; eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus
pecados, E, vendo ele muitos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu
batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mt 3.8-9).
b.O Senhor Jesus: Jesus não somente predisse, mas também prometeu que
enviaria o Espírito Santo de modo especial. "Lu rogarei ao Pai e ele vos dará
outro Consolador...o Espírito de verdade" (Jo 14.16-17). Cristo depois de
ressuscitar disse aos seus discípulos: "Permanecei em Jerusalém até que do alto
sejais revestidos de poder" (LC 24.49). E mais: " .vós sereis balizados com o
Espírito Santo não muito depois destes dias" (At 1.5). A mesina promessa fi)i
ratificada pelo Salvador, momento antes de sua ascensão para o céu: "Receberei
poder ao descer sobre vós o Espírito Santo" (At 1.8).
3. O CUMPRIMENTO DA PROMESSA.
I. No dia de Pentecostes.
"De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a
casa onde estavam assentados. E apareceram distribuídas entre eles, línguas
como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do
Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes
concedia que falassem" (At 2.1-4). Não apenas os discípulos de Jesus estavam
ali. Homens e mulheres, até mesmo Maria, mãe de Jesus receberam a plenitude
do Espírito naquele momento (At 1.14-15). O impacto que sofreu os discípulos
com a morte de Jesus, o domínio da versão de que os discípulos O tinham
roubado do túmulo, seriam o suficiente para levá-los a abandonarem a tarefa de
continuar pregando o evangelho. Mesmo crendo que Jesus ressuscitou de fato,
fariam como muitos em nossos dias, que "tudo sabe" e nada fazem. Foi o Espírito,
a provisão divina, para os discípulos desanimados, cumprirem o ide de Jesus.
A transformação de vidas de tantos homens, nos numerosos milagres que
distinguiram a Igreja primitiva, o poder com que pregavam o evangelho, e a
rapidez com que o difundiam através do mundo, eram o resultado da provisão
sobrenatural do Espírito Santo.
O Espírito Santo proveu os crentes do primeiro século do Cristianismo, de tudo
quanto necessitavam para o desempenho da obra evangelizadora do mundo. Os
milagres pelos primitivos cristãos, à vista das multidões, constituíram as
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credenciais divinas para o ministério de fazer cristo conhecido como, Aquele que
morreu e ressuscitou para salvação de todo que O aceitar pela fé.
conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma
certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os
adversários". (Hb 10.26,27; Jz 16.20). O rei Davi, após cometer o terrível
pecado de adultério, e tendo sido co-autor de um homicídio, clamou a Deus:
"Não me lances fora d tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo"
(SI 51.11). Perder o Espírito significa perder a salvação. Para não perdermos a
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salvação devemos continuar ligados à videira verdadeira. Leiam (Jo 15.6; Cl
1.23; I co 15.2; Hb 2.3; 3.14; 10.38;
1 Jo 1 .7 .
13. Quais são os propósitos do batismo no Espírito Santo.
a) poder para testemunhar (at 1.8)
b) poder para ganhar almas (At 3.6)
c) poder para curar enfermos (At 2.41)
d) poder para sofrer por Cristo (At 7.55)
e) poder para triunfar sobre as hostes malignas (Ef 6.12)
f) poder para orar mais eficazmente (Ef 6.18)
g) poder que conduz aos dons espirituais (I co 12.4).
14. Quais as atitudes que devem ser tomadas para receber o batismo com o
Espírito Santo
I . arrependendo-se (at 2.38)
2. Crendo (Gl 3.2); a fé é a convicção pela qual o homem recebe quando de Deus
(Hb
1 1.6; Tg 1.6-8).
3. Pedindo (LC 11.13)
4. Orando (LC 18.1)
5.Tendo sede (SI 143.6)
6.Obedecendo At 5.32).
7.Mantendo um coração limpo e sensível ao Espírito Santo (Jo 13.10).
8.Por imposição de mãos (At 8.14-17).
9.Tendo atitude de louvor e adoração a Deus em Espírito e em verdade (Jo 4.23;
16.14).
VI - DONS ESPIRITUAIS.
Um dos assuntos mais importantes no Novo Testamento são as
manitz•stações dos dons espirituais, como ferramenta de trabalho, para o
desempenho do ministério da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo, em (I co 1 2), descreve a igreja como o corpo de Cristo e
afirma que os crentes são membros desse corpo. Com diferentes dons,
providos de Deus, pelo Espírito Santo, do mesmo modo com os membros do
corpo humano têm diferentes funções para diversos propósitos.
3. Exegese de (1 co 13.8-13)
I. Perfeito: Esta palavra, usada no vrs. IO (no grego telos) contêm a idéia do
fim do objeto consumado. Portanto quando se chegar à consumação, tudo que
é parcial será aniquilado. E o cânon parcial, isto é, Antigo Testamento, quando
foi completado (telos) pelo Novo Testamento, não foi aniquilado. Portanto o
perfeito não é o cânon no Novo Testamento.
2. Quando: O quando do vrs. IO (no grego hotan = no tempo que, naquele tempo),
não tem o mesmo significado do quando do vrs. I I .
3.Quando: o quando do vrs I l . (no grego hóte — enquanto) refere-se há um tempo
indefinido. Este versículo é parentético. Introduz uma idéia suplementar.
4. Agora: A palavra agora aparece duas vezes no vrs. 12 (no grego arti),
refere-se a um agora que já passou? Ou, o agora da epístola ainda é para nós
hoje, ou era apenas para a época do escritor? O perfeito ainda não tinha chegado
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para o escritor naquele momento (agora), mas já chegou para nós hoje? A
resposta é não, pois o agora deste versículo não é o mesmo do vrs. 14. O agora
do vrs. 13 (no grego nune) não é temporal. O agora, do vrs. 12, para o escritor
ainda é agora para nós. Ainda hoje (agora no presente) vemos, como em
espelho, pois o perfeito ainda não havia chegado para o escritor. e nem chegou
para nós hoje.
5. Então: esta palavra usada duas vezes no vrs.12 (no grego tóte), esta em
conexão com o quando o vrs. I O. Portanto se refere ao mesmo instante daquele.
Quando. "Então (tóte) veremos... e então (tóte) conhecermos... quando (hótan)
vier o que é perfeito.
6.Conhecer: Este verbo aparece três vezes no vrs. 12. A primeira ocorrência
..agora conheço em parte..." é tradução do verbo gnóskô, que significa conhecer.
As duas ocorrências seguintes utilizam o prefixo epi antes do verbo "...então
conhecerei...(epi gnóskó) como também (epi gnóskô).." portanto temos a seguinte
tradução "...então conhecerei plenamente como sou plenamente conhecido.. Se o
perfeito já tivesse chegado então deveríamos hoje conhecer plenamente os
mistérios de Deus, mas ninguém ousaria dizer que hoje (agora) conhece
plenamente a Deus e seus mistérios, como é plenamente conhecido por Deus (Gl
4.9). Podemos ter pleno conhecimento da verdade (II Tm 2.25), mas não o pleno
conhecimento da pessoa de Jesus Cristo. O pleno conhecimento da verdade indica
o conhecimento de "toda" a verdade e não "todo" o conhecimento da verdade. E
um conhecimento numérico e não proporcional. Em outras palavras, podemos
conhecer um pouco sobre todas as verdades (conhecimento numérico), mas não
conhecemos tudo (conhecimento proporcional) sobre todas as verdades, ainda
que todas elas sejam uma só. O conhecimento pleno da Pessoa de Jesus Cristo é
um processo contínuo na vida do cristão, que só terá fim quando vier o que é
perfeito (Jo 17.3-26; FP 3.10; Os 6.3). Mas o que é perfeito? É a ressurreição
quando por ocasião do arrebatamento veremos Jesus face a face e quando seremos
perfeitos como Ele é (I Jo 3.2; FP 3.1 1-16; I Pe 1.8,9).
Em todo o Novo Testamento não há nenhum texto que afirme, de forma clara ou
obscura, que os dons cessaram. A manifestação dos dons espirituais deve ser
pura e exata, desassociada de adivinhações, prognósticos, agouros e feitiçarias
(Dt 18.9-14), e deve ocorrer exatamente como foi prevista (Dt 18.21). O fato de
um sinal ocorrer não indica que a fonte seja realmente divina, por isso é também
necessário que o sujeito (o profeta ou sonhador) que anunciar algum sinal, seja
uma pessoa idónea, espiritual, cuja mensagem seja autêntica e de acordo com a
palavra de Deus (Ex 13. l3,4).
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Dons de Revelação Dons de Poder Dons Verbais
Palavra da sabedoria Dons de cura Profecias
Palavra do conhecimento Fé Variedades de línguas
Discernimento de Espírito Operação de milagres Interpretação de línguas
Tem a ver com o Tem a ver com o realizar Tem a ver com o falar
conhecer sobrenaturalmente sobrenaturalmente.
sobrenaturalmente
Estes dons poderiam ser chamados de "os sentidos da Igreja". Assim como o
homem tem cinco sentidos através dos quais ele entra em contato com o mundo
ao seu redor, de igual modo à igreja recebeu estes nove sentidos para entrar em
contato com o mundo espiritual. Os dons espirituais são tão essenciais para o
crescimento e proteção do corpo de Cristo como os cinco sentidos o são para o
corpo humano.
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No Novo Testamento este dom de Deus se manifesta de maneira ampla,
notadamente no ministério. Ele causou admiração nas pessoas por: l)Sua
sabedoria. 2) Suas obras poderosas (Mt 13.54). Porém também podemos ver
manifestações desse dom no Antigo Testamento, como por exemplo:
Na vida de José (Gn 41.28-40)
Na vida de Salomão (I RS 3.16-28)
Em Daniel (Dn 2.28-30)
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Jesus também prometeu aos seus seguidores: "porque eu vos darei boca e
sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer... "(LC 21.15) A razão ,
disse o Mestre: "Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as
cousas que deveis dizer" (LC 12.12).
Palavra da Sabedoria é, portanto, a participação da infinita sabedoria de Deus, dada
a conhecer através da instrumentalidade de um crente, para a solução de problemas.
O dom de discernir espíritos é uma dotação especial dada pelo Espírito Santo,
para saber qual é o espírito que está operando, pois o vocábulo discernir significa:
"ver o oculto", com o propósito de proteger, guardar, guiar o rebanho do Senhor.O
apóstolo João nos dá um bom conselho: "Amados, não creiais a todo o espírito,
mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo" (I Jo 4.1). Os espíritos podem ser testados pelos seus frutos
(IVIt 7.16-20). É vital que os servos de Deus saibam discernir quais são os
espíritos que estão sendo expressos, e se uma mensagem provém do Espírito
Santo ou não. Segundo o apóstolo Paulo, toda profecia deve ser avaliada quanto
ao seu conteúdo. Isso demonstra que a profecia nos tempos do Novo Testamento
não eram infalíveis sendo passíveis de correção (I Jo 4. I ).
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação de falsos
mestres e profetas aí presentes. O profetizar o falar em línguas estranhas ou a
manifestação de algum dom sobrenatural não é a garantia de que alguém é um
genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por
Satanás. (Mt 24.24) "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão
grandes sinais e prodígios que, se possívelfora enganariam até os escolhidos "
Se a igreja não julgar com decência e com ordem as profecias, ela deixará de
seguir as diretrizes bíblicas. O sentido etimológico da palavra é literalmente,
"julgar perfeitamente". Em relação às açóes puramente naturais dos homens, isto
significaria simplesmente habilidade natural, mas para julgar os espíritos
precisamos ser ajudados por Deus.
Sua função: A igreja é assediada pelo poder das trevas. O seu inimigo é o
...espírito que agora atua nos filhos da desobediência..." (Ef 2.2). ele tambénn
domina a mente e o corpo das pessoas incrédulas, suscetíveis às influências de
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espíritos maus e demónios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar os
obreiros desprovidos de discernimento espiritual. Pedro anunciou a Simão, o
mágico, descobrindo a condição do seu coração imperfeito. Simão lograra
enganar os crentes com sua aparente piedade, mas fi)i desmascarado diante da
manifestação do dom de discernir. Paulo discerniu que Elimas era "filho do
Diabo" e, com palavra de autoridade lhe impôs o julgamento de Deus (At
13.612). Outra vez, em Filipos, a moça possessa de um espírito de adivinhação
seguia Paulo e Silas, gritando "...estes homens são servos do Deus Altíssimo..."
mas Paulo desmascarou o demónio, um inimigo disfarçado, e expulsou-o (At
16.16-18). Podemos ver também este dom no ministério do Senhor Jesus, Ele
conhecia os pensamentos dos judeus (Mc 9.4; Mt 12.25; LC 6.8; etc). Discerniu
que havia um espírito "imundo" no homem; que havia na verdade, uma legião
inteira (LC 9.42), isto aconteceu muitas vezes no ministério do Senhor Jesus (MC
5.5-13; Lc 4.18-37).
Muitos cristãos, atualmente estão visivelmente desapercebidos quanto a
fatos do reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do
povo de Deus, cheia do Espírito Santo a origem de qualquer manifestação
sobrenatural. Somos avisados pela palavra do Senhor de que estes tempos
são caracterizados por uma tremenda influência sobrenatural, satânica.
Predominarão as falsas doutrinas propagadas pela sedução de espíritos
demoníacos (I Tm 4. l). Também os dias de tribulação serão marcados por
milagres de Satanás ( II Ts 2.9; Ap 13.14).Além disto as Escrituras nos advertem
que, antes do arrebatamento, muitos poderão ficar impressionados com
operações satânicas sobrenaturais, que enganarão se possível até os escolhidos
(Mt 13.22).
É claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode
agir, O Espírito Santo o espírito humano ou o espírito do mal. O dom de
discernimento de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera.
Toda profecia deve ser avaliada quanto ao seu conteúdo. Isso demonstra que a
profecia nos tempos do Novo Testamento não era infalível sendo passível de
correção. Um exemplo que a profecia e o falar em línguas não procedem de Deus
(I Jô 4.1) " Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são
de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação através de
falsos mestres e profetas aí presentes. O profetizar o falar em línguas estranhas
ou a possessão de algum dom sobrenatural não é garantia de que alguém é um
genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por
Satanás. (Mt
24.24) " Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes
sinais e prodígios que, se possível fora enganariam até os escolhidos.
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(II Ts 2.9-12) "A esse cuja segunda vinda é segundo a eficácia de Satanás,
com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo engano da
injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade 'para
se salvarem. E por isso
Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam
julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.
Se a igreja não julgar com decência e com ordem as profecias, ela deixou de
seguir as diretrizes bíblicas.
O sentido etimológico da palavra é, literalmente, "julgar perfeitamente". Em
relação às ações puramente naturais dos homens, isto significaria simplesmente
habilidade natural, mas para julgar os espíritos precisamos ser ajudados por
Deus.
Discernimento é atributo de Deus pelo qual Ele conhece absolutamente todas as
coisas e tem autoridade para julgar. Por esse poder e conhecimento, Deus pode
julgar todas as coisas com retidão e justiça.
Sua função: a igreja é assediada pelo poder das trevas. O seu inimigo é o
"...espírito que agora atua nos filhos da desobediência... " (Ef 2.2). Ele também
domina a mente e o corpo das pessoas incrédulas, susceptíveis às influências de
espíritos maus e demónios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar os
obreiros desprovidos de discernimento espiritual.
(At 8.23) Pedro anunciou a Simão, o mágico, descobrindo a condição do seu
coração imperfeito. Simão lograra enganar os crentes com sua aparente piedade,
mas foi desmascarado diante da manifestação do dom de discernir.
Paulo discerniu que Elimas era "filho do Diabo"e, com palavra de autoridade lhe
impôs o julgamento de Deus (At 13.6-12). Outra vez, em Filipos, a moça
possessa de um espírito de adivinhação seguia Paulo e Silas, gritando: -estes
homens são servos do Deus Altíssimo... mas Paulo desmascarou o demônio, um
inimigo disfarçado, e expulsou-o (At 16.16-18).
Muitos cristãos, atualmente, estão visivelmente despercebidos quanto a fatos do
reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do povo de Deus,
cheia do Espírito Santo, a origem de qualquer manifestação sobrenatural. Somos
avisados pela palavra do Senhor, de que estes tempos são caracterizados por uma
tremenda influência sobrenatural, satânica. Predominarão as falsas doutrinas
propagadas pela sedução de espíritos demoníacos ( I Tm 4.1). Também os dias
de tribulação serão marcados por milagres de Satanás (II Ts 2.9; Ap 13.14). Além
disto, as Escrituras nos advertem que, antes do arrebatamento, muitos poderão
ficar impressionados com operações satânicas sobrenaturais, que enganarão se
possível, até os escolhidos (Mc 13.22).
E claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode agir. O
Espírito Santo, o espírito humano ou o espírito do mau. O dom de discernimento
de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera.
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Algumas edições da Bíblia é designada como parte do fruto do Espírito que é
precisamente a crença que nos constrange à fidelidade a Deus (Gl 5.22,23). E
evidenciada praticamente pela submissão a Deus e pela prática das boas obras
ou pela obediência a Deus (LC 17.5-10; Tg 2.14-26).
c) Fé dom do Espírito Santo.
Além da fé natural e fé comum, há também a fé como dom do Espírito. E este assunto
que você vai estudar em seguida.
Em certo sentido, toda fé é dom de Deus, mas há a fé sobrenatural. Pode partir do nível
natural, exceder os limites do comum a todos os homens, tornar-se mais e mais
poderosa mediante as bênçãos recebidas como resposta às orações e chegar ao ponto
alto da definição bíblica "...fé é a certeza de cousas que se esperam..." (Hb I . I A fé
tem dimensões indefinidas. A Bíblia fala de:
- fé pequena (Mt 14.31)
-fé crescente (II Ts 1.3)
- fé como grão de mostarda (LC 17.6)
- Fé grande (Mt 15.28)
O dom da fé habilita o crente a aceitar como realidade todas as promessas de Deus, a
agir na certeza plena de que Deus vai cumprir a Sua Palavra. Desse tipo de fé poderosa
e dinâmica, necessitamos tremendamente em nossos dias: fé que domina o poder do
inimigo e liberta todos os prisioneiros do diabo. Fé que vence o poder das doenças e
enfermidades, fé que assegura o triunfo contra todo o pode do mal; fé que dá a certeza
de que Deus tudo supre, na hora da necessidade, que abre as portas das prisões, que
acalma o mar tempestuoso e dá ao cristão a certeza de uma vitória contínua em toda a
sua vida. Isto é o trabalho sobrenatural do Espírito Santo.
Uma porção desta fé divina, que de fato é um dom do Espírito Santo derramado sobre
a alma do homem, pode fazer até mesmo o que é aparentemente impossível (I co 13.2)
"...e ainda que tivesse toda a fé, de tal maneira que transportasse os montes....". Eis o
dom da fé. Não o confundamos, pois com a fé comum, que se manifesta para a
salvação, logo que ouvimos a Palavra de Cristo (Rm 10.17).
Há três tipos de fé: a fé natural, a fé comum, que opera para a salvação e a fé como dom,
que é propriamente o objeto deste estudo.
a) Fé natural:
O homem é obra do Criador, tendo sido criado com responsabilidades naturais de
relacionar-se com Deus. Mesmo ao homem perdido Deus tem dado sabedoria natural.
De igual modo, tem dado fé ou capacidade para acreditar na sua existência e nas coisas
invisíveis. Com esse tipo de fé, o homem pode crer acertada ou erradamente nas coisas
espirituais. Pode crer, mesmo sem obedecer ou seguir a Deus. A detiniçào primária de
fé natural é a capacidade que todo homem tem de crer em um Ser Supremo. Isto pode
ter fundamento nas palavras de Paulo em (Rm l . 19,20).
b) Fé comum.
Aqui temos propriamente uma expressão bíblica. Paulo escreve: ' 'Tito, verdadeiro filho,
segundo a fé comum... "(Tt I .4). Esta é a fé que opera para a salvação (Jd 3) vem pela
pregação da Palavra de Deus e traz à pessoa a graça salvadora (Rm 10.17; Ef2.8).
mediante a oração no Espírito Santo, toma o caráter de "fé santíssima” e torna-se a
firmeza do crente (Jd 20). Não é especificamente a fé que opera milagres. Em 38
se bem que há muitos casos de cura instantânea, há também muitos outros que não o
são. Ou, noutras palavras, a causa da ferida é eliminada pelo poder de Deus, mas não
é sarada imediatamente.
No exemplo dos dez leprosos. (LC 17.1 1-19) Jesus os curou, porém mandou que fosse
apresentar-se aos sacerdotes. Certamente não havia evidências de que já estavam
curados. Obedeceram à ordem de Jesus e seguiram. Ao certo, não desapareceram logo
os sinais da lepra, luas, as certas distâncias, viram que já estavam curados. Estavam
limpos. Sua fé aceitou a palavra do Senhor Jesus, e, consequentemente, a libertação da
enfermidade, antes que visses qualquer mudança em seus corpos ou em seus membros
deformados.
Em tais casos de cura o Senhor Jesus ensina importante lição. Ele quer que a nossa fé
seja fundamentada em Sua Palavra e não apenas em sinais e maravilhas que podemos
ver com os nossos olhos físicos. Duas ocorrências do ministério de Jesus podem
elucidar bem este ensino. "...Se, porventura não virdes sinais e prodígios, de modo
nenhum crereis ". (Jô 4.48). Em contraste com este exemplo de incredulidade, lemos
as palavras do centurião de Cafarnaum: "...porém manda com uma palavra, e o meu
rapaz será curado"(Lc 7.7).
O texto não registra os dons de curar como significado que um homem possa possuí-
o e assim esteja habilitado a curar os casos de enfermidades sem acepção. Antes, Deus
tem feito residir em Sua Igreja, a potencialidade para acura de enfermidades.
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O propósito dos "dons de curar" é naturalmente libertar das enfermidades os sofredores.
Além deste, em ainda um propósito mais elevado — a glória de Deus. Os dons de curar
chamam a atenção para a majestade do poder de Deus pela confirmação de sua palavra.
Contribuem para abrir os corações de tal maneira que muitos aceitam o evangelho da
salvação.
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O aumento das atividades de Satanás nestes dias. Requer da parte da Igreja, o crescimento
na fé e mais poder para que possa ser vitoriosa contra as forças do inferno. Permita Deus,
nunca tenhamos que confessar como Seus servos no passado, "Já não vemos os nossos
sinais.... "(SI 74.9)
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Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo
Espírito Santo para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem.
Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja.
Dado como "mensagem" à congregação, um dos propósitos do dom de línguas e confirmar
a palavra ensinada. Neste caso. E indispensável a interpretação. Deste modo, toda a igreja
pode ser edificada, sendo este o propósito do dom.
9.Dom de interpretação de línguas (I co 12.10).
O dom de interpretar línguas é algo semelhante à interpretação de uma língua estrangeira
por um hábil intérprete que explica o mesmo sentido numa língua que conhecemos.
Há, contudo algo muito mais importante que você vai estudar em seguida.
1.Como é feita a interpretação.
Não obstante a semelhança acima mencionada, a interpretação das línguas estranhas é
feita sobrenaturalmente. Esta diferença provém do fato de que as línguas estranhas são
dom de Deus e só podem ser interpretadas mediante outro dom igualmente sobrenatural.
Assim, deve ser enfatizado que isto não é feito como quem traduz as palavras. O trabalho
é realizado por intermédio do espírito humano, que opera através do ministério do
Espírito Santo.
A interpretação é dada não mediante a atenção prestada às palavras do que fala em
línguas, e, sim por meio de concentração em espírito com o Senhor, que dá a
interpretação, mediante o aludido dom.
Estes dois textos servem de base para este assunto que representa necessidade tão grande
para o crente quanto o próprio batismo com o Espírito Santo.
Depois do homem coxo na porta Formosa ter sido curado, Pedro e João foram criticados
perante as autoridades. Pedro, " .cheio do Espírito Santo... "(At 4.8), fez a sua defesa
perante a corte dos sacerdotes. Então os apóstolos foram juntar-se aos seus companheiros
de fé. Haviam sido proibidos de pregar em nome de Jesus. Obedecer tal ordem seria
impraticável em face do "ide"de Jesus, mas, para tanto, não bastava sua própria
disposição. Precisavam adicionar a ela a força do Espírito, como ajuda indispensável
para vencerem o teste a que foram submetidos.
Reuniram-se em oração. "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos;
todos ficaram cheios do Espírito Santo. " (At 4.31). Haviam sidos cheios no Dia de
Pentecostes, mas agora foram cheios outra vez.
Diante deste exemplo é justo admitirmos que, embora tenhamos sido cheios do Espírito
quando fomos batizados nEle, precisamos de constante reenchimento para mantermos o
poder e a unção, necessários para todos os dias de nossa peregrinação nesta vida. Em
(Ef 5.18) diz: " ,enchei-vos do Espírito ".. No original, literalmente diz: "Esteja de
contínuo sendo cheio do Espírito."
O ensino de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao
modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — práticas essas virtudes
continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui
descritos.
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2. Discernindo o pecado imperdoável.
2.1 Entristecer o Espírito: Se isto for contínuo, levará à resistência ao Espírito (Ef
4.30).
2.2 Resistir ao Espírito: Essa atitude leva ao endurecimento do coração (l Ts 5.19)2.3
Apagar o Espírito: Essa atitude leva ao endurecimento do coração (Hb 3.8-13) 2.4
Endurecimento do coração: Leva a uma mente réproba e depravada a ponto de
chamar o bem de mal e o mal de bem (Rm 1.28; Is 5.20). Como aconteceu com os
fariseus que conscientemente atribuíram os milagres de Cristo a obra de demónios.
Quando isso acontece o endurecimento do coração atinge certa intensidade que o
Espírito já não contenderá mais para levar aquela pessoa ao arrependimento (Gn 6.3;
Dt 29.18-21; PV 29. I ). Quando aqueles que se preocupam pensando que já
cometeram o pecado imperdoável, a sua disposição de se arrependerem e quererem
o perdão, é evidência de que não cometeram o tal pecado imperdoável. Esse pecado
consiste na rejeição, consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do
testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Cristo
Jesus. "Esse pecado é imperdoável não porque sua gravidade supere os méritos da
obra que Cristo efetuou na cruz do Calvário, ou porque o pecado foge dos limites do
poder restaurador do Espírito Santo, mas porque os domínios do pecado, a pessoa
rapidamente manifesta um desafiante ódio de Deus, a ponto de não ter no coração
lugar de arrependimento". A respeito disso, disse certo pastor: "Pecando o homem
contra Deus, veio Jesus para conduzi-lo de volta a Deus, havendo pecado contra
Cristo, veio o Espírito Santos para reconciliá-lo; mas pecando o homem contra o
Espírito Santo, quem o há de salvar".
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