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INTRODUÇÃO

Prezado aluno, o assunto que vamos estudar nesta matéria é de suma


importância, pois tratam da pessoa, obra e mover do Espírito Santo em nossos
dias. Mover este, que começou em Génesis 1.2; seu trabalho era especial:
preparar a terra sem forma e vazia, para a obra restauradora do Pai no nível
do tempo. Era um grande desafio missionario. Por isso é essencial que os
crentes reconheçam a importância do estudo do Espírito Santo no plano divino
de redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria
criação, universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; SI 104.30).
Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (II Pe 1.21; I co 2.10) e nenhum
poder para triunfar sobre as hostes do mal e proclamar o evangelho (At 1.8).
Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade,
nem igreja e nenhum cristão neste mundo.
O termo Paracletologia, é a união de duas palavras gregas: "paracleto e
Logia" as quais significam "Consolo e Estudo". Portanto, Paracletologia
significa: "Estudo do Consolador ou do Espírito Santo".
Este estudo, também é conhecido, como Pneumatologia, que vem do
vocábulo grego pneuma: "Espírito", e logia "Estudo". Ambos os termos
quando aplicados juntos denotam o infinito Espírito Santo de Deus. O Autor.

1 - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO.


Considerando o que a Bíblia expõe quanto à personalidade do Espírito Santo,
certificamo-nos, de que, Ele não é simplesmente uma influência, como
alguns erroneamente pensam. O Espírito Santo é uma pessoa divina, porque
para ser uma pessoa, não se faz necessário possuir uma forma corpórea (um
corpo). Entretanto, se faz necessário possuir três atributos básicos que
caracterizam a personalidade que são: Intelecto, sentimento e vontade.

1.1 Intelecto: capacidade de raciocinar e formular idéias (raciocinar é tirar


conclusões, é pensar). O Espírito Santo é o espírito do conhecimento;
onisciente, Ele conhece todas as coisas, Jesus disse acerca do Espírito Santo:
"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esses vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito" (Jo 14.26)

1.2 Sensibilidade: Capacidade para sentir, como evidência de sua


sensibilidade, Ele ama, geme, chora e intercede.
"Ê não entristeçais o Espírito de Deus no qual estais selados para o dia da
redenção" (Ef 4.30).
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1.3 Vontade: capacidade de tomar decisões, de querer, ou ter desejo. O
Espírito Santo orienta, impede, contende.

Ele é o Espírito do Deus Pai, o executor da vontade divina em nossa vida:


"E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: apartai-me
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2). Para ser
uma pessoa tem que existir esses atributos, chegamos à conclusão que o
Espírito Santo é uma pessoa.

a) Vejamos mais 14 argumentos favoráveis à caracterização de sua


Personalidade.

l. Ele ensina (Jo 14.26) 8. Ele fala (Gl 4.6)


2. Ele clama (Gl 4.6) 9. Ele regenera (Jo 3.6)
3. Ele dirige (Gl 5.18; At IO.Ele intercede (Rm 8.26)
13.2) I I.Ele testifica (Jo 15.28)
4. Ele convence (Jo 16.8) 12.Elejulga (At 15.28)
5. Ele chama (At 13.2) 13.Ele impede (At 16.6-7)
6. Ele advoga (Jo 14.16) 14.Ele convida A 22.17
7. Ele contende Gn 6.3

b) O Espírito Santo exerce atividades em nossa vida.

l . Ele revela: "... homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito
Santo."(ll Pe 1.21)

2. Ele dá testemunho que somos filhos de Deus: "...enviou Deus ao nosso


coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!" (Gl 4.6)

3. Ele fala: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas:" (ap 2.7)

4.Ele comanda: " ...Impedidos • pelo Espírito Santo de pregar a palavra na


Asia..."
(At16.6,7)

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5.Ele testifica de Jesus: "...o Espírito da verdade, ...dará testemunho de mim;"
(Jo
15.26)

c) O Espírito é suscetível de trato pessoal.

Alguém pode mentir ao Espírito Santo (At 5.3)


Alguém pode também blasfemar contra Ele (Mt 12.31 ,32)
Alguém pode entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30)

d) Pronomes e apelativos são largamente usados para descrever sua


personalidade.

EU — "E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três
homens te buscam. Levanta-te, pois, desce, e vai com eles, não duvidando;
porque eu os enviei" (At 10.19,20).
Ele - "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo"
(Jo
16.8)
Aquele — "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu
nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito" (Jo 14.26)
Outro — "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre" (Jo 14.16)
Esse — "..O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas..."(Jo 14.26).

11 - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO.


As Escrituras nos apresentam também o Espírito Santo como um ser Divino.
Ele se identifica com o Pai, com o Filho na divindade, como você pode
observar no gráfico abaixo. A divindade é composta de três pessoas, iguais
em aspecto, poder e glória (embora com manifestações diferentes), que
formam um só Deus, onipresente, onisciente, onipotente e eterno.
O Espírito Santo entra com o vínculo de ligação entre o Pai e o
Filho. (Ef 4.3-5; 1 co 2.10,11)
OBS: Os nomes de Deus pertencem às três pessoas da divindade, inclusive ao
Espírito Santo. (Ex 3.14; Jo 8.58; 11 co 3.18).

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1. Os atributos divinos atribuídos ao Espírito Santo.
ONIPRESENÇA: "Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da
tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no Sheol a minha cama, eis que
tu ali estás também. Se tomar às asas da alva, se habitar nas extremidades do
mar, até ali a tua mão me guiará e tua destra me susterá" (SI 139.1-5). A
palavra onipresença deriva-se de dois vocábulos latinos "omnis", que
significa "tudo" e "praesum" que significa "estar próximo ou presente". Ele
pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo sem se dividir, e
nem ocupar espaço; porém, sua presença tanto pode ser passiva como ativa:
* Presença passiva: E o poder de estar em todos os lugares, contemplando
todas as coisas sem se manifestar, ou se fazer presente (PV 15.3).
* Presença ativa: E quando sua presença se manifesta e se torna visível, e isso
só acontece onde Deus é invocado em espírito e em verdade (Jo 4.23; Is 57.14,
15; Ap 4.1-10; I Ci 3.16).

ONISCIÉNCIA: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e
não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que
o amam. Porém Deus no-las revelou pelo seu Espírito porque o Espirito
penetra todas as coisas, ainda às profundezas de Deus. Porque, qual dos
homens sabe as coisas do homem, seoào o espírito do homem, que nele
está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus" (l co 2.9-11). A palavra onisciente deriva-se também de dois
vocábulos latinos: "omnis" que signitica "tudo" e "scientia" que significa
"conhecimento". Deus sendo Espírito perfeito, tem conhecimento perfeito,
total pleno de tudo, passado, presente e futuro. Deus tem conhecimento de
todas as coisas, de eternidade em eternidade. Esse conhecimento abrange os
mínimos detalhes (SI 139.7-10; At 15.18; Rm 1 1.36; 1 co 2.10).
l . Deus entende tudo (SI 147.5)
2. Deus esquadrinha tudo (Ap 2.23)
3. Deus conhece tudo (IS 46.9-13)
4. Deus sabe tudo (Jó 37.16).
ONlPOTÊNCIA: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do
Altíssimo te envolverá com a sua sombra" (LC 1.35). Os vocábulos
"omnis" e "potentia" juntos significam "todo o poder", ambos foram
transliterados para "onipotência" que, como atributo da divindade, é o

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poder ilimitado para fazer tudo o que quiser. Só Deus pode dizer como
disse a Abraão: "Eu sou o Deus todo Poderoso..." (Gn 17.1). Ver também
a) Onipotência moral: Deus é tão poderoso que não pode praticar o mal
e sim só a justiça.
b) Onipotência física: Deus e seu poder criador criou os céus e a terra. (Gn
1.1; Jr 32.17) Deus sustenta todas as coisas criadas (Hb 1 .3; SI 135.5,6)
c) Onipotência espiritual: Deus como ser auto-existente, subsiste por si só, e
possui todo poder espiritual, para fazer o que bem lhe aprouver, no mundo
espiritual, inclusive punir e julgar as hostes do mal (Ap 20.1-3; 20.10).

.ETERNIDADE: "Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito


eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus..." (Hb 9.14). Note
nesta passagem, que o Espírito Santo é chamado de "o Espírito Eterno",
e eternidade é um atributo de Deus.

2. Vejamos algumas passagens bíblicas no Antigo Testamento que se


referem á Jeová (Senhor), e são usadas com referência ao Espírito Santo no
Novo Testamento.
a) Antigo Testamento.
(IS 6.8-10) "Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei,
e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então,
disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede,
mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os
ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a
ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja
salvo."

b) No Novo Testamento
(At 28.25,27) "E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo
Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por
intermédio do profeta Isaías, quando disse: Porquanto o coração deste povo
se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os
olhos, para que

jamais vejam, netn ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o
coração, e se convertam, e por mim sejam curados." Isaías diz que foi a
voz do Senhor, contudo Paulo afirma que foi o Espírito Santo.
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3. A Deidade do Espírito Santo também é revelada através das suas
ações e obras realizadas.
O Espírito Santo é Deus: "Disse então Pedro: Ananias, por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo... ? Não
mentiste aos homens, mas a Deus" (At 5.3-4). O que você observou neste
texto? No versículo 3. Pedro, falando a Ananias, acusou-o de haver
mentido "ao Espírito Santo ", e no versículo 4, diz que mentiu "a Deus".
Logo o Espírito Santo é Deus.
O Espírito Santo é o co-autor da Criação: "Quando envias o teu
Espírito, são criados, e renova a face da terra" (SI 104.30). Ver
também (SI 33.6).
O Espírito Santo participou na criação do homem: "O Espírito de
Deus me fez e a inspiração do Todo Poderoso me deu vida". (Jó 33.4)
cf. (Gn 1.26).

111 - OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO.


Nomes do Espírito Santo que o identifica com o Deus trino.

Usamos o termo Deus trino, para designar o monoteísmo composto de Deus, que se
manifesta em três pessoas em um só Deus. (Jo 1.1; At 5.4-5; Ef4.4-6; I Jo 5.20).
I.Espírito de Deus: Isto significa que o Espírito Santo tem íntima relação
com o Pai, no que concerne ao nosso bem estar espiritual e a nossa segurança.
"Não sabeis que o Espírito de Deus habita em vós?" (I co 3.16). Encontramos
este nome também no início da Bíblia, associado diretamente à criação, onde
nos é dito: "0 Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2). Em
outras passagens das Escrituras, aparece também este nome, ligado
diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração humana: (Gn 6.3;
Jó 33.4; SI 104.30; Rm 8.2; etc). O Espírito Santo, como Espírito de Deus,
representa a onipotência de Deus, que tudo criou e tudo pode fazer.
2.0 Espírito de Cristo: Este nome está relacionado com a obra redentora de
Cristo na cruz do calvário por amor a nós. Desde os tempos mais remotos, o
Espírito Santo vinha "testificando os sofrimentos que a Cristo havia de vir e a
glória que se lhe havia de seguir" (II Pe 1.11). Esta é uma das razões por que
Ele é chamado O ESPÍRITO DE CRISTO. Ele acompanhou todos os passos,
atos e palavras de Cristo em sua missão divina a favor dos homens.
3.Espírito Santo : Em algumas partes da Bíblia, o Espírito é chamado de
"o Espírito" (I Jo 3.24; I C02. IO). Entretanto, ao abrirmos o Novo
Testamento encontramos o Espírito Santo imediatamente com este nome,
e daí por diante em cada seção tópica ou temática, o nome que lhe é dado
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com freqüência é "Espírito Santo". A ênfase, aqui, recai sobre a
santidade. O nome indica a sua natureza "Vós sereis batizados com
Espírito Santo...." (At 1.5). Até a evidência central da ressurreição de
Cristo aconteceu "segundo o Espírito de santificação" (Rm 1.4). Esta é,
portanto, a natureza do seu Ser e a extensão de sua obra santificadora.

b. Outros nomes e títulos do Espírito Santo.


l. Espirito de Vida: "Porque a lei do Espirito da vida... te livrou da lei do
pecado e da morte A vida que Jesus prometeu aos seus servos vem através
do Espírito Santo.
Não somente isto: pela virtude do Espírito Santo também recebemos cura das
Enfermidades. Além disso, virá o dia quando. assim como o Espírito de Vida
levantou da morte o Senhor Jesus, também trará a vida os nossos corpos mortais.
2. O Espirito da Verdade: “O Espirito de verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita
convosco, e estará em vós " (Jo 14.17). Ele possui a verdade, revela a verdade,
guia-nos à verdade, testifica da verdade e a defende-a opondo-se assim ao
espírito do erro.
2. O Espírito de amor: "Porque Deus não nos deu o Espírito de temor, mas
de fortaleza, e de amor e de moderação (II Tm l. 7). Assim como Deus
Pai é amor, o Espírito Santo também o é (Rm 15.30). ele transmite o amor
de Deus aos nossos corações (Rm 5.5).
3. Espírito de poder: "Mas recebereis a virtude do Espirito Santo, que há de vir
sobre vós; (At 1.8"). O poder pertence a Deus (SI 62.1 1), por meio de Cristo
(I co 1.24), através do Espírito Santo (At 1.8).
S. Espírito de sabedoria e revelação: "Para que o Deus de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de
sabedoria e de revelação " (Ef 1.17). O Espírito Santo nos une a Cristo, em
quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl
2.2,3), e pelo Espírito Santo nos é revelado.
5.O Espírito de Jesus Cristo: "Porque sei que disto me resultará a salvação,
pela vossa oração e pelo socorro do Espirito de Jesus Cristo, segundo a
minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido;
antes, com toda a confiança O Espírito Santo, nesta passagem é apresentado
como o Espírito de Jesus, o que tem levantado alguns estudiosos a pensar
que o Espírito Santo funcionava com espírito humano em Cristo aqui na
terra.
6.Espírito de Adoção: A semelhança o que fazem muitos cristãos, com justa razão
você também se regozija no fato de ser herdeiro de Deus e co-herdeiro com
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Cristo. E interessante sabermos que isto acontece pela ação do Espírito chamado
"o Espírito de adoção" (Rm 8.15) É mediante o testemunho do Espírito em nossos
corações que nos sentimos realmente habilitados como filhos de Deus, com
direito à sua herança. "C) próprio Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus " (Rm 8. ló).
8.Paracleto: • 'E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador... " (Jo
14.16). O próprio Jesus, durante sua vida terrena era o Paracleto
(Consolador) dos seus discípulos, e os consolou quando estava preste a
deixá-los, prometendo-lhes "outro Consolador ou Paracleto", (alguém
chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar), o que é uma referência
ao Espírito Santo. Tudo o que Jesus fora para os discípulos, o outro
Consolador haveria de ser também. Portanto, o Espírito Santo seria uma
Pessoa substituindo outra, pois o termo grego para "outro" empregado por
João aqui é "allon", que significa outro da mesma espécie, e não "heteron",
que significa outro de espécie diferente. Portanto, o Espírito Santo é outro
ajudador; separado e distinto de Cristo, embora da mesma espécie. Ele é a
continuidade do Senhor Jesus em nós, igual em poder e glória, embora sob
manifestação diferente.
Nos capítulos 14 a 16 do evangelho segundo João é apresentado um grupo de
declarações concernentes ao prometido Paracleto. Quatro destas declarações
incluem a palavra grega paracleto, a saber, (Jo 14.15-17; 15.26,27; 16.5-1 1).

c. O vocábulo grego "paracleto" tem sido traduzido e interpretado como:


1. Consolador: Isso faz parte do sentido da palavra, mas certamente não a esgota.
O Espírito Santo veio a fim de consolar, mas também veio para muito mais do
que isso. 2. Conselheiro: Alguns intérpretes, seguidos por algumas traduções,
preferem conselheiro como tradução. Isto também faz parte do significado dessa
palavra (paracleto). Porquanto o Espírito Santo veio da parte de Deus Pai a fim
de instruir, ensinar e aconselhar aos crentes.
3. Advogado: A tradução inglesa diz advogado, que significa intercessor ou
defensor, e isso também é possível, pois, na realidade, é o sentido mais primitivo
do vocábulo grego, que se encontram também nos escritos de Josefo e de outros
autores antigos. No trecho de (I Jo 2.1), o termo é usado para indicar a pessoa de
Cristo, onde a melhor tradução parece ser "advogado" posto ser Jesus Cristo
nosso justo intercessor. Por semelhante modo, em (Rm 8.26,27), está implícito
que o Espírito Santo, é apresentado como nosso advogado quando diz que: "Ele
intercede por nós com gemidos inexprimíveis Portanto, temos neste caso uma
interpretação legítima quanto ao ministério do Espírito Santo.
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5. Amigo fiel: A palavra paracleto pode ser interpretada também por amigo fiel,
e é o que o Espírito Santo é para conosco, em todos os momentos de nossa vida,
ainda quando nos sentimos sós, podemos contar com o auxílio daquele que, Jesus
falou: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre" (Jo 14.16).

d. O nome do Espírito Santo é acoplado com o do Pai e do Filho.


• "Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há
diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há
diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos" (I co 4.6).
a) Diversidade de dons: dons do Espírito (I co 12.8-1 1)
b) Diversidade de ministérios: Ministérios de Cristo (Ef4.l l)
c) Diversidades de operações: São as formas que Deus opera os milagres. Tem
haver com o som, com o tato, a imposição de mãos, unção com óleo, etc.
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19).
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito
Santo seja com todos vós. Amém" (II co 13.14).

IV- SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO.


Santo " (Jo 2.2). Jesus falou do vento como símbolo do Espírito Santo. O vento é
invisível, porém é real. Não o podemos tocar, nem o compreender, mas o sentimos
(Jo 3.8). A ação do vento simboliza benefícios proporcionados a nós pelo Espírito
Santo.
1 .Alimentação: Sabemos que três quartos da alimentação dos homens e dos animais
vem do ar — oxigénio. Também a vegetação depende da alimentação que provêm do
ar. Podemos viver alguns dias sem outros tipos de alimentos, mas sem o ar, apenas
por alguns minutos. SEM O ESPÍRITO SANTO NÃO HÁ VIDA ESPIRITUAL.
2.Transmissão: Todo som é transmitido pelas ondas do ar. Sem atmosfera, seria
impossível ouvir-se alguma coisa (Ap 1.10). Pelo Espírito Santo, o homem fala a
Deus, e Este, fala ao homem. Através do Espírito Santo, nossas orações são
transmitidas a Deus (Rm 8.26). Por intermédio do Espírito Santo, a mensagem de
Deus é transmitida aos pecadores (LC 4.18).
3.Poder: Como um vento forte e impetuoso, o Espírito Santo, manifestou-se no
cenáculo, onde os crentes primitivos estavam reunidos no Dia de Pentecostes. O
Espírito os encheu de uma forte onda de poder sobrenatural. O medo deu lugar à
intrepidez e a multidão foi dominada pelo poder do Espírito, rendendo-se a Cristo, o
Salvador (At 2.2; 37-41).

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4.Refrigério: O vento movimenta e refresca os homens, amenizando o calor do sol.
O Espírito Santo opera de idêntica maneira, movendo os crentes, tanto coletiva como
individualmente, trazendo o refrigerado senso da presença de Deus. O vento também
alimenta o fogo, o que simboliza uma ação simultânea do Espírito Santo. O vento é a
atmosfera em movimento e tem caráter permanente, o que ensina que o Pentecostes
deve continuar como um movimento até o dia do arrebatamento (At 2.1-4). Esta é a
vontade de Deus.

3. Água (Jo 7.37-39).


• Cristo, a fonte (Jo 7.37-39) Cristo, a rocha fendida (Êx 17.6). Paulo comentando
este texto, diz: "... E a pedra era Cristo. "(I co 10.4).(Ez 47.1-2) O rio procede do
altar. A abundância do Espírito depende da adoração e da comunhão com Deus.
(Is 55.10) A chuva vem do céu. O Espírito Santo foi enviado do céu (At 2.33).
• Proporção: A água é abundante. Dois terços do globo são constituídos de água. a
) (Jo 7.37) Agua de um odre, insuficiente: Representa a acomodação a uma vida
espiritual raquítica.
b) Agua de um poço, limitada (Jo 4.6,13): Embora as portas do céu estejam abertas, a
proporção que recebemos depende da nossa disposição de buscar.
Agua a jorrar (Jo 4.14), ilimitada. "...fonte a jorrar para a vida eterna". Escolha sua parte.
Utilidade:
a) A água refresca, tira a sede (SI 42.2; 23.2). Estas ações são atribuídas propriamente
ao Espírito Santo neste texto.
b) A água faz brotar as árvores e a erva (Jó 14.9; Is 44.4). O Espírito renova e produz
fruto em nossa vida (Gl 5.22; SI 104.30).
c) A água limpa (Hb 10.22). O Espírito Santo limpa ou lava (Tt 3.5).
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E importante estarmos familiarizados com a linguagem gramatical das Escrituras,
tendo em vista a significação correta das palavras, a forma das frases e as
particularidades idiomáticas da língua empregada.
De igual modo, devemos entender o significado literal, figurado e alegórico das
palavras contidas nas Escrituras, interpretando-as dentro do seu contexto,
principalmente aquelas ligadas ao Es de Deus. Por isso, precisamos primeiro saber o
que é um símbolo, para depois interpretá-lo em relação ao Espírito Santo.
• Significado da palavra símbolo: (Do grego symbolo, do latim simbolum). Figura,
emblema, imagem e sinal. Representação abreviada de um elemento, pessoa ou
objeto, apontando para algo ou alguma coisa. Por exemplo, a bandeira do Brasil

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representa o Brasil, porém não é o Brasil. (o verde = as matas; o amarelo o ouro; o
azul= o céu; o branco= a paz).

1. O fogo. (LC 3.16).


O fogo, como símbolo do Espírito Santo, fala da Sua grande força em relação às
diversas maneiras de sua operação, para corrigir os defeitos da nossa natureza carnal
e conduzir-nos a termos o caráter de Cristo o filho de Deus.
1.0 fogo queima: é, portanto um símbolo da presença de Deus (Hb 12.29). Deus é
chamado de um "fogo consumidor". Temos aqui uma referência à manifestação da
ardente santidade de Deus. (Is 4.5; Êx 3.2; Ez I .26).
2.0 fogo consome: Consome o que é combustível — "madeira, feno e palha"(l co 3.12-
15). O Espírito Santo é contra tudo o que é falso. A tudo o que não é feito por amor e
não tem por objetivo glorificar a Deus.
3.0 fogo limpa: Somente o fogo pode tirar a sujeira de diferentes materiais. O fogo é,
portanto, símbolo de poder purificador Espírito Santo. Aquilo que não pode ser
refinado e eliminado pela santidade do Espírito é destruído pelo fogo. (Is 6.6, 7) 4.0
fogo amolece: Há materiais que se derretem em contato com o fogo, como a cera e
outros. O fogo do Espírito derrete os corações endurecidos. No dia de Pentecostes, isto
acontece: "compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais
apóstolos: Quefaremos irmãos? " (At 2.37).
5.0 fogo endurece: Praticamente, o mesmo fogo que amolece a cera endurece o barro.
O ferreiro leva o aço ao fogo para amolecer e para torná-lo mais duro. O Espírito Santo
que torna o crente mais brando torna-o também mais forte, mais resistente.
6.0 fogo esquenta: O Espírito, qual fogo, torna a alma abrasada por uma ardente paixão
e zelo por Deus e Seu serviço.
7.0 fogo ilumina: Israel era guiado à noite por um "clarão de fogo"(Sl 78.14). O
Espírito nos guia não de modo figurado, mas real. "mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais sob a ler' (Gl 5.18).
2. Vento (At 2.2).
A mesma palavra "pneuma", que é usada em referência ao Espírito Santo, é também
traduzida por "vento", "ar", ou "fôlego". Deus soprou em Adão o fôlego da vida e ele
tornou-se alma vivente. Cristo soprou os seus discípulos e disse: "Recebei o Espírito”,
as bênçãos do Espírito Santo, que temos experimentado e podem ser experimentada
por quantos as busquem com fé.
• Valor: A água não é comerciável; é gratuita em todo o universo (Is 55.1). Neste
caso o preço e valor são opostos entre si. A água é indispensável à vida. Fontes,
rio e chuva representam, portanto, o poder renovador, restaurador e refrigerador
da presença de Deus, através do Espírito Santo. Nada vive sem água. Sem o
Espírito Santo não há vida espiritual, em nenhuma hipótese.

4. óleo (Ze 4.2-6).

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Na Palavra de Deus, o óleo aparece como um símbolo do Espírito Santo. Era usado nas
solenidades de unção e consagração de profetas, sacerdotes e reis (Ex 30.30; LV 8.12; I
Sm 10.1; 16.13; I RS 1.39) Era usado no ritualismo do Antigo Testamento,
correspondendo à operação real do Espírito Santo na vida do crente na atual
dispensação.

a)Aplicação simbólica do azeite: (LV 14.17)" do restante do azeite que está na mão, o
sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o
polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito, em cima do sangue da
oferta pela culpa;
I .Na orelha habilitação para ouvir a voz de Deus. "Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espirito diz às igrejas... "(Ap 2.17)
2)Na mão, habilitação para o trabalho de Deus "..não por força nem por poder, mas pelo
meu Espírito, diz o Senhor..."(Zc 4.6)
3)No pé, habilitação para andar nos caminhos do Senhor. ..andai no Espírito... "(Gl
5.16).
4)No rosto, brilho da alegria espiritual (SI 104.15) "...com o rosto desvendado...somos
transformados, de glória em glória...pelo Senhor, o Espírito " (II co 3.18). 5)Azeite em
outras vasilhas ( II RS 4.4-6). Bênção para outras pessoas (Rm 5.5). Nas feridas (LC
10.34) símbolo de restauração pelo Espírito Santo (LC 4.18).

b)Composicão e uso especial do óleo: Era proibido fabricar outro óleo com a
mesma composição (Ex 30.32,33). Ninguém pode imitar o Espírito Santo.
Era proibido usar o óleo sagrado para fins particulares. O Espírito Santo não pode ser
usado. Ele usa os servos de Deus (Ex 30.31,32)

c)A unção com óleo representa a finalidade da unção do Espírito: Algumas


finalidades da unção com óleo.
Consagração de sacerdotes para ministrar as coisas sagradas (LV 8.10-12). A nossa
oferta, como sacerdote que somos, é aceitável a Deus, sendo santificada pelo
Espírito Santo (Rm 15.16; 1 Pe 2.9).

d)Para servir eficientemente, "...Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo
e com poder..."(At 10.38) "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo... "(At I .8). Jesus foi ungido para realizar completa e eterna salvação. O crente é
ungido para pregar a salvação eterna com todos os seus benefícios
e) Para enxergar perfeitamente. "Aconselho-te que de mim compres... colírio para
ungires os olhos, afim de que vejas"(Ap 3.18).
f)Para comunicar conhecimento espiritual "vós possuís unção que vem do Santo, e
todos tendes conhecimento " (I Jo 2.20)
13
g)Para confirmar em Cristo "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e
nos ungiu é Deus " (II co 1.21)
O óleo era usado para alimentar, iluminar, lubrificar, curar as enfermidades,
suavizar a pelo, para lavar, etc. Da mesma maneira o Espírito Santo alimenta,
ilumina, lubrifica, cura suaviza a alma, lava os nossos corações. Glória te damos
Senhor pelo dom do Seu Espírito Santo.

5. Selo (Ef 1.13).


1. O selo fala de propriedade: Especialmente em épocas passadas, a impressão
de um selo indicava a resolução do proprietário do selo como sinal de que alguma
coisa lhe pertencia. Os cristãos são propriedade de Deus, e a habitação do Espírito
Santo neles é a prova desta possessão ((Rm 8.9).
Em Efeso, nos dias do apóstolo Paulo, este costume era comum. Um comerciante
ia a um arvoredo selecionar certas madeiras para seu uso, imprimindo nelas o seu
selo, um conhecido sinal de propriedade. Mais tarde, mandava o seu servo com o
sinete correspondente, para ser impresso nas madeiras onde o selo era visto.
Ao falar do Es como selo, baseado este costume dos Efésios, o apóstolo
Paulo, nos ensina que é o Es em nós a prova autêntica de que somos
possessão e propriedade de Deus.
2. O selo fala de segurança e preservação: alguns, como conservantes de
frutas e vegetais são lacrados (selados) como meio de evitar a penetração do
ar, para preservá10s de deterioração por todo tempo em que o selo for
conservado intacto. Assim, também as nossas vidas são seladas pelo Espírito
Santo e, desta maneira, preservadas das más influências deste mundo com o
pecado.

6. A pomba (Mt 3.16).


I. A natureza da pomba: a pomba é uma ave limpa. Era usada para sacrificios (LC
2.24). Geralmente se admite que este símbolo (a pomba) fala da gentileza, ternura,
amabilidade, inocência, bondade, paz, pureza e paciência. Não há dúvidas de que
estas virtudes são próprias do Espírito Santo e determina a maneira como Ele age
no crente para produzir estas qualidades que refletem o caráter de Cristo.

7. Penhor (11 co 1.21-22)


Primeiro: Penhor significa, garantia segurança, por exemplo, o fiador
torna-se responsável pelo pagamento da divida de alguém que ele
garante.
Segundo: Quando adquiritnos algo à prestação, ou quando assinamos um
contrato de compra de casa ou terreno, nós damos o pagamento de
14
entrada, como garantia de que o negocio esta feito e será pago o restante
da dívida. Qual é o paralelo espiritual? O Espírito Santo é a nossa
garantia, de que Jesus, cumprirá sua promessa de um dia vir nos buscar
e nos levar ao céu de glória.

V- O ESPiRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO.


A Biblia nos apresenta quase imediatamente o Espírito de Deus, quando arz:
princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e
havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face
das águas" (Gn 1.1-2). A conclusão clara, mencionada aqui, é que, antes que a
Terra existisse o Espírito Santo já existia, este foi o primeiro instante que vemos
nas Escrituras a existência do Espírito Santo.
O Deus trino e uno é constituído, como já estudamos de três pessoas: Pai, Filho
e Espírito Santo. Cada um cumpriu uma parte na Criação. O Pai planejou, o
Filho executou e o Espírito Santo deu vida a tudo.

1) O trabalho do Espírito Santo antes do dilúvio:


"Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não contenderá para sempre como o
homem, pois este é carnal• (Gn 6.3). A paciência de Deus vai além do
entendimento do homem mortal, porém, não é inesgotável. "E provável,
portanto que, o Espírito Santo por longos anos persistiu na luta de levar os
contemporâneos de Noé ao arrependimento (II Pe 2.5), no entanto, os homens
antidiluvianos, se tornaram tão maus, a ponto da Bíblia dizer que: "..A maldade
do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação os pensamentos
de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de
haver feito o homem sobre a terá e pesou-lhe em seu coração. Porém Noé foi
alcançado pela misericórdia de Deus, visto que ele era justo e andava com
Deus" (Gn 6.9).
Pelo estudo do texto, você pode certificar-se da presença do Espírito Santo, no
mundo antidiluviano, na tentativa de salvá-los, todavia só Noé e sua família
atenderam a Sua voz, entrando na arca, e sendo salvos. Daqui para frente o
Espírito se retida da terra, e passa a habitar nas rodas, segundo a revelação de
(Ez cap. I e IO) "Cada qual andava para a sua frente; para onde o espírito havia
de ir, iam; não se viravam quando iam.
Vi os seres viventes (Querubins; e eis que havia uma roda na terra, ao lado
de cada um deles. O aspecto das rodas e a sua estrutura eram brilhantes
como o berilo; tinham as quatro a mesma aparência, cujo aspecto e estrutura
eram como se estivera uma roda dentro da outra. Andando elas, podiam ir
15
em quatro direções; e não se viravam quando iam. As suas cambotas eram
altas, e metiam medo; e, nas quatro rodas, as mesmas eram cheias de olhos
ao redor. Andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles;
elevando-se eles, também elas se elevavam. Para onde o espírito queria ir,
iam, pois o espírito os impelia; e as rodas se elevavam juntamente com eles,
porque nelas havia o espírito dos seres viventes.
Ez 1.20 " Para onde o Espírito queria ir , iam ; as rodas se elevavam defronte
deles, porque o Espírito do ser vivente estava nas rodas". Depois de (Gn cap. 6)
o Espírito Santo, volta ao céu para habitar nas rodas de onde ele vinha
esporadicamente para se manifestar sobre os obreiros do Senhor, para fins
específicos, como por exemplo: José foi cheio do Espírito para governar, Moisés
para liderar, Josué para conquistar, Elias e Samuel para proclamarem as
verdades de Jeová ao povo, etc. Notemos que no entanto, estes foram casos
isolados e para fins especíticos. Não temos nenhuma informação no entanto que
nos leve a crer que o ministério do Espírito Santo era tão extensivo como
é hoje. Porque, somente a partir do dia de Pentecostes o Espírito Santo, que estava
no trono habitando nas rodas, passa a habitar na igreja que passa a ser o lugar da
habitação do mover e agir do Espírito Santo, como se fosse uma roda dentro de
outra roda, que significa união e comunhão entre o povo de Deus, como lugar de
adoração a Ele em espírito e em verdade.

b)O Espírito Santo nos líderes do Antigo Testamento :


O estudo deste texto mostra-nos que o Espirito Santo, no passado, veio sobre os
homens com poder e unção fora do comum. Veja as manifestações do Espírito
Santo sobre várias pessoas, em épocas diversas, habilitando-as para diferentes
funções. Consideremos:

1. Em José no Egito.
Quando o Espírito Santo tem liberdade de açào em cima de um servo de Deus, pode
habilitá-lo para os maiores empreendimentos.
-Capacidade para revelar mistérios: Sonhos com profundos significados
deixaram Faraó, rei do Egito, " ..de espírito perturbado...mas ninguém havia
que lhos interpretasse " (Gn 41.8). Os temores de Faraó foram confirmados
quando José, pelo Espirito de Deus, interpretou-lhe os sonhos, revelando que
a poderosa nação egípcia esta à margem de uma crise sem paralelo.
-Sabedoria para administrar: Q quem Faraó iria encontrar capaz de tão
importante tarefa? A pergunta do rei foi: " . acharíamos, porventura, homem
como este, em quem há o Espirito de Deus? " (Gn 41.38).
2.Em Moisés.
16
-Autoridade para liderar: Não há setor algum das atividades da igreja em que
não seja importante a orientação e ajuda do Espírito Santo. Através dos 5
primeiros livros da Bíblia encontramos várias vezes Moisés envolvido pela
glória de Deus. Liderou a libertação do povo hebreu cativo no Egito. Após a
libertação do povo hebreu, Moisés os liderou por cerca de 40 anos no deserto.
-Sabedoria de Moisés: Moisés nunca foi esquecido pelo povo israelita. Este foi
o resultado da sabedoria com que foi dotado pelo Espírito de Deus para
comunicar as leis e mandamentos do Altíssimo.

3.Em Bezaleel.
-Sabedoria e inteligência e de ciência: Deus capacitou através de Seu Espírito,
Bezaleel para inventar coisas, trabalhar em ouro, prata, e em cobre. Lavramento
de pedras preciosas, madeira, e acima de tudo a capacidade de ensinar. O
egoísmo não provém do Espírito de Deus, nem mesmo quanto ao saber. O
Espírito Santo ensina a uns e os usa para ensinarem a outros.

4.Nos 70 anciãos.
Em (Nu 11.16, 17) "Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos
anciãos...Entâo, descerei e ali falarei contigo; tirarei do Espírito que está sobre ti e
porei sobre eles: e contigo levarão a carga do povo..." Qual era a carga do povo que
Moisés carregava? Era ser como juiz em suas causas. Orientar o povo na maneira
de agir, como cumprir os estatutos e mandamentos que Deus havia dado para o
povo hebreu. Seria como Moisés sendo Presidente da República e os 70 anciãos
como governadores.

5. Em Josué.
-Comandante de um exército: ele veio a substituir a Moisés para a conquista da
Terra Prometida, usando estratégias dada pelo Espírito Santo.
-Liderança do povo hebreu, que após a morte de Moisés recai sobre Josué,
lembre-se que ele foi um dos 12 espias mandados para ver como era a Terra
Prometida e somente Josué e Calebe, que não murmuraram.

6.Sobre os juízes.
Vários foram os juízes do Antigo Testamento, falaremos de alguns:
Gideào: "Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão... (Jz 6.34). Resultado
maravilhoso livramento do poder dos midianitas.

17
Jefté: "Então, o Espírito do Senhor veio sobre Jefté... " (Jz 1 1.29). Resultado
venceu os amonitas e libertou Israel.
Otoniel: ' 'Veio sobre ele o Espírito do Senhor, e ele julgou a Israel... a terra
ficou em paz durante 40 anos... ' .
Sansão: "Então o Espírito do Senhor de tal maneira se apossou dele...."(Jz 14.6,
19; 15.14).

7.Sobre Reis.
a)Saul: Em (I Sm 10.6) " O Espírito do Senhor se apossará de ti, e profetizarás.... "
Saul foi inspirado pelo Espírito a incitar Israel e Judá contra os amonitas. O
resultado foi uma grande vitória sobre os inimigos de Deus.
b)Davi: Davi foi indicado como sucessor de Saul, para reinar sobre Israel.
"...e daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi... "(I Sm
16.13). Guiou o povo de Israel para o caminho de sucesso, triunfando contra
todos os seus inimigos. Embora jovem na idade, tinha idéias amadurecidas e
atitudes elevadas. Davi sempre teve a certeza de que era o Espírito de Deus
que o guiava, e quando Davi pecou implorou a Deus que não retirasse dele o
Espírito Santo.

1. Trabalharam e agiram no poder do Espírito Santo: A semelhança de


outros profetas, Elias e Eliseu ministraram em épocas de crise espiritual e
nacional. Só o Espírito de Deus lhes poderia proporcionar vitória contra os
poderes malignos que uavam especialmente nas vidas dos reis ímpios de seus
dias.
2. Na pregação da palavra de Deus falada: Os profetas sob a unção do
Espírito Santo, falaram a mensagem de Deus ao povo. Por isso, as suas
pregações eram assinaladas pela autoridade com que falavam, mesmo quando
se referiam as mensagens escatológicas.
3. Na palavra escrita deixada para o futuro: A palavra escrita foi produzida
pela inspiração do Espírito Santo. O apóstolo Pedro disse que os profetas:
...falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (II Pe 1.21 ).
9. O Espírito Santo e a inspiração da Bíblia: E, (II Tm 3.16).
Descobrimos que a Bíblia é um livro inspirado. A palavra "inspirada" é
tradução da palavra grega theopneustic. Significa "sopro divino". Em (II Pe
1.21) aprendemos que os homens de Deus eram movidos pelo Espírito assim
como o vento move um barco. Mesmo que as porções variadas da Palavra de
Deus viessem por ditado (Ex 21.1), visão (Ap 1.11), ou direçào intima (LC 1.1-
3), fica claro que tudo deve ser visto como A Palavra de Deus (Hb 4.12).

18
A inspiração nunca deve ser entendida como uma mera capacidade da
inteligência humana. A inspiração assegura-nos que cada palavra na Bíblia
representa os pensamentos do Espírito. Isto é provado pelas declarações feitas
na Bíblia em (II Sm 23.2,3; Jr 1.9), e também pelo fato de os próprios profetas
terem estudado seus próprios escritos, para saberem o que relatavam (I Pe l .
10-12). A palavra "inpiração" enfatiza que as Escrituras vieram de Deus.

111 -O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO.


l.Antes do Nascimento de Jesus Cristo.
a) João Batista: A João Batista estava destinada a missão de vir preparar o caminho
do Messias. O Espírito Santo manifestou nele de maneira especial.
Antes de ele nascer já foi influenciado pelo Espírito Santo. O anjo ao anunciar
a Isabel que ela ficaria grávida disse: será cheio do Espírito Santo, já no ventre
materno". (LC 1.15).
João Batista exortava o povo a preparar o caminho do Senhor (LC 3.2-4).
Anunciava a salvação de Deus, a manifestar-se em Jesus Cristo (LC 3.5,6).
Denunciava o pecado do seu povo, clamando por arrependimento, para
escaparem do juízo prestes a manifestar-se, qual machado já posto na raiz da
árvore (LC 3.7-9). Ensinava o caminho para Deus (LC 3.10-14).

b) A obra do Espírito Santo em relação a Cristo.


A Simeão, um homem temente a Deus, foi dada a revelação sobre o menino
Jesus. "Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver
o Cristo do Senhor" (LC 2.26). Depois que Jesus foi apresentado no templo, há
silêncio quanto às atividades do Espírito Santo em Jesus, mas no começo do
Seu ministério público, o Espírito Santo voltou a desenvolver Suas atividades.

l. A necessidade de Cristo ser Ungido.


A pergunta, o porquê o Filho de Deus necessitava ser ungido pelo Espírito? E parte
do grande mistério da encarnação. Jesus deliberadamente, fez-se dependente de
Deus, através do ministério do Espírito Santo. Limitou-se a exercer seu ministério
sem lançar mão dos seus atributos da divindade. Ainda que possuindo duas
naturezas, humana e divina, na encarnação ele esvasiou-se a si mesmo dos seus
atributos divinos (FP 2.5-10), e assim atuar e vencer como homem no poder do
Espírito Santo, para servir de exemplo para nós hoje (Ap 3.21). Embora a
encarnação do verbo seja um mistério (l Tm 3.16), devemos considerar exatamente
o que atualmente diz as Escrituras, para não ficarmos embaraçados em vãs
especulações.

a) O Senhor sendo ungido igualou-se aos Seus irmãos.


19
A aliança da graça requer de Cristo a representação do Seu povo, tornando-
se um servo e, tomando sobre si a natureza deles (FI 2.5-11). Dessa maneira,
Cristo tornouse o último Adão. Como os filhos de Deus são dependentes do
Espírito para servir, Cristo também serviu a Deus pelo poder do Espírito (At
10.38; Is 61.1-3). Marcos, que mostra Cristo como um servo, diz que Ele foi
dirigido pelo Espírito (Mc 1.12).

b) Cristo tinha duas naturezas


Como homem, Cristo foi capaz de crescer e assim foi instruído pelo Espírito de
Deus (LC 2.40; Is 11.1-4). Como homem Cristo foi levado pelo Espírito (LC 4.1).
Até mesmo as obras de Cristo foram atribuídas ao Espírito Santo (Mt 12.28). Em
tudo isso, Cristo nunca deixou de ser Deus (Jo 1.1), mesmo tendo suas reais
características humanas sendo verdadeiramente manifestadas (Jo I .4).

OS ESTAGIOS DA ATIVIDADE DO ESPÍRITO SANTO EM RELAÇÃO A CRISTO.

1. A concepção de Cristo.
O Espírito de Deus preparou o corpo humano do Salvador no ventre de Maria (Mt
1.18-20).

2. O batismo de Cristo nas águas e no Espírito Santo.


Embora o Senhor Jesus fosse o filho de Deus sem pecado e era forte no
espírito, cheio de sabedoria e a graça de Deus Pai estavam sobre Ele (LC 2.40),
foi somente depois que Ele foi batizado com Espírito Santo no Seu batismo
(Mt 3.13-17),e assim a profecia de Isaías foi cumprida: "O Espírito do Senhor
Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos
mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade
aos cativos e a abertura de prisão aos presos". (Cf Is 61.1 com LC 4.18). Foi
somente depois que o Espírito veio "sobre" Jesus, que Ele começou a executar
o seu ministério no poder do Espírito Santo.
Obs: A necessidade de Cristo falar em línguas, não se aplicava a Ele, porque
Deus lhe deu o espírito "sem medida" (Jo 3.34). Nele habita corporalmente
toda plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9). Por isso não há nenhuma
referência a ele no que tange aos dons de locução, porém todos os demais
dons se manifestaram no seu ministério.
Independentemente de quão grande seja o ministério de um homem de Deus, ele
jamais terá o Espírito sem medida como Cristo teve.

3.Qual era o propósito do Espírito no ministério de Cristo?

20
I . Dar um sinal da completa satisfação do Pai através do Filho (Mt 3.17; SI
45.7) 2. Dar um sinal para as pessoas (Jo 1.32-34; 6.27) João reconheceu que
Cristo tinha o poder do Espírito Santo (Jo 3.34)
3. Equipar a Cristo com poder para o serviço (Is 61.1-4)

• Poder sobre os demónios: Os demónios que desde milénios dominavam


e afligiam a humanidade eram dominados e afugentados pelo poder de
Jesus.

• Poder sobre enfermidades: Leprosos eram purificados ao toque da mão


de
Jesus. Cegueiras sumiam surdos passavam a ouvir.
• Poder sobre a natureza: A natureza se submetia à autoridade de Jesus.
• Poder sobre circunstâncias: Quando os discípulos, diante de milhares de
pessoas perguntaram "..onde compraremos pães para lhes dar de comer?"
(Jo 6.5) Poder sobre a morte: Quando Jesus disse "...Lázaro vem para
fora..." Talita levante-se..." Em todas as fases da vida do Senhor Jesus,
até a morte, o Espírito Santo o acompanhou na execução da Sua obra
redentora.

4. A tentação de Cristo
Foi o Espírito Santo quem conduziu Jesus a ser tentado (Mt 4.1; Mc 1.2).

5.0 serviço de Cristo.


As palavras e as obras maravilhosas de Cristo foram produzidas pelo poder do
Espírito (At 10.38; Lc 4.16-21; Mt 12.38).

6. A morte e ressurreição de Cristo.


"Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si
mesmo. Imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas,
para servirdes ao Deus vivo?" (Hb 9.14). A ressurreição de Cristo (Rm 1.4;
8.1 1; 1 Pe 3.18) Nota: Essa obra, como as outras, também são atribuídas ao
Pai e Filho.

7. A glorificação de Cristo.
"Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando
Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que
isto lhe fizeram". A ressurreição de Cristo foi coroada com a sua glorificação,
com a glória que Ele possuía antes que o mundo existisse.
21
VI - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO CRENTE.
O Espírito Santo sendo um ser divino habita no crente, que por sua vez é o
templo do
Espírito Santo (I co 3.16). Nesta lição você vai estudar o ministério do Espírito
no
crente, em caráter individual. Não iremos abordar o batismo com o Espírito Santo
neste tópico, pois o mesmo será tratado a parte na próxima lição.
l. A procedência do Espírito Santo: A doutrina do Espírito Santo no Novo
Testamento apresenta-o como procedendo do Pai. Jesus, referindo-se Ele disse:
"Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito
da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;" (Jo 15.26). 2. A
regeneração no crente: "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo
sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo, " (Tt 3.5). A palavra "regeneração" nesta passagem é
"paligenésia", e significa "nascer de novo". Ela descreve a comunicação de uma
nova vida, e foi exatamente o que Jesus disse a Nicodemos: "...Em verdade, em
verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus..... quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus."
(Jo 3.3-5b). Portanto é de suma importância que se pregue à palavra ( a água que
purifica), se quisermos que o Espírito possa produzir no coração do pecador o
milagre do novo nascimento.

3. A habitação do Espírito Santo no crente: "o Espírito da verdade, que o mundo


não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele
habita convosco e estará em vós." (Jo 14.17).
O apóstolo Paulo, em (I co 6.19) diz o seguinte: "Acaso, não sabeis que o vosso
corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de
Deus, e que não sois de vós mesmos?" Habitar significa residir, morar,
permanecer, como uma família mora numa casa. Alguns querem ensinar que a
presença pessoal do Espírito Santo não mora realmente, dentro do crente, mais
que ele está presente num sentido místico na igreja. Esta é certamente, uma
negação de um ensinamento do momento em que a pessoa nasce de novo, o
Espírito Santo passa a residir no seu espírito, que passa a ser o santíssimo lugar,
para Deus habitar.
4. Ele liberta o crente do poder do pecado e da morte.
Essa é a dimensão exata do poder do Espírito Santo o qual opera, na prática
em nossas vidas. "Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior;"
(Ef 3.16). Ver também (Ef 1.9; Rm 8.1-2). Não podemos dizer que somos
apenas humanos naturais, porque agora possuímos a dinâmica do Espírito em
nossas vidas. Deus quebrou a nossa servidão, a escravidão do pecado.
22
Estamos agora em um outro reino: "Ele nos libertou do império das trevas e
nos transportou para o reino do Filho do seu amor," (Cl 1.13). Aleluia!
5. Ele, o Espírito Santo, nos dá certeza que somos salvos: "O próprio Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16). Ver
também (Ef 1 . 1 3, 1 4•, Jo 5.24).
6. Santifica o crente: A palavra santificação do grego (kadok) significa
separação, dedicação. O Espírito Santo é o agente realizador da santificação
(II Ts 5.23; I Pe 1.14,15•, Rm 1.4).
7. O Espírito reveste o crente de poder: Esta última frase da obra do Espírito
Santo é apresentada por Cristo, quando diz: "Mas recebereis a virtude do
Espírito Santo, que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". (At
1.8).
8. Guia o crente a toda a verdade: Jesus disse que o Espírito Santo nos ensinaria
todas as coisas (Jo 14.26), então o Es é o maior professor. Jesus estando no
mundo foi considerado o "Grande professor" e o Espírito Santo ocupou o seu
lugar, ensinando milhões de discípulos.

9. O Espírito torna possíveis todas às formas de comunhão com Deus.


a)Na oração: "Vós, porém amados, edificando-vos na vossa fé santíssima,
orando no Espírito Santo " (Jd 20. Ver também (Rm 8.26).
b) Na adoração: "Porque a circuncisão somos nós, que adoramos a Deus
no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne". (FI
3.3).
c)Nos cânticos espirituais: "E não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef
5.18-20). Ver também (Cl 3.16; I co 14.15).
10. A diversidade de operações do Espírito Santo no crente:
A palavra de Deus nos diz em (I co 12.6) "E há diversidade de operações, mas
é o mesmo Deus que opera tudo em todos". O que é diversidade de operação?
Diversidade de operação, é a múltipla criatividade do Espírito Santo em nossa
mente, para estabelecer um ponto de fé, ou de partida para a operação de um
milagre. As diversidades de operações são milagres operados segundo o mover
do Espírito Santo, mas a tentativa de padronizar uma operação do Espírito
estará fadada ao fanatismo, e ao fracasso. Podemos encontrar vários exemplos
desta diversidade de operação em toda a Bíblia, tanto no Antigo Testamento

23
como no Novo Testamento. Note a diversidade de operações no ministério de
Eliseu registrado em (II RS 4.34-35). O próprio Senhor Jesus com a diversidade
de operação no seu ministério, usando o dom da sua palavra, da saliva, tocando
com as suas mãos, através de suas vestes etc. Paulo, através dos dons
espirituais, curava de forma que até lenços e aventais de uso pessoal dele eram
levados e colocados sobre os enfermos, e estes eram curados (At 19.12). A
Bíblia nos mostra que a diversidade de operação, pode se manifestar através
das mãos, da palavra, da unção com óleo, etc... Quando um obreiro do Senhor
se torna flexível a voz do Espírito Santo suas orientações no momento de se
realizar uma obra, esta manifestação será dada a ele para a glória de Deus.

VII -O BATISMO COM O ESPIRlTO SANTO


No dia de Pentecostes ocorreu um dos maiores eventos da Igreja Cristã, ou seja,
o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4). Embora o batismo com o Espírito
Santo seja algo glorioso para a vida cristã, precisamos entender que não é o alvo
final: é uma porta para admissão a uma vida mais profunda com Deus. No que
se refere à vida espiritual, não é um fim; é um princípio, e quanto ao serviço de
Deus, é um meio. E um meio de prosperar, e produzir abundantemente frutos
para a glória de Deus. Ninguém que tenha sido batizado pelo Espírito Santo se
dê por satisfeito, como quem diz: "Já recebi..." E simplesmente lastimável que
alguns, consciente ou inconsciente, sintam-se semelhante a um atleta que já
conquistou o prêmio por ter chegado no fim da carreira. Quem pensa assim está
totalmente equivocado. Você já sabe que houve grande mudança nas atitudes ou
mesmo na personalidade dos apóstolos, após o batismo com o Espírito Santo.
As qualidades negativas deram lugar a dedicação ao próximo, à abnegação e à
incontida intrepidez. Uma das grandes tragédias em nosso meio é o fato de que
muitos crentes têm considerado o batismo no Espírito Santo, o fim de uma
jornada. Julgam haver atingido o clímax. Consideram o batismo um evento
capaz de solucionar todos os seus problemas, quase que automaticamente.
Mostram-se contentes, e se sentem no rol das pessoas privilegiadas. Deixam de
buscar a Deus, e gradualmente, vão perdendo o vigor espiritual, e ficando
privadas da comunhão com o Espírito Santo em suas vidas. Tornam-se
semelhantes à Igreja em Sardes: "têm o nome de quem vive, mas estão mortos"
(Ap 3.1). Como é trágico quando o batismo com o Espírito Santo não significa
para alguém mais do que isto.

I.A promessa do derramamento do Espírito Santo no Antigo Testamento.


O derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, descrito em (At 2)
foi o cumprimento das promessas que estavam registradas no At, em várias
24
passagens bíblicas, profetizadas pelos profetas, que assinalavam um dia em
que Deus poria o Seu Espírito sobre e dentro de todo o seu povo. Em outras
palavras, aquilo que tinha sido a experiência excepcional de poucos
isoladamente, transformar-se-ia numa experiência para todo o povo de Deus,
que almejasse e desejasse. Vejamos algumas promessas: (Is 32.15) "até que se
derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar,
e o pomar será tido por bosque;"
(IS 44.3) "Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra
seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção,
sobre os teus descendentes;"
(PV I .23) "Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente
para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras."
(JI 2.28-29) "E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a
carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e
vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o
meu Espírito naqueles dias."
2. A promessa do derramamento do Espírito Santo no Novo Testamento.
Vejamos:
a. João Batista: precursor do ministério do Senhor Jesus, disse que batizava em
águas para arrependimento, mas viria um maior que ele, que batizaria .com o
Espírito Santo e com fogo" (Mt 3.1 1).
OBS: Quero deixar ciente aos alunos que, existem várias interpretações
teológicas sobre a expressão "fogo", usada por João nesta passagem:
Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito outro do
fogo, e que este último está relacionado ao fogo do inferno, para os não
arrependidos. Assim interpretavam Orígenes, Neander, Meyer e Wette,
Lage, e outros teólogos modernos.
Outros acham que o fogo, neste caso, signifique o fogo que destruirá o
mundo no último dia, ou no dia do juízo final.
Já a igreja católica, relaciona este fogo com o fogo do purgatório.
E por fim, há aqueles que relacionam este fogo com o ministério
purificador do Espírito Santo na vida do cristão. Assim, interpretam
Estevão Angelo de Souza, em seu livro "Nos domínios do Espírito" pg.
77. Também David (Paul) Cho, em seu livro "O Espírito Santo, meu
companheiro", pg. 41. Também no comentário da Bíblia, Novo
testamento vers por vers de Champion pg 287, esta escrito que .o fogo
do vrs I l, indica o caráter do batismo do Espírito".

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A interpretação mais aceita, é de que o fogo do vrs. I I indique a obra
purificadora do Espírito Santo na vida dos arrependidos. Já o fogo do vrs. 12
simbolizam o fogo do juízo sobre a classe dos não arrependidos, visto que João
pregando sua mensagem a duas classes de pessoas, os arrependidos e os não
arrependidos. "Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província
adjacente ao Jordão; eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus
pecados, E, vendo ele muitos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu
batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mt 3.8-9).

b.O Senhor Jesus: Jesus não somente predisse, mas também prometeu que
enviaria o Espírito Santo de modo especial. "Lu rogarei ao Pai e ele vos dará
outro Consolador...o Espírito de verdade" (Jo 14.16-17). Cristo depois de
ressuscitar disse aos seus discípulos: "Permanecei em Jerusalém até que do alto
sejais revestidos de poder" (LC 24.49). E mais: " .vós sereis balizados com o
Espírito Santo não muito depois destes dias" (At 1.5). A mesina promessa fi)i
ratificada pelo Salvador, momento antes de sua ascensão para o céu: "Receberei
poder ao descer sobre vós o Espírito Santo" (At 1.8).

3. O CUMPRIMENTO DA PROMESSA.
I. No dia de Pentecostes.
"De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a
casa onde estavam assentados. E apareceram distribuídas entre eles, línguas
como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do
Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes
concedia que falassem" (At 2.1-4). Não apenas os discípulos de Jesus estavam
ali. Homens e mulheres, até mesmo Maria, mãe de Jesus receberam a plenitude
do Espírito naquele momento (At 1.14-15). O impacto que sofreu os discípulos
com a morte de Jesus, o domínio da versão de que os discípulos O tinham
roubado do túmulo, seriam o suficiente para levá-los a abandonarem a tarefa de
continuar pregando o evangelho. Mesmo crendo que Jesus ressuscitou de fato,
fariam como muitos em nossos dias, que "tudo sabe" e nada fazem. Foi o Espírito,
a provisão divina, para os discípulos desanimados, cumprirem o ide de Jesus.
A transformação de vidas de tantos homens, nos numerosos milagres que
distinguiram a Igreja primitiva, o poder com que pregavam o evangelho, e a
rapidez com que o difundiam através do mundo, eram o resultado da provisão
sobrenatural do Espírito Santo.
O Espírito Santo proveu os crentes do primeiro século do Cristianismo, de tudo
quanto necessitavam para o desempenho da obra evangelizadora do mundo. Os
milagres pelos primitivos cristãos, à vista das multidões, constituíram as
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credenciais divinas para o ministério de fazer cristo conhecido como, Aquele que
morreu e ressuscitou para salvação de todo que O aceitar pela fé.

2. Na casa de Cornélio (At 10.44-46).


"E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto
falaram em línguas como profetizavam, eram ao todo uns doze homens" (At
19.1-7). Aqui mais de um dom foi concedido no ato do batismo.

4. Os crentes samaritanos (At 8.15-18).


"Então lhes impuseram (Pedro e João) as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.
Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem as mãos, era concedido o
Espírito Santo, ofereceu-lhe dinheiro" (At 8.15-18). Por inferência, o que Simão,
o mágico viu foi o FALAR EM LÍNGUAS. Que outro sinal teria visto? Alegria?
Não, pois já haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus, e viviam alegres
com o novo nascimento. Teriam desmaiado? Não, não há relato bíblico de reações
emotivas, tais como queda, choro, etc.
Além desse sinal fisico — o falar noutras línguas, o genuíno batismo no
Espírito Santo proporciona o aumento da capacidade de ama, exaltar e
glorificar a Deus; fará aumentar o desprezo pelos prazeres mundanos; dar
mais convicção da presença do Espírito Santo em nossas vidas, aumentará o
apego às Escrituras elevará o interesse em salvar as almas perdidas e em
pregar o Evangelho; proporcionará revestimento de poder para anunciar as
Boas Novas com ousadia,
coragem intrepidez e amo, na direção do Espírito: "Ficai, porém, na
cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder".(Lc
24.49; At 1.4; 2.14)

5. Há diferenças entre regeneração, batismo no Espírito Santo?


Sim. O batismo no Espírito Santo é diferente de "novo nascimento", regeneração,
e o batismo nas águas. O exemplo mais claro dessa distinção está em (At 8).
Vejamos: "Ouvindo os apóstolos que estavam em Jerusalém que Samaria recebera
a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João".
Quando chegaram, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.
"Porque sobre eles nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram
batizados em nome do Senhor Jesus".
"Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo".

6. Esse batismo se repetiu em outras oportunidades?


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Sim. Vinte e cinco anos após aquela ocorrência (At 2.4), doze crentes foram
batizados em Efeso (At 19.4-7). Essa dádiva é para todos nós: "A promessa diz
respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus
nosso Senhor chamar" (At 2.39). Milhões de crentes no mundo inteiro têm sido
batizados no Espírito Santo. Poderíamos mencionar desde Irineu um dos pais da
igreja do II século, até homens dos tempos modernos, os quais escreveram sobre
as manifestações espirituais, fontes confiáveis mostram que Martinho Lutero, o
grande reformador na Alemanha falava línguas, Até mesmo mais tarde, em 1876,
notamos que jovens falaram em línguas e profetizaram sob o ministério de D. L.
Moody.

7. Qual é a evidência bíblica do batismo com o Espírito Santo?


a) No dia de Pentecostes: Cada crente no cenáculo ficou cheio do Espírito
Santo no dia de Pentecostes, cada um falou em "outras línguas" pelo poder
sobrenatural do Espírito;
b) Na casa de Cornélio: (At 10.44-46). Pedro estava pregando a palavra
repetidamente ouviu-se alguma coisa for do comum. Os gentios da casa de
Cornélio o centurião romano estavam falando "em línguas" e glorificando a Deus.
c) Em Efeso (At 19.1-6). Uma vez mais "línguas" são ligadas com o
recebimento do batismo com o Espírito Santo, devemos, portanto concluir, que
línguas é a evidência de que alguém foi batizado com o Espírito Santo.

8. Qualquer pessoa pode receber esse batismo?


Não. Trata-se de um privilégio dos crentes, ou seja, dos que se arrependem de
seus pecados e consagram suas vidas a Jesus, aceitando-O como Senhor e
Salvador. E, (At 8.16) está bem clara a diferença. Multidões em Samaria
aceitaram a Palavra, creram na mensagem dos apóstolos e se converteram ao
Senhor Jesus. Depois com a imposição das mãos, RECEBERAM O ESPÍRITO
SANTO.

9. E possível aprender a falar em línguas pela leitura de livros?


Sim. Se for falsa, e não se for verdadeira. O falar em línguas é um dom, uma
concessão uma bênção dada pelo Espírito Santo (I co 12.4-10). Essas línguas não
são aprendidas em seminários ou nas escolas. Não podem ser decoradas, As
línguas assim aprendidas e faladas são FALSAS. As verdadeiras são aquelas que
saem espontaneamente, que fluem do nosso interior como "rios de água viva".
Dom não se aprende, recebe-se. O dom de variedades de línguas é uma
manifestação sobrenatural do Espírito capacitando o crente a falar em idiomas
desconhecidos. Na resposta sobre a evidência do batismo no Espírito Santo,
28
vimos que todos os que falaram em línguas, falaram imediatamente após o
batismo, não havendo tempo para aprendizado. E muito perigoso usar línguas
falsas. O diabo também faz uso de linguajar estranho e é capaz de imitar qualquer
língua. As línguas faladas pelos batizados são "uma expressão vocal inspirada
pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua que nunca aprendeu".
Estas línguas podem ser humanas, isto é, atualmente faladas (At 2.6), ou
desconhecidas na terra (I co 13.1). Não se deve buscar o falar noutras línguas,
mas buscar o batismo no Espírito. As línguas vêm em decorrência desse batismo.

10. O batismo com Espírito Santo depende de algum método?


Não. Tem mais importância o desejo ardente, a ânsia constante por receber este
dom de Deus, do que método, postura, lugar ou horário. O que vale mesmo para
Deus, é o ardor do coração em almejar o seu Espírito: "Se alguém tem sede,
venha a mim e beba" Jo 7.37 .
11. Por que o crente batizado com Espírito Santo deve orar em línguas?
a) A Palavra de Deus nos ensina que quando estamos cheios do Espírito Santo,
falamos em outras línguas, conforme o Espírito concede que falemos (At 2.4).
b) É um meio de edificarmos a nós mesmos (I co 14.4).
c) Ajuda a edificar a nossa fé (Jd 20).
d) O Espírito Santo nos ajuda a orar em favor de coisas que não sabemos pedir como
convém (Rm 8.26).
e) Ajuda-nos a ter consciência da sua presença que em nós habita (I co 3.16).
12. O Espírito Santo pode ser tirado do crente?
O Espírito Santo jamais se afasta do crente fiel (Rm 8.9; I co 3.16; 6.19). Todavia,
o Espírito se retira quando a fé é abandonada; quando a voz do Espírito não é
mais ouvida, quando os corações ficam endurecidos a tal ponto que não há mais
possibilidades de arrependimento (Rm 8.7-19). O Espírito Santo não se retira por
qualquer pecado. Ele está em nós justamente para nos convencer do pecado, da
justiça e do juízo, e nos levar ao arrependimento. Mas, se continuarmos na
rebeldia, sem sincero propósito de deixarmos o pecado, já não seremos membros
do corpo de Cristo; "Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos
recebido o

conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma
certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os
adversários". (Hb 10.26,27; Jz 16.20). O rei Davi, após cometer o terrível
pecado de adultério, e tendo sido co-autor de um homicídio, clamou a Deus:
"Não me lances fora d tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo"
(SI 51.11). Perder o Espírito significa perder a salvação. Para não perdermos a
29
salvação devemos continuar ligados à videira verdadeira. Leiam (Jo 15.6; Cl
1.23; I co 15.2; Hb 2.3; 3.14; 10.38;
1 Jo 1 .7 .
13. Quais são os propósitos do batismo no Espírito Santo.
a) poder para testemunhar (at 1.8)
b) poder para ganhar almas (At 3.6)
c) poder para curar enfermos (At 2.41)
d) poder para sofrer por Cristo (At 7.55)
e) poder para triunfar sobre as hostes malignas (Ef 6.12)
f) poder para orar mais eficazmente (Ef 6.18)
g) poder que conduz aos dons espirituais (I co 12.4).

14. Quais as atitudes que devem ser tomadas para receber o batismo com o
Espírito Santo
I . arrependendo-se (at 2.38)
2. Crendo (Gl 3.2); a fé é a convicção pela qual o homem recebe quando de Deus
(Hb
1 1.6; Tg 1.6-8).
3. Pedindo (LC 11.13)
4. Orando (LC 18.1)
5.Tendo sede (SI 143.6)
6.Obedecendo At 5.32).
7.Mantendo um coração limpo e sensível ao Espírito Santo (Jo 13.10).
8.Por imposição de mãos (At 8.14-17).
9.Tendo atitude de louvor e adoração a Deus em Espírito e em verdade (Jo 4.23;
16.14).

VI - DONS ESPIRITUAIS.
Um dos assuntos mais importantes no Novo Testamento são as
manitz•stações dos dons espirituais, como ferramenta de trabalho, para o
desempenho do ministério da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo, em (I co 1 2), descreve a igreja como o corpo de Cristo e
afirma que os crentes são membros desse corpo. Com diferentes dons,
providos de Deus, pelo Espírito Santo, do mesmo modo com os membros do
corpo humano têm diferentes funções para diversos propósitos.

1. São os dons espirituais para a igreja atualmente?


Cremos que a igreja, da época atual é a igreja dos últimos dias e a noiva do
cordeiro, que se encontrará com o seu noivo, totalmente ataviada (adornada)
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para a celebração das bodas do cordeiro. A luz do Novo "l estamento, os
últimos dias da igreja de Cristo na terra, será assinalada de um lado, com o
indiferentismo de muitos, porém para aqueles que serão arrebatados, suas vidas
serão marcadas pelo maior avivamento espiritual de todos os tempos.
"Acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne..." (At 2.17). A manifestação dos dons espirituais sempre
dependeu das suas condições espirituais, Em períodos esporádicos, num lugar
e outro, os dons têm desaparecido, não porque Deus os retirasse da igreja, e,
sim, por falta de interesse e condições espirituais apropriadas para a operação
divina. E no âmbito da pureza, santidade, temor reverente a Deus, humildade e
obediência à sà doutrina, que o Espírito Santo realiza a sua obra de distribuição
dos dons espirituais.

2. Cessaram os dons espirituais hoje?


Vamos examinar (I co 13.8-13) "O amor jamais acaba; mas, havendo
profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;
porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier
o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era
menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino;
quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque,
agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face.
Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior
destes é o amor." Os tradicionais afirmam que o perfeito aqui, mencionado
ainda não tinha vindo para o escritor, quando ele escreveu a carta, mas já veio
para nós hoje, e desse modo, certos dons, que eram conhecidos em parte pelo
escritor, hoje foram aniquilados.

3. Exegese de (1 co 13.8-13)
I. Perfeito: Esta palavra, usada no vrs. IO (no grego telos) contêm a idéia do
fim do objeto consumado. Portanto quando se chegar à consumação, tudo que
é parcial será aniquilado. E o cânon parcial, isto é, Antigo Testamento, quando
foi completado (telos) pelo Novo Testamento, não foi aniquilado. Portanto o
perfeito não é o cânon no Novo Testamento.
2. Quando: O quando do vrs. IO (no grego hotan = no tempo que, naquele tempo),
não tem o mesmo significado do quando do vrs. I I .
3.Quando: o quando do vrs I l . (no grego hóte — enquanto) refere-se há um tempo
indefinido. Este versículo é parentético. Introduz uma idéia suplementar.
4. Agora: A palavra agora aparece duas vezes no vrs. 12 (no grego arti),
refere-se a um agora que já passou? Ou, o agora da epístola ainda é para nós
hoje, ou era apenas para a época do escritor? O perfeito ainda não tinha chegado
31
para o escritor naquele momento (agora), mas já chegou para nós hoje? A
resposta é não, pois o agora deste versículo não é o mesmo do vrs. 14. O agora
do vrs. 13 (no grego nune) não é temporal. O agora, do vrs. 12, para o escritor
ainda é agora para nós. Ainda hoje (agora no presente) vemos, como em
espelho, pois o perfeito ainda não havia chegado para o escritor. e nem chegou
para nós hoje.
5. Então: esta palavra usada duas vezes no vrs.12 (no grego tóte), esta em
conexão com o quando o vrs. I O. Portanto se refere ao mesmo instante daquele.
Quando. "Então (tóte) veremos... e então (tóte) conhecermos... quando (hótan)
vier o que é perfeito.
6.Conhecer: Este verbo aparece três vezes no vrs. 12. A primeira ocorrência
..agora conheço em parte..." é tradução do verbo gnóskô, que significa conhecer.
As duas ocorrências seguintes utilizam o prefixo epi antes do verbo "...então
conhecerei...(epi gnóskó) como também (epi gnóskô).." portanto temos a seguinte
tradução "...então conhecerei plenamente como sou plenamente conhecido.. Se o
perfeito já tivesse chegado então deveríamos hoje conhecer plenamente os
mistérios de Deus, mas ninguém ousaria dizer que hoje (agora) conhece
plenamente a Deus e seus mistérios, como é plenamente conhecido por Deus (Gl
4.9). Podemos ter pleno conhecimento da verdade (II Tm 2.25), mas não o pleno
conhecimento da pessoa de Jesus Cristo. O pleno conhecimento da verdade indica
o conhecimento de "toda" a verdade e não "todo" o conhecimento da verdade. E
um conhecimento numérico e não proporcional. Em outras palavras, podemos
conhecer um pouco sobre todas as verdades (conhecimento numérico), mas não
conhecemos tudo (conhecimento proporcional) sobre todas as verdades, ainda
que todas elas sejam uma só. O conhecimento pleno da Pessoa de Jesus Cristo é
um processo contínuo na vida do cristão, que só terá fim quando vier o que é
perfeito (Jo 17.3-26; FP 3.10; Os 6.3). Mas o que é perfeito? É a ressurreição
quando por ocasião do arrebatamento veremos Jesus face a face e quando seremos
perfeitos como Ele é (I Jo 3.2; FP 3.1 1-16; I Pe 1.8,9).
Em todo o Novo Testamento não há nenhum texto que afirme, de forma clara ou
obscura, que os dons cessaram. A manifestação dos dons espirituais deve ser
pura e exata, desassociada de adivinhações, prognósticos, agouros e feitiçarias
(Dt 18.9-14), e deve ocorrer exatamente como foi prevista (Dt 18.21). O fato de
um sinal ocorrer não indica que a fonte seja realmente divina, por isso é também
necessário que o sujeito (o profeta ou sonhador) que anunciar algum sinal, seja
uma pessoa idónea, espiritual, cuja mensagem seja autêntica e de acordo com a
palavra de Deus (Ex 13. l3,4).

VIII DONS DO ESPÍRITO SANTO.


As Escrituras ensinam, que embora os dons sejam a manifestação do Espírito
Santo, Deus coopera através de uma pessoa numa ação cooperativa, o homem
32
não se torna um boneco, nem age inconscientemente, nem entra num transe. Pelo
contrário, ele precisa cooperar com o Senhor para expressar o que Deus quer
falar sem aumentar nem diminuir.

l. Os dons do Espírito devem ser sujeitos à Palavra de Deus escrita: ''Se


alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça ser mandamento do
Senhor o que vos escrevo" (1 co 14.37).
"Não acrescentará à Palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para
que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando
" (Dt 4.2). "Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda
e sejas achado mentiroso (P v 30.6)". Ainda que seja verdade que o
Espírito Santo ainda fala, Ele nunca acrescentará a este livro, no sentido
de contradizê-lo ou de mudar a sua verdade.
2. Os dons do Espirito devem ser sujeitos aos ministérios de supervisão da igreja:
A Bíblia nos ensina claramente que Deus considera os líderes responsáveis pela
saúde e bem estar espiritual do rebanho. Alguém tem que ser responsável por tudo
o que é dito ou feito na igreja. A negligência de se observar isso é um dos maiores
erros de muitos grupos de crentes onde os dons funcionam, porém sem supervisão.
"Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles, porque velam por vossas almas,
como aqueles que hão de dar conta delas, para que o façam com alegria e não
gemendo, porque isso não vos seria útil". (Hb 13.17). ver também (PV 27.23, Jo
10.11, 11 co 7.12, Jr 23.4). O princípio de liderança está ilustrado no Antigo
Testamento, em (I Cr 25.1-7). Aqui vemos a Asafe profetizando sob a direçào de
Davi e os filhos de Asafe, Jedutum e Hemà, profetizando, louvando e cantando
sob a direção de seus pais. O fato de algo ser espiritual não significa que não possa
ser ordenado, dirigido e julgado. Deus sabe, que onde há o ser humano, a falha
está sempre potencialmente presente.
3. Os dons devem ser governados pelo amor.
Esta é toda a mensagem de (I co 13). Não é por acidente, que dentro do propósito
das Escrituras, Deus satura o assunto dos dons enfatizando o amor. Devemos andar
no espírito como também exercer os dons espirituais. Se andarmos na carne e
ocasionalmente exercermos um dom, ele não será carregado com vitalidade
espiritual (Jn 1.1-10) é o que Paulo declara explicitamente aos Corintos em (I co
13), que diz: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse
amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o
dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que
tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor,
nada seria". Ver também (Gl 5.6).

4. Pode uma pessoa possuir os nove dons espirituais.


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A resposta bíblica, é que, ninguém é completo em si mesmo, absolutamente
necessitamos uns dos outros. Um indivíduo é somente um membro ou órgão do
corpo de Cristo, independentemente de quão "dotado" ele seja. Coletivamente
formamos o Corpo de Cristo como uma igreja local (I co 12.27) "Ora, vós sois o
corpo de Cristo, e seus membros em particular". No entanto, Deus pode escolher
o manifestar-se através de um único indivíduo esporadicamente, com os nove
dons espalhados por todo o Novo Testamento. Isto, contudo, não significa que
acontecerá em toda igreja que aquela pessoa ministrar. Daremos uma lista de
referências onde descrevem Paulo sendo usado através dos nove dons:
Dom da palavra de sabedoria (II Pe 3.15)
Dom da palavra de conhecimento (At 13.1 1) Dom de discernimento de
espíritos (At 16.6-18)
Dom de fé (Rm 15.18)
Dom de curar (At 14.8-10)
Dom de milagres (At 20.9-12)
Dom de profecia (I co 14.6)
Dom de línguas (I co 14.8)
Dom de interpretação de línguas (I co 14.13)
Compreendemos que poderíamos citar mais algumas referências, é que algumas
citadas estão elaboradas no que poderíamos chamar de "conclusões obvias".
Como poderia Paulo, por exemplo, escrever todas as instruções inspiradas e
infalíveis quanto ao uso e função de todos os dons, se ele não tivesse uma
experiência de primeira mão. Temos que nos lembrar, que Paulo era apóstolo de
fundação, cuja incumbência era a de escrever mais do Novo Testamento que
qualquer outro.
5.0s dons espirituais e as suas manifestações nos cinco dons do ministério.
Toda pessoa chamada por Deus para exercer um dos cinco dons do ministério,
que está registrado em (Ef 4.11) terá em sua vida as ferramentas espirituais para
permanecer neste cargo ou função ministerial. Vejamos agora os dons espirituais
que poderão manifestar mais freqüentemente em cada um dom do ministério.
Apóstolo — profecia, palavra da sabedoria — palavra do conhecimento,
discernimento de espírito, fé, curar, e operações de milagres.
Profeta: profecia, palavra de sabedoria, palavra do conhecimento,
discernimento de espírito, fé curas e milagres.
Evangelistas: línguas, interpretação de línguas, curar, operações de milagres.
Pastor: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, discernimento de
espírito.
Doutor ou Mestre: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento,
discernimento de espírito.
5. A classificação dos dons Espirituais (I co 12.1-11)

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Dons de Revelação Dons de Poder Dons Verbais
Palavra da sabedoria Dons de cura Profecias
Palavra do conhecimento Fé Variedades de línguas
Discernimento de Espírito Operação de milagres Interpretação de línguas

Tem a ver com o Tem a ver com o realizar Tem a ver com o falar
conhecer sobrenaturalmente sobrenaturalmente.
sobrenaturalmente
Estes dons poderiam ser chamados de "os sentidos da Igreja". Assim como o
homem tem cinco sentidos através dos quais ele entra em contato com o mundo
ao seu redor, de igual modo à igreja recebeu estes nove sentidos para entrar em
contato com o mundo espiritual. Os dons espirituais são tão essenciais para o
crescimento e proteção do corpo de Cristo como os cinco sentidos o são para o
corpo humano.

l.Palavra da sabedoria (l co 12.8)


E bom que tenhamos uma definição do termo, quando discutimos esses
assuntos espirituais,. Não raro ouvimos de alguém a frase: "O dom da
sabedoria". Não é desta maneira que a Bíblia se refere a essa dádiva. O que
lemos é: "Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria" (I
co 12.8).

Consideremos agora os três tipos de sabedoria.


l. Sabedoria humana, que se limita aos interesses desta vida.
2. Sabedoria satânica, que é sempre usada com propósitos
definitivamente malignos.
3. Sabedoria divina, que é empregada objetivando os melhores
meios para o engrandecimento do Reino de Deus.
O don da palavra da sabedoria baseia no fato de que Deus, na Sua presciência,
tem perante Si fatos e ocorrências da terra e do céu, do presente e do futuro, do
tempo e da eternidade.
Deus é consciente tanto das coisas que acontecem no presente como das que
acontecerão num futuro muito distante. Esse conhecimento, inclusive do
infinito, é realmente a expressão da sabedoria de Deus, que por sua vez é
comunicada pelo Espírito Santo a certos servos de Deus, através do dom da
Palavra da Sabedoria. O homem pode obter a sabedoria divina através de
estudo cuidadoso das Escrituras, ouvindo mensagens inspiradas ou lendo obras
escritas por homens de Deus, mas a Palavra da Sabedoria é dada
sobrenaturalmente.

35
No Novo Testamento este dom de Deus se manifesta de maneira ampla,
notadamente no ministério. Ele causou admiração nas pessoas por: l)Sua
sabedoria. 2) Suas obras poderosas (Mt 13.54). Porém também podemos ver
manifestações desse dom no Antigo Testamento, como por exemplo:
Na vida de José (Gn 41.28-40)
Na vida de Salomão (I RS 3.16-28)
Em Daniel (Dn 2.28-30)

A palavra de sabedoria no ministério de Cristo.


l . quando foi tentado pelo adversário: "disse-lhe o diabo: Se tu és Filho de
Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu,
dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra
de Deus" (LC 4.3-4). Satanás usou conhecimento para apanhá-lo numa
armadilha, mas Cristo foi um passo adiante e usou sabedoria divina que se
aplicava especialmente aquela ocasião.
2. Quando os discípulos de João Batista vieram interrogá-lo
"Respondendo, então, Jesus lhes disse: Ide, e anunciai a João o que tendes visto
e ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os
surdos ouvem os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho" (LC
7.22). Sua resposta aos mensageiros de João foi à causa magistral que ele
poderia ter dito. Ele não deu nenhuma explicação doutrinária. Ele com aquela
resposta estava querendo dizer a João que ele deveria observar o seu ministério
e ver ser trazia as marcas do Messias.
3. Sua resposta a mulher samaritana: "Nossos pais adoraram neste monte,
e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar" (Jo 4.20) Ele não
se envolve em disputa "a doutrina favorita dela". Ele não tomou partido dos
samaritanos, nem dos judeus, pois isto teria causado decisão e preconceito
religioso. Pelo contrário, Ele a dirigiu a uma verdade maior. “A hora vem, e
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai, em espírito e em
verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem", e então revelou sua
identidade verdadeira a ela.
4. Sua resposta aos fariseus: "Dize-nos, pois, que te parece: E lícito pagar
o tributo a César, ou não...De quem é esta esfinge e esta inscrição: Dizem-lhes
eles: De César. Então ele lhes disse: Daí pois a César o que é de César, e a Deus
o que é de Deus" (Mt 22.17-22)Os fariseus lhe fizeram uma pergunta astuciosa
para que Ele caísse numa ofensa, que poderia fazê-lo vulnerável a acusações, e
a punição legal. Por outro lado se Ele apoiasse o tributo à multidão se revoltaria
conte Ele, pois estavam debaixo do jugl romano, naquela época. Sua resposta
foi uma "obra prima" uma verdadeira palavra de sabedoria. Ver também (Mt
22.23-33).

36
Jesus também prometeu aos seus seguidores: "porque eu vos darei boca e
sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer... "(LC 21.15) A razão ,
disse o Mestre: "Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as
cousas que deveis dizer" (LC 12.12).
Palavra da Sabedoria é, portanto, a participação da infinita sabedoria de Deus, dada
a conhecer através da instrumentalidade de um crente, para a solução de problemas.

3.Como é manifestada a palavra da sabedoria.


Este dom funciona em diferentes formas para os propósitos diferentes. Deus é
um Deus de grande variedade. Ele disse que há variedades de dons e que eles
funcionam de diversas maneiras (I co 12.3-5).
A palavra de sabedoria pode vir das seguintes maneiras:
• Pelo Espírito falando no nosso interior, ou poderíamos dizer, por intuição
espiritual: com os ouvidos espirituais, ouvir a voz do Espírito.
• Através de sonhos, visões ou arrebatamento de sentidos: Em (At 18.9-10).
O Senhor falou com Paulo numa visão de noite, assegurando-lhe que
nenhum mal lhe sobreviria, e que havia muitas pessoas devotas em Corinto.
Em (At 16.9, IO) O chamado à Macedônia veio numa visão de noite. , O
próprio Jesus apareceu a Paulo e o instruiu quanto ao que ele deveria fazer
(At 22.17-21). Em (At
10.10-17), Pedro teve um arrebatamento de sentidos e foi instruído por Deus.
A palavra de sabedoria pode vir unanimidade entre os líderes espirituais.
E, (At 6.1-6) Quando os líderes da igreja se confrontaram com um problema
importante, a cerca das viúvas, o qual requereria uma decisão importante. Deus
deu uma palavra de sabedoria aos doze apóstolos, a qual lhes deu a direçào a
seguir, não somente para a situação deles, mas também para a igreja que os
seguia por toda a história, isto é, mais tarde, confirmado por Paulo em (I Tm 3.8-
13).
4. O poder e o lugar da palavra da sabedoria.
E o primeiro dom mencionado, ele é necessário na operação de todos os dons. A
sabedoria é relacionada com um profundo e íntimo relacionamento com Deus,
precisamos de sabedoria espiritual ao governar os afazeres de nossa vida diária,
e ao ganharmos almas, como também para a direção pessoal de nossas
vidas..Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;
E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e
agradáveis. O homem sábio éforte, e o homem de conhecimento consolida a
força. Com conselhos prudentes tufarás a guerra: e ha vitória na multidão dos
conselheiros" (Pv 24.3-6)

2.Palavra do conhecimento (I co 12.8).


37
A definição de "Palavra do Conhecimento" envolve uma implicação sobrenatural
de fatos que, no momento, nenhum indivíduo poderia aprender por qualquer
meio natural. Quando Paulo diz: "Ainda que eu tenha o dom de profetizar e
conheça todos os mistérios e toda ciência... "(I co 13.2), obviamente referiu-se
àquelas palavras que nem ele nem outro homem entendiam por meio natural.
O dom da palavra do conhecimento é a revelação de ações e fatos que se baseiam
no perfeito conhecimento de Deus. Ela não é o conhecimento que vem através
da habilidade natural, observação, estudo, educação ou experiência. E o
conhecimento que ultrapassa os sentidos do homem. Ela vai além do
conhecimento que é obtido através de qualquer meio natural. Esta é a natureza
de todos os "dons do Espírito". Eles não são expressões da habilidade do homem,
mas são chamados "manifestações do Espírito".
• Exemplos bíblicos no Antigo Testamento.
I .Na vida de José :
(Gn 40.5-19) com revelação de sonhos do copeiro e do padeiro.
(Gn 41 .1-36) com relação ao sonho de Faraó e a fome durante sete anos (Observe "a
"palavra de conhecimento" e a palavra de sabedoria" funcionando juntas).
2- Na vida de Samuel:
(I Sm 3.1 1-14) com relação ao julgamento iminente do sacerdócio de Eli e de seus
Filhos.
(I Sm 6 a 18) com relação à conduta do rei vindouro.(l Sm 13.14) com relação à
remoção da dinastia de Saul.
3. Na vida de Elizeu:
(II RS 8.7-12) com relação à morte de bem-Hadade e o futuro reinado de Hazael.
4. Na vida de Daniel:
(Dn 2.19-45) com relação ao sonho de Nabucodonosor. (Ver novamente a relação a
"palavra de sabedoria e de conhecimento sobrenatural").
(Dn 5) com relação ao julgamento de Baltazar.
• Exemplos bíblicos no Novo
Testamento I .Na vida de Pedro:
(At 5.1-11) com relação ao logro de Ananias e Safira
2. Na vida de Paulo:
(At 20.29-31) com relação com falsos profetas na igreja de Éfeso
(At 27.23-24) com relação a segurança de sua viagem
(At 18.9, IO) com relação a Corinto e ao seu ministério lá.

• Exemplos bíblicos da "Palavra do Conhecimento"


1. Na vida de Jesus:
(Jo 1 1.1 1-14) com relação à morte de Lázaro
(Jo 4.17-18) revelando a vida da mulher samaritana
(Jo 13.38) mostrando que: Pedro negaria Jesus três vezes.
38
(Jo 6.61 ) com relação à murmuração dos discípulos por causa do seu ensinamento
(LC
6.8; 5.22; 7.36-50; 13.16)
As faculdades intelectuais do homem são úteis ao trabalho, mas a "Palavra do
Conhecimento" vem por concessão por intermédio do Espírito Santo.

3. Discernimento de Espíritos (I co 12.10)


Muitos falham na concepção real de discernimento dos espíritos. Pensam
erradamente que este dom relaciona-se com o julgamento das relações humanas.
Para facilitar a sua definição, veja o que o dom de discernimento de espírito "não
é".
discernimento de espírito não é habilidade para descobrir faltas alheias.
discernimento de espírito não é capacidade para ler os pensamentos das
pessoas discernimento de espírito nada tem a ver com os fenómenos
espirituais discernimento de espírito não se relaciona com psicologia.

O dom de discernir espíritos é uma dotação especial dada pelo Espírito Santo,
para saber qual é o espírito que está operando, pois o vocábulo discernir significa:
"ver o oculto", com o propósito de proteger, guardar, guiar o rebanho do Senhor.O
apóstolo João nos dá um bom conselho: "Amados, não creiais a todo o espírito,
mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo" (I Jo 4.1). Os espíritos podem ser testados pelos seus frutos
(IVIt 7.16-20). É vital que os servos de Deus saibam discernir quais são os
espíritos que estão sendo expressos, e se uma mensagem provém do Espírito
Santo ou não. Segundo o apóstolo Paulo, toda profecia deve ser avaliada quanto
ao seu conteúdo. Isso demonstra que a profecia nos tempos do Novo Testamento
não eram infalíveis sendo passíveis de correção (I Jo 4. I ).
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação de falsos
mestres e profetas aí presentes. O profetizar o falar em línguas estranhas ou a
manifestação de algum dom sobrenatural não é a garantia de que alguém é um
genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por
Satanás. (Mt 24.24) "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão
grandes sinais e prodígios que, se possívelfora enganariam até os escolhidos "
Se a igreja não julgar com decência e com ordem as profecias, ela deixará de
seguir as diretrizes bíblicas. O sentido etimológico da palavra é literalmente,
"julgar perfeitamente". Em relação às açóes puramente naturais dos homens, isto
significaria simplesmente habilidade natural, mas para julgar os espíritos
precisamos ser ajudados por Deus.
Sua função: A igreja é assediada pelo poder das trevas. O seu inimigo é o
...espírito que agora atua nos filhos da desobediência..." (Ef 2.2). ele tambénn
domina a mente e o corpo das pessoas incrédulas, suscetíveis às influências de
39
espíritos maus e demónios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar os
obreiros desprovidos de discernimento espiritual. Pedro anunciou a Simão, o
mágico, descobrindo a condição do seu coração imperfeito. Simão lograra
enganar os crentes com sua aparente piedade, mas fi)i desmascarado diante da
manifestação do dom de discernir. Paulo discerniu que Elimas era "filho do
Diabo" e, com palavra de autoridade lhe impôs o julgamento de Deus (At
13.612). Outra vez, em Filipos, a moça possessa de um espírito de adivinhação
seguia Paulo e Silas, gritando "...estes homens são servos do Deus Altíssimo..."
mas Paulo desmascarou o demónio, um inimigo disfarçado, e expulsou-o (At
16.16-18). Podemos ver também este dom no ministério do Senhor Jesus, Ele
conhecia os pensamentos dos judeus (Mc 9.4; Mt 12.25; LC 6.8; etc). Discerniu
que havia um espírito "imundo" no homem; que havia na verdade, uma legião
inteira (LC 9.42), isto aconteceu muitas vezes no ministério do Senhor Jesus (MC
5.5-13; Lc 4.18-37).
Muitos cristãos, atualmente estão visivelmente desapercebidos quanto a
fatos do reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do
povo de Deus, cheia do Espírito Santo a origem de qualquer manifestação
sobrenatural. Somos avisados pela palavra do Senhor de que estes tempos
são caracterizados por uma tremenda influência sobrenatural, satânica.
Predominarão as falsas doutrinas propagadas pela sedução de espíritos
demoníacos (I Tm 4. l). Também os dias de tribulação serão marcados por
milagres de Satanás ( II Ts 2.9; Ap 13.14).Além disto as Escrituras nos advertem
que, antes do arrebatamento, muitos poderão ficar impressionados com
operações satânicas sobrenaturais, que enganarão se possível até os escolhidos
(Mt 13.22).
É claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode
agir, O Espírito Santo o espírito humano ou o espírito do mal. O dom de
discernimento de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera.
Toda profecia deve ser avaliada quanto ao seu conteúdo. Isso demonstra que a
profecia nos tempos do Novo Testamento não era infalível sendo passível de
correção. Um exemplo que a profecia e o falar em línguas não procedem de Deus
(I Jô 4.1) " Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são
de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Até mesmo os espíritos malignos conseguem agir na congregação através de
falsos mestres e profetas aí presentes. O profetizar o falar em línguas estranhas
ou a possessão de algum dom sobrenatural não é garantia de que alguém é um
genuíno profeta ou crente, pois os dons espirituais podem ser falsificados por
Satanás. (Mt
24.24) " Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes
sinais e prodígios que, se possível fora enganariam até os escolhidos.

40
(II Ts 2.9-12) "A esse cuja segunda vinda é segundo a eficácia de Satanás,
com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo engano da
injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade 'para
se salvarem. E por isso
Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam
julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.
Se a igreja não julgar com decência e com ordem as profecias, ela deixou de
seguir as diretrizes bíblicas.
O sentido etimológico da palavra é, literalmente, "julgar perfeitamente". Em
relação às ações puramente naturais dos homens, isto significaria simplesmente
habilidade natural, mas para julgar os espíritos precisamos ser ajudados por
Deus.
Discernimento é atributo de Deus pelo qual Ele conhece absolutamente todas as
coisas e tem autoridade para julgar. Por esse poder e conhecimento, Deus pode
julgar todas as coisas com retidão e justiça.
Sua função: a igreja é assediada pelo poder das trevas. O seu inimigo é o
"...espírito que agora atua nos filhos da desobediência... " (Ef 2.2). Ele também
domina a mente e o corpo das pessoas incrédulas, susceptíveis às influências de
espíritos maus e demónios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar os
obreiros desprovidos de discernimento espiritual.
(At 8.23) Pedro anunciou a Simão, o mágico, descobrindo a condição do seu
coração imperfeito. Simão lograra enganar os crentes com sua aparente piedade,
mas foi desmascarado diante da manifestação do dom de discernir.
Paulo discerniu que Elimas era "filho do Diabo"e, com palavra de autoridade lhe
impôs o julgamento de Deus (At 13.6-12). Outra vez, em Filipos, a moça
possessa de um espírito de adivinhação seguia Paulo e Silas, gritando: -estes
homens são servos do Deus Altíssimo... mas Paulo desmascarou o demônio, um
inimigo disfarçado, e expulsou-o (At 16.16-18).
Muitos cristãos, atualmente, estão visivelmente despercebidos quanto a fatos do
reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do povo de Deus,
cheia do Espírito Santo, a origem de qualquer manifestação sobrenatural. Somos
avisados pela palavra do Senhor, de que estes tempos são caracterizados por uma
tremenda influência sobrenatural, satânica. Predominarão as falsas doutrinas
propagadas pela sedução de espíritos demoníacos ( I Tm 4.1). Também os dias
de tribulação serão marcados por milagres de Satanás (II Ts 2.9; Ap 13.14). Além
disto, as Escrituras nos advertem que, antes do arrebatamento, muitos poderão
ficar impressionados com operações satânicas sobrenaturais, que enganarão se
possível, até os escolhidos (Mc 13.22).
E claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode agir. O
Espírito Santo, o espírito humano ou o espírito do mau. O dom de discernimento
de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera.
41
Algumas edições da Bíblia é designada como parte do fruto do Espírito que é
precisamente a crença que nos constrange à fidelidade a Deus (Gl 5.22,23). E
evidenciada praticamente pela submissão a Deus e pela prática das boas obras
ou pela obediência a Deus (LC 17.5-10; Tg 2.14-26).
c) Fé dom do Espírito Santo.
Além da fé natural e fé comum, há também a fé como dom do Espírito. E este assunto
que você vai estudar em seguida.
Em certo sentido, toda fé é dom de Deus, mas há a fé sobrenatural. Pode partir do nível
natural, exceder os limites do comum a todos os homens, tornar-se mais e mais
poderosa mediante as bênçãos recebidas como resposta às orações e chegar ao ponto
alto da definição bíblica "...fé é a certeza de cousas que se esperam..." (Hb I . I A fé
tem dimensões indefinidas. A Bíblia fala de:
- fé pequena (Mt 14.31)
-fé crescente (II Ts 1.3)
- fé como grão de mostarda (LC 17.6)
- Fé grande (Mt 15.28)
O dom da fé habilita o crente a aceitar como realidade todas as promessas de Deus, a
agir na certeza plena de que Deus vai cumprir a Sua Palavra. Desse tipo de fé poderosa
e dinâmica, necessitamos tremendamente em nossos dias: fé que domina o poder do
inimigo e liberta todos os prisioneiros do diabo. Fé que vence o poder das doenças e
enfermidades, fé que assegura o triunfo contra todo o pode do mal; fé que dá a certeza
de que Deus tudo supre, na hora da necessidade, que abre as portas das prisões, que
acalma o mar tempestuoso e dá ao cristão a certeza de uma vitória contínua em toda a
sua vida. Isto é o trabalho sobrenatural do Espírito Santo.
Uma porção desta fé divina, que de fato é um dom do Espírito Santo derramado sobre
a alma do homem, pode fazer até mesmo o que é aparentemente impossível (I co 13.2)
"...e ainda que tivesse toda a fé, de tal maneira que transportasse os montes....". Eis o
dom da fé. Não o confundamos, pois com a fé comum, que se manifesta para a
salvação, logo que ouvimos a Palavra de Cristo (Rm 10.17).

5. Dons de curar ( I co 12.9).


O poder para curar é muito desejado, em virtude de ser um sinal eloqüente e ostensivo
na confirmação da mensagem do evangelho, como também em razão da verdadeira
simpatia cristã para com os sofredores e do desejo de proporcionar-lhe alívio, etc. A
semelhança de todos os outros, este dom está na dependência da soberania de Deus.
A cura pode ser operada gradualmente.
(Mc 8.23-25) "E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspido
lhe nos olhos, e impondo-lhe as muitos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E.
levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que
andam; depois tornou a pôr lhe as mãos nos olhos, e ele, olhando firmemente
ficou restabelecido e já via ao longe e distintamente a todos.
42
4.Dom da Fé (1 co 12.9).

Há três tipos de fé: a fé natural, a fé comum, que opera para a salvação e a fé como dom,
que é propriamente o objeto deste estudo.

a) Fé natural:
O homem é obra do Criador, tendo sido criado com responsabilidades naturais de
relacionar-se com Deus. Mesmo ao homem perdido Deus tem dado sabedoria natural.
De igual modo, tem dado fé ou capacidade para acreditar na sua existência e nas coisas
invisíveis. Com esse tipo de fé, o homem pode crer acertada ou erradamente nas coisas
espirituais. Pode crer, mesmo sem obedecer ou seguir a Deus. A detiniçào primária de
fé natural é a capacidade que todo homem tem de crer em um Ser Supremo. Isto pode
ter fundamento nas palavras de Paulo em (Rm l . 19,20).

b) Fé comum.
Aqui temos propriamente uma expressão bíblica. Paulo escreve: ' 'Tito, verdadeiro filho,
segundo a fé comum... "(Tt I .4). Esta é a fé que opera para a salvação (Jd 3) vem pela
pregação da Palavra de Deus e traz à pessoa a graça salvadora (Rm 10.17; Ef2.8).
mediante a oração no Espírito Santo, toma o caráter de "fé santíssima” e torna-se a
firmeza do crente (Jd 20). Não é especificamente a fé que opera milagres. Em 38
se bem que há muitos casos de cura instantânea, há também muitos outros que não o
são. Ou, noutras palavras, a causa da ferida é eliminada pelo poder de Deus, mas não
é sarada imediatamente.
No exemplo dos dez leprosos. (LC 17.1 1-19) Jesus os curou, porém mandou que fosse
apresentar-se aos sacerdotes. Certamente não havia evidências de que já estavam
curados. Obedeceram à ordem de Jesus e seguiram. Ao certo, não desapareceram logo
os sinais da lepra, luas, as certas distâncias, viram que já estavam curados. Estavam
limpos. Sua fé aceitou a palavra do Senhor Jesus, e, consequentemente, a libertação da
enfermidade, antes que visses qualquer mudança em seus corpos ou em seus membros
deformados.
Em tais casos de cura o Senhor Jesus ensina importante lição. Ele quer que a nossa fé
seja fundamentada em Sua Palavra e não apenas em sinais e maravilhas que podemos
ver com os nossos olhos físicos. Duas ocorrências do ministério de Jesus podem
elucidar bem este ensino. "...Se, porventura não virdes sinais e prodígios, de modo
nenhum crereis ". (Jô 4.48). Em contraste com este exemplo de incredulidade, lemos
as palavras do centurião de Cafarnaum: "...porém manda com uma palavra, e o meu
rapaz será curado"(Lc 7.7).
O texto não registra os dons de curar como significado que um homem possa possuí-
o e assim esteja habilitado a curar os casos de enfermidades sem acepção. Antes, Deus
tem feito residir em Sua Igreja, a potencialidade para acura de enfermidades.

43
O propósito dos "dons de curar" é naturalmente libertar das enfermidades os sofredores.
Além deste, em ainda um propósito mais elevado — a glória de Deus. Os dons de curar
chamam a atenção para a majestade do poder de Deus pela confirmação de sua palavra.
Contribuem para abrir os corações de tal maneira que muitos aceitam o evangelho da
salvação.

6. O dom de operação de milagres (I co 12.10)


Operação de milagres é outro dom de poder. E ao estupendo que se torna inconcebível
à mente finita do homem. Entretanto, ele faz parte do ministério sobrenatural do
Espírito Santo, através da vida de crentes cheios do Espírito Divino.
A Bíblia é o Livro dos Milagres, de fato, ela é talvez o maior milagre. No Egito Deus
operou muitos milagres para a libertação dos israelitas. A separação das águas do Mar
Vermelho, o maná que enviou ao povo no deserto, a água provinda da rocha em
Refidim, foram milagres realizados por Deus, por intermédio daqueles a quem Ele
encheu do Seu Espírito (Ex 14.17).
A paralisação do sol, por intermédio de Josué (JS 10.12); o machado que emergiu do
fundo das águas, pela palavra de Elizeu (II RS 6.6); a sombra do sol que retrocedeu,
atendendo à oração de Ezequias (II RS 20.9-1 1), todos estes foram milagres
testemunhados por muitos e estão registrados na Bíblia).
Jesus acalmando a tempestade, multiplicando os pães e peixe; fazendo cegos de
nascença enxergar, ressuscitando mortos. Todos são autênticas demonstração do poder
sobrenatural de Deus.
• A necessidade de milagres na Igreja.

44
O aumento das atividades de Satanás nestes dias. Requer da parte da Igreja, o crescimento
na fé e mais poder para que possa ser vitoriosa contra as forças do inferno. Permita Deus,
nunca tenhamos que confessar como Seus servos no passado, "Já não vemos os nossos
sinais.... "(SI 74.9)

7.Dom de profecia ( I co 12.10)


"Profecia é a voz através da qual falam a sabedoria e a fé. E a voz do Espírito Santo"
(Ralph Riggs, THE SPIRIT HIMSELF)
Uma pregação inspirada pode ter um elemento profético, contudo a profecia é
inteiramente diferente da pregação ordinária.
A profecia quanto a manifestação do Espírito Santo trata-se de um dom que capacita ao
crente transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do
Espírito Santo (l co 14.24,25,29-31)
Não se trata de sermão previamente preparado. Tanto no Antigo como no Novo
Testamento, profetizar não é primeiramente predizer o futuro, mas proclamar a vontade
de Deus e exortar (aconselhar trazendo para dentro — do corpo de Cristo)e levar o seu
povo a retidão, à fidelidade e à paciência.
A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (I co
14.25) 'C. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se
sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
Como já foi dito muitos falsos profetas podem estar dentro da igreja, por isso a profecia
deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo.
De que forma podemos julgar a profecia? Conferindo-a com a Bíblia Sagrada, pois o
Espírito Santo jamais vai contra a Palavra do Pai. Mas para isto você tem que estar em
constante estudo da Palavra de Deus.
Observe alguns pontos interessantes a respeito da profecia e seus propósitos, como segue:
I .A profecia nem sempre é predição
Muitos ministros pentecostais podem testificar de ocasiões quando no meio de um
sermão, subitamente o Espírito veio sobre eles de maneira fora do comum, e, por um bom
período de tempo, foram tomados por este poder, proferindo verdades em que não
pensaram, nem entenderam antes. Deve ter sido alguma instância de predição, mas nem
sempre a profecia no Novo Testamento é predição. Não obstante, a profecia em muitos
casos tem função preditiva.

2.Não tem a finalidade de estabelecer normas.


E interessante observarmos que não há coisa alguma no Novo Testamento que indique ser
função dos profetas na Igreja, a de servirem como guias, como os profetas dirigiam Israel
na antiguidade, por um regime de "consultar ao Senhor". Há, de fato, exemplos tais como
a profecia de Agapo, acerca da fome que viria (At 1 1.28), e quanto ao que aconteceria a
Paulo em Jerusalém, quando o profeta predisse claramente o que iria acontecer (At 21.1
1). Mas é significativo que ele não proferiu palavra de direção; o modo de proceder ficou
45
a critério da Igreja. Os discípulos é que resolveram quanto as providências a serem
adotadas.
A profecia tem função preditiva, e não diretiva. O profeta limitou-se a predizer as
tribulações que sobreviriam ao apóstolo em Jerusalém. Quanto aos conselhos para que
Paulo "não subisse a Jerusalém ", Lucas deixa bem claro que precediam dele e dos demais
amigos de Paulo. Não duvidamos que o próprio Agapo, na qualidade de amigo de Paulo,
concordasse em aconselhá-lo a evitar a ida a Jerusalém. No entanto, prevaleceu a decisão
de Paulo e por fim concordaram com ele dizendo: "...faça-se a vontade do Senhor". (At
21.14). Certamente, Agapo não ficou ressentido, atribuindo ao apóstolo uma atitude
rebelde. Como profeta que realmente era sabida que a missão que lhe fora dada pelo
Espírito Santo era apenas predizer o que aconteceria a Paulo, não para que este fugisse à
determinação de Deus a seu respeito, mas para que Paulo se preparasse para aquela fase
perigosa do seu ministério.
3.Nào é infalível o dom de profecia
Atente bem para este assunto, pois muitos não o admitem facilmente. O dom de profecia
envolve uma função do humano e o divino, o finito e o infinito, i imperfeito e o perfeito.
Há, em algumas pessoas, a concepção falha de que, na manifestação do dom de profecia,
é somente Deus quem fala. Em alguns casos isto pode ser verdade, mas cabe aqui uma
explicação: se o dom de profecia fosse inteiramente uma operação de Deus, sem
participação alguma do homem, não seria necessária qualquer instrução quanto ao
exercício do mesmo. Deus não necessita de instrução. A inspiração divina não exclui a
participação do espírito humano. O Espírito de Deus é infalível, mas o do homem não o
é. Como prova disto, em sua instrução Paulo afirma: "Os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos próprios profetas (I co 14.32). É claro que o Espírito de Deus não está sujeito
aos profetas. Há, portanto, a participação do imperfeito espírito humano na profecia. Se
não houvesse, não haveria perigo de falhas, nem necessidade de ser submetido a
julgamento (I co 14.29-33).

8. Dom de línguas (I co 12.10)


Quanto à forma, o falar em línguas como um dom, em sua essência, é algo idêntico ao
falar em outras línguas, na experiência inicial do batismo, descrita no livro de Atos, sendo,
no entanto diferente quanto ao seu propósito e operação.
Essas línguas podem ser humanas e vivas, ou uma língua desconhecida na terra, "língua
dos anjos”. A língua falada através desse dom não é aprendida, e quase sempre não é
entendida, tanto por quem fala, como pelos ouvintes.
O falar em outras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus,
que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus. ,
expressando-se através do espírito mais do que através da mente, e orando por si mesmo
ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente.

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Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo
Espírito Santo para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem.
Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja.
Dado como "mensagem" à congregação, um dos propósitos do dom de línguas e confirmar
a palavra ensinada. Neste caso. E indispensável a interpretação. Deste modo, toda a igreja
pode ser edificada, sendo este o propósito do dom.
9.Dom de interpretação de línguas (I co 12.10).
O dom de interpretar línguas é algo semelhante à interpretação de uma língua estrangeira
por um hábil intérprete que explica o mesmo sentido numa língua que conhecemos.
Há, contudo algo muito mais importante que você vai estudar em seguida.
1.Como é feita a interpretação.
Não obstante a semelhança acima mencionada, a interpretação das línguas estranhas é
feita sobrenaturalmente. Esta diferença provém do fato de que as línguas estranhas são
dom de Deus e só podem ser interpretadas mediante outro dom igualmente sobrenatural.
Assim, deve ser enfatizado que isto não é feito como quem traduz as palavras. O trabalho
é realizado por intermédio do espírito humano, que opera através do ministério do
Espírito Santo.
A interpretação é dada não mediante a atenção prestada às palavras do que fala em
línguas, e, sim por meio de concentração em espírito com o Senhor, que dá a
interpretação, mediante o aludido dom.

2.A interpretação é elocução inspirada.


Na interpretação, as palavras são dadas por revelação e seguem as regras da profecia e
toda elocução inspirada, vindo tanto por visão, como por outro meio escolhido por Deus,
de acordo com a sua infinita sabedoria.
Quando o dom de interpretação opera em consonância com o "dom de línguas, os dois
juntos são equivalentes ao dom de profecia".

3.Não há necessidade de intérprete oficial na Igreja.


Algumas vezes, a manifestação do dom pode sobrevir como uma mensagem a descrentes
em uma língua que ele entende (I co 14.22-25). Neste sentido, as línguas podem ser um
sinal. Em outras ocasiões, pode haver nas línguas uma mensagem de edificação ou
exortação para toda a Igreja. Em tais oportunidades, entretanto deve haver interpretação
da mensagem. Sem a complementação desse dom, a mensagem em línguas não terá
utilidade, não trará proveito à congregação. Seria uma violação da regra estabelecida por
Deus mediante Paulo.

IX - O VIVIER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO.


(Ef 5.8-20) "Porque noutro tempo éreis trevas mas agora sois IIE no Senhor; andai como
filhos da luz, ( porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade);
aprovado o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das
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trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas
todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas, pela luz, porque a luz tudo manifesta.
Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios; remindo
o tempo; porquanto os dias são maus. Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja
a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-
vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos e cânticos espirituais; cantando e
salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Senhor
Jesus Cristo;

(Gl 5.22-26) "Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade,


benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os
que seio de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscência. Se
vivermos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de
vanglorias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

Estes dois textos servem de base para este assunto que representa necessidade tão grande
para o crente quanto o próprio batismo com o Espírito Santo.
Depois do homem coxo na porta Formosa ter sido curado, Pedro e João foram criticados
perante as autoridades. Pedro, " .cheio do Espírito Santo... "(At 4.8), fez a sua defesa
perante a corte dos sacerdotes. Então os apóstolos foram juntar-se aos seus companheiros
de fé. Haviam sido proibidos de pregar em nome de Jesus. Obedecer tal ordem seria
impraticável em face do "ide"de Jesus, mas, para tanto, não bastava sua própria
disposição. Precisavam adicionar a ela a força do Espírito, como ajuda indispensável
para vencerem o teste a que foram submetidos.
Reuniram-se em oração. "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos;
todos ficaram cheios do Espírito Santo. " (At 4.31). Haviam sidos cheios no Dia de
Pentecostes, mas agora foram cheios outra vez.
Diante deste exemplo é justo admitirmos que, embora tenhamos sido cheios do Espírito
quando fomos batizados nEle, precisamos de constante reenchimento para mantermos o
poder e a unção, necessários para todos os dias de nossa peregrinação nesta vida. Em
(Ef 5.18) diz: " ,enchei-vos do Espírito ".. No original, literalmente diz: "Esteja de
contínuo sendo cheio do Espírito."

I. O fruto do Espírito Santo.


Caridade: O interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca.
Gozo: A sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e
na presença de Deus, bênção estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo. Paz : A
quietude no coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente
e seu Pai celestial.
Longanimidade: Perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero.
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Benignidade: Não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dos.
Bondade: ação pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal, pode ser expressa em atos de
bondade, ou na repreensão e na correção do mal.
Fé: Lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa,
compromisso, fidedignidade e honestidade.
Mansidão: Moderação, associada à torça à coragem, descreve alguém que pode irar se
com equidade quando necessário. e também humildemente submeter-se quando for
preciso.
Temperança: O controle do domínio próprio sobre nossos próprios desejos e paixões,
inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza.

O ensino de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao
modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — práticas essas virtudes
continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui
descritos.

X -- A BLASFÉMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO.


"Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a
blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens. E, se qualquer
disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém
falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no
futuro" Mt 12.32-33. Atente para o que vai ser apreciado aqui: nem todo pecado contra
o Espírito Santo é blasfêmia, mas toda blasfémia contra o Espírito Santo é pecado.
Uma das definições de blasfêmia é proferir palavras abusivas contra a divindade, de modo
consciente e malicioso. Jesus tinha acabado de expulsar um demónio de um homem cego
e mudo. O povo ficou maravilhado e estava pronto a aceitar a Cristo como o Messias
prometido. Os fariseus, entretanto, disseram que Cristo expelia os demónios pelo poder
satânicos (Mc 3.22; Mt 12.24). Mesmo do ponto de vista racional, seriam capazes de
admitir o ensino de Jesus, de que Satanás não iria lutar contra si mesmo, derrotando os
seus agentes. As palavras dos fariseus foram discernidas por Jesus como ofensa consciente
à divindade do Espírito Santo, pois Jesus foi ungido pelo Espírito Santo para libertar " a
todos os oprimidos do Diabo" Leia (At 10.38; IS 61.1,2).

I. A gravidade do pecado de blasfêmia.


O pecado de blasfêmia se torna particularmente horrendo quando praticado contra o
Espírito Santo, pois resulta no afastamento e separação do único que pode conduzir o
pecador a Deus. A blasfêmia é o pecado imperdoável, não porque Deus não seja
misericordioso, mas porque o que assim procede, se afasta conscientemente do plano
redentor de Deus, e revela por si mesmo ter um coração insensível. Sem tal sentimento, é
impossível o arrependimento que conduz ao perdão e à reconciliação com Deus.

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2. Discernindo o pecado imperdoável.
2.1 Entristecer o Espírito: Se isto for contínuo, levará à resistência ao Espírito (Ef
4.30).
2.2 Resistir ao Espírito: Essa atitude leva ao endurecimento do coração (l Ts 5.19)2.3
Apagar o Espírito: Essa atitude leva ao endurecimento do coração (Hb 3.8-13) 2.4
Endurecimento do coração: Leva a uma mente réproba e depravada a ponto de
chamar o bem de mal e o mal de bem (Rm 1.28; Is 5.20). Como aconteceu com os
fariseus que conscientemente atribuíram os milagres de Cristo a obra de demónios.
Quando isso acontece o endurecimento do coração atinge certa intensidade que o
Espírito já não contenderá mais para levar aquela pessoa ao arrependimento (Gn 6.3;
Dt 29.18-21; PV 29. I ). Quando aqueles que se preocupam pensando que já
cometeram o pecado imperdoável, a sua disposição de se arrependerem e quererem
o perdão, é evidência de que não cometeram o tal pecado imperdoável. Esse pecado
consiste na rejeição, consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do
testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Cristo
Jesus. "Esse pecado é imperdoável não porque sua gravidade supere os méritos da
obra que Cristo efetuou na cruz do Calvário, ou porque o pecado foge dos limites do
poder restaurador do Espírito Santo, mas porque os domínios do pecado, a pessoa
rapidamente manifesta um desafiante ódio de Deus, a ponto de não ter no coração
lugar de arrependimento". A respeito disso, disse certo pastor: "Pecando o homem
contra Deus, veio Jesus para conduzi-lo de volta a Deus, havendo pecado contra
Cristo, veio o Espírito Santos para reconciliá-lo; mas pecando o homem contra o
Espírito Santo, quem o há de salvar".

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