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Aula 02

Direito Penal p/ PM-TO (Cadete) Com videoaulas - 2019

Renan Araujo, Time Renan Araujo, Paulo Guimarães


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PUNIBILIDADE E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

1! PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO ............................................................................... 2!
1.1! Introdução ................................................................................................................................ 2!
1.2! Causas de extinção da punibilidade diversas da prescrição ..................................................... 2!
1.3! Prescrição ................................................................................................................................. 5!
1.3.1! Prescrição da pretensão punitiva ................................................................................................................................ 5!
1.3.2! Prescrição da pretensão executória .......................................................................................................................... 11!
1.3.3! Disposições importantes sobre a prescrição ............................................................................................................. 13!

2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ..................................................................... 13!


3! SÚMULAS PERTINENTES ........................................................................................ 18!
3.1! Súmulas do STJ ....................................................................................................................... 18!
4! RESUMO ................................................................................................................ 19!
5! EXERCÍCIOS PARA PRATICAR .................................................................................. 22!
6! EXERCÍCIOS COMENTADOS .................................................................................... 39!
7! GABARITO ............................................................................................................. 69!


Olá, meus amigos concurseiros!

Nessa aula vamos um estudar um tema muito relevante que é a “extinção da punibilidade”.
Muita atenção à aula de hoje, pois é um tema que exige concentração.
A aula inteira é importante, mas o foco principal deve ser a parte relativa à prescrição da
pretensão punitiva.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo


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1! PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO

1.1! INTRODUÇÃO

Quando alguém comete um fato definido como crime, surge para o Estado o poder-dever de
punir. Esse direito de punir chama-se ius puniendi.
Em regra, todo fato típico, ilícito e praticado por agente culpável, é punível. No entanto, o
exercício do ius puniendi encontra limitações de diversas ordens, sendo a principal delas a limitação
temporal (prescrição).
Desta forma, o Estado deve exercer o ius puniendi da maneira prevista na lei (através do
manejo da Ação Penal no processo penal), bem como deve fazê-lo no prazo legal.
Para o nosso estudo interessam mais as hipóteses de extinção da punibilidade. Vamos analisá-
las então!
O art. 107 do CP prevê que:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - pela morte do agente;


II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;


IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.


Veremos, primeiro, todas as causas de extinção da punibilidade diversas da prescrição. Depois,
vamos ao estudo da prescrição, que é a principal delas.

1.2! CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DIVERSAS DA PRESCRIÇÃO

O primeiro caso é bem simples. Falecendo o agente, extingue-se a punibilidade do crime, pois,
como vimos, no Direito Penal vigora o princípio da intranscendência da pena, ou seja, a pena não
pode passar da pessoa do criminoso. Assim, com a morte deste, cessa o direito de punir do Estado.
A anistia, a graça e o indulto são modalidades muito parecidas de extinção da punibilidade.
Entretanto, não se confundem.
A anistia exclui o próprio crime, ou seja, o Estado determina que as condutas praticadas (já
praticadas, ou seja, fatos consumados) pelos agentes não sejam consideradas crimes. A anistia pode


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ser concedida pelo Poder Legislativo, e pode ser conferida a qualquer momento (inclusive após a
sentença penal condenatória transitada em julgado), fazendo cessar todos os efeitos PENAIS da
condenação (ex.: reincidência).

EXEMPLO: Determinados policiais militares resolvem fazer greve por melhores salários,
condições de trabalho, etc. Na greve, fazem piquetes, acabam coagindo colegas, etc. Tais
pessoas estarão praticando crime. Contudo, posteriormente, o Poder Legislativo verifica
que são pessoas boas, que agiram no impulso, compelidas pela precária situação da
Corporação e, portanto, decide ANISTIÁ-LOS, ou seja, o Poder Público irá “esquecer” que
tais crimes foram praticados (aqueles crimes praticados naquelas circunstâncias, ou seja,
somente aqueles ali mesmo!).


Alguns autores diferenciam a anistia em anistia própria e anistia imprópria. A anistia própria
seria aquela concedida ANTES da condenação e anistia imprópria seria aquela concedida APÓS a
condenação.
Pode, ainda, ser:
¥! Irrestrita ou restrita – Será irrestrita quando se dirigir a todos os agentes. Será restrita
quando exigir do agente determinada qualidade específica (ser primário, por exemplo).
¥! Incondicionada ou condicionada – Será incondicionada quando não impuser nenhuma
condição. Será condicionada quando impuser uma condição para sua validade (Como,
por exemplo, a reparação do dano causado).
¥! Comum ou especial – A primeira é destinada a crimes comuns, e a segunda é destinada
a crimes políticos.

Já a Graça e o indulto são bem mais semelhantes entre si, pois não excluem o FATO criminoso
em si, mas apenas extinguem a punibilidade em relação a determinados agentes (podem ser todos),
e só podem ser concedidos pelo Presidente da República.

EXEMPLO: Imaginemos que, no exemplo da greve dos policiais militares, o Presidente da


República assinasse um Decreto concedendo indulto a 150 dos 300 policiais militares
envolvidos. Percebam que o fato criminoso não foi “esquecido” pelo Estado. Houve
apenas a extinção da punibilidade em relação a alguns infratores. Assim, a ANISTIA atinge
o FATO (e por via reflexa, a punibilidade). A graça e o indulto atingem DIRETAMENTE A
PUNIBILIDADE.


A Graça é conferida de maneira individual, e o indulto é conferido coletivamente (a um grupo
que se encontre na mesma situação).
A anistia só pode ser causa de extinção total da punibilidade (pois, como disse, exclui o próprio
crime). Já a Graça e o indulto podem ser parciais.


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Pode ser extinta a punibilidade, também, pelo fenômeno da abolitio criminis, nos termos do
art. 107, III do CP. Como vimos, a abolitio criminis ocorre quando surge lei nova que deixa de
considerar o fato como crime.


CUIDADO! Não confundam abolitio criminis com anistia. A abolitio criminis não se dirige a um fato
criminoso específico, já praticado, A abolitio criminis simplesmente faz desaparecer a própria figura
típica prevista na Lei, ou seja, a conduta incriminada (o tipo penal) deixa de existir.


Pode ocorrer, ainda, de o ofendido, nos crimes de ação penal privada, renunciar ao direito de
oferecer queixa, ou conceder o perdão ao acusado. Nesses casos, também estará extinta a
punibilidade.
A renúncia ao direito de queixa ocorre quando, dentro do prazo de seis meses de que dispõe o
ofendido para oferecê-la, este renuncia ao direito, de maneira expressa ou tácita. A renúncia tácita
ocorre quando o ofendido pratica algum ato incompatível com a intenção de processar o agente
(quando, por exemplo, convida o infrator pra ser seu padrinho de casamento).
O perdão, por sua vez, é muito semelhante à renúncia, com a ressalva de que o perdão só pode
ser concedido quando já ajuizada a ação penal privada, e que o simples oferecimento do perdão,
por si só, não gera a extinção da punibilidade, devendo o agente aceitar o perdão.
Ocorrendo a renúncia ao direito de queixa, ou o perdão do ofendido, e sendo este último
aceito pelo querelado (autor do fato), estará extinta a punibilidade.
Em determinados crimes o Estado confere o perdão ao infrator, por entender que a aplicação
da pena não é necessária. É o chamado “perdão judicial”. É o que ocorre, por exemplo, no caso de
homicídio culposo no qual o infrator tenha perdido alguém querido (Lembram-se do caso Herbert
Viana?). Essa hipótese está prevista no art. 121, § 5° do CP:
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº
6.416, de 24.5.1977)


Então, nesse caso, ocorrendo o perdão judicial, também estará extinta a punibilidade. Além
disso, o art. 120 do CP diz que se houver o perdão judicial, esta sentença que concede o perdão
judicial não é considerada para fins de reincidência (apesar de ser uma sentença condenatória).
Nos termos do inciso VI do art. 107, a retratação do agente também é hipótese de extinção
da punibilidade, nos casos em que a lei a admite. Acontece isto, por exemplo, nos crimes de calúnia


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ou difamação, nos quais a lei admite a retratação como causa de extinção da punibilidade, se
realizada antes da sentença. Nos termos do art. 143 do CP:
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de
pena.


Há, também, a extinção da punibilidade pela decadência ou pela perempção. A decadência
ocorre quando a vítima deixa de ajuizar a ação penal dentro do prazo, ou quando deixa de oferecer
a representação dentro do prazo (nos casos de crimes de ação penal privada e de ação penal pública
condicionada à representação, respectivamente). O prazo é de seis meses a contar da data em que
a vítima passa a saber quem foi o autor do fato.
A perempção, por sua vez, é a extinção da ação penal privada pelo “desleixo” da vítima
(quando deixa de dar seguimento à ação, deixa de comparecer a alguma ato processual a que estava
obrigado, etc.). Está prevista no art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;

III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

1.3! PRESCRIÇÃO

Enfim, a clássica e mais comum hipótese de extinção da punibilidade: a PRESCRIÇÃO. A


prescrição é a perda do poder de exercer um direito em razão da inércia do seu titular. No caso do
Direito Penal, é a perda do poder de aplicar a pena ao infrator ou executar a pena imposta ao
condenado, em razão do decurso do tempo.
A prescrição pode ser dividida basicamente em duas espécies: Prescrição da pretensão
punitiva e prescrição da pretensão executória.
A primeira pode ocorrer quando ainda não há sentença penal condenatória transitada em
julgado, e a segunda pode ocorrer somente depois de já haver sentença penal condenatória
transitada em julgado. Vamos estudá-las em tópicos separados.

1.3.1! Prescrição da pretensão punitiva

Aqui o Estado ainda não aplicou (em caráter definitivo) uma sanção penal ao agente que
praticou a conduta criminosa.


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Mas qual é o prazo de prescrição? O prazo prescricional varia de crime para crime, e é definido
tendo por base a pena máxima estabelecida, em abstrato, para a conduta criminosa. Nos termos
do art. 109 do CP:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação
dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;

III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;

VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
Prescrição das penas restritivas de direito
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


Assim, no crime de homicídio simples, por exemplo, para o qual a lei estabelece pena máxima
de 20 anos (art. 121 do CP), o prazo prescricional é de 20 anos, pois a pena máxima é superior a 12
anos. O crime de furto simples, por exemplo, (art. 155 do CP) prescreve em oito anos, pois a pena
máxima prevista é de quatro anos.


CUIDADO! O prazo de prescrição do crime não é igual à pena máxima para ele prevista, mas é
calculado através de uma tabela que leva em consideração a pena máxima!


⇒! Mas professor, quando começa a correr o prazo prescricional? Simples, meus caros. A
resposta para esta pergunta está no art. 111 do CP:
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)


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IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato
se tornou conhecido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação
especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a
ação penal. (Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)


A regra, portanto, é a de que o prazo prescricional começa a fluir no dia em que o crime se
consuma.


CUIDADO! Lembrem-se de que o crime se considera praticado (tempo do crime) quando ocorre a
conduta, e não a consumação. Assim:
Tempo do crime – Momento da conduta
Início do prazo prescricional – Momento da consumação
Prestem atenção para não errarem isso, pois esta é uma pegadinha que pode derrubar vocês no
concurso.
EXEMPLO: Em 10.01.2010 José atira em Maria, querendo sua morte. Maria vai para o Hospital e só
vem a falecer em 15.04.2010. No caso em tela, o tempo do crime é o dia 10.01.2010 (data em que
foi praticado o delito). O início do prazo prescricional, porém, terá como base o dia 15.04.2010, eis
que somente nesta data o delito se consumou.


Como nos crimes tentados não há propriamente consumação (pois não há resultado
naturalístico esperado), o prazo prescricional começa a fluir da data em que cessa a atividade
criminosa, mesmo critério utilizado para os crimes permanentes.
Na hipótese de pena de multa, como calcular o prazo prescricional? Se a multa for prevista
ou aplicada isoladamente, o prazo será de dois anos. Porém, se a multa for aplicada ou prevista
cumulativamente com a pena de prisão (privativa de liberdade), o prazo de prescrição será o mesmo
estabelecido para a pena privativa de liberdade. Isto é que se extrai do art. 114 do CP:
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa
ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)


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A prescrição da pretensão punitiva pode ser a “ordinária”, que é esta que vimos até agora (e
utiliza a pena máxima prevista como base), mas também pode ser superveniente (intercorrente).
A prescrição da pretensão punitiva em sua modalidade “intercorrente” é aquela que ocorre
DEPOIS da sentença penal condenatória, quando há trânsito em julgado para a ACUSAÇÃO, mas não
para a defesa.
Como assim? Imagine que José tenha sido condenado pelo crime de homicídio a 06 anos de
reclusão. A acusação não recorre, por entender que a pena está num patamar razoável. A defesa,
porém, recorre da sentença. Neste caso nós temos o chamado “trânsito em julgado para a
acusação”, ou seja, somente a defesa pode “se dar bem” daqui pra frente, já que quando o Tribunal
for apreciar o recurso de apelação não poderá prejudicar o réu (recorrente), pelo princípio da non
reformatio in pejus.
Bom, considerando o exemplo acima, como a defesa não pode ser prejudicada no julgamento
de seu recurso, podemos chegar à conclusão de que o máximo de pena que José irá receber será 06
anos (a pena atual). A partir deste momento o prazo prescricional passa a ser calculado tendo como
base esta pena aplicada (e não mais a pena máxima em abstrato).
Vejam que há uma implicação prática: Neste caso, o prazo prescricional diminui
consideravelmente: Antes, o prazo prescricional (ordinário) era de 20 anos (pois a pena máxima é
de 20 anos). Agora, o prazo prescricional a ser considerado (intercorrente) será de 12 anos (pois a
pena aplicada é de 06 anos. Está entre 04 e 08, nos termos do art. 109, III do CP).
Vejamos o art. 110, §1º do CP:
Art. 110 (...) § 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por
termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).


Podemos ter, ainda, a prescrição da pretensão punitiva retroativa que ocorre quando, uma
vez tendo havido o trânsito em julgado para a acusação, se chega à conclusão de que, naquele
momento, houve a prescrição da pretensão punitiva entre a data da denúncia (ou queixa) e a
sentença condenatória.

EXEMPLO: Paulo foi denunciado pelo crime de receptação, cuja pena máxima prevista é
de 04 anos de reclusão. O fato ocorreu em 10.01.2011, e a denúncia foi recebida em
15.03.2011. Em 20.04.2016 é proferida sentença, condenando Paulo à pena mínima, 01
ano de reclusão. O MP não recorre e a decisão transita em julgado para o MP. Neste caso,
podemos verificar que não houve prescrição da pretensão punitiva comum, pois
considerando a pena máxima abstrata, o prazo é de 08 anos (art. 109, IV do CP). Todavia,
se considerarmos a pena aplicada, chegaremos à conclusão de que a prescrição ocorreu
entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença, pois de acordo com a pena
aplicada (01 ano), o prazo prescricional a ser considerado é de 04 anos (art. 109, V do CP).
Neste caso, transcorreu mais de 04 anos entre o recebimento da denúncia e a sentença.
Logo, a prescrição retroativa ocorreu.


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⇒! Por que retroativa? Porque ela ocorre antes da sentença, mas só pode ser reconhecida depois
da sentença, eis que só neste momento teremos o novo patamar para o cálculo (a pena
aplicada).

Vejamos o esquema:

PRESCRIÇÃO NATUREZA ESPÉCIES CÁLCULO

PRETENSÃO CONSIDERA A PENA


COMUM MÁXIMA EM ABSTRATO
EXECUTÓRIA

PRESCRIÇÃO
PRETENSÃO CONSIDERA A PENA
SUPERVENIENTE
PUNITIVA APLICADA

CONSIDERA A PENA
APLICADA (MAS
RETROATIVA OCORRE ANTES DA
SENTENÇA)




Esse é o sistema que vigora atualmente. Antes da Lei 12.234/10 havia uma outra hipótese de
prescrição retroativa, que era a que ocorria entre o fato criminoso e o recebimento da denúncia ou
queixa. Atualmente essa hipótese NÃO EXISTE MAIS.
⇒! Isso significa que não há mais hipótese de ocorrer prescrição entre a data do fato e a data
do recebimento da denúncia ou queixa? Não, não foi isso que ocorreu. O que não pode mais ocorrer
é a prescrição RETROATIVA (ou seja, aquela calculada com base na pena aplicada) entre a data do
fato e a data do recebimento da denúncia ou queixa. Nada impede, porém, que nesse lapso temporal
ocorra a prescrição da pretensão punitiva ordinária (ou comum).


CUIDADO! Tal previsão (vedação à prescrição retroativa tendo como marco inicial data anterior ao
recebimento da denúncia ou queixa) é muito prejudicial ao réu, pois lhe retira uma possibilidade de
ver sua punibilidade extinta. Desta forma, NÃO poderá retroagir para alcançar crimes praticados


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ANTES de sua entrada em vigora (Em 2010). Assim, aos crimes praticados ANTES da Lei 12.234/10,
é possível aplicarmos a prescrição retroativa entre a data da consumação do delito e o recebimento
da denúncia ou queixa.


Vou utilizar um caso exemplificativo para que possamos esclarecer as diversas hipóteses de
prescrição da pretensão punitiva:

EXEMPLO: Marcelo pratica o crime de furto em 01.01.1994. A denúncia é recebida em


10.06.2001. Marcelo é condenado em 10.07.2006 a 02 anos de reclusão. O MP não
recorre (com trânsito em julgado para a acusação em 25.07.2006), mas a defesa
apresenta recurso, que é julgado e improvido (a pena é mantida), tendo havido o efetivo
trânsito em julgado em 10.01.2014.


Vejamos as hipóteses:
PRESCRIÇÃO COMUM: Como a pena máxima prevista em abstrato para o furto é de 04 anos, o prazo
prescricional seria de 08 anos (art. 109, IV do CP). Entre a data da consumação do delito e o
recebimento da denúncia não ocorreu tal prescrição, eis que se passaram apenas 07 anos e alguns
meses. Também não ocorreu tal prescrição posteriormente (pois não se passaram mais de 08 anos
entre uma interrupção da prescrição e outra).
PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE: Aqui devemos considerar como parâmetro a pena efetivamente
aplicada (02 anos), de forma que o prazo prescricional a ser utilizado será de 04 anos (art. 109, V do
CP). Podemos verificar que entre o trânsito em julgado para a acusação e o trânsito em julgado
efetivo (para ambos), passaram-se mais de 04 anos, de forma que podemos dizer que HOUVE a
prescrição da pretensão punitiva SUPERVENIENTE.
PRESCRIÇÃO RETROATIVA: Da mesma forma que a anterior, terá como base a pena efetivamente
aplicada (02 anos), logo, o prazo prescricional utilizado será de 04 anos. Podemos verificar que entre
o recebimento da denúncia e a sentença condenatória passaram-se mais de 04 anos (pouco mais de
cinco anos). Assim, podemos dizer que OCORREU a prescrição da pretensão punitiva retroativa.

Neste caso, como a prescrição retroativa ocorreu, e isso podia ser verificado já em 25.07.06,
sequer chegaríamos a ter a prescrição superveniente (utilizei apenas para facilitar a compreensão).
ATENÇÃO! Como o crime foi praticado antes da Lei 12.234/10, seria possível reconhecer a prescrição
retroativa entre a data da consumação do delito e data do recebimento da denúncia.

Como nós acabamos de verificar, existem fatos que interrompem a prescrição. São eles:
¥! Recebimento da denúncia ou queixa


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¥! Pronúncia
¥! Decisão confirmatória da pronúncia
¥! Publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis
¥! Início ou continuação do cumprimento da pena – Só se aplica à prescrição da pretensão
executória
¥! Reincidência - Só se aplica à prescrição da pretensão executória

Uma vez interrompido o curso do prazo prescricional, este voltará a correr novamente, do zero,
a partir da data da interrupção (salvo no caso de Início ou continuação do cumprimento da pena).
Além disso, fora as duas últimas hipóteses, nas demais, ocorrendo a interrupção da prescrição
em relação a um dos autores do crime, tal interrupção se estenderá aos demais.
O CP prevê, ainda, hipóteses nas quais a prescrição não corre, tanto no que se refere à
prescrição da pretensão punitiva quanto à prescrição da pretensão executória, embora as
circunstâncias sejam diferentes para cada uma delas. Nos termos do art. 116 e seu § único, do CP:
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do
crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o
tempo em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


Assim, nestes casos, o prazo prescricional não corre, ficando suspenso. Uma vez resolvida a
questão que causava a suspensão, ele volta a correr de onde parou (diferente da interrupção,
portanto).

1.3.2! Prescrição da pretensão executória

Como disse a vocês, a prescrição pode ocorrer antes do trânsito em julgado (prescrição da
pretensão punitiva) ou depois do trânsito em julgado (quando teremos a prescrição da pretensão
executória). Esta última ocorre quando o Estado condena o indivíduo, de maneira irrecorrível, mas
não consegue fazer cumprir a decisão.
Nos termos do art. 110 do CP:
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e
verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é
reincidente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


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Assim, na hipótese do crime de homicídio, conforme o exemplo dado anteriormente, antes de
transitar em julgado a sentença condenatória, o prazo prescricional é regulado pela pena máxima
cominada ao crime em abstrato, de acordo com a tabelinha do art. 109 do CP. Após o trânsito em
julgado, o parâmetro utilizado pela lei para o cálculo do prazo prescricional deixa de ser a pena
máxima prevista e passa a ser a pena efetivamente aplicada.
Assim, se no crime de homicídio simples, que tem pena prevista de 06 a 20 anos, o agente for
condenado a apenas 06 (seis) anos de reclusão, o prazo prescricional passa a ser de apenas 12 (doze)
anos, nos termos do art. 109, III do CP.
O art. 112 do CP estabelece o marco inicial (termo a quo) do prazo prescricional da pretensão
executória:
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão
condicional da pena ou o livramento condicional; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


Lembrando que o início de cumprimento da pena é causa de interrupção da prescrição.
O art. 112, I foi (e ainda é) muito criticado na Doutrina (recebendo algumas críticas na
Jurisprudência também). Isto porque ele determina que o termo inicial da prescrição da pretensão
EXECUTÓRIA ocorrerá com o trânsito em julgado para a ACUSAÇÃO.
Isso significa que se houver o trânsito em julgado para a acusação, mas não para a defesa
(apenas a defesa recorreu), já estaria correndo o prazo prescricional da PRETENSÃO EXECUTÓRIA.
As críticas, bastante fundamentadas, se dirigiam ao fato de que considerar a pretensão
executória, neste momento, violaria a presunção de inocência, eis que ainda não houve o trânsito
em julgado para ambas as partes.
Outra crítica, muito importante, se refere ao fato de que a prescrição é a perda de um direito
em razão da INÉRCIA de seu titular. No caso da prescrição da pretensão EXECUTÓRIA seria a perda
do direito de executar a pena em razão da INÉRCIA do Estado em agir. Contudo, como não houve
trânsito em julgado para a defesa, o Estado AINDA NÃO PODE EXECUTAR A PENA! Ora, se o Estado
não pode executar a pena, como pode ser punido com a perda deste direito, se não podia exercê-
lo??
A “gritaria” não foi aceita pela Jurisprudência, que firmou entendimento no sentido de que o
termo inicial da prescrição da pretensão EXECUTÓRIA ocorre com o trânsito em julgado para a
acusação.
Contudo, apesar de reconhecer que o termo inicial da prescrição da pretensão executória
ocorre com o trânsito em julgado para a acusação, o STJ decidiu que antes de haver o trânsito em
julgado para AMBAS AS PARTES a prescrição da pretensão executória NÃO PODE SER RECONHECIDA.


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RESUMIDAMENTE: O prazo prescricional começa a correr com o trânsito em julgado para a


acusação, mas eventual reconhecimento da efetiva ocorrência da prescrição (executória) somente
terá cabimento APÓS o trânsito em julgado para ambas as partes.

1.3.3! Disposições importantes sobre a prescrição

Vou elencar abaixo alguns pontos importantes sobre o tema:



⇒! REDUÇÃO DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO: Em alguns casos, a Lei estabelece que o prazo
prescricional será reduzido. É o caso do art. 115 do CP, que estabelece que os prazos
prescricionais serão reduzidos pela metade quando o infrator possuir menos de 21 anos na
data do crime ou mais de 70 na data da sentença.
⇒! AUMENTO DO PRAZO PRESCRICIONAL: Se o condenado é reincidente, o prazo de prescrição
da pretensão EXECUTÓRIA aumenta-se em um terço. Não se aplica tal aumento aos prazos
de prescrição da pretensão punitiva, conforme SÚMULA Nº 220 DO STJ: “a reincidência não influi
no prazo da prescrição da pretensão punitiva”.
⇒! PRESCRIÇÃO EM PERSPECTIVA (ANTECIPADA, PROJETADA OU VIRTUAL): Tal modalidade,
uma criação jurisprudencial, nunca teve fundamento no CP. Consiste na configuração da
prescrição tendo como base uma eventual futura pena a ser aplicada ao acusado. Assim, o
Juiz analisava o caso e, verificando que o réu, por exemplo, receberia pena mínima (por ser
primário, de bons antecedentes, etc.), utilizava esta pena mínima como parâmetro para o
prazo prescricional. Isto não existe e atualmente é vedado pelo STJ, que sumulou o
entendimento no sentido de que isso não possui qualquer previsão legal (SÚMULA Nº 438: “é
inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo penal”.)
⇒! PRESCRIÇÃOS DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: Os menores não são julgados de acordo
com as normas do CP, mas de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Contudo,
as normas referentes à prescrição são aplicáveis às medidas socioeducativas (sanções penais
aplicáveis aos adolescentes). Vejamos a SÚMULA 338 DO STJ: “a prescrição penal é aplicável nas
medidas sócio-educativas”.

2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES


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CÓDIGO PENAL
Ä Arts. 107 a 120 do CP – Regulamentam a extinção da punibilidade no CP:
TÍTULO VIII
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Extinção da punibilidade

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;

VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de
outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Prescrição antes de transitar em julgado a sentença

Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código,
regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234,
de 2010).

I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;


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III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;

IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;

V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;

VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).

Prescrição das penas restritivas de direito

Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória

Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-
se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido
seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
denúncia ou queixa. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).

§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.234, de 2010).

Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final

Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou
conhecido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


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V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial,
da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
(Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)

Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível

Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão
condicional da pena ou o livramento condicional; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do livramento condicional

Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo
tempo que resta da pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Prescrição da multa

Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou
cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

Redução dos prazos de prescrição

Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21
(vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Causas impeditivas da prescrição

Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


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II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em
que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Causas interruptivas da prescrição

Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; (Redação dada pela Lei nº 11.596, de 2007).

V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

VI - pela reincidência. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a
todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção
relativa a qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente,
do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais graves. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Rehabilitação

Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Perdão judicial

Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


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3! SÚMULAS PERTINENTES

3.1! SÚMULAS DO STJ

Ä Súmula 18 do STJ – O STJ sumulou entendimento no sentido de que os efeitos da condenação


não subsistem quando se trata de sentença que concede perdão judicial:
Súmula 18 do STJ - A SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO JUDICIAL E DECLARATORIA DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, NÃO
SUBSISTINDO QUALQUER EFEITO CONDENATORIO.

Ä Súmula 220 do STJ – O STJ sumulou entendimento no sentido de que, se o condenado é


reincidente, o prazo de prescrição da pretensão EXECUTÓRIA aumenta-se em um terço, não se
aplicando tal aumento aos prazos de prescrição da pretensão punitiva:
Súmula 220 do STJ - “a reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva”.

Ä Súmula 438 do STJ – PRESCRIÇÃO EM PERSPECTIVA (ANTECIPADA, PROJETADA OU VIRTUAL):


Tal modalidade, uma criação jurisprudencial, nunca teve fundamento no CP. Consiste na
configuração da prescrição tendo como base uma eventual futura pena a ser aplicada ao acusado.
Assim, o Juiz analisava o caso e, verificando que o réu, por exemplo, receberia pena mínima (por ser
primário, de bons antecedentes, etc.), utilizava esta pena mínima como parâmetro para o prazo
prescricional. Isto não existe e atualmente é vedado pelo STJ, que sumulou o entendimento no
sentido de que isso não possui qualquer previsão legal:
SÚMULA Nº 438 do STJ - “é inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com
fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal”.)

Ä Súmula 338 do STJ – PRESCRIÇÃOS DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: Os menores não são
julgados de acordo com as normas do CP, mas de acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente. Contudo, as normas referentes à prescrição são aplicáveis às medidas socioeducativas
(sanções penais aplicáveis aos adolescentes).
SÚMULA 338 DO STJ - “a prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas”

Ä Súmula 191 do STJ – O STJ sumulou entendimento no sentido de que a decisão de pronúncia, no
rito do Tribunal do Júri, interrompe o curso do prazo prescricional, ainda que os jurados venham a
desclassificar o delito (na segunda fase do rito do júri):
Súmula 191 do STJ - A PRONÚNCIA E CAUSA INTERRUPTIVA DA PRESCRIÇÃO, AINDA QUE O TRIBUNAL DO JURI
VENHA A DESCLASSIFICAR O CRIME.


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4! RESUMO



EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Punibilidade – Possibilidade de o Estado exercer seu jus puniendi (poder-dever de punir).

Extinção da punibilidade – Perda do direito de exercer o jus puniendi.

CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DIVERSAS DA PRESCRIÇÃO

Anistia - A anistia exclui o próprio crime, ou seja, o Estado determina que as condutas praticadas (já
praticadas, ou seja, fatos consumados) pelos agentes não sejam consideradas crimes. Concedida
pelo Poder Legislativo. Só pode ser causa de extinção total da punibilidade. Faz cessar todos os
efeitos PENAIS da condenação (ex.: reincidência).

Graça - Conferida de maneira individual. Não exclui o FATO criminoso em si, mas apenas extingue a
punibilidade em relação a determinados agentes. Sua concessão cabe ao Presidente da República.
Pode ser causa parcial de extinção da punibilidade.

Indulto - Conferida de maneira coletiva. Não exclui o FATO criminoso em si, mas apenas extingue a
punibilidade em relação a determinados agentes. Sua concessão cabe ao Presidente da República.
Pode ser causa parcial de extinção da punibilidade.

Abolitio criminis - Ocorre quando surge lei nova que deixa de considerar o fato como crime. Faz
cessar todos os efeitos PENAIS da condenação (ex.: reincidência).

Renúncia x perdão do ofendido x perdão judicial – conforme quadro abaixo:

RENÚNCIA X PERDÃO DO OFENDIDO X PERDÃO JUDICIAL

PERDÃO DO OFENDIDO RENÚNCIA PERDÃO JUDICIAL


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Concedido pela VÍTIMA Concedida pela VÍTIMA Concedido pelo Estado


(Juiz)
Somente nos crimes de Somente nos crimes de Somente nos casos
ação penal privada ação penal privada previstos em Lei
Depois de ajuizada a ação Antes do ajuizamento da Na sentença
penal ação penal
Precisa ser aceito pelo Não precisa ser aceito Não precisa ser aceito
infrator pelo infrator pelo infrator


Decadência - Ocorre quando a vítima deixa de ajuizar a ação penal dentro do prazo, ou quando deixa
de oferecer a representação dentro do prazo. O prazo é de seis meses a contar da data em que a
vítima passa a saber quem foi o autor do fato.

Perempção - Extinção da ação penal privada pela negligência do ofendido na condução da causa.

Retratação do agente – Somente nos casos em que a lei a admite. Ex.: difamação.

PRESCRIÇÃO

Conceito – Perda do jus puniendi pelo decurso do tempo.

Espécies – Prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão executória

Prescrição da pretensão punitiva
Aqui o Estado ainda não aplicou (em caráter definitivo) uma sanção penal ao agente que praticou a
conduta criminosa.

§! Prazo prescricional – Calculado com base na pena máxima em abstrato prevista para o delito.
§! Início do prazo prescricional –
(1) do dia em que o crime se consumou
(2) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa
(3) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência
(4) nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da
data em que o fato se tornou conhecido


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(5) nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, da data em que a vítima
completar 18 (dezoito) anos, salvo se já tiver sido proposta a ação penal.

§! Prescrição da pena de multa - Se a multa for prevista ou aplicada isoladamente, o prazo será
de dois anos. Porém, se a multa for aplicada ou prevista cumulativamente com a pena de
prisão (privativa de liberdade), o prazo de prescrição será o mesmo estabelecido para a pena
privativa de liberdade.

Prescrição da pretensão punitiva superveniente (intercorrente)
Verifica-se DEPOIS da sentença penal condenatória, com base na pena efetivamente aplicada,
quando ocorre entre o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação e o trânsito
em julgado da sentença condenatória em definitivo (tanto para a acusação quanto para defesa).

Prescrição da pretensão punitiva retroativa
Quando, uma vez tendo havido o trânsito em julgado para a acusação, se chega à conclusão de que,
naquele momento, houve a prescrição da pretensão punitiva entre a data da denúncia (ou queixa)
e a sentença condenatória.

OBS.: Antes da Lei 12.234/10 havia possibilidade de ocorrência da prescrição retroativa (com base
na pena aplicada) entre a data do fato criminoso (ou outro marco inicial) e o recebimento da
denúncia ou queixa. Atualmente essa hipótese NÃO EXISTE MAIS.

Interrupção da prescrição – Uma vez interrompido o prazo, volta a correr do zero. Interrompem a
prescrição:
¥! Recebimento da denúncia ou queixa
¥! Pronúncia
¥! Decisão confirmatória da pronúncia
¥! Publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis
¥! Início ou continuação do cumprimento da pena – não se estende aos demais autores
do delito. Só se aplica à prescrição da pretensão executória
¥! Reincidência - não se estende aos demais autores do delito. Só se aplica à prescrição
da pretensão executória.

Prescrição da pretensão executória
Ocorre quando o Estado condena o indivíduo, de maneira irrecorrível, mas não consegue fazer
cumprir a decisão. Características:


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§! Tem como base a pena aplicada


§! Início – (1) do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou
a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; (2) do dia em que
se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.
___________
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

5! EXERCÍCIOS PARA PRATICAR



01.! (FGV – 2016 – MPE-RJ – ANALISTA PROCESSUAL)
Marco, 40 anos, foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal culposa praticada na direção
de veículo automotor, cuja pena privativa de liberdade prevista é de detenção de 06 meses a 02
anos. Os fatos ocorreram em 02.02.2011, e, considerando que não houve interesse em aceitar
transação penal, composição dos danos ou suspensão condicional do processo, foi oferecida
denúncia em 27.02.2014 e recebida a inicial acusatória em 11.03.2014. Após a instrução, foi Marco
condenado à pena mínima de 06 meses em sentença publicada em 29.02.2016, tendo a mesma
transitado em julgado. Considerando os fatos narrados e a atual previsão do Código Penal, é correto
afirmar que:
a) deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco em razão da prescrição da pretensão
punitiva pela pena em abstrato;
b) deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco em razão da prescrição da pretensão
punitiva pela pena em concreto;
c) deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco em razão da prescrição da pretensão
executória;
d) não deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco, pois não ocorreu prescrição;
e) o oferecimento da denúncia funciona como marco interruptivo do prazo prescricional.

02.! (FGV – 2016 – CODEBA – ADVOGADO)
No dia 11/01/2010, Jean, nascido em 11/01/1992, praticou um crime de furto simples, razão pela
qual foi denunciado como incurso nas sanções do Art. 155, caput, do Código Penal. Em 25/01/2010,
foi a inicial acusatória recebida, não sendo cabível a suspensão condicional do processo. Após o
regular processamento do feito, diante da confissão de Jean, foi o mesmo condenado à pena mínima


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de um ano de reclusão, sendo a sentença condenatória publicada em 01/03/2012 e transitando em


julgado. Jean dá início ao cumprimento da pena em 02/01/2014.
Considerando a situação exposta, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, devendo ser reconhecida a extinção da
punibilidade.
b) A condenação foi indevida, pois Jean não era imputável na data dos fatos.
c) Ocorreu a prescrição da pretensão executória do Estado, devendo ser reconhecida a extinção da
punibilidade.
d) Não ocorreu a extinção da punibilidade, pois não foi ultrapassado o prazo de quatro anos entre
os marcos interruptivos da prescrição.
e) Não ocorreu a extinção da punibilidade, pois não foi ultrapassado o prazo de três anos entre os
marcos interruptivos da prescrição.

03.! (FGV – 2015 – TJ-PI – OFICIAL DE JUSTIÇA)
A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de jurisdição, se interrompe na data
da:
a) publicação na sessão de julgamento do recurso;
b) publicação do acórdão no diário oficial;
c) intimação pessoal do Ministério Público e réu;
d) intimação pessoal do Ministério Público, sem recurso;
e) entrega dos autos ao escrivão.

04.! (FGV – 2015 – DPE-RO – ANALISTA JURÍDICO)
José, nascido em 12.12.1990, foi denunciado pela prática de dois crimes de apropriação indébita
simples, cuja pena em abstrato prevista é de reclusão de 01 a 04 anos e multa, em continuidade
delitiva, por fatos ocorridos em 04.04.2010 e 10.04.2010. A denúncia foi recebida em 07.04.2015,
sendo o réu imediatamente citado.
Nessa situação, é correto afirmar que:
a) a prescrição da pretensão punitiva do Estado pela pena em abstrato ocorrerá em 06.04.2023;
b) a punibilidade do réu deve ser extinta pelo reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva
pela pena ideal;
c) a prescrição da pretensão punitiva do Estado pela pena em abstrato ocorrerá em 06.04.2027;
d) a prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato somente ocorrerá em 06.04.2019;
e) a punibilidade do réu deve ser imediatamente extinta pelo reconhecimento da prescrição da
pretensão punitiva pela pena em abstrato.

05.! (FGV – 2015 – DPE-MT – ADVOGADO)


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Thiago, nascido em 10/10/90, foi denunciado pela prática do crime de tentativa de homicídio
qualificado (Art. 121, § 2º, inciso IV c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal) por fato ocorrido
em 01/11/10.
A denúncia foi recebida em 05/05/14, tendo o feito regular prosseguimento. Em 12/10/14, foi
publicada decisão do juiz pronunciando o acusado. Inconformada com essa decisão, a advogada do
réu interpôs o recurso cabível, mas a pronúncia foi confirmada em decisão do Tribunal proferida e
publicada em 12/12/14.
Considerando apenas essas informações, é correto afirmar que a prescrição da pretensão punitiva
pela pena em abstrato ocorrerá em
a) 12 de dezembro de 2034.
b) 12 de outubro de 2034.
c) 12 de outubro de 2030.
d) 12 de dezembro de 2024.
e) 12 de outubro de 2024.

06.! (FGV – 2014 – PROCEMPA – ADVOGADO)
As opções a seguir apresentam causas de extinção da punibilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Indulto e graça.
b) Prescrição e decadência.
c) Anistia.
d) Morte da vítima.
e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.

07.! (FGV – 2017 – OAB - XXII EXAME DE ORDEM)
No dia 15 de abril de 2011, João, nascido em 18 de maio de 1991, foi preso em flagrante pela prática
do crime de furto simples, sendo, em seguida, concedida liberdade provisória. A denúncia somente
foi oferecida e recebida em 18 de abril de 2014, ocasião em que o juiz designou o dia 18 de junho
de 2014 para a realização da audiência especial de suspensão condicional do processo oferecida pelo
Ministério Público. A proposta foi aceita pelo acusado e pela defesa técnica, iniciando-se o período
de prova naquele mesmo dia. Três meses depois, não tendo o acusado cumprido as condições
estabelecidas, a suspensão foi revogada, o que ocorreu em decisão datada de 03 de outubro de
2014.
Ao final da fase instrutória, a pretensão punitiva foi acolhida, sendo aplicada ao acusado a pena de
01 ano de reclusão em regime aberto, substituída por restritiva de direitos. A sentença condenatória
foi publicada em 19 de maio de 2016, tendo transitado em julgado para a acusação.
Intimado da decisão respectiva, João procura você̂, na condição de advogado(a), para saber sobre
eventual prescrição, pois tomou conhecimento de que a pena de 01 ano, em tese, prescreve em 04
anos, mas que, no caso concreto, por força da menoridade relativa, deve o prazo ser reduzido de
metade.


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Diante desse quadro, você, como advogado(a), deverá esclarecer que


A) ocorreu a prescrição da pretensão punitiva entre a data do fato e a do recebimento da denúncia.
B) ocorreu a prescrição da pretensão punitiva entre a data do recebimento da denúncia e a da
publicação da sentença condenatória.
C) ocorreu a prescrição da pretensão executória entre a data do recebimento da denúncia e a da
publicação da sentença condenatória.
D) não há que se falar em prescrição, no caso apresentado.

08.! (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM)
No dia 28 de agosto de 2011, após uma discussão no trabalho quando todos comemoravam os 20
anos de João, este desfere uma facada no braço de Paulo, que fica revoltado e liga para a Polícia,
sendo João preso em flagrante pela prática do injusto de homicídio tentado, obtendo liberdade
provisória logo em seguida. O laudo de exame de delito constatou a existência de lesão leve.
A denúncia foi oferecida em 23 de agosto de 2013 e recebida pelo juiz em 28 de agosto de 2013.
Finda a primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, ocasião em que a vítima compareceu,
confirmou os fatos, inclusive dizendo acreditar que a intenção do agente era efetivamente matá-la,
e demonstrou todo seu inconformismo com a conduta do réu, João foi pronunciado, sendo a decisão
publicada em 23 de agosto de 2015, não havendo impugnação pelas partes. Submetido a julgamento
em sessão plenária em 18 de julho de 2017, os jurados afastaram a intenção de matar, ocorrendo
em sentença, então, a desclassificação para o crime de lesão corporal simples, que tem a pena
máxima prevista de 01 ano, sendo certo que o Código Penal prevê que a pena de 01 a 02 anos
prescreve em 04 anos.
Na ocasião, você, como advogado(a) de João, considerando apenas as informações narradas, deverá
requerer que seja declarada a extinção da punibilidade pela
A) decadência, por ausência de representação da vítima.
B) prescrição da pretensão punitiva, porque já foi ultrapassado o prazo prescricional entre a data do
fato e a do recebimento da denúncia.
C) (prescrição da pretensão punitiva, porque já foi ultrapassado o prazo prescricional entre a data
do oferecimento da denúncia e a da publicação da decisão de pronúncia.
D) prescrição da pretensão punitiva, porque entre a data do recebimento da denúncia e a do
julgamento pelo júri decorreu o prazo prescricional.

09.! (FGV – 2016 – XXI EXAME DA OAB – PRIMEIRA FASE)
Carlos, 21 anos, foi condenado a cumprir pena de prestação de serviços à comunidade pela prática
de um crime de lesão corporal culposa no trânsito. Em 01/01/2014, seis meses após cumprir a pena
restritiva de direitos aplicada, praticou novo crime de natureza culposa, vindo a ser denunciado.
Carlos, após não aceitar qualquer benefício previsto na Lei no 9.099/95 e ser realizada audiência de
instrução e julgamento, é novamente condenado em 17/02/2016. O juiz aplica pena de 11 meses de
detenção, não admitindo a substituição por restritiva de direitos em razão da reincidência.


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Considerando que os fatos são verdadeiros e que o Ministério Público não apelou, o(a) advogado(a)
de Carlos, sob o ponto de vista técnico, deverá requerer, em recurso,
A) a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
B) a suspensão condicional da pena.
C) o afastamento do reconhecimento da reincidência.
D) a prescrição da pretensão punitiva.

10.!(FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Trata-se de causa extintiva da punibilidade consistente na exclusão, por lei ordinária com
efeitos retroativos, de um ou mais fatos criminosos do campo de incidência do Direito Penal,
a) o indulto individual.
b) a anistia.
c) o indulto coletivo.
d) a graça.

11.!(FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Com relação às causas de extinção da punibilidade previstas no artigo 107 do Código Penal, assinale
a alternativa correta.
a) O perdão do ofendido é ato unilateral, prescindindo de anuência do querelado.
b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.
c) A perempção é causa de extinção de punibilidade exclusiva da ação penal privada.
d) Em caso de morte do réu, não há falar em extinção da punibilidade, devendo o juiz absolvê-lo com
base no método de resolução de conflitos do in dubio pro reo.

12.!(FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM)
Felipe, menor de 21 anos de idade e reincidente, no dia 10 de abril de 2009, foi preso em flagrante
pela prática do crime de roubo. Foi solto no curso da instrução e acabou condenado em 08 de julho
de 2010, nos termos do pedido inicial, ficando a pena acomodada em 04 anos de reclusão em regime
fechado e multa de 10 dias, certo que houve a compensação da agravante da reincidência com a
atenuante da menoridade. A decisão transitou em julgado para ambas as partes em 20 de julho de
2010. Foi expedido mandado de prisão e Felipe nunca veio a ser preso.
Considerando a questão fática, assinale a afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20 de julho de
2016.
b) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorreu em 20 de julho de
2014.


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c) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20 de julho de


2022.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20 de novembro
de 2015.

13.!(FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Francisco foi condenado por homicídio simples, previsto no Art. 121 do Código Penal, devendo
cumprir pena de seis anos de reclusão. A sentença penal condenatória transitou em julgado no dia
10 de agosto de 1984. Dias depois, Francisco foge para o interior do Estado, onde residia, ficando
isolado num sítio. Após a fuga, as autoridades públicas nunca conseguiram capturá-lo. Francisco
procura você como advogado(a) em 10 de janeiro de 2014.
Com relação ao caso narrado, assinale a afirmativa correta
a) Ainda não ocorreu prescrição do crime, tendo em vista que ainda não foi ultrapassado o prazo de
trinta anos requerido pelo Código Penal.
b) Houve prescrição da pretensão executória
c) Não houve prescrição, pois o crime de homicídio simples é imprescritível.
d) Houve prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato, pois Francisco nunca foi
capturado.

14.!(FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em transação comercial
internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8 anos e multa. Devidamente investigado,
Eratóstenes foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida. O processo teve
regular seguimento e, ao final, o magistrado sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano
de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em 7/4/2007. O Ministério
Público não interpôs recurso, tendo, tal sentença, transitado em julgado para a acusação. A defesa
de Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs sucessivos recursos. Até o dia
15/5/2011, o processo ainda não havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, não houve trânsito
em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e sabendo-se que, de acordo com o art.
109, incisos III e V, do Código Penal, a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final,
verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito anos e
em 4 (quatro) anos se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois,
com base na situação apresentada, é correto afirmar que
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão executória, pois desde
a publicação da sentença não transcorreu lapso de tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data da publicação da sentença
e a última data apresentada no enunciado, transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe o trânsito em julgado
para a acusação e leva em conta a pena concretamente imposta na sentença.


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d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não ocorreu o trânsito em julgado
final, deve-se levar em conta a teoria da pior hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse,
somente ocorreria doze anos após a data do fato.

15.!(FGV – 2010 – OAB – EXAME DE ORDEM)
A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por base ocorrência do fato na data
de hoje, assinale a alternativa correta.
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-
se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos, independentemente do prazo
estabelecido para a prescrição da pena de liberdade aplicada cumulativamente
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui advogado, fica suspenso o processo,
mantendo-se em curso o prazo prescricional, que passa a ser computado pelo dobro da pena
máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no Código Penal, dentre outras, o
recebimento da denúncia ou da queixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ou
absolutória recorrível.

16.! (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA)
Paulo, quando tinha 20 anos de idade, após ser abordado em uma blitz da polícia rodoviária federal
na Rodovia Presidente Dutra, no dia 1º de Junho de 2010, oferece R$ 1.000,00, em dinheiro, para o
policial responsável pela abordagem para não ser autuado por excesso de velocidade. Paulo é
conduzido ao Distrito Policial, preso em flagrante, e acaba beneficiado pela Justiça sendo colocado
em liberdade após pagamento de fiança. Encerrado o inquérito Policial, a denúncia em desfavor de
Paulo, pelo crime de corrupção ativa, é recebida no dia 15 de Julho de 2014. O processo tramita
regularmente e Paulo é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial aberto,
por sentença publicada em 14 de Agosto de 2016. A sentença transita em julgado. Ricardo, advogado
de Paulo, postula ao Magistrado competente para a execução da sentença o reconhecimento da
prescrição. Neste caso, de acordo com o Código Penal, a prescrição da pretensão punitiva estatal
ocorre em
(A) 8 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cumprir regularmente
sua pena.
(B) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cumprir regularmente
sua pena.
(C) 3 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do prazo
superior a 3 anos entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
(D) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do prazo entre
a data do crime e do recebimento da denúncia.


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(E) 2 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do prazo entre
a data do recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória.

17.! (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA)
Moisés respondeu processo por crime de corrupção ativa cometido no dia 30 de Setembro de 2010,
quando tinha 66 anos de idade. A denúncia oferecida pelo Ministério Público em 16 de Outubro de
2014 é recebida pelo Magistrado competente no dia 18 de Outubro do mesmo ano de 2014. O
processo tramita regularmente e Moisés é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em
regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 10 dias-multa por sentença proferida em 25 de Abril
de 2016 e publicada no dia 27 do mesmo mês e ano. Não houve interposição de recurso pelas partes
e é certificado o trânsito em julgado.
No caso hipotético apresentado, a prescrição da pretensão punitiva estatal regula-se pela pena
aplicada ao réu Moisés e verifica-se em
(A) 02 anos e o réu deverá cumprir integralmente a sua pena, não sendo o caso de extinção da sua
punibilidade.
(B) 02 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo entre a data
do crime e do recebimento da denúncia.
(C) 04 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo entre a data
do crime e do recebimento da denúncia.
(D) 01 ano e 06 meses, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo
entre a data do crime e do recebimento da denúncia e entre a data do recebimento da denúncia e
da publicação da sentença.
(E) 03 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo entre a data
do crime e do recebimento da denúncia.

18.!(FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO)
Sobre a prescrição, é correto afirmar que
a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na sentença,
aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.
d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data da
sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o total da pena
fixada na sentença.

19.!(FCC – 2015 – MP-PB – TÉCNICO MINISTERIAL)
Paulo, de 19 anos de idade, é abordado em uma operação da Polícia Militar do Estado da Paraíba,
na cidade de João Pessoa, deflagrada no dia 10 de dezembro de 2012. Após se recusar a submeter-


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se ao teste do bafômetro e apresentar a documentação solicitada, Paulo ofende moralmente os


policiais que trabalhavam regularmente na ocorrência e é conduzido preso ao Distrito Policial.
Posteriormente Paulo é denunciado pelo Ministério Público por crime de desacato e a denúncia é
recebida pelo Magistrado competente no dia 14 de abril de 2013, com instauração da ação penal.
Por ostentar maus antecedentes e não fazer jus a qualquer benefício, a ação tramita regularmente
até a prolação da sentença condenatória pelo Magistrado competente no dia 15 de maio de 2015,
que aplicou ao réu Paulo a pena de 1 ano de detenção, em regime inicial semiaberto. A sentença
transitou em julgado. Após o trânsito em julgado, o advogado de Paulo postulou ao Magistrado a
extinção da punibilidade do seu cliente com base na prescrição. Neste caso, o Magistrado
a) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo prescricional
de 4 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.
b) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo prescricional
de 3 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.
c) deverá declarar extinta a punibilidade do réu pela prescrição, uma vez que o Código Penal
estabelece, neste caso, o prazo prescricional de 2 anos.
d) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo prescricional
de 6 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.
e) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo prescricional
de 5 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.

20.!(FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO)
Renato, com 20 anos de idade é abordado por policiais militares após se envolver em uma briga em
boate da cidade de Macapá. Embriagado e extremamente nervoso Renato passa a ofender os
policiais no exercício regular da função. Conduzido ao Distrito Policial Renato acaba posteriormente
denunciado pelo Ministério Público por crime de desacato e, por sentença final, condenado ao
pagamento de 20 dias-multa, no valor unitário mínimo como incurso no artigo 331, do Código Penal
(crime de desacato). Neste caso, a prescrição da pena aplicada ocorrerá em
(A) 05 anos.
(B) 02 anos.
(C) 01 ano.
(D) 04 anos.
(E) 03 anos.

21.!(FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)
Ticio, funcionário público municipal, para justificar um período de uma semana de falta, apresenta
um atestado médico no dia 10 de Janeiro de 2007. Desconfiado da conduta de Tício, o superior
imediato dele Renato coleta informações e descobre que o atestado apresentado por Ticio é falso,
noticiando imediatamente o fato à Autoridade Policial, que determina a instauração de Inquérito
Policial. O inquérito demora muito tempo para ser encerrado e relatado. Tício é, então, denunciado


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pelo Ministério Público como incurso no artigo 297, c.c. o artigo 304, ambos do Código Penal e a
denúncia recebida em 20 de Julho do mesmo ano de 2007. O processo transcorre normalmente até
a prolação da sentença pelo Magistrado competente, que condena Ticio a cumprir pena de 02 anos
e 06 meses de reclusão e multa. A sentença é publicada em 20 de Setembro de 2010. Interposto
recurso de apelação pelo réu Tício o Tribunal de Justiça nega provimento ao apelo e mantém a
sentença de primeiro grau. O Acórdão, publicado em 10 de Outubro de 2015, transitou em julgado.
Na situação hipotética apresentada, na fase de execução, o Magistrado
(A) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição uma vez que transcorreu lapso temporal
superior a 5 anos entre a data da publicação da sentença e da publicação do acórdão recorrível.
(B) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição que ocorre no caso concreto em três
anos, prazo este transcorrido entre a data do recebimento da denúncia e da sentença.
(C) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição que ocorre no caso concreto em quatro
anos, prazo este transcorrido entre a data da publicação da sentença de primeiro grau e do acórdão
recorrível.
(D) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição uma vez que transcorreu lapso temporal
superior a 2 anos entre a data do recebimento da denúncia e da sentença
(E) não deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição.

22.!(FCC – 2015 – TCE-AM – AUDITOR)
O perdão judicial tem natureza jurídica de
a) causa de exclusão de culpabilidade.
b) causa extintiva da punibilidade.
c) efeito da sentença penal.
d) desistência voluntária.
e) efeito civil da sentença penal.

23.!(FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)
Pedro, que contava com 69 anos de idade na época, sócio proprietário de uma empresa de
embalagens, após ser alvo de uma diligência por agentes fiscais de determinado Estado no dia 11 de
Julho de 2013, oferece dinheiro em espécie aos referidos funcionários públicos para não ter a
empresa autuada pelo Fisco. O fato é noticiado à Autoridade Policial, que determina a instauração
de inquérito policial. Relatado o Inquérito Policial, Pedro é denunciado por crime de corrupção ativa.
A denúncia é recebida em 30 de Agosto do mesmo ano de 2013 e a ação penal é instaurada, com
inquirição das testemunhas arroladas pelas partes, interrogatório do réu e debates entre Ministério
Público e advogado. No dia 17 de Setembro de 2015 o processo é sentenciado pelo Magistrado que
condena Pedro a cumprir pena de 2 anos de reclusão em regime inicial semiaberto, substituída por
duas penas restritivas de direito. A sentença transita em julgado e o advogado de Pedro apresenta
requerimento de extinção da punibilidade pela prescrição.


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Neste caso, o Magistrado, atentando para a pena fixada,


(A) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 3
anos.
(B) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 4
anos.
(C) deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, consumada em 2 anos entre a data do
recebimento da denúncia e a sentença.
(D) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 8
anos.
(E) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 6
anos.

24.!(FCC - 2015 - TJ-GO - JUIZ SUBSTITUTO)
A interrupção da prescrição
a) não leva a que comece a correr novamente o prazo a partir do dia em que verificada a causa
interruptiva, no caso de continuação do cumprimento da pena.
b) ocorre com o oferecimento da denúncia ou da queixa, e não com o recebimento.
c) é extensível aos crimes conexos, ainda que objeto de processos distintos, se verificada em relação
a qualquer deles.
d) produz efeitos relativamente a todos os autores do crime quando do início ou continuação do
cumprimento da pena por algum deles.
e) ocorre com a publicação da sentença ou acórdãos absolutórios recorríveis.

25.!(FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA)
Sobre a extinção da punibilidade, nos termos preconizados pelo Código Penal, é correto afirmar que
(A) no caso de revogação do livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta
da pena.
(B) o prazo prescrição é reduzido de metade quando o criminoso era, ao tempo da sentença, maior
de 60 anos de idade.
(C) a sentença que conceder ao réu o perdão judicial será considerada para efeitos de reincidência.
(D) no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a somatória das penas
cominadas aos crimes.
(E) tratando-se de pena de multa, a única aplicada ao réu, o prazo prescricional é de 3 anos.

26.!(FCC – 2015 – TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO)
No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que


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a) o tempo transcorrido antes da causa interruptiva é contado, em qualquer situação, para o prazo
prescricional.
b) pode produzir efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo exceções.
c) a reincidência interrompe a prescrição da pretensão punitiva.
d) a impronúncia constituiu causa interruptiva da prescrição.
e) a prescrição fica interrompida enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que
dependa o reconhecimento da existência do crime.

27.!(FCC – 2015 – TRE-PB – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA)
No que refere à extinção da punibilidade, de acordo com o Código de Processo Penal, interrompida
a prescrição, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção, salvo no caso de:
a) pronúncia.
b) recebimento da denúncia.
c) início ou continuação do cumprimento da pena.
d) decisão confirmatória da pronúncia.
e) publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.

28.!(FCC – 2014 – SEFAZ/PE – AUDITOR)
Na lei penal brasileira, NÃO é causa extintiva da punibilidade
(A) a retratação cabal do querelado, antes da sentença, na calúnia e na difamação.
(B) o perdão judicial, no peculato mediante erro de outrem.
(C) a reparação integral do dano, no peculato culposo, quando precedente à sentença irrecorrível.
(D) a retratação ou declaração da verdade, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito,
no falso testemunho ou falsa perícia.
(E) a declaração, confissão e o pagamento espontâneos das contribuições, valores, importâncias e
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início
da ação fiscal, na apropriação indébita previdenciária.

29.! (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO)
NÃO é causa extintiva da punibilidade:
a) prescrição, após o lançamento do tributo.
b) morte do agente, após definitiva a condenação.
c) retratação do querelado, na calúnia contra os mortos
d) perempção, na ação penal privada subsidiária da pública.
e) perdão judicial, na apropriação indébita previdenciária.


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30.! (FCC – 2015 – TJ-RR – JUIZ)


Constituem causas de extinção da punibilidade que se relacionam com a ação penal pública
condicionada
a) a perempção e o perdão do ofendido.
b) a decadência e a perempção.
c) o perdão do ofendido e a composição homologada dos danos civis nos juizado especial criminal.
d) a decadência e o perdão do ofendido.
e) a composição homologada dos danos civis no juizado especial criminal e a decadência.

31.! (FCC – 2015 – TJ-PE – JUIZ)
A prescrição retroativa,
a) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada pela pena aplicada, não podendo
ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
b) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a publicação da
sentença condenatória transitada em julgado para a acusação.
c) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, não podendo ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa.
d) antes prevista como forma de prescrição da pretensão punitiva, foi abolida por recente reforma
legislativa.
e) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pela pena aplicada e pode ocorrer
entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória transitada em julgado
para a acusação.

32.!(FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA)
De acordo com o Código Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a
A) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo.
B) morte do agente.
C) anistia.
D) prescrição.
E) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.

33.!(FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR)
No tocante às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que
A) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.


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C) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.


D) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do beneficiado.
E) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.

34.!(FCC – 2012 – TRE/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO)
Rubens está sendo processado por crime de peculato, praticado no dia 03 de fevereiro de 2008,
quando tinha 20 anos de idade. A denúncia foi recebida no dia 05 de junho de 2008. Por sentença
judicial, publicada no Diário Oficial no dia 10 de novembro de 2011, Rubens foi condenado a cumprir
pena de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, em regime inicial aberto, e ao pagamento de
10 (dez) dias-multa. A pena privativa de liberdade aplicada pelo Magistrado foi substituída, na forma
do artigo 44, do Código Penal, por uma pena restritiva de direitos de prestação de serviços à
comunidade, pelo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e por 10 (dez) dias-multa, no valor
unitário mínimo. A sentença transitou em julgado no dia 1o de janeiro de 2012. Nesse caso, após o
trânsito em julgado, a prescrição para as penalidades aplicadas ao réu verifica-se no prazo de
a) 02 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
b) 08 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas.
c) 04 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
d) 04 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas.
e) 08 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.

35.! (FCC – 2012 – TJ/GO – JUIZ)
No tocante à prescrição, é correto afirmar que
a) o dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
b) o prazo é sempre de dois anos no caso de penas restritivas de direitos.
c) não constitui matéria prejudicial da análise do mérito da ação penal.
d) incidirá sobre o total da pena, se reconhecido o concurso material de infrações, e sobre a pena de
cada um, isoladamente, se identificado o formal.
e) se regula, em abstrato, pelo máximo da pena cominada, menos um terço, no caso de imputação
de crime tentado.

36.!(VUNESP – 2014 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)
Agente imputável e menor de 21 anos à época do fato criminoso ocorrido em 10 de junho de 2006.
Foi denunciado como incurso no art. 157, caput, do CP. A denúncia foi recebida em 29 de junho de
2006 e até 01 de julho de 2014 não havia sido prolatada sentença. Diante disso, pode-se afirmar que
a) ocorreu a pretensão punitiva estatal, considerado o máximo da pena abstratamente cominada à
infração.
b) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente depois de decorridos seis anos da
data supra mencionada (01.07.2014).


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c) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente depois de decorridos quatro anos da
data supra mencionada (01.07.2014).
d) antes da prolação da sentença condenatória não se pode falar em ocorrência da pretensão
punitiva estatal.

37.!(VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ)
Quanto à extinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a punibilidade só se extingue pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto; pela prescrição,
decadência ou perempção; pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada e pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
b) o curso da prescrição interrompe-se com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.
c) o perdão expresso ou tácito concedido pelo ofendido a um dos querelados não pode ser
aproveitado pelos demais na hipótese de ofensa conjunta por mais de um agente.
d) considerando que o delito previsto no art. 137, caput, do Código Penal prevê pena de detenção
de quinze dias a dois meses ou multa, a prescrição da pena em abstrato ocorrerá em dois anos.
e) a sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.

38.!(VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)
Sobre as causas de extinção de punibilidade, pode-se afirmar que
(A) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a toda e qualquer infração penal,
mas apenas àquelas previamente determinadas pela lei, embora se admita a analogia in bonan
partem.
(B) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não está
condicionada à aceitação da vítima.
(C) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o qual a vítima ou
seu representante, perde o direito de queixa ou de representação em virtude da inércia.
(D) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investigações até a sentença
penal condenatória ainda não transitada em julgado.
(E) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo.

39.!(VUNESP – 2015 – PC/CE – ESCRIVÃO)
No tocante às disposições previstas no Código Penal relativas à prescrição penal, causa de extinção
da punibilidade, é correto afirmar que
(A) nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.
(B) antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição começa a correr do oferecimento da
denúncia.


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(C) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de
improvido seu recurso, a prescrição regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
(D) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de
improvido seu recurso, a prescrição regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime.
(E) no caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é
regulada pelo tempo total da pena.


40.!(VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ – ADAPTADA)
É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em
pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.

41.!(VUNESP – 2014 – TJ-SP – JUIZ)
Analise estes conceitos atinentes à prescrição penal:
I. É a perda do direito de punir do Estado, considerada a pena concreta com trânsito em julgado para
a acusação, levando-se em conta prazo anterior à sentença.
II. É a perda do direito de punir do Estado, levando-se em conta a pena concreta, com trânsito em
julgado para a acusação, ou improvido seu recurso, cujo lapso temporal inicia-se na data da sentença
e segue até o trânsito em julgado para a defesa.
III. É a perda do direito de aplicar efetivamente a pena concreta e definitiva, com o lapso temporal
entre o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação e o início do cumprimento da
pena ou a ocorrência de reincidência.
Agora, escolha a opção que indique, respectivamente, as modalidades de prescrição acima descritas:
a) retroativa; intercorrente ou superveniente; da pretensão executória.
b) intercorrente ou superveniente; retroativa; da pretensão executória.
c) da pretensão executória; intercorrente ou superveniente; retroativa.
d) retroativa; da pretensão executória; intercorrente ou superveniente.

42.!(VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)
Em regra geral, a prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
a) chamada, pela doutrina, de prescrição intercorrente.
b) é chamada, pela doutrina, de prescrição retroativa.
c) regula-se pelo mínimo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
d) regula-se pela pena aplicada na sentença de primeiro grau.
e) regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.


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43.!(VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)
É causa de extinção da punibilidade o/a
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa.

44.!(VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)
Para o agente que tenha mais de 70 (setenta) anos na data da sentença, o prazo mínimo e máximo
de prescrição, considerando como base os lapsos previstos no art. 109 do CP é, em anos,
respectivamente,
a) 3 e 20.
b) 2 e 15.
c) 2 e 10.
d) 1,5 e 15.
e) 1,5 e 10.

45.!(VUNESP – 2013 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)
São causas extintivas da punibilidade:
I. Anistia – é concedida por lei, referindo-se a fatos já realizados, pressupondo condenação
transitada em julgado.
II. Perempção – na ação penal privada ou pública condicionada a representação, consistindo na
perda do direito de prosseguir na ação.
III. Renúncia – ato unilateral e extraprocessual, pelo qual o ofendido abdica do direito de oferecer
queixa.
É correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) III.
c) I e III.
d) II e III.

46.!(VUNESP – 2012 – TJ-RJ – JUIZ)


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A pena privativa de liberdade fixada em 3 (três) meses; a pena de multa quando é cumulativamente
aplicada com uma privativa de liberdade e a pena de prestação pecuniária prescrevem,
respectivamente,
a) em 3 (três) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade com a qual foi cumulativamente
aplicada; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade que substituiu.
b) em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade com a qual foi cumulativamente
aplicada; em 4 (quatro) anos.
c) em 3 (três) anos; em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade que substituiu.
d) em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos.

6! EXERCÍCIOS COMENTADOS


01.! (FGV – 2016 – MPE-RJ – ANALISTA PROCESSUAL)
Marco, 40 anos, foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal culposa praticada na
direção de veículo automotor, cuja pena privativa de liberdade prevista é de detenção de 06 meses
a 02 anos. Os fatos ocorreram em 02.02.2011, e, considerando que não houve interesse em aceitar
transação penal, composição dos danos ou suspensão condicional do processo, foi oferecida
denúncia em 27.02.2014 e recebida a inicial acusatória em 11.03.2014. Após a instrução, foi Marco
condenado à pena mínima de 06 meses em sentença publicada em 29.02.2016, tendo a mesma
transitado em julgado. Considerando os fatos narrados e a atual previsão do Código Penal, é
correto afirmar que:
a) deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco em razão da prescrição da
pretensão punitiva pela pena em abstrato;
b) deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco em razão da prescrição da
pretensão punitiva pela pena em concreto;
c) deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco em razão da prescrição da
pretensão executória;
d) não deverá ser reconhecida a extinção da punibilidade de Marco, pois não ocorreu prescrição;
e) o oferecimento da denúncia funciona como marco interruptivo do prazo prescricional.
COMENTÁRIOS: Neste caso, o prazo prescricional é de 04 anos, na forma do art. 109, V do CP. Em
11.03.14 houve a interrupção do prazo prescricional, com o RECEBIMENTO da denúncia (o
oferecimento da denúncia não é causa de interrupção do prazo prescricional).


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Isto posto, não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva comum (ou ordinária), que leva em conta
a pena máxima em abstrato para o delito, pois não transcorreu mais de 04 anos entre um marco
interruptivo da prescrição e outro.
Todavia, com a publicação da sentença e aplicação de pena de 06 meses, este passa a ser o novo
patamar para o cálculo da prescrição. Considerando este novo parâmetro, o prazo prescricional
(para o cálculo da prescrição baseada na pena em concreto) seria de 03 anos (art. 109, VI do CP).
Como se vê, passou mais de 03 anos entre a data do fato e o recebimento da denúncia. Em tese,
portanto, teria ocorrido a prescrição da pretensão punitiva em sua modalidade RETROATIVA. Porém,
tal modalidade de prescrição não pode ter por termo inicial data anterior ao recebimento da
denúncia ou queixa, de forma que não podemos reconhecer a prescrição retroativa neste caso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

02.! (FGV – 2016 – CODEBA – ADVOGADO)
No dia 11/01/2010, Jean, nascido em 11/01/1992, praticou um crime de furto simples, razão pela
qual foi denunciado como incurso nas sanções do Art. 155, caput, do Código Penal. Em
25/01/2010, foi a inicial acusatória recebida, não sendo cabível a suspensão condicional do
processo. Após o regular processamento do feito, diante da confissão de Jean, foi o mesmo
condenado à pena mínima de um ano de reclusão, sendo a sentença condenatória publicada em
01/03/2012 e transitando em julgado. Jean dá início ao cumprimento da pena em 02/01/2014.
Considerando a situação exposta, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva do Estado, devendo ser reconhecida a extinção da
punibilidade.
b) A condenação foi indevida, pois Jean não era imputável na data dos fatos.
c) Ocorreu a prescrição da pretensão executória do Estado, devendo ser reconhecida a extinção
da punibilidade.
d) Não ocorreu a extinção da punibilidade, pois não foi ultrapassado o prazo de quatro anos entre
os marcos interruptivos da prescrição.
e) Não ocorreu a extinção da punibilidade, pois não foi ultrapassado o prazo de três anos entre os
marcos interruptivos da prescrição.
COMENTÁRIOS: Neste caso, o agente praticou o delito aos 18 anos, motivo pelo qual o prazo
prescricional deverá ser reduzido pela metade, pois o agente tinha menos de 21 anos na data do
fato (art. 115 do CP).
O prazo prescricional para o delito, levando em conta a pena máxima prevista em abstrato, é de 08
anos, na forma do art. 109, IV do CP. Assim, este prazo deve ser reduzido pela metade (ou seja, no
caso, o prazo prescricional será de 04 anos).
Não passou mais de 04 anos entre um marco interruptivo da prescrição e outro, logo, não ocorreu
a prescrição com base na pena em abstrato (prescrição da pretensão punitiva comum).
Todavia, precisamos saber se ocorreu a prescrição da pretensão punitiva com base na pena
concretamente aplicada (01 ano de reclusão). Considerando a pena aplicada, chegamos a um novo


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prazo prescricional, que será de 04 anos (art. 109, V do CP), reduzido pela metade em razão da idade
do agente, ou seja, um prazo de 02 anos.
Isto posto, temos que saber se transcorreu mais de 02 anos entre um marco interruptivo da
prescrição e outro. A resposta é positiva. Entre o recebimento da denúncia e a publicação da
sentença tivemos um lapso temporal superior a 02 anos, motivo pelo qual ocorreu a prescrição da
pretensão punitiva com base na pena em concreto (neste caso, prescrição da pretensão punitiva
RETROATIVA).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

03.! (FGV – 2015 – TJ-PI – OFICIAL DE JUSTIÇA)
A prescrição da pretensão punitiva do Estado, em segundo grau de jurisdição, se interrompe na
data da:
a) publicação na sessão de julgamento do recurso;
b) publicação do acórdão no diário oficial;
c) intimação pessoal do Ministério Público e réu;
d) intimação pessoal do Ministério Público, sem recurso;
e) entrega dos autos ao escrivão.
COMENTÁRIOS: O art. 117 do CP assim estabelece:
Art. 117 - O curso da prescri•‹o interrompe-se: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
I - pelo recebimento da denœncia ou da queixa; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
II - pela pronœncia; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
III - pela decis‹o confirmat—ria da pronœncia; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
IV - pela publica•‹o da senten•a ou ac—rd‹o condenat—rios recorr’veis; (Reda•‹o dada pela Lei n¼
11.596, de 2007).
V - pelo in’cio ou continua•‹o do cumprimento da pena; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.268, de
1¼.4.1996)
VI - pela reincid•ncia. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.268, de 1¼.4.1996)

Como se vê, a publicação do acórdão condenatório recorrível é causa de interrupção do prazo


prescricional. Todavia, o STF possui entendimento no sentido de que esta publicação se dá, para
estes fins, na data da própria sessão de julgamento, e não em momento posterior (quando da
publicação no Diário Oficial).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

04.! (FGV – 2015 – DPE-RO – ANALISTA JURÍDICO)
José, nascido em 12.12.1990, foi denunciado pela prática de dois crimes de apropriação indébita
simples, cuja pena em abstrato prevista é de reclusão de 01 a 04 anos e multa, em continuidade
delitiva, por fatos ocorridos em 04.04.2010 e 10.04.2010. A denúncia foi recebida em 07.04.2015,
sendo o réu imediatamente citado.
Nessa situação, é correto afirmar que:


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a) a prescrição da pretensão punitiva do Estado pela pena em abstrato ocorrerá em 06.04.2023;


b) a punibilidade do réu deve ser extinta pelo reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva
pela pena ideal;
c) a prescrição da pretensão punitiva do Estado pela pena em abstrato ocorrerá em 06.04.2027;
d) a prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato somente ocorrerá em 06.04.2019;
e) a punibilidade do réu deve ser imediatamente extinta pelo reconhecimento da prescrição da
pretensão punitiva pela pena em abstrato.
COMENTÁRIOS: Neste caso, a primeira coisa que temos que ter em mente, é que a prescrição de
cada delito será analisada isoladamente, mesmo em se tratando de continuidade delitiva. É o que
determina o art. 119 do CP.
Pois bem, ambos os delitos possuem pena máxima de 04 anos, logo, o prazo prescricional é de 08
anos. Porém, como o agente tinha menos de 21 anos na data dos fatos, o prazo prescricional de
ambos os delitos cai pela metade (passa a ser de apenas 04 anos), na forma do art. 115 do CP.
Assim, precisamos saber agora se já passou mais de 04 anos entre um marco interruptivo da
prescrição e outro. A resposta é positiva. Entre a data dos fatos (04.04.2010 e 10.04.2010) e o
recebimento da denúncia (07.04.2015) já transcorreu lapso superior a 04 anos, motivo pelo qual
ocorreu a prescrição da pretensão punitiva com base na pena em abstrato.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

05.! (FGV – 2015 – DPE-MT – ADVOGADO)
Thiago, nascido em 10/10/90, foi denunciado pela prática do crime de tentativa de homicídio
qualificado (Art. 121, § 2º, inciso IV c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal) por fato ocorrido
em 01/11/10.
A denúncia foi recebida em 05/05/14, tendo o feito regular prosseguimento. Em 12/10/14, foi
publicada decisão do juiz pronunciando o acusado. Inconformada com essa decisão, a advogada
do réu interpôs o recurso cabível, mas a pronúncia foi confirmada em decisão do Tribunal
proferida e publicada em 12/12/14.
Considerando apenas essas informações, é correto afirmar que a prescrição da pretensão punitiva
pela pena em abstrato ocorrerá em
a) 12 de dezembro de 2034.
b) 12 de outubro de 2034.
c) 12 de outubro de 2030.
d) 12 de dezembro de 2024.
e) 12 de outubro de 2024.
COMENTÁRIOS: Neste caso temos um crime cuja pena máxima prevista em abstrato é de 30 anos.
Todavia, por se tratar da forma TENTADA deste delito, para obter a pena máxima deveremos aplicar
o patamar mínimo de redução atinente à tentativa (um terço). Logo, 30 anos menos um terço é igual
a 20 anos. A pena máxima para este caso específico, portanto, é de 20 anos. Considerando tal pena
máxima, o prazo prescricional, na forma do art. 109, I do CP, será também de 20 anos. Porém, como


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o agente tinha menos de 21 anos na data do fato, este prazo será reduzido pela metade, ou seja, o
prazo prescricional será de 10 anos.
A partir daí, para calcularmos a data em que ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva com base
na pena abstrata, temos que saber quando ocorreu a última interrupção da prescrição. No caso da
questão, a última interrupção do prazo prescricional se deu em 12.12.14, ou seja, quando da
publicação da decisão confirmatória da pronúncia, na forma do art. 117, III do CP.
Assim, considerando este último marco interruptivo da prescrição, a prescrição efetivamente
ocorrerá em 12.12.2024.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

06.! (FGV – 2014 – PROCEMPA – ADVOGADO)
As opções a seguir apresentam causas de extinção da punibilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Indulto e graça.
b) Prescrição e decadência.
c) Anistia.
d) Morte da vítima.
e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.
COMENTÁRIOS: As causas de extinção da punibilidade estão elencadas no art. 107 do CP. Vejamos:
Extin•‹o da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, gra•a ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que n‹o mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescri•‹o, decad•ncia ou peremp•‹o;
V - pela renœncia do direito de queixa ou pelo perd‹o aceito, nos crimes de a•‹o privada;
VI - pela retrata•‹o do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - (Revogado pela Lei n¼ 11.106, de 2005)
VIII - (Revogado pela Lei n¼ 11.106, de 2005)
IX - pelo perd‹o judicial, nos casos previstos em lei.

Como se pode ver, a morte da VÍTIMA não é causa de extinção da punibilidade (o que é causa de
extinção da punibilidade é a morte do INFRATOR).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

07.! (FGV – 2017 – OAB - XXII EXAME DE ORDEM)
No dia 15 de abril de 2011, João, nascido em 18 de maio de 1991, foi preso em flagrante pela
prática do crime de furto simples, sendo, em seguida, concedida liberdade provisória. A denúncia
somente foi oferecida e recebida em 18 de abril de 2014, ocasião em que o juiz designou o dia 18
de junho de 2014 para a realização da audiência especial de suspensão condicional do processo


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oferecida pelo Ministério Público. A proposta foi aceita pelo acusado e pela defesa técnica,
iniciando-se o período de prova naquele mesmo dia. Três meses depois, não tendo o acusado
cumprido as condições estabelecidas, a suspensão foi revogada, o que ocorreu em decisão datada
de 03 de outubro de 2014.
Ao final da fase instrutória, a pretensão punitiva foi acolhida, sendo aplicada ao acusado a pena
de 01 ano de reclusão em regime aberto, substituída por restritiva de direitos. A sentença
condenatória foi publicada em 19 de maio de 2016, tendo transitado em julgado para a acusação.
Intimado da decisão respectiva, João procura você̂, na condição de advogado(a), para saber sobre
eventual prescrição, pois tomou conhecimento de que a pena de 01 ano, em tese, prescreve em
04 anos, mas que, no caso concreto, por força da menoridade relativa, deve o prazo ser reduzido
de metade.
Diante desse quadro, você, como advogado(a), deverá esclarecer que
A) ocorreu a prescrição da pretensão punitiva entre a data do fato e a do recebimento da
denúncia.
B) ocorreu a prescrição da pretensão punitiva entre a data do recebimento da denúncia e a da
publicação da sentença condenatória.
C) ocorreu a prescrição da pretensão executória entre a data do recebimento da denúncia e a da
publicação da sentença condenatória.
D) não há que se falar em prescrição, no caso apresentado. COMENTÁRIOS: Neste caso não
ocorreu a prescrição da pretensão punitiva. Primeiramente, não ocorreu a prescrição da pretensão
punitiva ordinária (comum), pois tal modalidade de prescrição leva em conta a pena máxima prevista
para o delito (04 anos), logo, a prescrição somente ocorreria em 08 anos, nos termos do art. 109, IV
do CP. Ainda que se reduza tal prazo pela metade, em razão de ser o agente menor de 21 anos na
data do fato (art. 115 do CP), ainda assim não teria ocorrido prescrição, pois não passou mais de 04
anos entre um marco interruptivo da prescrição e outro.
Por fim, devemos analisar se ocorreu a prescrição da pretensão punitiva RETROATIVA, que leva em
conta a pena APLICADA. Considerando a pena aplicada (01 ano), o prazo prescricional seria de 04
anos, nos termos do art. 109, V do CP, reduzidos pela metade em razão de ser o agente menor de
21 anos na data do fato, logo, a prescrição retroativa ocorreria em 02 anos.
Agora devemos saber se entre um marco interruptivo da prescrição, e outro, transcorreu mais de 02
anos.
Entre a data do fato (15.04.2011) e o recebimento da denúncia (18.04.2011) transcorreu mais de 02
anos. Todavia, a prescrição retroativa não pode ocorrer antes do recebimento da denúncia, logo,
esqueçamos esse período.
Com relação ao período entre o recebimento da denúncia (18.04.2016) e a publicação da sentença
recorrível (19.05.2016), também transcorreu mais de 02 anos. Porém, nesses 02 anos e 01 mês,
tivemos aproximadamente 03 meses de suspensão do processo (entre 18.06.2014 e 03.10.2014).
Nesse período de três meses o prazo de prescrição FICOU SUSPENSO, nos termos do art. 89, §6º do
CPP. Assim, se descontarmos esses três meses, também não passou mais de 02 anos entre o
recebimento da denúncia e a publicação da sentença recorrível, logo, não ocorreu a prescrição
retroativa.


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Assim, não ocorreu prescrição no presente caso.


Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

08.! (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM)
No dia 28 de agosto de 2011, após uma discussão no trabalho quando todos comemoravam os 20
anos de João, este desfere uma facada no braço de Paulo, que fica revoltado e liga para a Polícia,
sendo João preso em flagrante pela prática do injusto de homicídio tentado, obtendo liberdade
provisória logo em seguida. O laudo de exame de delito constatou a existência de lesão leve.
A denúncia foi oferecida em 23 de agosto de 2013 e recebida pelo juiz em 28 de agosto de 2013.
Finda a primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, ocasião em que a vítima compareceu,
confirmou os fatos, inclusive dizendo acreditar que a intenção do agente era efetivamente matá-
la, e demonstrou todo seu inconformismo com a conduta do réu, João foi pronunciado, sendo a
decisão publicada em 23 de agosto de 2015, não havendo impugnação pelas partes. Submetido a
julgamento em sessão plenária em 18 de julho de 2017, os jurados afastaram a intenção de matar,
ocorrendo em sentença, então, a desclassificação para o crime de lesão corporal simples, que tem
a pena máxima prevista de 01 ano, sendo certo que o Código Penal prevê que a pena de 01 a 02
anos prescreve em 04 anos.
Na ocasião, você, como advogado(a) de João, considerando apenas as informações narradas,
deverá requerer que seja declarada a extinção da punibilidade pela
A) decadência, por ausência de representação da vítima.
B) prescrição da pretensão punitiva, porque já foi ultrapassado o prazo prescricional entre a data
do fato e a do recebimento da denúncia.
C) (prescrição da pretensão punitiva, porque já foi ultrapassado o prazo prescricional entre a data
do oferecimento da denúncia e a da publicação da decisão de pronúncia.
D) prescrição da pretensão punitiva, porque entre a data do recebimento da denúncia e a do
julgamento pelo júri decorreu o prazo prescricional.
COMENTÁRIOS: Neste caso ocorreu a prescrição da pretensão punitiva, porque já foi ultrapassado
o prazo prescricional entre a data do fato e a do recebimento da denúncia, pois o prazo prescricional,
originalmente de 04 anos, deve ser reduzido pela metade, na forma do art. 115 do CP, já que o
agente era menor de 21 anos na data do fato.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

09.! (FGV – 2016 – XXI EXAME DA OAB – PRIMEIRA FASE)
Carlos, 21 anos, foi condenado a cumprir pena de prestação de serviços à comunidade pela prática
de um crime de lesão corporal culposa no trânsito. Em 01/01/2014, seis meses após cumprir a
pena restritiva de direitos aplicada, praticou novo crime de natureza culposa, vindo a ser
denunciado.
Carlos, após não aceitar qualquer benefício previsto na Lei no 9.099/95 e ser realizada audiência
de instrução e julgamento, é novamente condenado em 17/02/2016. O juiz aplica pena de 11


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meses de detenção, não admitindo a substituição por restritiva de direitos em razão da


reincidência.
Considerando que os fatos são verdadeiros e que o Ministério Público não apelou, o(a)
advogado(a) de Carlos, sob o ponto de vista técnico, deverá requerer, em recurso,
A) a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
B) a suspensão condicional da pena.
C) o afastamento do reconhecimento da reincidência.
D) a prescrição da pretensão punitiva.
COMENTÁRIOS: Não houve, no caso, reincidência, eis que ainda que se considere a pena aplicada
ao agente, não se pode falar em prescrição retroativa, eis que a pena aplicada foi de 11 meses de
detenção, de maneira que o prazo prescricional seria de 03 anos (e não transcorreu tal lapso
temporal entre um marco interruptivo da prescrição e outro).
Não há que se falar, ainda, no afastamento da reincidência, eis que o réu é, de fato, reincidente, nos
termos do art. 63 do CP.
É, todavia, cabível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, pois
somente a reincidência em crime DOLOSO impede a substituição, de maneira que a mera
reincidência em crime culposo não é capaz de, por si só, impedir o benefício, nos termos do art. 44,
II do CP.
Por fim, não é cabível, ainda, a suspensão condicional da pena, eis que esta não é admitida quando
for possível a substituição pela restritiva de direitos, nos termos do art. 77, III do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

10.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Trata-se de causa extintiva da punibilidade consistente na exclusão, por lei ordinária com
efeitos retroativos, de um ou mais fatos criminosos do campo de incidência do Direito Penal,
a) o indulto individual.
b) a anistia.
c) o indulto coletivo.
d) a graça.
COMENTÁRIOS: A anistia é causa de exclusão do fato criminoso, mediante lei ordinária e com efeitos
retroativos. O indulto e a graça são concedidos pelo Presidente da República.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

11.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Com relação às causas de extinção da punibilidade previstas no artigo 107 do Código Penal,
assinale a alternativa correta.
a) O perdão do ofendido é ato unilateral, prescindindo de anuência do querelado.


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b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.
c) A perempção é causa de extinção de punibilidade exclusiva da ação penal privada.
d) Em caso de morte do réu, não há falar em extinção da punibilidade, devendo o juiz absolvê-lo
com base no método de resolução de conflitos do in dubio pro reo.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O perdão é ato bilateral, e deve ser aceito pelo querelado, nos termos do art. 106, III do
CP.
B) ERRADA: Item errado, nos termos do art. 108, parte final, do CP:
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante
de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos
outros, a agravação da pena resultante da conexão. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
C) CORRETA: A perempção é um fenômeno que só se aplica às ações penais privadas, não sendo
aplicável às ações penais públicas.
D) ERRADA: A morte do agente é causa de extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, I do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

12.! (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM)
Felipe, menor de 21 anos de idade e reincidente, no dia 10 de abril de 2009, foi preso em flagrante
pela prática do crime de roubo. Foi solto no curso da instrução e acabou condenado em 08 de julho
de 2010, nos termos do pedido inicial, ficando a pena acomodada em 04 anos de reclusão em
regime fechado e multa de 10 dias, certo que houve a compensação da agravante da reincidência
com a atenuante da menoridade. A decisão transitou em julgado para ambas as partes em 20 de
julho de 2010. Foi expedido mandado de prisão e Felipe nunca veio a ser preso.
Considerando a questão fática, assinale a afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20 de julho de
2016.
b) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorreu em 20 de julho de
2014.
c) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20 de julho de
2022.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória ocorrerá em 20 de
novembro de 2015.
COMENTÁRIOS: No caso em tela, a prescrição da pretensão executória ocorrerá em 05 anos e quatro
meses, contados do trânsito em julgado para ambas as partes.
Isso porque o prazo prescricional a ser utilizado como parâmetro é o de 08 anos, pois a pena aplicada
não supera 04 anos (art. 109, IV do CP).
Além disso, em se tratando de prescrição da pretensão executória de condenado reincidente, este
prazo é aumentado em um terço, nos termos do art. 110 do CP.


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Assim, até agora temos um prazo prescricional de 10 anos e 08 meses (08 anos + 1/3).
Contudo, como o réu era menor de 21 anos na data do fato, este prazo é reduzido pela metade (art.
115 do CP). Assim, o prazo prescricional será de 05 anos e 04 meses.
Desta forma, a extinção da punibilidade ocorrerá em 20.11.2015.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

13.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Francisco foi condenado por homicídio simples, previsto no Art. 121 do Código Penal, devendo
cumprir pena de seis anos de reclusão. A sentença penal condenatória transitou em julgado no dia
10 de agosto de 1984. Dias depois, Francisco foge para o interior do Estado, onde residia, ficando
isolado num sítio. Após a fuga, as autoridades públicas nunca conseguiram capturá-lo. Francisco
procura você como advogado(a) em 10 de janeiro de 2014.
Com relação ao caso narrado, assinale a afirmativa correta
a) Ainda não ocorreu prescrição do crime, tendo em vista que ainda não foi ultrapassado o prazo
de trinta anos requerido pelo Código Penal.
b) Houve prescrição da pretensão executória
c) Não houve prescrição, pois o crime de homicídio simples é imprescritível.
d) Houve prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato, pois Francisco nunca foi
capturado.
COMENTÁRIOS: Considerando que o prazo prescricional, aqui, será de 12 anos, pois será utilizada a
pena efetivamente aplicada como parâmetro (arts. 109, III c/c art. 110 do CP), podemos afirmar que
já transcorreu prazo da prescrição da pretensão executória.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

14.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em transação comercial
internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8 anos e multa. Devidamente investigado,
Eratóstenes foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida. O processo teve
regular seguimento e, ao final, o magistrado sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1
ano de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em 7/4/2007. O
Ministério Público não interpôs recurso, tendo, tal sentença, transitado em julgado para a
acusação. A defesa de Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs sucessivos
recursos. Até o dia 15/5/2011, o processo ainda não havia tido seu definitivo julgamento, ou seja,
não houve trânsito em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e sabendo-se que, de
acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código Penal, a prescrição, antes de transitar em julgado
a sentença final, verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da pena é superior a quatro e não
excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não exceda a dois, com base na situação apresentada, é correto afirmar que


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a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão executória, pois desde
a publicação da sentença não transcorreu lapso de tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data da publicação da
sentença e a última data apresentada no enunciado, transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe o trânsito em julgado
para a acusação e leva em conta a pena concretamente imposta na sentença.
d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não ocorreu o trânsito em julgado
final, deve-se levar em conta a teoria da pior hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse,
somente ocorreria doze anos após a data do fato.
COMENTÁRIOS: No caso em tela ocorreu a prescrição da pretensão punitiva superveniente, que
ocorre entre o trânsito em julgado para a acusação e o trânsito em julgado para ambas as partes.
Tal modalidade de prescrição leva em conta a pena efetivamente aplicada, que não mais poderá ser
majorada, dado o trânsito em julgado para a acusação. Como a pena aplicada foi de um ano de
reclusão, o prazo prescricional será de 04 anos, nos termos do art. 110, §1º do CP.
Entre o trânsito em julgado para a acusação e a data citada na narrativa já havia transcorrido mais
de 04 anos, motivo pelo qual deve ser reconhecida a prescrição da pretensão punitiva
superveniente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

15.! (FGV – 2010 – OAB – EXAME DE ORDEM)
A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por base ocorrência do fato na
data de hoje, assinale a alternativa correta.
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-
se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à
da denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos, independentemente do prazo
estabelecido para a prescrição da pena de liberdade aplicada cumulativamente
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui advogado, fica suspenso o processo,
mantendo-se em curso o prazo prescricional, que passa a ser computado pelo dobro da pena
máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no Código Penal, dentre outras, o
recebimento da denúncia ou da queixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ou
absolutória recorrível.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Esta é a exata previsão do art. 110, §1º do CP.
B) ERRADA: No caso de a multa ser aplicada cumulativamente com pena privativa de liberdade,
prescreverá no mesmo prazo desta, nos termos do art. 114, II do CP.
C) ERRADA: Se o réu for citado por edital e não comparecer, nem constituir advogado, ficarão
suspensos tanto o processo quanto o curso do prazo prescricional, nos termos do art. 366 do CPP.


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D) ERRADA: Item errado, pois a publicação da sentença ABSOLUTÓRIA recorrível não interrompe a
prescrição, nos termos do art. 117 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

16.! (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA)
Paulo, quando tinha 20 anos de idade, após ser abordado em uma blitz da polícia rodoviária
federal na Rodovia Presidente Dutra, no dia 1º de Junho de 2010, oferece R$ 1.000,00, em
dinheiro, para o policial responsável pela abordagem para não ser autuado por excesso de
velocidade. Paulo é conduzido ao Distrito Policial, preso em flagrante, e acaba beneficiado pela
Justiça sendo colocado em liberdade após pagamento de fiança. Encerrado o inquérito Policial, a
denúncia em desfavor de Paulo, pelo crime de corrupção ativa, é recebida no dia 15 de Julho de
2014. O processo tramita regularmente e Paulo é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão,
em regime inicial aberto, por sentença publicada em 14 de Agosto de 2016. A sentença transita
em julgado. Ricardo, advogado de Paulo, postula ao Magistrado competente para a execução da
sentença o reconhecimento da prescrição. Neste caso, de acordo com o Código Penal, a prescrição
da pretensão punitiva estatal ocorre em
(A) 8 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cumprir
regularmente sua pena.
(B) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cumprir
regularmente sua pena.
(C) 3 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do prazo
superior a 3 anos entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
(D) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do prazo
entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
(E) 2 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do prazo
entre a data do recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória.
COMENTÁRIOS: Neste caso a prescrição deve ser calculada tendo como base a pena efetivamente
aplicada (02 anos de reclusão). Assim, o prazo prescricional a ser considerado é o de 04 anos, nos
termos do art. 109, V do CP.
Todavia, como o agente possuía menos de 21 anos na data do FATO, este prazo deve ser reduzido
pela metade, nos termos do art. 115 do CP.
Logo, o prazo prescricional, aqui, será de 02 anos.
Resta saber, agora, se ocorreu a prescrição antes da sentença.
Devemos desconsiderar o prazo anterior ao recebimento da denúncia, nos termos do art. 110, §1º
do CP. Considerando o lapso de tempo transcorrido entre o recebimento da denúncia e a publicação
da sentença, chegamos à conclusão de que transcorreu mais de dois anos, ou seja, ocorreu a
prescrição da pretensão punitiva RETROATIVA.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.


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17.! (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA)


Moisés respondeu processo por crime de corrupção ativa cometido no dia 30 de Setembro de
2010, quando tinha 66 anos de idade. A denúncia oferecida pelo Ministério Público em 16 de
Outubro de 2014 é recebida pelo Magistrado competente no dia 18 de Outubro do mesmo ano de
2014. O processo tramita regularmente e Moisés é condenado a cumprir pena de 2 anos de
reclusão, em regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 10 dias-multa por sentença proferida
em 25 de Abril de 2016 e publicada no dia 27 do mesmo mês e ano. Não houve interposição de
recurso pelas partes e é certificado o trânsito em julgado.
No caso hipotético apresentado, a prescrição da pretensão punitiva estatal regula-se pela pena
aplicada ao réu Moisés e verifica-se em
(A) 02 anos e o réu deverá cumprir integralmente a sua pena, não sendo o caso de extinção da sua
punibilidade.
(B) 02 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo entre a data
do crime e do recebimento da denúncia.
(C) 04 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo entre a data
do crime e do recebimento da denúncia.
(D) 01 ano e 06 meses, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo
entre a data do crime e do recebimento da denúncia e entre a data do recebimento da denúncia
e da publicação da sentença.
(E) 03 anos, devendo ser extinta a punibilidade do réu diante do decurso deste prazo entre a data
do crime e do recebimento da denúncia.
COMENTÁRIOS: A prescrição, considerando ter havido o trânsito em julgado, passa a ser regulada
pela pena imposta na sentença (02 anos de reclusão). Considerando esta pena aplicada, o prazo
prescricional será de 04 anos, nos termos do art. 109, V do CP. Todavia, como réu possuía mais de
70 anos na data da sentença, este prazo é reduzido pela metade, nos termos do art. 115 do CP.
Assim, o prazo prescricional, neste caso, será de dois anos.
Agora, devemos saber se houve, ou não, a prescrição retroativa (antes da sentença).
No caso em tela, não podemos considerar o lapso de tempo ANTERIOR ao recebimento da denúncia,
por expressa vedação legal (art. 110, §1º do CP). Assim, só resta saber se transcorreu mais de 02
anos entre o recebimento da denúncia e a sentença. E a resposta é NEGATIVA.
Logo, não ocorreu a prescrição e não houve a extinção da punibilidade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

18.! (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO)
Sobre a prescrição, é correto afirmar que
a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na sentença,
aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.


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d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data da
sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o total da pena
fixada na sentença.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: O RECEBIMENTO da ação penal é que é causa de interrupção da prescrição, nos termos
do art. 117, I do CP.
b) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 110 do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá
sobre a pena de cada um, isoladamente, conforme prevê o art. 119 do CP.
d) ERRADA: Item errado, pois será reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for
menor de 21 anos na data do FATO, nos termos do art. 115 do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois nesse caso a prescrição será regulada pelo tempo que resta da pena,
conforme art. 113 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

19.! (FCC – 2015 – MP-PB – TÉCNICO MINISTERIAL)
Paulo, de 19 anos de idade, é abordado em uma operação da Polícia Militar do Estado da Paraíba,
na cidade de João Pessoa, deflagrada no dia 10 de dezembro de 2012. Após se recusar a submeter-
se ao teste do bafômetro e apresentar a documentação solicitada, Paulo ofende moralmente os
policiais que trabalhavam regularmente na ocorrência e é conduzido preso ao Distrito Policial.
Posteriormente Paulo é denunciado pelo Ministério Público por crime de desacato e a denúncia é
recebida pelo Magistrado competente no dia 14 de abril de 2013, com instauração da ação penal.
Por ostentar maus antecedentes e não fazer jus a qualquer benefício, a ação tramita regularmente
até a prolação da sentença condenatória pelo Magistrado competente no dia 15 de maio de 2015,
que aplicou ao réu Paulo a pena de 1 ano de detenção, em regime inicial semiaberto. A sentença
transitou em julgado. Após o trânsito em julgado, o advogado de Paulo postulou ao Magistrado a
extinção da punibilidade do seu cliente com base na prescrição. Neste caso, o Magistrado
a) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo prescricional
de 4 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.
b) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo
prescricional de 3 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.
c) deverá declarar extinta a punibilidade do réu pela prescrição, uma vez que o Código Penal
estabelece, neste caso, o prazo prescricional de 2 anos.
d) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo
prescricional de 6 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.
e) não deverá reconhecer a prescrição uma vez que o Código Penal estabelece o prazo prescricional
de 5 anos no caso de pena igual ou superior a 1 ano.


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COMENTÁRIOS: O Juiz, neste caso, deverá declarar extinta a punibilidade do réu pela prescrição,
uma vez que o CP estabelece, neste caso, o prazo prescricional de 04 anos (art. 109, V do CP),
reduzido pela metade em razão do fato de o réu ter menos de 21 anos na data do fato (art. 115 do
CP). Assim, a prescrição, neste caso, ocorrerá em 02 anos. Como transcorreu mais de 02 anos entre
o recebimento da denúncia e a sentença, deve ser reconhecida a prescrição.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

20.! (FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO)
Renato, com 20 anos de idade é abordado por policiais militares após se envolver em uma briga
em boate da cidade de Macapá. Embriagado e extremamente nervoso Renato passa a ofender os
policiais no exercício regular da função. Conduzido ao Distrito Policial Renato acaba
posteriormente denunciado pelo Ministério Público por cri-me de desacato e, por sentença final,
condenado ao pagamento de 20 dias-multa, no valor unitário mínimo como incurso no artigo 331,
do Código Penal (crime de desacato). Neste caso, a prescrição da pena aplicada ocorrerá em
(A) 05 anos.
(B) 02 anos.
(C) 01 ano.
(D) 04 anos.
(E) 03 anos.
COMENTÁRIOS: No caso em tela a prescrição deve ser analisada nos termos do art. 114, I do CP, que
estabelece que o prazo seja de dois anos quando a pena de multa for a única cominada ou APLICADA
(que é o caso). Contudo, o agente era menor de 21 anos na data do fato, de forma que este prazo
deverá ser reduzido pela metade, nos termos do art. 115 do CP. Assim, a prescrição ocorrerá em 01
ano.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

21.! (FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)
Ticio, funcionário público municipal, para justificar um período de uma semana de falta, apresenta
um atestado médico no dia 10 de Janeiro de 2007. Desconfiado da conduta de Tício, o superior
imediato dele Renato coleta informações e descobre que o atestado apresentado por Ticio é falso,
noticiando imediatamente o fato à Autoridade Policial, que determina a instauração de Inquérito
Policial. O inquérito demora muito tempo para ser encerrado e relatado. Tício é, então,
denunciado pelo Ministério Público como incurso no artigo 297, c.c. o artigo 304, ambos do Código
Penal e a denúncia recebida em 20 de Julho do mesmo ano de 2007. O processo transcorre
normalmente até a prolação da sentença pelo Magistrado competente, que condena Ticio a
cumprir pena de 02 anos e 06 meses de reclusão e multa. A sentença é publicada em 20 de
Setembro de 2010. Interposto recurso de apelação pelo réu Tício o Tribunal de Justiça nega
provimento ao apelo e mantém a sentença de primeiro grau. O Acórdão, publicado em 10 de
Outubro de 2015, transitou em julgado. Na situação hipotética apresentada, na fase de execução,
o Magistrado


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(A) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição uma vez que transcorreu lapso
temporal superior a 5 anos entre a data da publicação da sentença e da publicação do acórdão
recorrível.
(B) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição que ocorre no caso concreto em três
anos, prazo este transcorrido entre a data do recebimento da denúncia e da sentença.
(C) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição que ocorre no caso concreto em quatro
anos, prazo este transcorrido entre a data da publicação da sentença de primeiro grau e do
acórdão recorrível.
(D) deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição uma vez que transcorreu lapso
temporal superior a 2 anos entre a data do recebimento da denúncia e da sentença
(E) não deverá extinguir a punibilidade de Tício pela prescrição.
COMENTÁRIOS: No caso em tela a questão pretende que o candidato tenha conhecimento acerca
da prescrição da pretensão punitiva na sua modalidade intercorrente retroativa.
Conforme narrado no enunciado, a pena efetivamente aplicada foi de 02 anos e 06 meses de
reclusão. Com base nisso, temos que o prazo prescricional será de 08 anos, nos termos do art. 109,
IV c/c arts. 110 e seu § 1° do CP.
Assim, verifica-se que entre um marco interruptivo e outro (recebimento da denúncia, publicação
da sentença e publicação do acórdão) não ocorreu a prescrição.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

22.! (FCC – 2015 – TCE-AM – AUDITOR)
O perdão judicial tem natureza jurídica de
a) causa de exclusão de culpabilidade.
b) causa extintiva da punibilidade.
c) efeito da sentença penal.
d) desistência voluntária.
e) efeito civil da sentença penal.
COMENTÁRIOS: O perdão judicial possui natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade, nos
termos do art. 107, IX do CP:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...) IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

23.! (FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)
Pedro, que contava com 69 anos de idade na época, sócio proprietário de uma empresa de
embalagens, após ser alvo de uma diligência por agentes fiscais de determinado Estado no dia 11
de Julho de 2013, oferece dinheiro em espécie aos referidos funcionários públicos para não ter a


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empresa autuada pelo Fisco. O fato é noticiado à Autoridade Policial, que determina a instauração
de inquérito policial. Relatado o Inquérito Policial, Pedro é denunciado por crime de corrupção
ativa. A denúncia é recebida em 30 de Agosto do mesmo ano de 2013 e a ação penal é instaurada,
com inquirição das testemunhas arroladas pelas partes, interrogatório do réu e debates entre
Ministério Público e advogado. No dia 17 de Setembro de 2015 o processo é sentenciado pelo
Magistrado que condena Pedro a cumprir pena de 2 anos de reclusão em regime inicial
semiaberto, substituída por duas penas restritivas de direito. A sentença transita em julgado e o
advogado de Pedro apresenta requerimento de extinção da punibilidade pela prescrição.
Neste caso, o Magistrado, atentando para a pena fixada,
(A) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 3
anos.
(B) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 4
anos.
(C) deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, consumada em 2 anos entre a data do
recebimento da denúncia e a sentença.
(D) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 8
anos.
(E) não deverá extinguir a punibilidade do réu pela prescrição, cujo prazo é no caso concreto de 6
anos.
COMENTÁRIOS: Com o trânsito em julgado da sentença, o prazo prescricional passa a ser calculado
com base na pena efetivamente APLICADA, que foi de dois anos. Neste caso, a prescrição ocorreria
em 04 anos, nos termos do art. 109, V do CP.
Porém, como o agente tinha 69 anos na data do fato, isso significa que possuía mais de 70 anos na
data da sentença, de maneira que esse prazo de prescrição será reduzido pela metade, nos termos
do art. 115 do CP. Assim, o prazo prescricional será de dois anos.
Verifica-se que entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença (marcos interruptivos,
nos termos do art. 117, I e IV do CP) já transcorreu prazo superior a 02 anos, motivo pelo qual deve
ser reconhecida a prescrição.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

24.! (FCC - 2015 - TJ-GO - JUIZ SUBSTITUTO)
A interrupção da prescrição
a) não leva a que comece a correr novamente o prazo a partir do dia em que verificada a causa
interruptiva, no caso de continuação do cumprimento da pena.
b) ocorre com o oferecimento da denúncia ou da queixa, e não com o recebimento.
c) é extensível aos crimes conexos, ainda que objeto de processos distintos, se verificada em
relação a qualquer deles.


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d) produz efeitos relativamente a todos os autores do crime quando do início ou continuação do


cumprimento da pena por algum deles.
e) ocorre com a publicação da sentença ou acórdãos absolutórios recorríveis.
COMENTÁRIOS:
a) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 117, V, c/c art. 117, §2º do CP.
b) ERRADA: Item errado, pois o RECEBIMENTO é que é causa de interrupção, nos termos do art. 117,
I do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois, em se tratando de crimes conexos, a interrupção relativa a qualquer
deles se estende aos demais, desde que sejam objeto do mesmo processo, nos termos do art. 117,
§1º do CP.
d) ERRADA: Item errado, pois a interrupção da prescrição em razão do início ou continuação do
cumprimento da pena é pessoal, não produzindo efeitos em relação aos demais autores do crime,
nos termos do art. 117, §1º do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois a interrupção ocorre com a publicação da sentença ou acórdão
CONDENATÓRIOS recorríveis, nos termos do art. 117, IV do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

25.! (FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA)
Sobre a extinção da punibilidade, nos termos preconizados pelo Código Penal, é correto afirmar
que
(A) no caso de revogação do livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta
da pena.
(B) o prazo prescrição é reduzido de metade quando o criminoso era, ao tempo da sentença, maior
de 60 anos de idade.
(C) a sentença que conceder ao réu o perdão judicial será considerada para efeitos de reincidência.
(D) no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a somatória das penas
cominadas aos crimes.
(E) tratando-se de pena de multa, a única aplicada ao réu, o prazo prescricional é de 3 anos.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Esta é a exata previsão contida no art. 113 do CP:
Art. 113 – No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição
é regulada pelo tempo que resta da pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
B) ERRADA: Item errado, pois tal redução só se aplica se o infrator era, ao tempo da sentença, maior
de 70 anos, nos termos do art. 115 do CP.
C) ERRADA: Item errado, pois tal sentença não é considerada para fins de reincidência, nos termos
do art. 120 do CP.


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D) ERRADA: No caso de concurso de crimes a prescrição incidirá sobre cada um deles, isoladamente,
nos termos do art. 119 do CP.
E) ERRADA: Neste caso o prazo prescricional será de dois anos, nos termos do art. 114, I do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

26.! (FCC – 2015 – TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO)
No tocante à interrupção da prescrição, é correto afirmar que
a) o tempo transcorrido antes da causa interruptiva é contado, em qualquer situação, para o prazo
prescricional.
b) pode produzir efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvo exceções.
c) a reincidência interrompe a prescrição da pretensão punitiva.
d) a impronúncia constituiu causa interruptiva da prescrição.
e) a prescrição fica interrompida enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que
dependa o reconhecimento da existência do crime.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois via de regra o tempo transcorrido antes da interrupção é desprezado,
voltando o prazo prescricional a correr “do zero”.
b) CORRETA: Item correto, pois, como regra, a interrupção da prescrição produz efeitos
relativamente a todos os autores do crime, nos termos do art. 117, §1º do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois a reincidência não interfere na prescrição da pretensão punitiva,
conforme entendimento sumulado do STJ (súmula 220 do STJ).
d) ERRADA: Item errado, pois a PRONÚNCIA é causa de interrupção da prescrição, e não a
impronúncia, nos termos do art. 117, II do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois neste caso nós temos uma causa suspensiva da prescrição, e não
interruptiva, nos termos do art. 116, I do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

27.! (FCC – 2015 – TRE-PB – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA)
No que refere à extinção da punibilidade, de acordo com o Código de Processo Penal, interrompida
a prescrição, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção, salvo no caso de:
a) pronúncia.
b) recebimento da denúncia.
c) início ou continuação do cumprimento da pena.
d) decisão confirmatória da pronúncia.
e) publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 117, §2º do CP, a prescrição, uma vez interrompida, voltará a
correr do “zero”, exceto no caso de interrupção em razão início ou continuação do cumprimento da


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pena, pois neste caso a prescrição será calculada tendo como base o restante da pena a ser
cumprida.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

28.! (FCC – 2014 – SEFAZ/PE – AUDITOR)
Na lei penal brasileira, NÃO é causa extintiva da punibilidade
(A) a retratação cabal do querelado, antes da sentença, na calúnia e na difamação.
(B) o perdão judicial, no peculato mediante erro de outrem.
(C) a reparação integral do dano, no peculato culposo, quando precedente à sentença irrecorrível.
(D) a retratação ou declaração da verdade, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito,
no falso testemunho ou falsa perícia.
(E) a declaração, confissão e o pagamento espontâneos das contribuições, valores, importâncias e
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início
da ação fiscal, na apropriação indébita previdenciária.
COMENTÁRIOS: A resposta da questão é letra B. Não há, na Lei Penal, qualquer previsão de extinção
da punibilidade pelo perdão judicial em relação ao crime de peculato mediante erro de outrem.
Por outro lado, a previsão de extinção da punibilidade específica em relação aos crimes contra a
honra, pela retratação do agente, possui fundamento nos arts. 107, VI c/c 143 do CP.
A reparação integral do dano, no peculato culposo, também gera extinção da punibilidade, desde
que seja anterior à sentença irrecorrível, nos termos do art. 312, §3º do CP.
Da mesma forma, o art. 342, §2° do CP prevê que, em relação ao delito de falso testemunho ou falsa
perícia, caso o agente se retrate ou declare a verdade antes da sentença, no próprio processo em
que ocorreu o crime, o fato deixa de ser punível (extinção da punibilidade).
Por fim, no crime de apropriação indébita previdenciária, a declaração, confissão e o pagamento
espontâneos das contribuições, valores, importâncias e informações devidas à previdência social, na
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal, gera a extinção da punibilidade,
conforme consta no art. 168-A, §2° do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

29.! (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO)
NÃO é causa extintiva da punibilidade:
a) prescrição, após o lançamento do tributo.
b) morte do agente, após definitiva a condenação.
c) retratação do querelado, na calúnia contra os mortos
d) perempção, na ação penal privada subsidiária da pública.
e) perdão judicial, na apropriação indébita previdenciária.
COMENTÁRIOS: Cuidado! Esta é uma pegadinha clássica. A perempção é instituto que só se aplica
nas ações penais EXCLUSIVAMENTE privadas. A ação penal privada subsidiária da pública, como o


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próprio nome diz, é uma exceção, já que o processo deveria ser de ação pública. A ação privada
subsidiária não admite os benefícios próprios da ação penal privada exclusiva, como perdão do
ofendido, perempção, etc.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

30.! (FCC – 2015 – TJ-RR – JUIZ)
Constituem causas de extinção da punibilidade que se relacionam com a ação penal pública
condicionada
a) a perempção e o perdão do ofendido.
b) a decadência e a perempção.
c) o perdão do ofendido e a composição homologada dos danos civis no juizado especial criminal.
d) a decadência e o perdão do ofendido.
e) a composição homologada dos danos civis no juizado especial criminal e a decadência.
COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas apenas a letra E corresponde a uma hipótese
de extinção da punibilidade que se relaciona à ação penal pública CONDICIONADA. Isso porque, nos
Juizados Especiais, a composição civil dos danos (acordo entre infrator e vítima) devidamente
homologada acarreta a renúncia ao direito de representação, caso seja crime de ação pública
condicionada, nos termos do art. 74, § único da Lei 9.099/95.
A decadência, o perdão do ofendido e a perempção são todos institutos que se relacionam à ação
penal PRIVADA (a decadência, porém, pode se dar também em relação ao direito de representação
na ação penal pública condicionada).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

31.! (FCC – 2015 – TJ-PE – JUIZ)
A prescrição retroativa,
a) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada pela pena aplicada, não podendo
ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
b) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada pelo máximo da pena privativa
de liberdade cominada ao crime e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a publicação
da sentença condenatória transitada em julgado para a acusação.
c) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, não podendo ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa.
d) antes prevista como forma de prescrição da pretensão punitiva, foi abolida por recente reforma
legislativa.
e) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pela pena aplicada e pode ocorrer
entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória transitada em julgado
para a acusação.


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COMENTÁRIOS: A prescrição retroativa é modalidade de prescrição da pretensão PUNITIVA. Trata-


se de prescrição regulada pela pena APLICADA e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a
publicação da sentença condenatória transitada em julgado para a acusação, nos termos do art. 110,
§1º do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

32.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA)
De acordo com o Código Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a
A) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo.
B) morte do agente.
C) anistia.
D) prescrição.
E) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
COMENTÁRIOS: As hipóteses de extinção da punibilidade podem ser genéricas, quando se apliquem
a todo e qualquer crime, ou específicas, quando se destinarem a determinados crimes apenas.
As hipóteses genéricas de extinção da punibilidade estão previstas no art. 107 do CP:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Assim, vemos que as quatro últimas alternativas se amoldam à previsão legal, constituindo-se causas
de extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, I, II, III e IV do CP.
A alternativa “A” cuida de hipótese que não se enquadra no rol das causas extintivas da punibilidade
genéricas. A reparação do dano é causa específica de extinção da punibilidade, que se aplica no
crime de peculato culposo, mas só ocorre quando a reparação se dá antes da sentença irrecorrível.
ASSIM, A ALTERNATIVA ERRADA É A LETRA A.

33.! (FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR)
No tocante às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que
A) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
C) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
D) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do
beneficiado.


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E) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.


COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A anistia é uma das causas genéricas de extinção da punibilidade, prevista no art. 107,
II do CP. No entanto, a sua concessão se dá mediante Lei Ordinária (art. 21, XVII e art. 48, VIII da
Constituição), podendo o Projeto de Lei ser de iniciativa de qualquer pessoa.
B) CORRETA: A decadência é uma das hipóteses de extinção da punibilidade, prevista no art. 107, IV
do CP. Nos termos do art. 10 do CP, contam-se os prazos incluindo-se o dia do começo. Tratando-se
o prazo decadencial de um prazo material (e não um prazo processual), inclui-se o dia do começo,
aplicando-se a regra do art. 10 do CPP;
C) ERRADA: As causas de extinção da punibilidade podem ser genéricas, quando previstas na parte
geral do CP, aplicando-se a todos os crimes, indistintamente, ou específicas, quando se aplicam a
apenas a um ou alguns crimes, estando previstas, em regra, na parte especial do CP (Ex.: Crime de
peculato culposo e sua hipótese específica de extinção da punibilidade);
D) ERRADA: Concedido o indulto, estará extinta a punibilidade, mas permanecem os efeitos
secundários da condenação, dentre eles, a condição de não-primário (ou reincidente) no caso de
prática de novo crime.
E) ERRADA: O perdão judicial só é cabível nos crimes expressamente previstos em Lei para sua
admissão, não podendo ser concedido fora destes casos.
É concedido quando o Juiz verificar que as consequências do fato atingiram o infrator de tal maneira
que se torna desnecessária a aplicação da sanção penal.
Via de regra só é admitido nos crimes culposos, mas nada impede que o legislador estabeleça alguma
hipótese de perdão judicial em crime doloso.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

34.! (FCC – 2012 – TER/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO)
Rubens está sendo processado por crime de peculato, praticado no dia 03 de fevereiro de 2008,
quando tinha 20 anos de idade. A denúncia foi recebida no dia 05 de junho de 2008. Por sentença
judicial, publicada no Diário Oficial no dia 10 de novembro de 2011, Rubens foi condenado a
cumprir pena de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, em regime inicial aberto, e ao
pagamento de 10 (dez) dias-multa. A pena privativa de liberdade aplicada pelo Magistrado foi
substituída, na forma do artigo 44, do Código Penal, por uma pena restritiva de direitos de
prestação de serviços à comunidade, pelo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e por 10
(dez) dias-multa, no valor unitário mínimo. A sentença transitou em julgado no dia 1o de janeiro
de 2012. Nesse caso, após o trânsito em julgado, a prescrição para as penalidades aplicadas ao réu
verifica-se no prazo de
a) 02 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
b) 08 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas.
c) 04 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
d) 04 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas.


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e) 08 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.


COMENTÁRIOS: Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, os prazos
prescricionais se regulam pela quantidade de pena aplicada, e não mais pela pena abstratamente
prevista. Vejamos:
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e
verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é
reincidente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, devemos considerar como parâmetro para cálculo do prazo prescricional o tempo de pena
privativa de liberdade aplicada, ainda que convertida em restritiva de direitos e multa, pois estas
prescrevem no mesmo prazo das penas privativas de liberdade que substituíram:
Art. 109: (...)
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
(...)
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou
cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

Assim, considerando como parâmetro o prazo de 2 anos e 6 meses, temos que a prescrição deve
ocorrer em 08 anos. Vejamos:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada
pela Lei nº 12.234, de 2010).
(...)
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
Porém, como o infrator possuía menos de 21 anos à época do fato, o prazo prescricional se conta
pela metade, vejamos o art. 115 do CP:
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de
21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Assim, vemos que os prazos prescricionais para ambas as penas serão de quatro anos (metade de
08 anos).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

35.! (FCC – 2012 – TJ/GO – JUIZ)
No tocante à prescrição, é correto afirmar que
a) o dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
b) o prazo é sempre de dois anos no caso de penas restritivas de direitos.
c) não constitui matéria prejudicial da análise do mérito da ação penal.
d) incidirá sobre o total da pena, se reconhecido o concurso material de infrações, e sobre a pena
de cada um, isoladamente, se identificado o formal.


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e) se regula, em abstrato, pelo máximo da pena cominada, menos um terço, no caso de imputação
de crime tentado.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O dia do começo se inclui no cômputo do prazo, por se tratar de prazo material, nos
termos do art. 10 do CP;
B) ERRADA: As penas restritivas de direitos prescrevem no mesmo prazo das penas privativas de
liberdade que elas substituíram, nos termos do art. 109, § único do CP;
C) ERRADA: A prescrição é uma matéria prejudicial à análise do mérito, na medida em que, caso
reconhecida, fica impedida a análise do mérito;
D) ERRADA: Incidirá, em qualquer destes casos, sobre a pena de cada um deles, isoladamente, nos
termos do art. 119 do CP;
E) CORRETA: Como nos crimes tentados aplica-se a pena do crime consumado com redução de UM
A DOIS TERÇOS, a pena máxima cominada ao crime tentado é a mesma do crime consumado, MENOS
UM TERÇO, eis que mais que isso não será aplicado ao agente, nos termos do art. 14, II do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

36.! (VUNESP – 2014 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)
Agente imputável e menor de 21 anos à época do fato criminoso ocorrido em 10 de junho de 2006.
Foi denunciado como incurso no art. 157, caput, do CP. A denúncia foi recebida em 29 de junho de
2006 e até 01 de julho de 2014 não havia sido prolatada sentença. Diante disso, pode-se afirmar
que
a) ocorreu a pretensão punitiva estatal, considerado o máximo da pena abstratamente cominada
à infração.
b) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente depois de decorridos seis anos da
data supra mencionada (01.07.2014).
c) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente depois de decorridos quatro anos
da data supra mencionada (01.07.2014).
d) antes da prolação da sentença condenatória não se pode falar em ocorrência da pretensão
punitiva estatal.
COMENTÁRIOS: No caso, o delito previsto é o de roubo, cuja pena máxima prevista é de 10 anos de
reclusão.
Assim, em tese, o crime prescreveria em 16 anos, nos termos do art. 109, II do CP.
Contudo, o agente era menor de 21 anos na data do fato, logo, esse prazo cai pela metade (08 anos),
nos termos do art. 115 do CP.
O recebimento da denúncia interrompeu o curso do prazo de prescrição (art. 117, I do CP), que
voltou a correr do zero, a partir daquela data.
A data atual (segundo a questão) para fins de cálculo da prescrição é dia 01.07.2014. Vemos que
entre a última interrupção da prescrição e a data atual já transcorreram mais de 08 anos, motivo
pelo qual operou-se a prescrição.


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p.s.: a alternativa A contém um erro de digitação. Faltou simplesmente a palavra “prescrição”, o que
torna o item sem sentido. Contudo, foi mero esquecimento da Banca. Para quem fez a prova,
possuem razão em recorrer. Para nós, vamos simplesmente “fingir” que a palavra “prescrição” foi
colocada lá, antes de “pretensão punitiva”. Desta forma não perdemos a questão.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

37.! (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ)
Quanto à extinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a punibilidade só se extingue pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto; pela
prescrição, decadência ou perempção; pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito,
nos crimes de ação privada e pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
b) o curso da prescrição interrompe-se com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.
c) o perdão expresso ou tácito concedido pelo ofendido a um dos querelados não pode ser
aproveitado pelos demais na hipótese de ofensa conjunta por mais de um agente.
d) considerando que o delito previsto no art. 137, caput, do Código Penal prevê pena de detenção
de quinze dias a dois meses ou multa, a prescrição da pena em abstrato ocorrerá em dois anos.
e) a sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois a punibilidade pode se extinguir por outras formas, como no caso de
abolitio criminis (aplicação retroativa da lei que não mais considera o fato como criminoso), nos
termos do art. 107, III do CP.
b) ERRADA: O RECEBIMENTO da denúncia é causa de interrupção da prescrição, e não o seu
oferecimento, nos termos do art. 117, I do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois o perdão oferecido a um dos querelados, no caso de concurso de
agentes, se estende aos demais, nos termos do art. 106, I do CP.
d) ERRADA: Neste caso a prescrição ocorrerá em três anos, nos termos do art. 109, VI do CP.
e) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 120 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

38.! (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)
Sobre as causas de extinção de punibilidade, pode-se afirmar que
(A) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a toda e qualquer infração
penal, mas apenas àquelas previamente determinadas pela lei, embora se admita a analogia in
bonan partem.
(B) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não está
condicionada à aceitação da vítima.
(C) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o qual a vítima
ou seu representante, perde o direito de queixa ou de representação em virtude da inércia.


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(D) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investigações até a
sentença penal condenatória ainda não transitada em julgado.
(E) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: O perdão judicial é cabível apenas nas hipóteses expressamente previstas em lei (art.
107, IX do CP). Contudo, não há vedação ao exercício da analogia in bonam partem.
B) ERRADA: O perdão depende de oferecimento por parte da vítima (querelante) e ACEITAÇÃO por
parte do infrator (querelado).
C) ERRADA: A perempção somente se aplica às ações penais privadas (não às ações penais públicas
condicionadas).
D) ERRADA: A extinção da punibilidade pode ser reconhecida a qualquer tempo, até o trânsito em
julgado.
E) ERRADA: Item errado, pois nada impede a existência de outras causas de extinção da punibilidade,
previstas no próprio CP ou na legislação extravagante.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

39.! (VUNESP – 2015 – PC/CE – ESCRIVÃO)
No tocante às disposições previstas no Código Penal relativas à prescrição penal, causa de extinção
da punibilidade, é correto afirmar que
(A) nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.
(B) antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição começa a correr do oferecimento
da denúncia.
(C) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de
improvido seu recurso, a prescrição regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
(D) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de
improvido seu recurso, a prescrição regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade
cominada ao crime.
(E) no caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é
regulada pelo tempo total da pena.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Item errado, pois nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles NÃO
impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão, nos termos do art. 108 do
CP.
B) ERRADA: A prescrição começa a correr, em regra, do dia em que o crime se consumou, nos termos
do art. 111, I do CP.
C) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art. 110, §1º do CP.


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D) ERRADA: Item errado, pois depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação ou depois de improvido seu recurso, a prescrição regula-se pela pena aplicada, nos termos
do art. 110, §1º do CP.
E) ERRADA: Item errado, pois a prescrição neste caso é regulada pelo tempo que resta da pena, nos
termos do art. 113 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

40.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ – ADAPTADA)
É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento
em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois a chamada “prescrição virtual” não é mais admitida pela
jurisprudência, já que não há previsão legal nesse sentido, conforme entendimento sumulado do STJ
(súmula 438 do STJ).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

41.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – JUIZ)
Analise estes conceitos atinentes à prescrição penal:
I. É a perda do direito de punir do Estado, considerada a pena concreta com trânsito em julgado
para a acusação, levando-se em conta prazo anterior à sentença.
II. É a perda do direito de punir do Estado, levando-se em conta a pena concreta, com trânsito em
julgado para a acusação, ou improvido seu recurso, cujo lapso temporal inicia-se na data da
sentença e segue até o trânsito em julgado para a defesa.
III. É a perda do direito de aplicar efetivamente a pena concreta e definitiva, com o lapso temporal
entre o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação e o início do cumprimento
da pena ou a ocorrência de reincidência.
Agora, escolha a opção que indique, respectivamente, as modalidades de prescrição acima
descritas:
a) retroativa; intercorrente ou superveniente; da pretensão executória.
b) intercorrente ou superveniente; retroativa; da pretensão executória.
c) da pretensão executória; intercorrente ou superveniente; retroativa.
d) retroativa; da pretensão executória; intercorrente ou superveniente.
COMENTÁRIOS:
I – Trata-se, aqui, da prescrição da pretensão punitiva, em sua modalidade RETROATIVA.
II - Trata-se, aqui, da prescrição da pretensão punitiva, em sua modalidade SUPERVENIENTE (ou
intercorrente).
III – Temos, aqui, a definição da prescrição da pretensão executória, eis que relativa à perda do
direito de aplicar a pena.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.


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42.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)
Em regra geral, a prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
a) chamada, pela doutrina, de prescrição intercorrente.
b) é chamada, pela doutrina, de prescrição retroativa.
c) regula-se pelo mínimo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
d) regula-se pela pena aplicada na sentença de primeiro grau.
e) regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
COMENTÁRIOS: Tal prescrição (ordinária ou comum) regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, nos termos do art. 109 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

43.! (VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)
É causa de extinção da punibilidade o/a
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa.
COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra A traz uma hipótese de extinção
da punibilidade, nos termos do art. 107, IX do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

44.! (VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)
Para o agente que tenha mais de 70 (setenta) anos na data da sentença, o prazo mínimo e máximo
de prescrição, considerando como base os lapsos previstos no art. 109 do CP é, em anos,
respectivamente,
a) 3 e 20.
b) 2 e 15.
c) 2 e 10.
d) 1,5 e 15.
e) 1,5 e 10.
COMENTÁRIOS: O período mínimo de prescrição previsto no CP é de 03 anos (art. 109, VI do CP), e
o período máximo é de 20 anos (art. 109, I do CP). Considerando que no caso de o agente ter mais
de 70 anos na data da sentença os prazos serão reduzidos pela metade (art. 115 do CP), chegamos


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à conclusão de que, neste caso, os prazos mínimo e máximo serão de 1,5 anos e 10 anos,
respectivamente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

45.! (VUNESP – 2013 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)
São causas extintivas da punibilidade:
I. Anistia – é concedida por lei, referindo-se a fatos já realizados, pressupondo condenação
transitada em julgado.
II. Perempção – na ação penal privada ou pública condicionada a representação, consistindo na
perda do direito de prosseguir na ação.
III. Renúncia – ato unilateral e extraprocessual, pelo qual o ofendido abdica do direito de oferecer
queixa.
É correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) III.
c) I e III.
d) II e III.
COMENTÁRIOS:
I – ERRADA: Item errado, pois não se exige que a anistia seja conferida após o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória.
II – ERRADA: Item errado, pois a perempção não cabe na ação penal pública condicionada à
representação, nos termos do art. 60 do CPP.
III – CORRETA: Item correto, pois a renúncia ocorre fora do processo (mais precisamente ANTES do
processo), e não depende de aceitação pelo infrator (ato unilateral).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

46.! (VUNESP – 2012 – TJ-RJ – JUIZ)
A pena privativa de liberdade fixada em 3 (três) meses; a pena de multa quando é
cumulativamente aplicada com uma privativa de liberdade e a pena de prestação pecuniária
prescrevem, respectivamente,
a) em 3 (três) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade com a qual foi
cumulativamente aplicada; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade que substituiu.
b) em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade com a qual foi
cumulativamente aplicada; em 4 (quatro) anos.
c) em 3 (três) anos; em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade que
substituiu.
d) em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos.


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COMENTÁRIOS: A pena fixada em 03 meses prescreverá em 03 anos, nos termos do art. 109, VI do
CP; a pena de multa, quando cumulativamente aplicada com a privativa de liberdade, prescreverá
no mesmo prazo previsto par esta (art. 114, II do CP). Por fim, a pena de prestação pecuniária
(modalidade de pena restritiva de direitos) prescreverá no mesmo prazo da pena privativa de
liberdade que substituiu, conforme art. 109, § único do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

7! GABARITO


1.! ALTERNATIVA D
2.! ALTERNATIVA A
3.! ALTERNATIVA A
4.! ALTERNATIVA E
5.! ALTERNATIVA D
6.! ALTERNATIVA D
7.! ALTERNATIVA D
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA A
10.! ALTERNATIVA B
11.! ALTERNATIVA C
12.! ALTERNATIVA D
13.! ALTERNATIVA B
14.! ALTERNATIVA C
15.! ALTERNATIVA A
16.! ALTERNATIVA E
17.! ALTERNATIVA A
18.! ALTERNATIVA B
19.! ALTERNATIVA C
20.! ALTERNATIVA C
21.! ALTERNATIVA E
22.! ALTERNATIVA B


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23.! ALTERNATIVA C
24.! ALTERNATIVA A
25.! ALTERNATIVA A
26.! ALTERNATIVA B
27.! ALTERNATIVA C
28.! ALTERNATIVA B
29.! ALTERNATIVA D
30.! ALTERNATIVA E
31.! ALTERNATIVA E
32.! ALTERNATIVA A
33.! ALTERNATIVA B
34.! ALTERNATIVA C
35.! ALTERNATIVA E
36.! ALTERNATIVA A
37.! ALTERNATIVA E
38.! ALTERNATIVA A
39.! ALTERNATIVA C
40.! CORRETA
41.! ALTERNATIVA A
42.! ALTERNATIVA E
43.! ALTERNATIVA A
44.! ALTERNATIVA E
45.! ALTERNATIVA B
46.! ALTERNATIVA A



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