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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS

ADRIANA GONÇALVES BARBOSA


FAGNE VASCO SARDEIRO
KATHARYNA MOTTA MEDRADO FARIA
RONIVON PEREIRA RODRIGUES

PROPOSIÇÃO DE TRATAMENTO COMPLEMENTAR DE


EFLUENTES PARA FINS DE REUSO EM ABATEDOURO DE
AVES

BARREIRAS
2021
ADRIANA GONÇALVES BARBOSA
FAGNE VASCO SARDEIRO
KATHARYNA MOTTA MEDRADO FARIA
RONIVON PEREIRA RODRIGUES

PROPOSIÇÃO DE TRATAMENTO COMPLEMENTAR DE


EFLUENTES PARA FINS DE REUSO EM ABATEDOURO DE
AVES

Projeto apresentado ao Programa de Pós-


graduação em Ciências Ambientais da
Universidade Federal do Oeste da Bahia, como
requisito parcial para obtenção de nota no
componente curricular Redação Científica.

Prof(a). Dr(a). Ana Mapeli

BARREIRAS
2021
RESUMO

O crescimento populacional tem gerado um aumento na demanda de alimentos, cenário no qual


se destaca o setor de carnes e derivados, em especial, a indústria de abate de aves. Seguindo
essa tendência, instalou-se em 2010, no Município de Luís Eduardo Magalhães, na região oeste
da Bahia, um abatedouro com capacidade instalada de 120.000 aves por dia. No seu processo
produtivo, há um elevado consumo de água, cuja maior parte é descartada como água residuária.
Esses efluentes são caracterizados na literatura como altamente poluidores, sendo que muitas
das Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) não alcançam a eficiência desejada apesar de
possuir tratamento até o nível secundário, sendo o reuso de água uma alternativa cada vez mais
importante no ambiente industrial, principalmente no objeto de estudo, entre outras vantagens
por reduzir o consumo de água e, consequentemente, a geração de efluentes. Nesse contexto, o
presente projeto objetiva realizar um estudo do efluente gerado e do sistema de tratamento
existente, reunindo um arcabouço de informações que permitam propor um sistema
complementar de tratamento do efluente, capaz de habilitá-lo ao reuso de água na indústria em
questão. O desenvolvimento deste projeto ocorrerá em duas etapas: Etapa I - Caracterização do
afluente e do efluente gerado nas etapas de tratamento e Etapa II - Estudo do sistema atual e
desenvolvimento da proposta de complementação do tratamento de efluente, observando o
atendimento de condições necessárias para o seu reuso na indústria. A partir do
desenvolvimento desta proposta espera-se que seja determinada uma tecnologia efetiva do
ponto de vista técnico e socioambiental para o reuso de água no abatedouro, bem como,
pretende auxiliar o desenvolvimento de novas pesquisas na área de tratamento de efluentes na
região, uma vez que será realizado o levantamento de uma série de dados quanto ao desempenho
do sistema de tratamento existente.

Palavras-chave: Proposta de Complementação; Recurso hídrico; Reutilização; Oeste da Bahia.


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1. DADOS DO PROPONENTE E EQUIPE

Proponente:

Katharyna Motta Medrado Faria

Graduada em Engenharia Sanitária e Ambiental - UFOB;

Mestranda em Ciências Ambientais - UFOB.

Equipe:

01 - Adriana Gonçalves Barbosa - Graduada em Ciências Biológicas - UNEB;

Pós-graduada em Educação e Meio Ambiente - UNEB;

Mestranda em Ciências Ambientais - UFOB.

02 - Fagne Vasco Sardeiro - Graduado em Ciências Biológicas - UNEB;

Pós-graduado em Gestão Ambiental - UNOPAR;

Mestrando em Ciências Ambientais - UFOB.

03 - Ronivon Pereira Rodrigues - Graduado em Geografia - UFOB;

Mestrando em Ciências Ambientais - UFOB.

2. ÁREAS DO CONHECIMENTO PREDOMINANTES

Ciências da Natureza e Engenharia Ambiental.

3. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

• Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB, Campus Reitor Edgard Santos,


Barreiras, Bahia;
• Universidade de Brasília - UNB, Campus Darcy Ribeiro, Brasília, Distrito Federal;
• Faculdade São Francisco de Barreiras - UNIFASB, Barreiras, Bahia.
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4. OBJETIVOS

4.1 GERAL

Analisar o atual sistema de tratamento de uma indústria de abate de aves e propor


medidas de complementação, a nível terciário, de forma que permita o reuso de água em
diferentes atividades no abatedouro.

4.2 ESPECÍFICOS

• Realizar amostragem do efluente de cada etapa do tratamento realizado pela indústria;


• Caracterizar o afluente e o efluente final amostrados, por meio de análises físico-
químicas e microbiológicas;
• Acompanhar o desempenho de cada etapa do tratamento de efluentes nas condições
climáticas de estiagem e chuvosa;
• Realizar levantamento da qualidade e quantidade de água necessária nos diferentes usos
da indústria;
• Apresentar uma proposta complementar de tratamento do efluente, a nível terciário,
dimensionada de forma a alcançar a qualidade da água exigida para o seu reuso na
indústria.

5. METODOLOGIA PROPOSTA

5.1 ÁREA DE ESTUDO

O estudo será realizado no município de Luís Eduardo Magalhães, situado no Extremo


Oeste do estado da Bahia. Segundo o IBGE (2010), possui uma população de 60.105 habitantes,
dos quais 54.955 (91,43%) é de população urbana (BRASIL, 2010).
A economia do município baseia-se em especial no comércio e serviços, sendo que a
indústria, sobretudo a agroindústria, é responsável por 19,82% na composição do Produto
Interno Bruto municipal (BAHIA, 2019).
A área municipal está em sua totalidade inserida no bioma Cerrado, possuindo o tipo
climático, segundo classificação de Köppen, o Aw (Clima tropical, com inverno seco e estação
chuvosa no verão). A estação chuvosa ocorre entre os meses de novembro (com variação entre
1300 a 1800 mm anuais) a abril, e a seca, entre os meses de maio e outubro e temperaturas
médias anual de 24,3ºC (BAHIA, 2019).
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A pesquisa será realizada, mais precisamente, no abatedouro de aves da Mauricéa


Alimentos, localizado na Latitude 12° 06' 06,9" S e Longitude 45 °52' 30,5" W, no Centro
Industrial do Cerrado, no município de Luís Eduardo Magalhães – BA, conforme a Figura 01.

Figura 01. Localização do abatedouro de aves Mauricéia Alimentos, Luís Eduardo Magalhães, Bahia, Brasil.

5.2 COLETA DE DADOS

O desenvolvimento desta pesquisa ocorrerá em duas etapas: Etapa I - Caracterização do


afluente utilizado no tratamento e do efluente gerado após as etapas de tratamento existentes na
indústria; Etapa II – Estudo do sistema atual e desenvolvimento de proposta de complementação
do tratamento de efluente, observando o atendimento de condições necessárias para o seu reuso
na indústria.
A caracterização físico-química do efluente tratado consiste na coleta de amostras
simples. Tal tipo de amostragem foi escolhida pela constância na composição do efluente por
um longo período e espaço, com características uniformes. A coleta será realizada de forma
manual, visto que é utilizada em pesquisas com efluentes que possuem óleos e graxas. A
amostra será obtida em um ponto à margem da lagoa e será acondicionada em caixa isotérmica
até sua entrada no laboratório.
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5.2.1. Etapa I

• Verificar a existência de sistema de medição de vazão dos efluentes gerados. Em caso


negativo, instalar um sistema auxiliar, tal como o vertedor.
• Realizar a amostragem conforme o Quadro 1.

Quadro 1. Campanhas de amostragens do efluente industrial.

Campanha Objetivo Parâmetros Frequência Nº Amostras

A Caracterizar Completo Semestral Total de 04 amostras,


afluente sendo 02 de afluente
(entrada) e (período seco e chuvoso)
efluente final e 02 de efluente final
(saída), a fim de (período seco e chuvoso).
reunir condições
para
desenvolver a
proposta de
tratamento
terciário e reuso.

B Estabelecer o Principalmente Mensal Total de 40 amostras por


perfil horário do os parâmetros perfil, sendo 05 (afluente,
comportamento do Inciso I do tratamento preliminar,
em um dia do Art. 16 da tratamento primário,
tratamento. Resolução tratamento secundário e
CONAMA efluente tratado) a cada
430. hora durante 8 horas.

C Estabelecer um Principalmente Semanal 05 amostras, sendo 01 de


perfil semanal os parâmetros afluente, 01 do tratamento
do do Inciso I do preliminar, 01 do
comportamento Art. 16 da tratamento primário, 01
em um ano do Resolução do tratamento secundário
tratamento. CONAMA e 01 do efluente tratado.
430.

• O número de amostras estimadas é de 04 para a Campanha A, 480 para a Campanha B


e 260 para a Campanha C, totalizando 744 amostras.
• Realizar a análise do material amostrado quanto aos parâmetros descritos no Quadro 2.
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Quadro 2. Parâmetros a serem analisados em cada uma das campanhas de amostragem.

Campanha Parâmetros

A Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio


(DBO), Série de Sólidos, Potencial Hidrogeniônico (pH), Óleos e Graxas,
Materiais Flutuantes, Temperatura, Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Ferro,
Manganês, Dureza, Carbono Orgânico Total (COT), Cor, Turbidez, Cloro
Residual, Coliformes Fecais, Oxigênio Dissolvido (OD), Condutividade
Elétrica, Temperatura, Temperatura Ambiente e Umidade Relativa do Ar.

B Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio


(DBO), Potencial Hidrogeniônico (pH), Óleos e Graxas, Materiais Flutuantes,
Temperatura, Nitrogênio, Fósforo, Ferro, Manganês, Turbidez, Coliformes
Fecais, Oxigênio Dissolvido (OD), Temperatura, Temperatura Ambiente e
Umidade Relativa do Ar.

C Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio


(DBO), Série de Sólidos, Potencial Hidrogeniônico (pH), Óleos e Graxas,
Materiais Flutuantes, Temperatura, Nitrogênio, Fósforo, Ferro, Manganês,
Turbidez, Coliformes Fecais, Oxigênio Dissolvido (OD), Temperatura,
Temperatura Ambiente e Umidade Relativa do Ar.

• Levantar, junto aos responsáveis técnicos do empreendimento, o volume de água


utilizada nos principais setores da indústria e qual a qualidade necessária para cada
ponto (essa informação será a base para determinar a quantidade de água que poderá ser
reusada e a qualidade que ela deverá atingir).

Algumas análises serão realizadas seguindo as seguintes metodologias:

● Parâmetros físico-químicos:

Temperatura e umidade - a temperatura dos efluentes será monitorada com auxílio de


termômetro digital. Os valores serão verificados em três pontos aleatórios, no qual será
calculada a média de temperatura para cada etapa do tratamento. A temperatura e a umidade do
ambiente também serão monitoradas com o auxílio de um termohigrômetro. Com esses valores,
será possível verificar a temperatura ideal para o tratamento (VICO et al., 2018).
pH e condutividade elétrica - para determinação desses parâmetros, serão utilizados 10
mL de amostra in natura com 50 mL de água destilada e medidor de pH (Orion 520A) para o
controle do processo. Os valores de referência do pH estão entre 5,0 a 10,0 (5,0 a 9,0 conforme
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Oliveira (2003) e 6,0 a 10,0 de acordo com Braile e Cavalcanti, 2018). Posteriormente, o
material será agitado por 30 minutos a 250 rpm. As leituras serão realizadas com auxílio de
pHmetro e condutivímetro de bancada (EMBRAPA, 2009).
As análises de carbono total do efluente serão, quando necessários, diluídas de 1:5
utilizando-se uma pipeta volumétrica de 50 mL e um balão volumétrico de 250 mL. A amostra
será analisada através do aparelho analisador de carbono orgânico total, TOC - VCPH , e
analisador de nitrogênio total, TNM - 1, com detecção por quimioluminescência, marca
Shimadzu. Os resultados serão expressos em mg/L. Para análises de turbidez será utilizado o
turbidímetro DM -TU - Digimed. Os resultados serão expressos em NTU (COIMBRA, 2012).
Métodos estatísticos - para calcular as perdas de matéria orgânica ao longo do processo
de tratamento, serão utilizadas as equações de Viel et al. (2017). Essas perdas de matéria
orgânica serão ajustadas a um modelo cinético que será determinado em função do melhor
ajuste apresentado. Serão aplicados testes não paramétricos, com o intuito de avaliar os efeitos
dos parâmetros para os diferentes tratamentos para o reuso. A análise de agrupamento (Cluster)
será realizada com o intuito de verificar a semelhança entre os tratamentos conduzidos para o
reuso, em função das variáveis analisadas. A análise de componentes principais (ACP), será
aplicada visando auxiliar na interpretação das relações entres as variáveis que serão analisadas
na caracterização dos efluentes. Os Componentes Principais (CPs) serão extraídos a partir da
matriz de correlação das variáveis originais, e serão selecionados os CPs suficientes para
explicar no mínimo 70% da variância dos dados (ANDRADE; FERREIRA, 2011).
Os dados da água residuária do abatedouro de aves serão submetidos à análise descritiva
e comparados aos padrões estipulados na legislação tendo como base a Resolução CONAMA
nº 430/2011, que trata dos padrões de lançamento de efluentes em corpos receptores.
Ressalta-se, também, que as outras análises físico-químicas não identificadas aqui neste
projeto serão realizadas de acordo com o Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater (1995) ou metodologia amplamente utilizada segundo a bibliografia.

5.2.2. Etapa II

• Realizar pesquisa bibliográfica sobre o tratamento de efluentes e sobre reuso de água


em indústrias de abate de aves.
• Determinar a biodegradabilidade do efluente da unidade estudada.
• Estudar o desempenho do tratamento nas diferentes condições climáticas locais (período
chuvoso e de estiagem).
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• Avaliar a eficiência do sistema de tratamento quanto ao atendimento aos parâmetros


estabelecidos pela legislação em vigor (Federal e Estadual), tais como Resolução
Conama 430, Resolução Conama 357, além de Normas internacionais aplicáveis (para
efeito de comparação), estudos similares, recomendações técnicas e boas práticas.
• Apresentar propostas de tecnologias para o melhoramento dos índices de tratamento do
efluente industrial, a fim de propiciar o seu reuso no processo produtivo e em outras
atividades que necessitem de água no abatedouro. Isto se dará por meio do estudo do
processo produtivo, dos usos da água na indústria, da qualidade necessária do efluente
tratado, da sua adaptabilidade à rotina da indústria e às condições ambientais e da
facilidade de operação e manutenção do sistema.

5.3 ANÁLISE DOS DADOS

Para avaliação da normalidade e homocedasticidade dos dados serão aplicados teste de


Levene (normalidade) e de Shapiro-Wilk (homoscedasticidade). Para comparação entre os
grupos, considerando dados paramétricos, será aplicado o teste ANOVA One Way,
complementado por Bonferroni ou o teste de Kruskal-Wallis, complementado por Dunn, para
dados não paramétricos. Para todos será utilizado o programa estatístico STATISTICA 8.0.
Valores de p < 0,05 serão considerados significativos.
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6. ETAPAS DE EXECUÇÃO DO PROJETO COM RESPECTIVO CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ANOS/MESES 2021 2022


ATIVIDADES
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Pesquisa bibliográfica. x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Amostragem do Efluente. x x x x x x x x x x x x

Levantamento do volume de água utilizado x x x


nos principais setores da indústria.

Análises físicas, químicas e microbiológicas x x x x x x x x x x x x


do material amostrado.

Determinação da Biodegradabilidade do x
efluente da unidade estudada.

Estudo do desempenho do tratamento de x x x x x


efluentes nas diferentes condições
climáticas.

Avaliação da eficiência do sistema de x x x x x


tratamento quanto à legislação.

Elaboração da proposta de tecnologia para x x x x x


tratamento a nível de reuso.

Produção de material científico e divulgação x x x x x x x x


em eventos

Redação e entrega do relatório parcial. x x x x x x x

Redação e entrega do relatório final. x x x x x x


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7. PRODUTOS ESPERADOS COMO RESULTADO DA EXECUÇÃO DO


PROJETO, COM PREVISÃO DE CRONOGRAMA DE ENTREGAS ANUAIS

A partir do desenvolvimento do projeto, da caracterização dos usos da água no


empreendimento, do efluente e do seu processo de tratamento, espera-se que seja determinada
uma tecnologia efetiva do ponto de vista técnico e socioambiental para o reuso de água no
abatedouro.

8. RELEVÂNCIA E POTENCIAL DE IMPACTO DOS RESULTADOS DO


PONTO DE VISTA TÉCNICO-CIENTÍFICO, DE INOVAÇÃO, DIFUSÃO,
SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL

Com a implantação das tecnologias propostas, espera-se que a indústria reduza custos
de produção (a médio e longo prazo), o seu consumo de água, a geração de efluentes e o impacto
ambiental do seu lançamento em cursos d’água. Ademais, os resultados obtidos pelo presente
projeto auxiliam como um ponto de partida para que seja implementado um Programa de
Produção Mais Limpa (P+L) e assim concluir uma das exigências para buscar sua certificação
junto a International Organization for Standardization, a ISO 14.001, que trata do Sistema de
Gestão Ambiental (SGA). Tal fato agregará valor à sua marca e, consequentemente, aos
produtos comercializados.
Portanto, este estudo pretende auxiliar o desenvolvimento de novas pesquisas na área
de tratamento de efluentes no Oeste da Bahia, uma vez que será levantado um arcabouço de
informações quanto ao desempenho do sistema de tratamento existente na empresa pesquisada,
o que permitirá avaliar vários aspectos associados à área, principalmente para os diversos
empreendimentos similares que existem ou que vierem a ser implantados na região.

9. COLABORAÇÕES OU PARCERIAS JÁ ESTABELECIDAS PARA A


EXECUÇÃO DO PROJETO

Para a realização das análises microbiológicas e físico-químicas, o estudo será


conduzido na Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB, que dista cerca de 90 Km da
empresa pesquisada. A UFOB dispõe de laboratórios de Química e de Saneamento, os quais,
juntamente com a estrutura laboratorial presente na Faculdade São Francisco de Barreiras
(UNIFASB), será possível a realização de análises mais simples previstas, como a
caracterização das amostras coletadas.
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Não obstante, foi firmada uma parceria junto à Universidade de Brasília - UNB,
localizada a cerca de 545 Km de Luís Eduardo Magalhães, município da empresa pesquisada.
Quando necessário, os laboratórios do Departamento de Biologia Celular (Laboratório do CEL)
permitirá análises mais complexas do material coletado, como a realização de procedimentos
analíticos embasados em metodologias internacional e nacionalmente reconhecidas, com
controle rigoroso da qualidade de seus processos. como EPA (EPA Método 29:2017) ou até
mesmo utilização de Kits de fabricantes de equipamentos que são adaptações do Standard, EPA
e DIN (Deutsches Institut für Normung). Esse método-referência abrange todos os aspectos de
técnicas de análise de água e de águas residuais e é usado desde 1905 nos Estados Unidos,
aprovado pela APHA (American Public Health Association), AWWA (American Water Works
Association) e WEF (Water Environment Federation).

10. PERSPECTIVAS DE COLABORAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS PARA A


EXECUÇÃO DO PROJETO

Esse estudo conta com o apoio técnico da Prefeitura Municipal de Barreiras, bem como
da Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, posto que a proposta defendida vai de encontro com
os planos municipais para o cuidado com o meio ambiente e bem-estar da população.

11. RECURSOS FINANCEIROS DE OUTRAS FONTES APROVADOS PARA


APLICAÇÃO NO PROJETO

Não se aplica.

12. DISPONIBILIDADE EFETIVA DE INFRAESTRUTURA E DE APOIO


TÉCNICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Para apoio técnico durante o desenvolvimento do projeto, foram firmadas parcerias com
profissionais das Universidades da região, como a Dr. Joaquim Pedro Soares Neto da
Universidade do Estado da Bahia - UNEB, o Dr. Roberto Bagattini Portella - UFOB, o Dr.
Jorge da Silva Júnior da UNIFASB e a Dra. Eugênia Fonseca da Silva - UNB.
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13. ORÇAMENTO DETALHADO

Material (Quantidade) Valor (R$)

Termômetro (1 unidade) 87,32

Termohigrômetro digital (1 unidade) 99,90

pHmetro de bancada (1 unidade) 1.450,65

Condutivímetro de bancada (1 unidade) 1.897,15

Caixa isotérmica (1 unidade) 69,90

Pipeta volumétrica (1 unidade) 222,04

Balão volumétrico (1.000 ml) 137,46

Luvas descartáveis (1 caixa - 50 unidades) 39,41

Analisador de carbono orgânico total Acervo do laboratório

Analisador de nitrogênio total Acervo do laboratório

Turbidímetro digital DM -TU - Digimed (1 3.043,78


unidade)

Destilador Kjeldahl (1 unidade) Acervo do laboratório

Espectrômetro (1 unidade) 232,27

Fotômetro de chama (1 unidade) 1.749,90

Total 8.999,78

REFERÊNCIAS

ANDRADE, R. M.; FERREIRA, J. A. A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


NO BRASIL FRENTE ÀS QUESTÕES DA GLOBALIZAÇÃO. REDE - Revista
Eletrônica do PRODEMA, Fortaleza, v. 6, n. 1, mar. 2011.

APHA, AWWA, WPCF. STANDARD METHODS FOR THE EXAMINATION OF


WATER AND WASTEWATER. 19th edition, American Public Health Association,
Washingthon, 1995.
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BAHIA, Estado da. Estatística dos municípios baianos. Salvador: Superintendência de


Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), 2019. v. 5, 270p.

BRAILE, P. M.; CAVALCANTI, J. E. W.A. Manual de tratamento de águas residuárias


industriais. São Paulo, CETESB, 2018.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cidades: Divulgação do


Censo 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1.>
Acessado em: 20 ago. 2021.

COIMBRA, G. F. Avaliação da eficiência da remoção do nitrogênio total e carbono


orgânico total com flotador físico-químico em efluente de fábrica de produtos para
nutrição animal. UNIVATES Lajeado, Rio Grande do Sul, novembro de 2012.

EMBRAPA. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. 2. ed. rev.


Ampl. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. 627 p.

OLIVEIRA, E. C. Qualificação da exatidão de um medidor de pH pelas suas fontes de


incerteza. In: METROLOGIA 2003 - METROLOGIA PARA A VIDA, 01 a 05/09/2003,
Recife, Pernambuco, promovido pela Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM), 2003.

SOUZA, V. et al. Implantação do sistema primário de medição de pH na Divisão de


Metrologia Química do INMETRO. In: METROLOGIA 2003 - METROLOGIA PARA A
VIDA, 01 a 05/09/ 2003, Recife, Pernambuco, Brasil, Sociedade Brasileira de Metrologia
(SBM), 2003.

VIEL, J. A. et al. ESTUDO DA EROSÃO SUPERFICIAL DO SOLO POR MEIO DE SIG


NA REGIÃO DA DENOMINAÇÃO DE ORIGEM VALE DOS VINHEDOS (BRASIL).
Rev. Bras. Geomorfol, v.18, n.3, p.521-533, São Paulo, 2017.

VICO, et al. Urtica dioica (urtiga): uma planta negligenciada com propriedades
imunoestimulantes / promotoras de crescimento emergentes para peixes de cultivo. Frente.
Physiol., 26 de março de 2018.

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