a) É um culto idólatra: consistia na adoração à imagem de ouro
promovida pelo monarca. b) É um culto antropocêntrico: a figura do homem é o objetivo principal a ser atingido. c) Cheio de formalidades, vazio de espiritualidade: o culto possuía um liturgia formal que fomentava apenas emoções e atingia os sentimentos dos adoradores (adoradores?), mas não os transportava para a dimensão espiritual onde se concentra o louvor genuíno.
O MENSAGEIRO DO CULTO DE NABUCODONOSOR
Ao prosseguir na remontagem deste culto lamentável, onde o ego humano é
exaltado, a espiritualidade é inexistente e a adoração é falsa, há de se analisar as características do arauto ou pregador, bem como o conteúdo de sua mensagem:
a) O mensageiro apregoa somente o que lhe foi ordenado pelo
homem: não há direção divina, uma vez que este conforma-se em proclamar apenas o conteúdo promovido por um mortal. O objetivo da mensagem é amaciar o ego daquele que lhe deu a oportunidade. b) Sua mensagem induzia seus ouvintes a sum conduta reprovável: a pregação deste arauto trazia em seu bojo um conteúdo que levava seus adeptos aos caminhos da idolatria. Em suma, tal pregação não produzia arrependimento, mas medo. c) O conteúdo da mensagem afastava os ouvintes de Deus ao invés de aproximá-los: a pregação não atraía o homem ao Criador; o resultado da mensagem era inverso. Quando a mensagem é falsa, o arauto também o é; sues adeptos são falsos, o culto é falso e as convicções são falsas. Um ambiente manipulado pela mentira jamais levará alguém ao Deus que ama a verdde. OS REMANESCENTES DO VERDADEIRO CULTO SÃO REVELADOS EM MEIO AO CULTO FALSO
“Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província da
Babilônia... estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti, a teus deuses não servem, nem adoram a imagem de ouro que levantaste”. (Dn 3.12)
É válido nos atentarmos para o metal que formava a estatua. Tipologicamente,
o ouro aponta para a divindade; o que nos leva ao entendimento de que o objeto de culto presente na assembleia de Nabucodonosor possuía aparência divina, mas não passava de uma imitação barata sem essência genuína.
Diante da ordenança do monarca do monarca, a maioria absoluta não relutou
em obedecer. Todos, a uma começaram a prostrar-se ante a estátua colossal no campo de Dura; os súditos de Nabucodonosor, com forte receio da fornalha prometida aos rebeldes, se rebaixaram diante da criatura, menos três jovens. É neste momento que os verdadeiros servos de Deus manifestaram seus valores inegociáveis. Todos dobraram-se, mas Misael, Ananias e Azarias permaneceram de pé recusando-se a adorar uma imagem ainda que fosse um decreto oriundo da maior autoridade do reino babilônico.
É aceitável a afirmação de que aquela atitude mudou as rédeas litúrgicas do
culto de Nabucodonosor. Onde a maioria se sujeitou ao pecado, um remanescente permanece firma diante do Deus verdadeiro que não divide sua glória com ninguém. Embora aquecida sete vezes mais que o normal, a fornalha não ardia mais do que o desejo de ser fiel ao Senhor pesente no interior daqueles jovens.
CONCLUSÃO
Através da atitude de Ananias, Misael e Azarias o nome do Senhor pôde ser
glorificado e o falso culto desfeito. Dentro da fornalha estava o Deus eu de fato deve ser reverenciado; à Ele os jovens adoravam e glorificavam. Por Ele, eram capazes de dar a própria vida. Que sejamos imitadores do exemplo destes moços; que o falso culto e a doutrina enganosa não nos remova do centro da vontade do Criador; que sejamos instrumentos usados por Deus para desfazer o culto falso e promover a adoração verdadeira! Deus conta conosco para levar os demais ao culto que verdadeiramente alegra o coração do Senhor.