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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESPECIALIZAÇÃO EM LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS


Aluna: Jessica Cristina Ribeiro Alves
Professora Ceila Maria Ferreira Batista

Trabalho 2- 24/1/22

LOSE, Alícia Duhá/ TELES, Célia Marques, Qual edição e o que editar. Revista Digital
dos Programas de Pós-Graduação do Departamento de Letras e Artes da UEFES.
Feira de Santana, v. 18, n. 2, p. 271-293, maio-agosto 2017.

A principal discussão do texto gira em torno da atuação da filologia, da


literatura e também da importância da funcionalidade do estudo linguístico, visto que
no passado, tais elementos eram associados como equivalentes dentro do campo
filológico. Dessa maneira, as definições de cada um são logo abordadas e
comentadas por estudiosos dessas áreas, como Picchio, Cerquiglini, Claire
Blanche-Benveniste, entre outros, para depois serem também comentadas na
prática em relação às composições das edições textuais tanto do passado como da
atualidade, após o advento da tecnologia.
Segundo os estudos feitos por Carolina Michaëlis de Vasconcelos, a filologia
engloba nove pontos complexos de estudo , os quais - após avanços em pesquisas
- houve uma divisão direcionada a áreas específicas: o estudo da língua, da Ciência
da Literatura e da Crítica Textual.
Dentre os temas acima, o texto é dividido em partes que vão abordar ora a
filologia ora a linguística. Se tratando da língua, é importante salientar a relevância
de sua modalidade escrita e modalidade oral nas ações humanas, assim como o
fato de que ela também atua sobre as ações mentais, emocionais e de comunicação
de cada indivíduo.
Sobre a filologia, não somente o que é de cunho literário importa, mas
outros textos de valor cultural e que estejam armazenados em arquivos também.
Mais do que se limitar às regras definitivas de seleção de edições, o pesquisador
deve refletir sobre qual funcionalidade determinada edição se encaixa; para isso, as
principais características da língua em detrimento de seu período de atuação devem
ser respeitadas. Neste contexto, é possível acompanhar os registros escritos das
línguas faladas em diferentes épocas por meio de alterações fonéticas e
ortográficas feitas por estudiosos, mesmo que esse seja um processo difícil de ser
realizado com exatidão. Isso demonstra que a filologia se divide tanto em estudo
dos textos escritos como da oralidade, pois a língua é um elemento inerente à
cultura do ser humano, é então um fator histórico.
Com o advento da informática, a filologia encontrou uma nova maneira de
se manter ativa. As ferramentas de edição e de exibição de textos são aportes
necessários para atividades que respeitam a integridade do original, como cópias
diversas, digitalizações documentais, transcrições etc. Há ainda a edição digital
hipertextual, que possibilita ao leitor, ter contato com textos compostos por diversas
informações e formatos. Para isso, esses formatos devem ser simples a fim de
atingir a maior quantidade de usuários possível.
Para finalizar, é reforçado no texto que a edição semidiplomática é
indispensável para o trabalho filológico, pois ela considera a importância dos fatos
linguísticos dentro da área, algo que deve ser relacionado ao trabalho do
pesquisador, que realiza sua tarefa com a devida seriedade.

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