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 Resumo da obra

A história começara ainda quando o Sr.Jones era o dono da Quinta Manor,


onde, numa noite, quando estava a trancar os animais da quinta, ao terminar tal tarefa,
quando se foi deitar para o quarto, ao apagar a luz, todos os animais ficaram agitados. Porque,
nessa noite, constara que o velho Major (um velho porco da Quinta Manor) tivera um sonho
onde os animais viviam com conforto e dignidade sem a intervenção do Homem, porque,
segundo ele, era o Homem que roubava quase a totalidade do produto do trabalho dos
animais. Sendo que para os animais ganharem essa liberdade, era necessário que houvesse
uma Revolta, de modo a extinguirem a espécie humana, começando, através desse sonho, a
ação da história. Ainda, nesse sonho, o velho Major recordou uma cantiga que lhe era cantada
pelos seus familiares, que se referia a um futuro próspero dos animais, sem a intervenção do
Homem na vida dos mesmos, e, que neste caso, fora esquecida durante gerações, que era
chamada de Animais de Inglaterra.

Três noites depois, o velho Major morreu, sendo que estes acontecimentos deram-se
no princípio de março. Durante os três meses seguintes, houve muita atividade secreta, pois os
animais começaram a preparar-se para a Revolta, mesmo não sabendo quando iria ter início.
Não bastando, os porcos tinham aperfeiçoado os ensinamentos do velho Major, de modo a
elaborar um sistema de pensamento a que deram o nome de Animalismo, onde, algumas
noites por semana, os animais expunham aos outros os princípios do Animalismo, que, através
de pesquisas, os porcos tinham conseguido condensar os seus princípios em Sete
Mandamentos, sendo eles:

1. Tudo o que anda sobre dois pés é inimigo.


2. Tudo o que anda sobre quatro pés, ou tem asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupa.
4. Nenhum animal dormirá numa cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.

Veio o mês de Junho e, numa noite, quando o Sr.Jones regressou à sua casa, os animais
ainda não tinham comido, de modo a provocar uma revolta entre os animais. Uma das vacas
arrombou a porta do armazém e todos os animais se começaram a servir de cereais, dando-se
início à tal Revolta tanto esperada. Momentos depois, o Sr.Jones e os seus quatro homens
estavam no armazém, a açoitar os animais a todo o custo. Passado algum tempo, os homens
desistiram de se defender e fugiram, e assim, a Revolta fora posta em marcha com sucesso.

Alterações na Quinta dos Animais após a Revolta:

- Todos os animais, exceto os porcos, que dirigiam e fiscalizavam o trabalho dos outros,
trabalhavam na ceifa e no enfardamento do feno.
- Às vezes o trabalho era duro porque os utensílios tinham sido criados para o Homem e não
para animais, (onde, como por exemplo, quando colheram os cereais, tiveram de fazer a
debulha à moda antiga) porém os porcos arranjavam solução para todas as dificuldades.

- Aos domingos não se trabalhava. O pequeno almoço era mais tarde do que o costume e
depois, tinha lugar uma cerimónia que era realizada todas as semanas sem falta. Na cerimónia,
era içada a bandeira, no mastro do jardim, depois, os animais reuniam-se no celeiro grande
numa reunião a que chamavam de Assembleia , nela, planeavam o trabalho para a semana
seguinte e colocavam-se questões que eram depois debatidas. Para terminar a Assembleia,
cantavam sempre Animais de Inglaterra e a tarde era reservada à diversão.

- Os porcos tinham reservado a casa dos arreios para seu quartel-general, onde aprendiam
serralharia, carpintaria e outras artes.

- Snowball ocupava-se também com a organização do Comité de Animais, que era constituído
por classes de leitura e escrita, que tiveram grande sucesso, porque quando chegou o Outono,
quase todos os animais da quinta estavam alfabetizados até certo ponto.

- Porém, já existiam algumas desigualdades, porque, por exemplo, o leite e as maçãs do chão
estavam reservados apenas para os porcos.

-Apesar de tudo, os animais sentiam-se felizes como nunca tinham pensado poder sentir-se.

No fim do verão, a Revolta da Quinta dos Animais influenciou outras quintas vizinhas,
porque Napoleão mandava grupos de pombos com instruções para se misturarem com os
animais de outras quintas, para contarem histórias da Revolta e ensinarem a música de
Animais de Inglaterra. Durante todo esse tempo, o Sr.Jones ficava sentado na taberna do Leão
Vermelho em Willingdon, a queixar-se da injustiça que sofreu ao ter sido expulso da sua
própria propriedade. Enquanto isso, os donos das quintas vizinhas, assustados com a revolta
da Quinta dos Animais e que os seus animais tomassem conhecimento dela, espalharam que
os animais da Quinta Manor estavam constantemente a lutar uns com os outros e que
rapidamente iriam morrer à fome, o que com o passar do tempo verificou-se que era mentira.

Nos princípios de Outubro, os homens das quintas vizinhas (Quintas Foxwod e Pinchfield),
juntamente com o Sr.Jones, dirigiram-se armados à Quinta dos Animais, com o objetivo de se
vingarem da Revolta dos mesmos. Após os homens terem resistido aos primeiros ataques,
avançaram sobre eles com a ideia de que os animais estavam a fugir, porém, foram
emboscados e, quando a saída ficou desimpedida, os homens conseguiram fugir do pátio e
chegar à estrada, pois já tinham sido derrotados. No final, os animais decidiram nomear esse
acontecimento de Revolta do Estábulo, porque foi no estábulo que surgiu a emboscada que os
fez saírem vitoriosos.

À medida que o Inverno avançava, a rivalidade entre Snowball e Napoleão era cada vez
maior, seja relativamente à construção do moinhou ou à defesa da quinta, onde, num dia de
janeiro, Napoleão decidiu dar fim à rivalidade obrigando Snowball a abandonar a quinta,
ameaçando-o com os cães que Napoleão tirara às mães e que criara em segredo. Após a saída
de Snowball da Quinta dos Animais, Napoleão fez várias alterações na Quinta, sendo elas:
- As Assembleias das manhãs de domingo iriam acabar, porque, segundo ele, eram
desnecessárias e uma perda de tempo, e para substituir as assembleias, as questões
relacionadas com o trabalho da quinta seriam resolvidas por um comité de porcos presidido
por Napoleão;

- Todos os domingos, às dez horas, os animais reuniam-se no celeiro grande para receber as
ordens para a semana seguinte;

- O crânio do velho Major fora desenterrado do pomar e colocado sobre um cepo junto ao pau
da bandeira, ao lado da espingarda;

- Na cerimónia, depois de içar a bandeira, os animais eram obrigados a desfilar


reverentemente à frente do crânio antes de entrarem para o celeiro;

- Após a cerimónia, no celeiro, os animais já não se sentavam todos juntos. Napoleão, Squealer
e Minimus sentavam-se na frente da plataforma, com os nove cães a formarem um semicírculo
à volta deles e os outros porcos atrás, enquanto os outros animais sentavam-se de frente para
eles, no meio do celeiro. Napoleão lia as ordens para a semana, de uma forma quase áspera e
marcial, e depois de cantarem um única vez Animais de Inglaterra, todos dispersavam-se.

Durante os anos seguintes, os animais trabalharam como escravos para construir o


moinho, mas estavam felizes, pois não mostravam má vontade em relação a nenhum esforço
ou sacrifício, conscientes de que tudo o que faziam era para o seu próprio benefício. Contudo,
foi necessário deixar tarefas por fazer e a colheita foi mais fraca do que a do ano anterior, logo
era de prever que o próximo Inverno iria ser duro. A construção do moinho apresentava
dificuldades, pois estavam constantemente a faltar materiais necessários para a construção do
moinho, que não podiam ser reproduzidos na quinta. Por isso, Napoleão anunciou que a
Quinta dos Animais iria negociar com as quintas vizinhas para obter materiais que
necessitavam, de forma a não respeitarem os mandamentos do Animalismo, para além disso,
foi por esta altura que os porcos ocuparam a casa da quinta, fazendo o contrário do que estava
proposto no Animalismo, de forma a terem uma vida mais privilegiada em relação aos outros
animais. Quando chegou o Outono, os animais estavam cansados mas felizes, a construção do
moinho ia quase a meio, porque houve uma temporada de tempo seco e os animais
trabalharam mais do que nunca. Novembro chegou e a construção teve de parar porque a
humidade não permitia a continuidade do mesmo. Contudo, veio uma noite em que o
temporal foi tão violento que deixou o moinho em ruínas, porém, segundo Napoleão e a sua
equipa, teria sido Snowball o responsável por aquele estrago. De modo a que os animais
tiveram de continuar a construção do moinho no Inverno.

Durante a construção do moinho, Napoleão passava os dias na casa da quinta (a tratar


de negócios entre ele e o Sr.Whimper, que servia de intermediário entre os animais e o
dinheiro) e nem aos domingos aparecia para dar as ordens. Quatro dias depois de Napoleão
suspeitar que Snowball teria agentes entre os animais da quinta, pois descobrira que Snowball
frequentava a quinta à noite, decidiu convocar uma reunião com todos os animais, onde
Napoleão executou todos os animais que tinham protestado contra as suas decisões, causando
o pânico na quinta. Após esse acontecimento, Squealer anunciou que o hino Animais de
Inglaterra fora abolido, porque, segundo Napoleão, já não era necessário porque era o hino da
Revolta e a Revolta já tinha terminado. Com isso, foi criada uma nova canção composta por
Minimus e que passou a ser cantada todos os domingos de manhã.

No Outono, após um esforço tremendo a construção do moinho terminou e Napoleão


decidiu nomeá-lo de Moinho Napoleão. Dois dias depois houve uma assembleia especial no
celeiro onde Napoleão anunciou que tinha vendido uma pilha de madeira a Frederick, ou seja,
durante todo o período da sua suposta amizade com Pilkington, Napoleão estava em
negociações com Frederick. Três dias mais tarde, Whimper descobriu que as notas que
Frederick entregara para pagar a madeira eram falsas, ou seja, ele tinha levado a madeira de
graça! E, não bastando, Frederick poderia atacar a quinta a qualquer momento, e, na manhã
seguinte deu-se o ataque e como todos os homens estavam armados, a batalha não foi fácil e
os animais tiveram de se refugiar, de modo a vigiarem os homens por onde estavam
escondidos, onde a certo momento descobrem que os homens iriam explodir com o moinho.
No fim, os animais tinham vencido mas estavam abatidos e sem o moinho, que demorou 2
anos a ser construído.

A partir daí, os direitos dos animais na quinta começaram a ser cada vez mais
reduzidos, como por exemplo, o facto de começarem a trabalhar mais horas do que o
combinado, para além de lhes ser proibido o uso de lanternas no estábulo, tendo como
desculpa a poupança de petróleo. Como sempre, os porcos pareciam viver confortavelmente e
continuavam a engordar. No domingo seguinte, anunciaram que toda a cevada iria ser
reservada para os porcos, para além de receberem uma ração diária de meio litro de cerveja e
Napoleão dois litros e meio. Napoleão ainda decretou a Manifestação Espontânea, cujo
objectivo era o de celebrar as lutas e triunfos da Quinta dos Animais. No fim do Verão, em uma
noite, Boxer caiu enquanto trabalhava no moinho e, como a notícia se espalhou pela quinta,
todos os animais apressaram-se ajudar Boxer, que ficou no estábulo nos dias seguintes, onde,
num dia em que os animais estavam a trabalhar, Boxer foi levado por uma carroça, que era
supostamente, de um hospital, porém, quando a carroça chegou, os animais descobriram que
não era de um hospital, mas sim de um matadouro, de forma a que Squealer, para aliviar os
animais, mentiu ao afirmar que a carroça do hospital tinha pertencido ao matadouro.

Passaram-se anos e, para muitos animais nascidos recentemente, a Revolta era apenas
uma obscura tradição. Os animais eram aprumados, trabalhadores e bons camaradas, mas
muito estúpidos. O moinho fora terminado e a quinta possuía as suas próprias máquinas de
trabalho. Um dia, quando os animais estavam a sair do trabalho, avistaram os porcos , que,
espantosamente, estavam a andar de patas traseiras e vestidos a rigor, tal como os seres
humanos, para além de supervisionarem o trabalho da quinta com chicotes, o que causou um
choque para os outros animais da quinta, pelo facto de se lembrarem de um mandamento
que contrariava tal ato. Terminando assim a fábula, com a alteração do nome antigo da quinta
para “Quinta Manor”, que, segundo Napoleão, era o nome mais correto e verdadeiro, e com
uma inspeção por parte de agricultores vizinhos, que se juntaram na casa para beber cerveja e
para falarem sobre assuntos da quinta, o que acabou em uma discussão entre ambas as
espécies, de forma a que os animais lá fora não conseguiam distinguir os humanos dos porcos.

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