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Áreas Protegidas
Reduzidas na Amazônia
Heron Martins
Elis Araújo
Mariana Vedoveto
Dyeden Monteiro
Paulo Barreto
2 | Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia
RESUMO
ntre 1995 e 2013, o governo federal e os go- projetos hidrelétricos, em 42%. Em dez áreas avalia-
vernos estaduais de Rondônia, Mato Grosso das, cinco anos após a redução da proteção legal o
e Pará retiraram a proteção de 2,5 milhões de hec- desmatamento aumentou em média 50% em compa-
tares em 38 Áreas Protegidas (AP) – Unidades de ração com os cinco anos anteriores à perda de prote-
Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) – na ção. A expansão de infraestrutura como a construção
Amazônia Legal. As principais justificativas para isso de hidrelétricas e estradas, e políticas públicas que
foram ocupações, em 74% dos casos, e instalação de facilitam a ocupação ilegal de terras públicas na re-
gião sugerem que novas alterações podem ocorrer, o vo; ii) tornar a fiscalização de crimes ambientais mais
que aumenta o risco de desmatamento em APs. Para efetiva; iii) acelerar a integração econômica das UCs
garantir o sucesso das APs contra o desmatamento e à economia local; iv) regularizar a situação nas áreas
na proteção dos direitos das populações locais, reco- já ocupadas; e v) evitar perdas quando a alteração for
mendamos: i) combater o desmatamento especulati- inevitável.
3
Introdução
Entre 1995 e 2013, 40 APs sofreram alteração veis por respectivamente 74% e 42% dos casos. Oito
de limites, envolvendo ampliações, revogações (de- casos (20%) tiveram justificativas múltiplas. A so-
safetação total da AP) e reduções (desafetação par- breposição de UCs com TIs (5%) e a construção de
cial). Trinta e quatro APs perderam em média 87,2 estradas (3%) também justificaram as alterações.
mil hectares, enquanto cinco ganharam em média Sessenta e sete por cento das APs alteradas
96,5 mil hectares. Houve eliminação de sobreposi- eram UCs estaduais, 28% eram UCs federais e 5%,
ção entre UCs e entre UCs e TIs no total de 2,9 TIs. Os Estados do Pará e Rondônia concentraram
milhões de hectares. O balanço final foi a perda lí- mais de 80% das APs alteradas e mais de 50% da
quida de 2,5 milhões de hectares de 38 APs (Figura área total desafetada. As UCs de uso sustentável
1). Mesmo que este número represente apenas 1% foram as que mais perderam área, 84% do total; e
da área total de APs na Amazônia Legal, trata-se de as UCs de proteção integral e as TIs contribuíram
um precedente preocupante. com o mesmo percentual, 8% cada. O Apêndice 1
As principais justificativas das alterações fo- contém detalhes sobre o tipo de alteração e a área
ram ocupações e a instalação de UHEs, responsá- alterada de cada uma das APs estudadas.
2,5
Milhões de hectares
Figura 1.
Hectares desafetados
por ano (não
1,5
incorporados
a outras Áreas
Protegidas) e
cumulativo (área
desafetada líquida)
na Amazônia Legal
1
entre 1995 e 2013.
0,5
0
1995 1996 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Anual Cumulativo
5
Desmatamento nas
áreas alteradas,
remanescentes e do
entorno
Figura 2.
Áreas
Protegidas
reduzidas e
revogadas entre
1995 e 2013 na
Amazônia Legal.
Na tabela,
as 10 Áreas
Protegidas
analisadas
quanto ao
desmatamento.
Nos cinco anos após a alteração legal das dez da desafetação, a taxa média de desmatamento nas
APs avaliadas, houve um aumento expressivo das áreas alteradas foi 1.116% maior do que nas áreas
taxas de desmatamento nas áreas alteradas em com- que continuaram protegidas.
paração com o mesmo período antes da alteração As áreas remanescentes apresentaram valores
(Figura 3). Nos cinco anos antes da desafetação, as de desmatamento inferiores às demais categorias
taxas flutuaram fortemente, e atingiram a média de (com taxas inferiores a 1%) e com menor variação
2%/ano; enquanto que após a desafetação, as taxas ao longo dos anos, mesmo após as alterações. Isto
subiram e atingiram a média de 3%/ano nas áreas evidencia a importância das APs para a manutenção
alteradas. Assim, a desafetação contribuiu para o da cobertura florestal e conservação da sociobiodi-
aumento de 50% de crescimento da taxa de des- versidade que abrigam.
matamento. É essencial notar que cinco anos antes As áreas de entorno apresentaram desmata-
da desafetação, a taxa média do desmatamento nas mento superior às áreas remanescentes em todo o
áreas alteradas (ainda protegidas naquela época) era período analisado (com taxas entre 1% e 2%). Tal re-
similar ao restante da área que permaneceu protegi- sultado justifica-se pelo fato de o entorno apresentar
da. Logo depois, a taxa média variou com tendência um nível de proteção legal inferior ao das APs. En-
de aumento. Isso indica o aumento de pressão de tretanto, o desmatamento apresentou uma redução
ocupação que não foi eficazmente contida pelo po- de 53% após a alteração das APs em comparação aos
der público e que resultou na desafetação. Depois 5 anos anteriores a alteração.
6%
Área alterada
Área remanescente
5%
Área de entorno
Figura 3. 4%
Taxa de desmatamento
anual antes e depois da 3%
desafetação das Áreas
Protegidas nas áreas
alteradas, remanescentes e 2%
do entorno.
1%
0%
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
Na seção seguinte, apresentamos um caso de redução de AP para mostrar a influência dessa alteração
na dinâmica de desmatamento.
8 | Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia
O Caso da Terra Indígena Baú nistério Público Federal (MPF) de Santarém (PA),
a Funai, a Polícia Federal, a Prefeitura de Novo Pro-
A TI Baú perdeu mais de 300 mil hectares em gresso (PA), lideranças indígenas Kayapó, associa-
2003, após mais de uma década de conflitos entre ções de fazendeiros, posseiros e mineradores, com o
índios Kayapó, posseiros, madeireiros, mineradores propósito de pacificação[13]. Sem a proteção legal de
e políticos da região. Declarada de posse indígena que gozam as TIs e sem fiscalização, a área retirada
com 1,85 milhão de hectares em 1991, a TI teve sua da TI Baú sofreu intenso desmatamento nos anos
demarcação física impedida diversas vezes por pro- seguintes ao acordo (Figuras 4 e 5).
testos e ameaças a indígenas e a técnicos da Funai. Com base nesse acordo, o então Ministro da
Em 2003, a retomada da demarcação física da TI Justiça, Márcio Thomaz Bastos, assinou a Portaria
intensificou os conflitos, e um termo de conciliação nº.1.487/2003, que reduziu a TI Baú para 1.543.460
e ajustamento de conduta foi firmado entre o Mi- hectares. Esses novos limites foram ratificados quan-
Figura 4.
Terra
Indígena
Baú depois
de reduzida.
Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia | 9
5%
Área Remanescente
4%
Área Alterada 4%
Área de Entorno 3%
Figura 5.
3%
Taxa média anual do
2%
desmatamento nas zonas
analisadas antes e depois
2% da redução da TI Baú.
1%
1%
0%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Discussão e recomendações
Nossa análise demonstrou que o desmatamen- regularizar a ocupação ilegal por meio de doação ou
to aumentou significativamente nas áreas desafetadas. por venda a preço abaixo do mercado, a exemplo do
Além do dano direto, a redução da área ou do grau de Programa Terra Legal[25]; e iv) quem desmata ilegal-
proteção de APs enfraquece a credibilidade da política mente raramente é punido[26]. Portanto, para deses-
de conservação e de direitos sociais de populações indí- timular a especulação, o poder público deveria coibir
genas e tradicionais. Por exemplo, as novas invasões às esse conjunto de práticas. A arrecadação eficaz do
Florestas Nacionais (Flona) de Roraima[15] e do Bom ITR e a venda de terras a preços de mercado para a
Futuro[16] foram estimuladas pelas reduções ocorridas regularização fundiária fora de APs ainda gerariam
em 2009 e 2010. Outro exemplo foi a desafetação de recursos financeiros que poderiam ser revertidos
85 mil hectares de florestas da Floresta Estadual (Flo- para a regularização fundiária em APs.
ta) do Paru (PA) em 2012[17], sob alegação de se tratar
de erro na delimitação da Flota[18]. Felizmente, em fe- Tornar a punição de crimes ambientais mais
vereiro de 2014, o Governo do Pará anulou a redução efetiva. Há um estoque enorme de áreas desmatadas
da Flota do Paru[19]. Porém, a definição final dessa área ilegalmente cujos criminosos continuam impunes. É
ainda dependerá dos resultados de um grupo de estu- preciso reforçar a aplicação de meios mais imediatos
do técnico criado pelo Governo do Pará para definir a e efetivos de punir como o confisco de bens e a lis-
melhor modalidade de uso e conservação desses 85 mil ta de áreas embargadas[27;28]. Por exemplo, é preciso
hectares da Flota que estão no município de Prainha. embargar áreas ilegalmente desmatadas e vistoriar as
A desafetação e outros motivos como o novo Código que já foram embargadas para impedir o seu uso e a
Florestal menos rigoroso também contribuíram para o continuação do dano. Em 2013, o Ibama não possuía
aumento de 28% no desmatamento em 2013[20]. Para um planejamento para vistoria das áreas embargadas.
garantir o sucesso das APs contra o desmatamento e na O órgão apenas vistoriava áreas embargadas próxi-
proteção dos direitos das populações locais é necessário mas a novos desmatamentos durante as operações
um conjunto de medidas preventivas e corretivas, que de fiscalização e respondia a denúncias[29]. Também é
estão resumidas a seguir.
preciso arrecadar as multas aplicadas aos criminosos. peito da situação fundiária nas UCs federais para
Uma auditoria do TCU mostrou que o Ibama arreca- o planejamento das ações de regularização[34]. O
dou 0,6% dos valores de multas aplicadas entre 1995 planejamento da regularização fundiária deve pre-
e 2009 em todo o país[30]. Além disso, é preciso buscar ver recursos para lidar com esse desafio, tais como
a recuperação ou reparação do dano ambiental[31,32]. aqueles provenientes de compensação ambiental e
da arrecadação pela venda de terras fora das APs.
Acelerar a integração econômica das Unidades Atualmente, alguns estados, como é o caso do Pará,
de Conservação à economia local. As UCs podem já contam com potencial substancial de arrecadação
contribuir com a economia local com atividades de recursos provenientes de compensação ambien-
como o turismo e exploração sustentável de recursos tal[35]. As TIs devem ter prioridade máxima, pois a
naturais[33]. Para tanto, os governos devem acelerar constituição veda a desafetação dessas áreas. As ex-
a conclusão de planos de manejo e concessões para periências recentes demonstram que somente uma
exploração de produtos (madeireiros e não madei- coordenação de alto nível dos Poderes da Repúbli-
reiros) e serviços (ecoturismo, pesca esportiva etc.). ca é capaz de garantir a atuação de todos os órgãos
necessários – Instituto Nacional de Colonização e
Regularizar a situação nas áreas já ocupadas. Reforma Agrária (Incra), órgãos estaduais de terra,
O foco inicial deve ser as APs em situação crítica Funai e forças policiais – para a remoção e realo-
de desmatamento e de conflitos. Recentemente, o cação de populações que têm direito a assistência,
Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que como os clientes da reforma agrária[36].
em torno de 85% das UCs federais do bioma Ama-
zônia apresentavam problemas de re- Evitar perdas quando a alteração
gularização fundiária. O TCU então As TIs devem for inevitável. Quando as alterações fo-
recomendou ao ICMBio que realize ter prioridade rem inevitáveis por causa de ocupação já
levantamento de informações a res- existente ou por obras de infraestrutura,
máxima, pois
o poder público deveria evitar as perdas
a constituição
líquidas de proteção. Para tanto, as áre-
veda a as perdidas deveriam ser compensadas
desafetação com a criação ou ampliação de APs com
dessas áreas. valores equivalentes em termos de área e
riqueza ambiental e biológica. Entretan-
to, a regra deve ser a não redução de APs, com base
no princípio da proibição de retrocesso ambiental[37].
Agradecimentos:
Os autores agradecem a Adalberto Veríssimo,
Amintas Brandão Jr. e Carlos Souza Jr. por suas contri-
buições, a Glaucia Barreto por revisar o texto e a Fun-
dação Gordon e Betty Moore por financiar o estudo.
Fotos:
Paulo Barreto
12 | Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia
No t as
[1]
Ver Arima, E.; Simmons, C.; Walker, R. & Cochrane, M. [12]
Instituto Acende Brasil. 2012. Boletim Energia nº 14: Povos
2007. Fire in the Brazilian Amazon: A Spatially Explicit Mo- Indígenas e o Setor Elétrico. Ano 2012. Disponível em: <http://
del for PolicyXPL Impact Analysis. Journal of Regional Scien- www.acendebrasil.com.br/br/boletim>. Acesso em: 23 jan. 2014.
ce, 47(3): 541-567; e Soares-Filho, B.; Moutinho, P.; Nepstad,
D.; Anderson, A.; Rodrigues, H.; Garcia, R.; Dietzsch, L.; [13]
Ministério Público Federal. 2013. Ação Civil Pública face
Merry, F.; Bowman, M.; Hissa, L.; Silvestrini, R. & Maretti, ao Despacho n° 271/2003 – MPF/PRDF/1º Ofício da Ordem
C. 2010. Role of Brazilian Amazon protected areas in climate Social/FG. Disponível em: <http://6ccr.pgr.mpf.mp.br/atuacao-
change mitigation. PNAS 2010. Publicado antes da impressão, do-mpf/acao-civil-publiva/docs_classificacao_tematica/ACP_
26 de maio. bau_Nulidade_de_portaria_que_exclui_porcao_de_terras_dos_
limites_da_area_indigena.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2013.
Araújo, E. & Barreto, P. 2010. Ameaças formais contra as Áreas
[2]
Protegidas na Amazônia. O Estado da Amazônia nº 16. Belém- A ação foi encaminhada da Justiça Federal do Distrito Federal
[14]
PA: Imazon, 6p. Disponível em: <http://bit.ly/PqcNJT>. para a de Santarém e recebeu novo número: 2005.39.02.000859-9.
[3]
Idem nota 2. [15]
Ministério Público Federal. Procuradoria da República em
Roraima. Assessoria de Comunicação. 2012. MPF/RR ingressa
[4]
Idem nota 2. com ação para combater invasão na Floresta Nacional de Roraima.
Notícia de 26 de abril de 2012. Disponível em: <http://amazonia.
Nolte et al. 2013. Setting priorities to avoid deforestation in
[5]
org.br/2012/04/mpfrr-ingressa-com-a%C3%A7%C3%A3o-pa-
Amazon protected areas: are we choosing the right indicators? ra-combater-invas%C3%A3o-na-floresta-nacional-de-roraima/>.
Environmental Research Letters. Acesso em 19 nov. 2013.
[6]
Vizentin, Roberto. 2013. Entrevista concedida à Daniele Bra- Bragança, D. 2013. Bom Futuro: morte de policial mostra pre-
[16]
gança, publicada em 03/09/13 no ((o))eco.”O passivo fundiário é cariedade da Flona. Notícia de 21/11/2013, publicada no ((o)) eco.
só a ponta do iceberg”, afirma Vizentin. Disponível em: <http:// Disponível em: <http://www.oeco.org.br/noticias/27780-bom-
bit.ly/1apJY3S>. futuro-morte-de-policial-mostra-precariedade-da-flona>. Acesso
em: 22 nov. 2013.
Informação fornecida por ofício pela Funai ao Imazon em maio
[7]
potencial do ITR segundo um analista da Receita Federal. Auditoria Operacional. TC 034.496/2012-2. Grupo I – Clas-
se V – Plenário. Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/
Brito, B., & Barreto, P. 2011. A regularização fundiária avan-
[25]
portal/page/portal/TCU/imprensa/noticias/noticias_arqui-
çou na Amazônia? Os dois anos do programa Terra Legal (p. 72). vos/034.496-2012-2%20-%20auditoria%20bioma%20amazonia.
Belém-PA: Imazon. Disponível em: <http://www.imazon.org.br/ pdf>. Acesso em: 11 dez. 2013.
publicacoes/livros/a-regularizacao-fundiaria-avancou-na-amazo-
nia-os-dois-anos-do-programa-terra-legal>. Acesso em: 05 dez. Pinto, I. C.; Vedoveto, M. & Veríssimo, A. 2013. Compensa-
[35]
TI ou UC
Tipo de UC
Nome da área
protegida
Estado
Decreto/Lei
de criação
Ano de criação
Área antes da
alteração
legal (ha)
Gestão
Regularização
Fundiária
Ano da
alteração
legal
Tipo de iniciativa
legal
Resultado da inicia-
tiva legal
Área após alteração
legal/área atual (ha)
Motivo da alteração
Área
retirada (ha)
Área
acrescentada (ha)
Eliminação de
sobreposição com
UC ou TI
Área incorporada à
outra Área Protegi-
da (ha)
Balanço
Rio Preto-
UCE Florex RO 4.245 1989 1.055.000 SEDAM Não 1996 Decreto executivo Redução 95.300 Ocupação -959.700 0 266.599 0 -693.102
Jacundá
ZSEE e Lei
UCE FERS Rio Mequéns RO 4.573 1990 425.844 SEDAM Não 2000/2010 Revogação 0 Ocupação -425.844 0 64.548 0 -361.296
Complementar
TI x Baú PA 645 1991 1.850.000 FUNAI Sim 2003 Portaria Redução 1.546.962 Ocupação -303.038 0 0 0 -303.038
TI x Apyterewa PA 267 1992 980.000 FUNAI Parcial 2004 Portaria Redução 777.560 Ocupação -202.440 0 0 0 -202.440
UCE PE Corumbiara RO 4.576 1990 586.031 SEDAM Não 1996/2002 Lei Ordinária Redução 384.055 Ocupação -201.976 0 0 0 -201.976
UCE Flota Paru PA 2.608 2006 3.612.914 SEMA Não 2012 Decreto executivo Redução 3.527.594 Ocupação -85.321 0 0 0 -85.321
ZSEE e Lei
UCE FERS Rio Abunã RO 4.577 1990 62.219 SEDAM Não 2000/2009 Revogação 0 Ocupação -62.219 0 0 0 -62.219
Complementar
Medida
AM/
UCF Parna Amazônia 73.683 1974 1.114.496 ICMBio Parcial 2011/2012 provisória/Lei de Redução 1.070.737 UHE/Ocupação -43.759 0 0 0 -43.759
PA
conversão
Guajará- Redução/
UCE PE RO 4.575 1990 258.813 SEDAM Não 1996/2002 Lei Ordinária 216.568 Ocupação/Estrada -56.571 14.326 0 0 -42.245
Mirim ampliação
UCE PES Xingu MT 3.585 2001 134.463 SEMA Não 2003 Lei Ordinária Redução 95.024 Ocupação -39.439 0 0 0 -39.439
Medida
UCF Flona Itaituba II PA 2.482 1998 440.500 ICMBio Não 2012 provisória/Lei de Redução 405.701 UHE -34.799 0 0 0 -34.799
conversão
ZSEE e Lei
UCE Florex Laranjeiras RO 4.568 1990 30.688 SEDAM Não 2000/2010 Revogação 0 Ocupação -30.688 0 0 0 -30.688
Complementar
UCE Esec Rio Ronuro MT 2.207 1998 131.795 SEMA Não 2005 Lei Ordinária Redução 102.000 Ocupação -29.795 0 0 0 -29.795
ZSEE e Lei
UCE FERS Rio Roosevelt RO 4.569 1990 27.860 SEDAM Não 2000/2010 Revogação 0 Ocupação -27.860 0 0 0 -27.860
Complementar
Medida
UCF APA Tapajós PA s/n 2006 2.059.496 ICMBio Não 2012 provisória/Lei de Redução 2.039.581 UHE -19.915 0 0 0 -19.915
conversão
TI ou UC
Tipo de UC
Nome da área
protegida
Estado
Decreto/Lei
de criação
Ano de criação
Área antes da
alteração
legal (ha)
Gestão
Regularização
Fundiária
Ano da
alteração
legal
Tipo de iniciativa
legal
Resultado da inicia-
tiva legal
Área após alteração
legal/área atual (ha)
Motivo da alteração
Área
retirada (ha)
Área
acrescentada (ha)
Eliminação de
sobreposição com
UC ou TI
Área incorporada à
outra Área Protegi-
da (ha)
Balanço
Medida
UCF Flona Tapajós PA 73.684 1974 600.000 ICMBio Não 2012 provisória/Lei de Redução 582.149 Ocupação -17.851 0 0 0 -17.851
conversão
ZSEE e Lei
UCE PE Candeias RO 4.572 1990 8.985 SEDAM Não 2000/2010 Revogação 0 Ocupação -8.985 0 0 0 -8.985
Complementar
Lei comple-
UCE Resex Jaci-Paraná RO 7.335 1996 205.000 SEDAM Não 1996/2011 Redução 197.364 Ocupação/UHE -7.636 0 0 0 -7.636
mentar
Medida
UHE/Ocupação/So-
UCF Flona Bom Futuro RO 96.188 1988 280.000 ICMBio Não 2010 provisória/Lei de Redução 97.357 -182.643 0 31.304 144.417 -6.922
breposição com TI
conversão
UCE PES Araguaia MT 7.517 2001 230.000 SEMA Parcial 2006 Lei Ordinária Redução 223.170 Ocupação -6.830 0 0 0 -6.830
Medida
UCF Flona Itaituba I PA 2.481 1998 220.034 ICMBio Não 2012 provisória/Lei de Redução 213.238 UHE -6.796 0 0 0 -6.796
conversão
UCE PES Monte Alegre PA 6.412 2001 5.800 SEMA Não 2013 Lei Ordinária Redução 3.678 Ocupação -2.122 0 0 2.122 -2.122
Lei comple-
UCE APA Rio Madeira RO 5.124 1991 6.741 SEDAM Não 2011 Redução 5.554 UHE -1.187 0 0 0 -1.187
mentar
Medida
UCF Flona Crepori PA s/n 2006 740.661 ICMBio Não 2012 provisória/Lei de Redução 739.806 UHE -855 0 0 0 -855
conversão
Rio Pacaás-
UCE Florex RO 4.591 1990 353.219 SEDAM Não 1995 Decreto executivo Redução 342.904 Ocupação -10.315 0 0 10.315 0
Novos
UCE APA Paytuna PA 6.426 2001 56.129 SEMA Não 2013 Lei Ordinária Ampliação 58.251 Ocupação 0 2.122 0 0 2.122
Medida
Ocupação/Sobrepo-
UCF Flona Roraima RR 97.545 1989 2.664.685 ICMBio Não 2009 provisória/Lei de Redução 167.269 -2.601.631 104.215 2.531.451 0 34.035
sição com TI
conversão
Compensação de
Medida reserva legal de
AM/
UCF Esec Cuniã s/n 2001 53.221 ICMBio Não 2007/2008/2010 provisória/Lei de Ampliação 189.661 assentamento e 0 136.440 0 0 136.440
RO
conversão anexação de UC
estadual
Ampliação
AM/ Medida
Campos com inclusão
UCF Parna RO/ s/n 2006 823.570 ICMBio Não 2011/2012 provisória/Lei de 961.320 UHE/Ocupação -34.149 171.899 0 0 137.750
Amazônicos e exclusão de
MT conversão
áreas
Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia
|
Medida
AM/ Ampliação/
UCF Parna Mapinguari s/n 2008 1.572.422 ICMBio Não 2010/2011/2012 provisória/Lei de 1.744.852 UHE -8.470 180.900 0 0 172.430
RO Redução
conversão
* Valores incorporados a Áreas Protegidas ampliadas do estudo. Colocamos esses números como negativos para evitar sua duplicação; pois aparecem tanto como “área acrescentada” como “área incorporada a outra Áreas Protegida”.
16
Apêndice 2.
|
Motivo
Objetivo
Decreto Data de Tipo de Data da para reduzir Área a
TI ou Tipo Nome da Área Área do da Área a
Estado de criação/ criação/ iniciativa Número do projeto iniciativa ou revogar acrescentar
UC de UC Protegida decreto (ha) iniciativa desafetar (ha)
homologação homologação legal legal a Área (ha)
legal
Protegida
Posse anterior
Alto Rio Ação
TI PA s/n 04/10/1993 279.898 2006.39.04.003310-7 29/09/2006 Reduzir à criação da 69.000 0
Guamá judicial
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Uru-Eu-Wau- Ação Retirar
TI RO 275 29/10/1991 1.867.118 2004.41.00.000078-9 09/01/2004 à criação da 55.000 0
Wau judicial ocupantes*
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