Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
02/05/2020
Número: 0833441-34.2015.8.15.2001
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara Cível da Capital
Última distribuição : 27/11/2015
Valor da causa: R$ 575,00
Assuntos: Obrigação de Fazer / Não Fazer, Cobrança de Aluguéis - Sem despejo
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
REAL CONSULTORIA E SOLUCOES LTDA - ME (AUTOR) THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA (ADVOGADO)
LUIZ CARLOS ERNESTO DE BARROS (ADVOGADO)
HILTON SOUTO MAIOR NETO (ADVOGADO)
ALEXANDRE SOARES DE MELO (ADVOGADO)
SEAPORT SERVICOS DE APOIO PORTUARIO LTDA (REU) ADRIANO DE MATOS FEITOSA (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
25205 27/11/2015 16:34 Vol 4 Outros Documentos
16
5 IMPACTOS, MEDIDAS
MITIGADORAS E PROGRAMAS
AMBIENTAIS
857
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 1
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
5.1.2. IMPACTOS AMBIENTAIS
5.1.2.1. Flora – Vegetação Arbórea
858
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 2
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Outras, remanescentes em áreas rurais afastadas da mancha urbana, a
exemplo na Ilha da Restinga é melhor preservada e exibe uma menor evidência que a
área urbana, onde a perturbação é constante e recentes. É o caso das parcelas 2, 3 e 4 da
Ilha da Restinga nos interiores dos remanescentes florestais amostrados, com grandes
evidências de clareiras para retirada seletiva de espécies arbóreas de grande porte.
Embora os levantamentos quantitativos tenham sido exaustivos, e a
amostragem aleatória, o número de espécies registradas não é muito expressiva, com 53
espécies lenhosas em apenas 1,45 hectares no período úmido. Além disso, muitas das
espécies assinaladas são características de Florestas Secundárias ou em fase
avançada da sucessão secundária e não se restringem aos remanescentes mais
desenvolvidos, mas ocorrem também nas florestas perturbadas em estágios inicial
e médio de regeneração.
Estas áreas de remanescentes florestais hoje existentes (e em
retração) serão alvos de apoio a projetos de proteção junto aos municípios com
objetivo de aumentar as áreas de preservação e áreas verdes, e também na recuperação
de áreas degradadas em cerca de 396,00 hectares na área da AID, hoje representadas
por cobertura vegetal de gramíneas e arbustos isolados, ora em ambiente de Restinga
ou Manguezal, e que não possuem rendimento lenhoso, além da proteção dos mangues
e das faixas de Preservação Permanente de cursos d´água de toda a Bacia Hidrográfica do
Baixo Rio Paraíba e também Campos Salinos e Aluviais, e em especial os ambientes
dunares (conforme o Novo Código Florestal Lei 12.651/2012) (Anexo).
859
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 3
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Figura 370. Volume Total de madeira por hectare (m3/ha) das principais espécies dos indivíduos
arbóreos amostrados por parcela na Restinga e Manguezais nas áreas de influência direta (AID) do
Complexo Portuário Seaport.
Tabela 116. Estimativa do volume de material lenhoso por tipo de formação florestal na área de
Influência Direta (AID) do Complexo Portuário Seaport.
Formação Florestal Volume Área Volume Volume
3
médio por (ha) (m /ha) (st)
hectare
(m3/ha)
Vegetação com Influência Marinha 62,0 216,0 6.220,0 8.882,1
(Restinga), em Estágios Inicial, Médio e
Avançado de Regeneração
Vegetação com Influência Fluviomarinha 3,98 1.222,48 1.590,0 2.270,0
(Manguezal)
2 formações florestais (Restinga e 192,58 1.439,0 3187,0 4.551,0
Manguezal)
TOTAL 1.439,0 3.187,0 4.551,0
860
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 4
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
De acordo com a tabela 116 caso houvesse alguma intervenção dos
remanescentes florestais, seria gerado de 3.187,00 m3/ha ou 4.551,0 estéreis/ha de
material lenhoso proveniente de ambos os ambientes de Restinga e Mangues (QUE
NÃO SERÃO INTERFERIDOS PELO EMPREENDIMENTO COMPLEXO
PORTUÁRIO SEAPORT). A Vegetação com Influência Marinha (Restinga), em
Estágios Inicial, Médio e Avançado de Regeneração, com cerca de 6.220,0 m3/ha ou
8.882,1 estéreis/ha de lenha, caso houvesse supressão e a Vegetação com Influência
Fluviomarinha (Manguezal), com 1.590,0 m3/ha ou 2.270,0 estéreis/ha de lenha,
caso houvesse supressão da vegetação.
5.1.2.2. Fauna
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 5
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
empreendimentos, bem como do surgimento de impactos sinérgicos - Se, por um
lado, uma região degradada pela forma de uso apresenta um conjunto florístico e
faunístico menos amplo do que uma área integra, e, portanto gera menores
preocupações bioconservacionistas quando do estabelecimento do novo agente de
impacto, há, também a potencialidade de que o conjunto de fontes de impacto
estabelecido no local conduza a magnificação da ação impactante sobre a biota.
862
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 6
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Avaliação de Impactos Ambientais para as Tartarugas Marinhas
863
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 7
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Análise: A indústria naval, pesqueira, de operação militar, de exploração de óleo
e gás, usinas siderúrgicas e de geração de energia nuclear exigem uma série de
cuidados e mecanismos de proteção e de mitigação nas áreas da costa para sua
implantação. Entre os impactos causados destaca-se a degradação/alteração de
hábitats bentônicos usados para forrageio pelas tartarugas através de dragagem,
descarte do material dragado, assoreamento, construção de
enrocamentos/molhes, alteração das correntes marinhas.
Além disto, outros problemas aumentam durante a operação como a iluminação
artificial, poluição química (derramamentos), física (detritos) e térmica (aumento
da temperatura em efluentes), impactando direta ou indiretamente as tartarugas
marinhas, em geral juvenis, que se abrigam e se alimentam nestas regiões. O
aumento de tráfego marítimo interfere seriamente em rotas migratórias, podendo
também causar mutilações. Implantação destas estruturas próximas a áreas de
desova e reprodução de tartarugas marinhas impactam diretamente as
populações, além de causarem a perda permanente destes hábitats.
864
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 8
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Avaliação de Impactos Ambientais para os Mamíferos Aquáticos
865
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 9
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
É evidente também que o ruído subaquático produzido pelo homem pode
interferir em várias dessas funções (NRC, 2000 e 2005). Por exemplo, a poluição
sonora pode afetar a habilidade dos mamíferos aquáticos detectarem sons de
chamados coespecíficos, ecos de suas presas e sons naturais que ajudam durante
a navegação ou forrageio (CLARK e ELLISON, 2004). Esses ruídos
antropogênicos podem também afetar funções fisiológicas e causar estresse nos
animais.
866
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 10
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
produzidos pelos motores dos barcos, que resultam em mudanças
comportamentais, atordoação, estresse e deslocamentos erráticos
(RICHARDSON e WURSIG, 1997).
As colisões, por outro lado, podem causar injurias físicas diretas e mortes
(NOWACEK et al., 2001). Muitas espécies têm sido documentadas em colisões
ao redor do globo (WELLS e SCOTT, 1997; VISSER, 1999; CAMARGO e
BELLINI, 2007), incluindo o peixe-boi marinho (BORGES et al., 2007) e o
boto-cinza (ICMBio, 2011a).
A concretização do futuro empreendimento resultará no maior fluxo de
embarcações de grande porte no sistema estuarino do rio Paraíba, o que
consequentemente aumentará o risco de atropelamento com indivíduos de S.
guianensis e T. manatus. Os resultados do presente estudo indicam que esses
animais são frequentes (e possivelmente residentes no caso do boto-cinza) e
utilizam esse complexo estuarino para atividades de forrageio, deslocamento e
socialização, inclusive com a presença de indivíduos imaturos.
Esse impacto negativo deve ser considerado de abrangência local e duração
permanente, pois o fluxo de embarcações será constante. O impacto é mitigável
e pode ser reversível, desde que adotadas as medidas cabíveis. Sendo assim, sua
magnitude é considerada pequena, dada a escala espacial de atuação restrita,
assim como sua relevância, pois é reversível.
+
Impacto 03: Aumento do risco de emissão de poluentes
Ações geradoras: Aumento do tráfego de embarcações; Dragagem.
Fase do empreendimento em que ocorre o impacto: Implementação e
Operação
Análise: A poluição química é uma das maiores ameaças a conservação dos
mamíferos aquáticos em escala global (REEVES, 2009). Os mamíferos
aquáticos são particularmente susceptíveis aos efeitos da poluição porque estão
no topo da cadeia alimentar. As toxinas em suas fontes de alimento se acumulam
em seus corpos, especialmente no tecido adiposo e nas glândulas mamárias
(WELLS et al., 2004). Essa bio-concentração é o que causa os altos níveis de
toxinas nesses animais. Nove das 10 espécies com maiores níveis de
organoclorados são mamíferos aquáticos (Bluevoice.org website).
867
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 11
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Os efeitos da poluição química podem se manifestar de diferentes formas nos
mamíferos marinhos, incluindo a diminuição das taxas reprodutivas
(nascimentos prematuros, natimortos e abortos) (REEVES, 2009). Espécies
costeiras como o boto-cinza são mais susceptíveis. Kajiwara et al. (2004),
estudando os níveis de organoclorados na gordura de S. guianensis
incidentalmente capturados no litoral do Paraná, revelaram a presença de DDT
em concentrações de até 150 μg/g e de PCBs em concentrações de até 79 μg/g.
Tais valores são comparáveis aos observados em cetáceos do Hemisfério Norte,
refletindo provavelmente o alto grau de industrialização e consequente poluição
na região (KAJIWARA et al. (2004).
Em obras portuárias, o aumento do fluxo de embarcações e o processo de
dragagem são atividades potencialmente poluidoras que gera danos à mastofauna
aquática. Os navios são responsáveis pela emissão de produtos químicos e
derivados do petróleo, enquanto que as dragagens revolvem o fundo, aumentam
a concentração de sedimentos suspensos, que quando em excesso, pode provocar
danos aos organismos aquáticos interferindo nos mecanismos de respiração,
filtração ou acumulando-se na superfície do corpo de pequenos animais.
A priori, esse impacto negativo deve ser considerado de abrangência local e
duração permanente, pois uma das potenciais fontes poluidoras (as embarcações)
será constante. No entanto, sua abrangência pode vir a ser regional, caso não seja
implementado planos de prevenção e controle de poluentes. O impacto é
mitigável e reversível. Desse modo, sua magnitude e relevância, a priori, são
consideradas pequenas, dada a escala espacial de atuação restrita e
reversibilidade.
868
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 12
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
conjuntura adotada e preconizada no presente EIA/RIMA. Neste, descreve-se e marca-
se o parâmetro básico que vem sendo adotado como premissa da análise ambiental. A
análise ambiental descrita após, explicita e quantifica a conjuntura de impactos
benéficos e adversos a serem possivelmente induzidos, enfocando com mais detalhes os
impactos relevantes.
Na elaboração do prognóstico ambiental, levou-se em consideração as
condições ambientais e sociais atuais e emergentes, com e sem a implantação do
projeto, conduzindo à proposição de medidas destinadas ao equacionamento dos
potenciais impactos. Em decorrência do prognóstico ambiental, foram analisados os
potenciais impactos do Complexo Portuário Seaport sobre o meio ambiente, integrando
suas fases de implantação e operação, explicitados na análise ambiental.
Esta avaliação ambiental, abrangendo os potenciais impactos
negativos e positivos da obra, leva em conta o fator tempo, determinando, na medida do
possível, uma projeção dos potenciais impactos imediatos, tanto a curto, a médio e
longo prazo; temporários, permanentes e cíclicos; reversíveis e irreversíveis; locais e
regionais; e se são diretos ou indiretos.
Decorre do conteúdo do presente capítulo, o estabelecimento da
importância de cada um dos potenciais impactos em relação aos fatores ambientais
afetados, possibilitando a avaliação por meio da importância relativa de cada impacto
quando comparado aos demais. A conclusão obtida na aplicação da presente
metodologia favorece a proposição das medidas mitigadoras, compensatórias e
programas de monitoramento ambiental.
Abordagem fundamental enfocou-se a análise de campo num período
bienal de levantamentos de campo, onde após a conclusão dos estudos integrantes do
Projeto Básico em 2013, iniciou-se neste mesmo ano os procedimentos de detalhamento
de parâmetros contidos no Projeto Executivo, além dos estudos ambientais com enfoque
multi e interdisciplinar, que culminaram nos resultados apresentados neste projeto
ambiental.
869
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 13
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
sistemática e estruturada de antecipação de futuro, explicitando as hipóteses e
delimitando as possibilidades de evolução da realidade e seu contexto, iluminando as
peculiaridades dos possíveis caminhos e, portanto, ajudando na tomada de decisões a
partir da opção tomada como “premissa”.
Peres e Mediondo (2004) sugerem a elaboração de cenários para a
realização do planejamento ambiental, viabilizando a boa governança na condução do
empreendimento e a fiscalização interativa dos órgãos envolvidos.
O estudo do cenário de um determinado contexto é uma das principais
formas de avaliação do meio ambiente, principalmente quando se procura garantir a
manifestação de parâmetros ambientais aceitáveis, buscando níveis compatíveis de
qualidade ambiental e satisfação das relações mantidas entre si.
É importante destacar que o objetivo de um estudo de cenário não é
predizer o futuro, mas sim organizar, sistematizar e delimitar as incertezas, explorando
os pontos de mudança e de manutenção dos rumos, possibilitando dessa forma que se
tracem estratégias e ações, tanto no âmbito do planejamento, como também antecipando
situações de crise ou de manifestações de impactos ambientais adversos relevantes.
Nesse sentido a elaboração de cenários ambientais tem sido um dos
principais produtos de uma avaliação ambiental, sendo bastante utilizada em diversos
estudos.
Nesse sentido, para a criação de cenários pertinentes ao assunto em
pauta, foram utilizados quatro cenários ambientais, sendo eles:
870
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 14
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
rigorosos de monitoramento e fiscalização, incentivando-se pesquisas científicas
multidisciplinares como medidas alternativas viáveis.
Cenário 4: Mesmo de sempre - Neste cenário mantém-se a tendência histórica
dos aspectos econômicos, demográficos e socioambientais das áreas de estudo,
sem a implantação do empreendimento.
5.1.3.2.1. Cenário 1
871
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 15
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
federal”. Outro aspecto de grande importância constatado nas entrevistas com a
população local, é que a expectativa das pessoas em relação ao empreendedor é a
melhor possível, no que tange a abertura de grande número de empregos formais e no
incremento do comércio local, mediante o fortalecimento de atividades simultâneas e
indiretas.
Contudo, na ausência de governança, os impactos relacionados à implantação do
empreendimento ocorrerão sem contraposição, podendo gerar uma série de problemas
sociais, pois não haveria qualquer ação de controle na região, o que ampliaria os
impactos adversos sobre as áreas de influência, a saber, os principais:
5.1.3.2.2. Cenário 2
872
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 16
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Fiscalização Ambiental Branda: considerando-se o contexto em que a
fiscalização será exercida de forma branda, sem exigências rigorosas de
monitoramento da qualidade das águas superficiais e demais monitoramentos da
atividade.
5.1.3.2.3. Cenário 3
873
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 17
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Neste cenário, listam-se as seguintes proposições, em que o
empreendedor e o empreendimento colaborarão ativamente na consolidação dos
procedimentos de monitoramento e compensação abaixo descritos:
5.1.3.2.4. Cenário 4
874
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 18
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Neste cenário, mantendo-se a tendência histórica de desenvolvimento
dessas áreas, as principais características socioeconômicas e ambientais encontradas
serão:
875
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 19
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
conhecimento, interdependência, analises realistas, multidisciplinar, éticas,
instrumentais, integradas e abrangentes, simples, econômicas, precisas e reproduzíveis.
A avaliação ambiental, quando adequadamente desenvolvida, precisa
estabelecer uma medida de comparação entre situações alternativas. Avaliar pressupõe
mensurar e comparar. Desta forma, é fundamental a utilização dos conceitos de cenários
ambientais, de modo a que se proceda à avaliação entre situações concretas e
potencialmente diversas, porém essencialmente comparáveis.
Por conseguinte, um dos principais produtos de uma avaliação
ambiental é o cenário ambiental futuro da região em estudo que se deseja atingir, ou
seja, o seu cenário alvo final. Este cenário é o fundamento para o desenvolvimento de
um plano ambiental integrado para a região, que buscará garantir níveis compatíveis da
qualidade ambiental e de vida para todos os fatores ambientais nela ocorrentes,
satisfazendo-lhes a dinâmica das relações de que necessitam e desejam manter entre si.
Portanto, deduz-se que a finalidade de um processo de avaliação
ambiental é o balizamento dos processos de gerenciamento e monitoramento ambientais
que mereçam ser realizados, tendo como base de comparação o “Cenário 3” pretendido,
em todas as suas versões temporalmente atualizadas, mediante o conhecimento
sistemático e gradativo da realidade.
Existe uma grande variedade de modelos de avaliação de impacto
ambiental, mas são poucos os que estão sistematizados, estando os principais métodos
acompanhados de um breve comentário descritivo.
876
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 20
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
5.1.3.3.2.1. Diagramas de Efeito
877
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 21
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Bianchi, et al. 1989, que dispõe os componentes do meio ambiente em abscissas e os
componentes do empreendimento em ordenadas, permitindo o confronto dos
componentes.
Cada célula matricial é dividida em quatro campos, destinados à
valoração de atributos do impacto ambiental considerado, como mostra o Quadro 04.
Mostra-se também, o Quadro 05 a conceituação dos atributos
utilizados na matriz “ causa x efeito” , segundo o manual de avaliações dos impactos
ambientais em uso na Universidade Federal do Paraná, editado em 1988.
Na Figura 371, mostram-se os gradientes de cores usados para uma
melhor visualização das concentrações de impactos nas células matriciais.
878
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 22
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Quadro 04 - Valoração de atributos do impacto ambiental
879
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 23
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Figura 371 - Gradientes de cores.
880
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 24
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Água Subterrânea (X 10)
Água Superficial (X 16)
Nível de Ruídos (X 17)
........................................................Material Particulado (X 18)
........................................................Microclima (X 19)
........................................................Circulação Atmosférico (X 20)
Impactos Previstos/Comentários
881
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 25
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
da qualidade por turbidez, que poderão acontecer devido a períodos de maior
intensidade pluviométrica, assumindo por isso um caráter indefinido. Outro tipo de
impacto é a poluição e degradação pontual dos solos contribuindo para efeitos adversos
na dinâmica superficial. Os efeitos adversos na atmosfera deverão ser de curta duração.
O aumento de ruídos e material particulado deverá cessar quando pararem as causas,
acarretando uma neutralização dos impactos, exceto no microclima, que deverá ter um
maior espaço de tempo para sua normalização.
Impactos Previstos/Comentários
882
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 26
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Impactos Previstos / Comentários
883
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 27
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
07 – Obras Civis – Fundações e Estruturas (Y 2) Vs. Disponibilidade de Solo (X 5)
Água Subterrânea (X 10)
............................................Assoreamento dos corpos hídricos (X12)
...........................................Correntes (X14)
...........................................Hidrodinâmica Costeira (X 15)
.......................................... Água Superficial (X 16)
Nível de Ruídos (X 17)
Ocorrerá um impacto pontual no solo que deverá ser adverso, entretanto sem condições
de alterar significativamente o meio em si.
884
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 28
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Impactos Previstos / Comentários
885
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 29
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Assoreamento dos corpos hídricos (X12)
....................................................................................Correntes (X14)
....................................................................Hidrodinâmica Costeira (X 15)
Água Superficial (X 16)
Nível de Ruído (X 17)
..................................................................................Material Particulado (X 18)
886
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 30
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
Nível de Ruído (X 17)
..................................................................................Material Particulado (X 18)
887
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 31
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798
..................................................................................Material Particulado (X 18)
Material Particulado (X 10)
888
Assinado eletronicamente por: THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA - 27/11/2015 16:27:26 Num. 2520516 - Pág. 32
http://pje.tjpb.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=15112716291869500000002494798
Número do documento: 15112716291869500000002494798