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02/05/2020
Número: 0833441-34.2015.8.15.2001
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara Cível da Capital
Última distribuição : 27/11/2015
Valor da causa: R$ 575,00
Assuntos: Obrigação de Fazer / Não Fazer, Cobrança de Aluguéis - Sem despejo
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
REAL CONSULTORIA E SOLUCOES LTDA - ME (AUTOR) THIAGO SILVEIRA GUEDES PEREIRA (ADVOGADO)
LUIZ CARLOS ERNESTO DE BARROS (ADVOGADO)
HILTON SOUTO MAIOR NETO (ADVOGADO)
ALEXANDRE SOARES DE MELO (ADVOGADO)
SEAPORT SERVICOS DE APOIO PORTUARIO LTDA (REU) ADRIANO DE MATOS FEITOSA (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
25205 27/11/2015 16:34 Vol 3 Outros Documentos
03
Figura 257. Mapa das rotas dos ônibus escolares rural. Fonte: Prefeitura de Santa Rita
4.4.2.2.1 Saúde
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Estando disposto seguindo o mapa abaixo, não foram identificados
dados específicos da região junto ao Censo 2010 do IBGE, nem foram disponibilizados
dados pela Secretaria de Saúde, ficando esta analise baseada nos dados obtidos na
pesquisa de campo realizada e no mapa que quantifica e identifica as áreas de abrangência
e atendimento dos Postos de Saúde da Família – PSF.
As condições gerais de atendimento à saúde podem ser verificadas por
meio de alguns indicadores que permitem avaliar o perfil municipal em relação à
existência de recursos básicos para atendimento à saúde e informações sobre taxa de
mortalidade e epidemiologias de acordo as exigências pré-estabelecidas no Termo de
Referência de Dezembro de 2013 pela SUDEMA, que são indicativos do grau de
desenvolvimento e organização das políticas públicas vigentes nesse setor na região.
As bases de dados que forneceram as informações aqui apresentadas
foram obtidas do (CENSO 2010) IBGE, associados aos dados dos anos de 2005 e 2009
além dos dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS – Sistema
Único de Saúde (DATASUS), todas essas informações foram associadas aos dados
obtidos no levantamento comunitário aplicado no local.
Forte velho é um distrito municipal da cidade Santa Rita onde habitam
aproximadamente 1.005 pessoas, segundo fontes não oficiais, o que representa 8,3% da
população de acordo com o CENSO 2010 do IBGE que constata a população total do
município com 120.310 habitantes.
De acordo com dados do IBGE, foram registrados 45 estabelecimentos
de saúde pública no município de Santa Rita – PB em 2009, destes apenas 4 oferecem
serviço de diagnose e terapia, porém, não há ocorrência de unidades que forneçam
serviços de internação no município. Sobre o atendimento emergencial, o IBGE também
não identificou ocorrência. Informação confirmada por 92% dos moradores entrevistados
in loco (Gráfico 67).
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Gráfico 67 – Identificação da existência de atendimento de emergência. Fonte: Real C Soluções 2014.
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aparecimento de novos criadouros para algumas espécies de vetores e hospedeiros
intermediários. Tais fatores poderão contribuir para uma nova introdução de doenças já
controladas na região ou mesmo, para a introdução de outras que não fazem parte de sua
nosologia, através da destruição de habitats onde ocorrem em sua forma enzoótica.
A tabela abaixo mostra o quadro nosológico do município de Santa
Rita:
Tabela 105 Quadro nosológico do município de Santa Rita
Doenças Respiratórias Doenças Infecciosas e Doenças Circulatórias Doenças Aparelho
Parasitárias Digestivo
Vale ressaltar que esse indicador não foi objeto de estudo na pesquisa de
campo realizada no distrito de Forte Velho.
Na pesquisa realizada junto à população, 100% dos entrevistados de
Forte Velho identificou que os indicadores do levantamento feito em campo evidenciam
que os estabelecimentos são públicos, coincidindo com levantamento do IBGE em 2009
para a cidade de Santa Rita, mostrado no gráfico abaixo:
Gráfico 68. Identificação dos tipos de hospitais existentes. (Fonte: Real C Soluções 2014.)
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cidade, 13% dos entrevistados relataram que existe um hospital em Forte Velho cidade,
84% disseram que não existe e 3% disseram que existiam mais de dois, exposto no
gráfico abaixo:
13%
84%
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Gráfico 70 – Identificação da existência de atendimento a saúde preventiva. Fonte: Real C Soluções 2014
Gráfico 71. Identificação da existência de atendimento a família por agente de saúde. Fonte: Real
C Soluções 2014.
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O coeficiente de mortalidade infantil é um dos principais indicadores de
saúde pública, expressando as condições de saúde materno-infantil, e, em associação com
outros indicadores, como a esperança de vida ao nascer, a situação da saúde em uma dada
comunidade. Os dados da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba mostram as taxas de
mortalidade registrado no município de Santa Rita do período de 2006 a 2012 nas tabelas
abaixo:
Menor Que 1 Ano 10,94 15,00 14,69 14,23 11,42 10,42 12,39
FONTE:http://infosaudepb.saude.pb.gov.br/mosaico/consolidados/municipio#
Menor Que 5 Anos 15,04 18,88 18,57 16,99 14,81 12,23 13,72
FONTE: http://infosaudepb.saude.pb.gov.br/mosaico/consolidados/municipio#
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Tabela 108. Mortalidade por causas externas
2006 2006 2007 2007 2008 2008 2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012
Categoria
Taxa Número Taxa Número Taxa Número Taxa Número Taxa Número Taxa Número Taxa Número
Causas 79,74 105 77,57 104 100,91 127 91,50 116 118,86 143 147,95 178 167,07 201
Externas
Acidentes 0,76 1.0 1,49 2.0 4,77 6.0 1,58 2.0 7,48 9.0 6,65 8.0 6,65 8.0
De
Motocicleta
Acidentes 14,43 19.0 14,17 19.0 23,04 29.0 17,35 22.0 22,44 27.0 21,61 26.0 25,77 31.0
De
Transporte
Arma De 29,62 39.0 28,34 38.0 49,26 62.0 42,59 54.0 73,98 89.0 99,74 120.0 101,40 122.0
Fogo
Armas 8,35 11.0 8,20 11.0 11,12 14.0 11,83 15.0 8,31 10.0 8,31 10.0 18,29 22.0
Brancas
Homicídio 44,80 59.0 46,24 62.0 67,54 85.0 54,43 69.0 82,29 99.0 108,05 130.0 123,85 149.0
Taxa
FONTE: http://infosaudepb.saude.pb.gov.br/mosaico/consolidados/municipio#
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Dentre os serviços disponibilizados pelo poder público na assistência
à saúde, foram destacados: a vacinação com 40%, o que pudemos identificar devido às
campanhas nacionais de vacinação e imunização de crianças. Ainda nos serviços
direcionados a assistência à criança, as consultas pré-natal foram lembradas por 15%
dos entrevistados seguido de 10% que identificaram as consulta pós-natal. 9%
identificaram o serviço de exames clínicos e a distribuição de remédios com 26% dos
entrevistados destaca a faixa social que essa população este inserido visto os programas
públicos de distribuição de medicamentos para tratamento de várias enfermidades
como: diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, dentre outras. Alem disso, os serviços
de atendimento à família tem contribuído para a redução da taxa de mortalidade infantil
apresentado na tabela acima, sendo este evidenciado na pesquisa aplicada em campo, no
distrito municipal de Forte Velho (Gráfico 72).
40%
26%
10%
15%
Gráfico 72. Identificação dos tipos de atendimentos oferecidos pelo PSF. (Fonte: Real C Soluções 2014.)
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04 Ribeira do Meio 74 01 01
05 Ribeira de Cima 14 - -
06 Tambauzinho 27 - -
Fonte: Dantas e Araújo
Figura 258. Mapa da área de abrangência dos PSF‟s e unidade móvel Fonte: Prefeitura de Santa Rita
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Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Centro de Referência da
Assistência Social – CRAS e Agente Jovem, todos estes projetos são programas
desenvolvidos pelo Governo Federal (Figura 259).
Baseado na pesquisa de campo realizada para fundamentar este estudo
que segue abordagem proposta pelo Termo de Referência de dezembro de 2013
elaborado pela SUDEMA que solicita: Avaliação pela população das condições
ambientais de seu município e de sua área de moradia, identificamos que no período
de execução deste trabalho em 2014 estas propostas inda não foram desenvolvidas ou
implementadas.
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Figura 259. Mapa da ampliação das ações sociais rurais. Fonte: Prefeitura de Santa Rita
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Retirar crianças e adolescentes do trabalho perigoso, penoso, insalubre e
degradante;
Possibilitar o acesso, a permanência e o bom desempenho de crianças e
adolescentes na escola;
Fomentar e incentivar a ampliação do universo de conhecimentos da
criança e do adolescente, por meio de atividades culturais, esportivas,
artísticas e de lazer no período complementar à escola, ou seja, na
jornada ampliada;
Proporcionar apoio e orientação às famílias por meio da oferta de ações
sócio-educativas;
Implementar programas e projetos de geração de trabalho e renda para as
famílias.
Podendo participar do programa as famílias que tiverem filhos com
idade entre 07 e 14 anos que trabalham em atividades perigosas, penosas, insalubres e
degradantes. Devem ser priorizadas as famílias com renda per capita de até ½ salário
mínimo, ou seja, aqueles que vivem em situação de extrema pobreza.
A secretaria de Infraestrutura apresenta mapas com a descrição desta
faixa da população, contudo o mesmo não contempla a zona rural do município, assim
podemos destacar os dados disponibilizados pelo CENSO 2010 de IBGE, que aborda a
zona rural de Santa Rita na perspectiva de rendimentos seguindo a tabela abaixo, o que
inseri diretamente a zona na área de abrangência deste programa do governo federal
(Tabela 110).
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Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e
risco social dos municípios e DF.
Tendo a atribuição de representar a principal estrutura física local para a
proteção social básica, desempenha papel central no território onde se localiza,
possuindo a função exclusiva da oferta pública do trabalho social com famílias por meio
do serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias (PAIF) e gestão territorial da
rede socioassistencial de proteção social básica.
Nesse sentido, destacam-se como principais funções do CRAS:
Ofertar o serviço PAIF e outros serviços, programas e projetos socioassistenciais
de proteção social básica, para as famílias, seus membros e indivíduos em
situação de vulnerabilidade social;
Articular e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local;
Prevenir as situações de risco em seu território de abrangência fortalecendo
vínculos familiares e comunitários e garantindo direitos.
A localização do CRAS é fator determinante para que ele viabilize, de forma
descentralizada, o acesso aos direitos socioassistenciais. O CRAS deve ser instalado
prioritariamente em locais de maior concentração de famílias em situação de
vulnerabilidade, com concentração de famílias com renda per capita mensal de até ½
salário mínimo, com presença significativa de famílias e indivíduos beneficiários dos
programas de transferências de renda, como o BPC - Benefício de Prestação
Continuada, Bolsa Família e outros, conforme indicadores definidos na Norma
Operacional Básica - NOBSUAS/2005. Cada município deve identificar o(s)
território(s) de vulnerabilidade social e nele(s) implantar um CRAS, a fim de aproximar
os serviços oferecidos aos usuários.
Na sequencia de programas que estão em fase de implantação ou ampliação o
Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano é compreendido como a
conjugação da Bolsa Agente Jovem e da ação socioeducativa deverá promover
atividades continuadas que proporcionem ao jovem, entre 15 e 17 anos, experiências
práticas e o desenvolvimento do protagonismo juvenil, fortalecendo os vínculos
familiares e comunitários e possibilitando a compreensão sobre o mundo
contemporâneo com especial ênfase sobre os aspectos da educação e do trabalho.
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4.4.2.2.2 Análise do Ambiente Construído
4.4.2.2.3 Análise do Ambiente Construído de Cabedelo – AID
1
BADIRU, 1999.
710
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áreas de ecossistemas como Manguezais, restingas, estuários e dunas não são indicadas,
por não suportarem a dissociação e desmembramento entre si, trazidas por uma
ocupação intensiva de estruturas urbanas convencionais (Tabela 111).
Tabela 111. Evolução do uso do solo em relação aos ecossistemas nos anos 1945 e 2003
Fonte: http://www.geociencias.ufpb.br/cadernosdologepa.
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Discursões mundiais acerca da preservação ambiental culminaram no
Brasil, com a criação da resolução Conama 01/86, reforçado pela Constituição Federal
1988 no Artigo nº 225 que atesta:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras
gerações.
Seguindo o desenvolvimento socioambiental, das décadas seguintes
são criados diversos instrumentos, leis, decretos, que protegem e atestam a importância
da preservação ambiental. Contudo esta defesa segue o principio do uso sustentável, que
destaca a utilização dos recursos naturais na atualidade sem comprometer a capacidade
de sustentação das populações futuras.
A regulamentação das Unidades de Conservação foi criada a partir da
Lei Nº 9.985/2000 que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza – SNUC, dentro do qual podemos destacar o capítulo II:
712
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Neste sentido foi pesquisado sobre o conhecimento da população da AID acerca dos
espaços destinados à conservação tendo em vista as origens e utilidades dos espaços
referentes ao município de Cabedelo.
Foi percebido que 68% dos entrevistados não possuem conhecimento da existência de
Unidades de Conservação no município de Cabedelo mesmo com a legislação existente,
as características turísticas e a localização geográfica do mesmo (Gráfico 73).
Gráfico 73. Identificação das unidades de conservação próximo ao Rio Paraíba e Cabedelo. Fonte: Real C
Soluções 2014.
713
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Gráfico 74. Identificação da visitação em alguma unidade de conservação. Fonte: Real C Soluções 2014
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Gráfico 75. Identificação dos pontos turísticos do município conhecidos pela população.
Fonte: Real C Soluções 2014.
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considerando a dinâmica cultural que é um agente constante que influencia o processo
de formação do Meio Antrópico.
O método de análise2 é composto pela leitura da paisagem da área
urbana na situação atual buscando compreender a sua formação a partir do processo
histórico de constituição e transformação da cidade. Pois só a partir deste panorama
serão possíveis transformações planejadas e estratégias de intervenções de conservação.
Para tanto é necessário que o processo seja realizado efetivamente em cada etapa. O
conhecimento e avaliação do macro, ou seja, da cidade para a quadra, da quadra para o
edifício, irá subsidiar o diagnóstico da área a ser impactada de onde poderão surgir as
recomendações e medidas mitigatórias nortearão inserção e integração do novo
empreendimento em relação à cidade.
Grandes transformações ocorreram entre a década de 1970 á 1980
com a intensificação dos parcelamentos (loteamentos Joca Pai Velho, Santa Catarina,
Jardim Areia Dourada, Jardim Camboinha, Jardim Atlântico, Jardim Nazareth, Praia
Mar, Ponta de Campina, Bela Vista e Intermares). Essas ocupações não se
regulamentaram completamente pela Lei Federal de Parcelamento do Solo n° 6766/74,
permitindo que áreas de vegetação nativa de mata atlântica e de restinga fossem
loteadas.
Atualmente o município possui cerca de 160 hectares de áreas
preservadas divididas entre a Mata Municipal do Estado com 56 hectares e a Mata do
Amem, que abriga uma unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA),
com 103,4 hectares (ROCHA, 1996 apud CABEDELO, 2006). A Ilha da Restinga
possui cerca de 300 hectares de área preservada.
Figura 260. Plano diretor das cidades de João Pessoa e Cabedelo. Fonte: Prefeitura de Cabedelo
2
Jokilehto...et al.(2002, pg.153)
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Diferenças identificadas no emprego da Regulamentação da
Constituição Estadual de 1988 pelo Plano Diretor de João Pessoa e Cabedelo. Fonte:
LOGEPA, 2005. Nesta imagem é possível identificar na sobreposição entre as alturas
definidas pelo plano diretor de Cabedelo em relação ao Plano Diretor de João Pessoa,
que cabedelo não regulamentou o artigo 229 da Constituição Estadual. Afora esta
questão, deve-se considerar a paisagem disforme em relação ao restante do município
de Cabedelo que não se encontra tão verticalizada, ainda.
Muitas moradias temporárias passaram a ser permanentes á partir da
década de 1980, período em que também houve a expansão e aumento do gabarito das
construções em função da aprovação do loteamento que criou o bairro de Intermares,
dando inicio ao processo de conurbação entre os municípios de João Pessoa e Cabedelo
(Figura 261).
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Esta dinâmica é refletida no modo de vida da comunidade ribeirinha
traçada pelas atividades cotidianas, econômicas e sociais dos habitantes (Figura 262).
Figura 262. Atividade de Pesca no rio Paraíba. Fonte: Real Consultoria, 2014.
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os caracteres culturais para obtenção da finalidade da finalidade maior que se refere à
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. Através do controle sobre o uso e
ocupação do solo urbano é promovida a distribuição adequada das demandas
populacionais no espaço territorial urbano, a racionalização de disponibilidade de
infraestrutura e a diminuição dos conflitos sociais urbanos. (LIMA, 2009) (Figura 263).
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A situação na área de entorno do porto de Cabedelo, em Santa
Catarina é de ocupação irregular, com barracões improvisados, construídos com
descartes de materiais, sem instalações hidro sanitárias, tornando o ambiente e seu
entorno insalubres.
A ausência da fiscalização das regulamentações do Plano Diretor e da
Lei do Uso do Solo do Município – LUOS permite que o adensamento populacional
ocorra de forma desordenada, contribuindo para a falta de gestão dos principais
problemas urbanos como destino final de dejetos e resíduos sólidos, salubridade,
abastecimentos de água e energia de modo regular, ao acúmulo de lixos e dejetos a céu
aberto e a falta de projetos de urbanização para estes espaços. Esta situação contribui
ainda mais para a segregação social da parcela da população que não é considerada em
grande parte das políticas públicas.
A coleta da opinião da população se realizou através dos questionários
aplicado nos bairros no entorno da atual sede da Seaport, e nos bairros com maior
adensamento populacional, seguindo mapa de Zoneamento Ambiental disponibilizado
pela prefeitura do Município. Considerando a AID do empreendimento, o levantamento
foi realizado nos bairros mais próximos do empreendimento, e com maior adensamento
populacional, os quais deverão ser diretamente impactados pela implementação do
projeto.
A Área caracterizada como ADA, está localizada no bairro de
Camalaú, região central do município de Cabedelo – PB, abrangendo as comunidades
Marileide Teotônio e Nossa Senhora Aparecia. Estas se encontram instaladas em área
da SPU – Serviço do Patrimônio da União, seguindo orientação do Decreto Lei nº
9.760, de 05 de setembro de 1946 que preconiza, no Art. 1° Incluem-se entre os bens
imóveis da União:
b) os terrenos marginais dos rios navegáveis, em Territórios Federais, se por
ventura possuir qualquer título legítimo, não pertencerem a particulares;
c) os terrenos marginais de rios e as ilhas nestes situadas na faixa da fronteira do
território nacional e nas zonas onde se faça sentir a influência das marés;
Na Seção II Art. 2° São terrenos de marinha, em uma profundidade de
33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da
linha do preamar-médio de 1831.
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a) Os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até
onde se faça sentir a influência das marés;
A comunidade Marileide Teotônio e Nossa Senhora Aparecida tem área aproximada de
1,8 ha, que compreende a área vizinha a Seaport, e se estende ao longo da faixa da maré
do rio Sanhauá, onde foi realizado um levantamento censitário via aplicação de
questionário junto aos moradores, onde foram identificadas, 94 (noventa e quatro)
residências abertas, e 56 (cinquenta e seis) residências fechadas, ou seja, sem moradores
no momento do questionário, em um total de 150 (cento e cinquenta) domicílios
identificados (Gráfico 76).
Gráfico 76. Quantificação das casas catalogadas. Fonte: Real C Soluções 2014
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b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias
de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais
e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de
serviços públicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de
lixo e fornecimento de energia elétrica).
Estas comunidades somam aproximadamente 600 moradores, com
faixa etária de 2 a75 anos, com proximidade de parentesco familiar, sendo comum
identificar, até 3 gerações seguidas das famílias morando no mesmo espaço, porém em
habitações diferentes (Gráfico 77).
23%
10%
59%
8%
de 1 a 5 anos de 6 a 10 anos
Gráfico 77. Quantificação do tempo de moradia. ( Fonte: Real C Soluções 2014.)
Nesse sentido a média de tempo que a população pesquisada ocupa a
região varia de acordo com a faixa etária do entrevistado, onde foi possível identificar
moradores com mais de 15 anos de residências e moradores com menos de 06 (seis)
meses de moraria.
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possível considerar aspectos como largura, fluxo, distribuição e tratamento de
pavimentação ou calçamento. A rodovia BR 230, considerada primária, responde pela
distribuição do fluxo de automóveis que chegam ao município. A mesma possui três
faixas em cada sentido com sinalização eletrônica e lombadas tradicionais, acostamento
em quase toda a sua extensão nos dois sentidos.
A BR 230 possui a função de distribuir o fluxo para as vias
secundárias, ou seja, aquelas que permitem acesso ao interior ao espaço urbano. A
maior parte possui duas faixas, uma em cada sentido, calçada ou pavimentada e
delimitada na maior parte pelos passeios (calçadas) apenas na área de Cabedelo que foi
denominada neste trabalho como núcleo central (Ponta de Matos, Centro e Seixas).
Grande parte das vias que margeiam o complexo do porto é
subutilizada, algumas não possuem nenhum tratamento de paisagístico e no caso da Rua
Presidente João Pessoa, esta se encontra sem saída (Figura 265).
Figura 265. Rua Presidente João Pessoa, Cabedelo. Fonte: Alterada do googleerath.com (street view),
2014.
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do fluxo de circulação trazido com a implantação do complexo portuário, deve
prejudicar em alto grau a mobilidade urbana.
De acordo com as informações contidas no Business Plan3 do
Complexo Portuário Seaport. A área da localização portuária permite acesso direto à
BR-230 que se conecta com a BR -101 fazendo a ligação com a malha rodoviária
nacional. Neste caso, possibilita o acesso direto aos aeroportos internacionais da Paraíba
e dos estados vizinhos como: o Castro Pinto na Paraíba (30Km), Gilberto Freire em
Pernambuco (150 km) e Augusto Severo (190 km) e de São Gonçalo do Amarante (215
km) no Rio Grande do Norte (Figura 266).
Figura 266. No ramal ferroviário que se conecta ao Porto de Cabedelo transitam os trens urbanos de
passageiros que faz a linha Cabedelo/João Pessoa/Santa Rita, utilizado diariamente pela população. A Via
Férrea existente que deverá atender o Complexo Portuário da Seaport é a CFN - Companhia Ferroviária
do Nordeste se encontra em más condições de conservação e sem tratamento, com presença de lixo e
vegetação ao longo dos trilhos que atravessam a cidade e passam na frente do portão principal da
empresa. Fonte: Real Consultoria, 2014.
3
Trabalho elaborado pela MULTICONSULT (2014).
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no sentido Leste/Oeste. Por outro lado, a BR 101 interliga João Pessoa às demais
capitais do Nordeste e aos estados brasileiros. O acesso terrestre do Complexo Portuário
Seaport terá como via principal, a travessia da Rua Cleto Campelo com 50 m de largura
e a Rua São Sebastião com 500 m de comprimento que faz a interligação com a BR 230
na altura do Km 1/2.
As respectivas linhas ferroviárias da CFN atravessa todo o estado no
sentido Leste-Oeste, desde a Seaport até a divisa do Estado da Paraíba alcançando o
Estado do Ceará. Nesse trajeto, passa pelas cidades de Itabaiana, Campina Grande,
Patos e Sousa, possibilitando a ligação da Seaport com o interior da Paraíba e as capitais
dos Estados circunvizinhos.
Segundo o site oficial da CFN - Companhia Ferroviária do Nordeste,
ela atualmente transporta em média 750 milhões de TKU por ano, com preponderância
as cargas de cimento, álcool, derivados de petróleo, milho, açúcar, cristal de rocha e
alumínio. Existe uma perspectiva de no futuro a CFN estender a Ferrovia Nordestina de
Crato até a região de Araripina em Pernambuco.
O acesso fluvial de pessoas e cargas é feito pelo Rio Paraíba, que
atualmente à montante do Complexo Portuário, só apresenta condições de navegação
para embarcações de pequeno porte, uma vez que seu calado máximo é de 5,0 metros.
Ademais, inexiste transporte de cargas no rio e ao longo de quaisquer de seus afluentes.
Ao lado da área do complexo portuário funciona o ferry boat que realiza a travessia de
passageiros e automóveis no trajeto (Cabedelo/Lucena/Cabedelo). Além deste, existe o
Beco da Balsa, que permite ao acesso alternativo só de passageiros através da balsa
ônibus que realiza o percurso entre Cabedelo, Costinha (Lucena) e Forte Velho (Santa
Rita). Estes transportes funcionam durante todo o dia com intervalo médio de uma hora
entre eles (Figura 267).
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Figura 267. A balsa exclusiva para passageiros possui aspecto peculiar com um ônibus sobre a
embarcação. A imagem mostra o desembarque dos passageiros em Costinha - Lucena. 2014. Fonte: Real
C Soluções.
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naturais, a densidade populacional passou de pouco mais de 320 hab/km2 no início de
1990 para quase 407,29 hab/km2 no final da década.
Apesar da pouca proximidade, o crescimento do ambiente construído
de Lucena acontece de forma mais lenta, provavelmente em decorrência da maior
distância da capital, João Pessoa. Visto que o transporte entre as margens de Cabedelo e
Lucena só intensificou-se na década de 1990. As manchas de densidade podem expor a
organização espacial e fornecer um panorama de seu crescimento urbano. O núcleo 1 se
refere ao centro de Lucena onde se encontram edifícios antigos como a Colônia de
Pecadores Z-5, remanescentes antigos de habitações em alvenaria de tijolos manuais
maciços, provavelmente da primeira metade do século XX, praça central de Lucena,
Câmara Municipal, Centro de Artesanato, Igreja Matriz de Lucena além de
estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes, pousadas e casas de veraneio. O
espaço urbano não possui uma uniformidade estética, com exposição de fiação elétrica
aérea e construções de mais de dois pavimentos, destoando com o gabarito
predominante na área (Figura 268).
Figura 268. Edifício de uso misto localizado na PB 025, Centro de Lucena. O mesmo possui gabarito
superior às construções próximas. Fonte: Real Consultoria, 2014.
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residências. Chama atenção a construção abandonada, cuja tipologia insinua uma
pousada com os quartos em sequencia sacando do volume principal. Entre os núcleos 2,
Ponta de Lucena e o núcleo 3, Fagundes, se localiza o Cemitério Municipal de Lucena,
às margens da PB 025, distando cerca de 110 metros da linha de maré de sizígia (Figura
269) .
Figura 269. Mapa de Densidade Ocupacional de Lucena, 2014. Fonte: Real Consultoria.
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As manchas de densidade ocupacional 1, 2, 3, 4 e 5, seguem o padrão
de ocupação às margens da Rodovia PB 025. Os vazios urbanos entre as manchas vêm
sendo aproveitados para a criação de condomínios e hotéis em Lucena.
O núcleo 4, Fagundes é o maior adensamento urbano entre os
identificados, concentrando às igrejas de Santo Antônio e a Matriz de Fagundes, a praça
central, o mercado público e construções com fachadas em estilos que remetem à
arquitetura industrial. O núcleo 5, denominado de Costinha, por onde se dá o acesso
fluvial possui algumas habitações permanentes e de veraneio, a Igreja do Costinha, Loja
Maçônica e o antigo Museu da Baleia em estado de abandono.
De acordo com as observações de campo, notou-se que os canais de
drenagem, rios e riachos têm servido como depósito de dejetos e resíduos, o que
contrapõe o Código de Obras de Lucena Art. 35º, que diz que Toda edificação deverá
observar as seguintes condições mínimas;
“I – Dispor de instalações sanitárias; II – Ter seu sistema de esgoto ligado à
respectiva rede pública, onde houver, ou fossa séptica adequada; III – Dispor de
instalações de água tratada, ligada a respectiva rede pública, onde houver, ou de
outro meio adequado de abastecimento; IV – Ser o terreno convenientemente
preparado para dar escoamento às águas pluviais; V – Ter uma taxa de ocupação
máxima de 60% (sessenta por cento) para residências e de 70% (setenta por
cento) para edificações comerciais.”
(PDDM, Código de Obras e Urbanismo do Município. Lei n. 424/2001)
A extração de recursos naturais da área de mangue e restinga pela
população local é consequência de uma cultura de práticas de seus antepassados, que se
utilizava de materiais disponíveis no meio ambiente para a construção de suas
habitações e instrumentos de trabalho. Entretanto, esta tradição se contrapõe as medidas
de preservação dos biomas que não suportam a demanda em relação ao crescimento
populacional da região.
Outra preocupação decorrente do aumento das atividades turísticas é
procura por serviços e comércio, que vêm acontecendo de forma não sustentável, isto é,
sem planejamento. O que põe em risco a conservação do patrimônio cultural de
Cabedelo e Lucena.
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4.4.2.2.6 Malha Viária e Circulação
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compreende três vias principais, das quais uma é a continuação do píer de embarque e
desembarque da balsa ônibus e as outras são transversais e margeiam a praça central.
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