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Material e Métodos

Obtivemos dados de todas as Unidades de Conservação do Cerrado brasileiro,


(disponíveis em http://www.ibama.gov.br/zoneamento ambiental/ ucs/), e foram recortados seus
limites de acordo com as fronteiras.

Usamos os arquivos de forma remanescentes do Cerrado da classificação de imagens,


identificando manchas maiores que 2 hectares.

Registramos a presença dos “restos” do Cerrado dentro de Unidades de Conservação


(Proteção Integral e Proteção de Uso Sustentável) e em uma área de 10 km ao seu redor (Fig. 1).

Na sobreposição de Unidades de Conservação, consideramos a quantidade de área


desmatada da categoria mais restritiva, pois nestes casos a legislação brasileira considera que
os padrões aplicados devem ser mantidos (Brasil, 2000).
Obtivemos a área total: área total restante e área total desmatada (para 2008 usando o Patch
Analyst para ArcGis 9.3).

Avaliamos os efeitos de uso (Proteção Integral e Proteção de Uso Sustentável), jurisdição


(estadual, federal ou municipal) e desapropriação (sim ou não) sobre o desmatamento total
dentro e na área de 10 km (usando testes fatoriais ANOVA e Tukey HSD).

Algumas categorias de Áreas Protegidas são desapropriadas após sua criação (reserva
biológica, Estações Ecológicas, Parque Nacional, Floresta nacional, Reserva Extrativista e
Reserva de Desenvolvimento Sustentável). Avaliamos as diferenças no percentual de
desmatamento dentro e fora (tampão de 10 km) de diferentes categorias de Áreas Protegidas
com testes (de Wilcoxon. Relatamos médias ± 1 desvio padrão e usamos o nível de significância
de 5% para teste de hipótese).

Resultados:

Existem atualmente 285 áreas protegidas no Cerrado brasileiro (Tabela 1),


compreendendo 155 reservas estaduais, 81 municipais e 49 federais, cobrindo 9,6% da região.
No entanto, após contabilizar as áreas sobrepostas, elas representam apenas 8,3% do Cerrado.
Considerando apenas a fração coberta por vegetação nativa, esta cai para 6,5% (Tabela 1).
As Unidades de Conservação estaduais são mais numerosas, considerando tanto
Proteção Integral quanto Proteção de Uso Sustentável (Fig. 2A), e correspondem a 54% do total
de Unidades de Conservação da região (Fig. 2B).

As Unidades de Conservação municipais, embora mais numerosas que as federais,


correspondem a apenas 3,2% do total de Unidades de Conservação do Cerrado. Apesar de
serem menos numerosas, as Unidades de Conservação federais protegem a maior parte do
Cerrado em Proteção Integral.

O desmatamento dentro das Unidades de Conservação variou significativamente com o uso,


jurisdição, bem como a interação entre jurisdição e desapropriação (Tabela S1).
O desmatamento foi significativamente menor dentro das Proteções Integrais em relação às
Proteções de Uso Sustentável (Tabela S2 e Tabela 2, teste Tukey HSD, p < 0,001).

As Unidades de Conservação federais foram significativamente menos desmatadas do


que as estaduais ou municipais (Tabela S2 e Tabela 2, p = 0,004 ep < 0,001). No entanto, as
diferenças no desmatamento dentro das Unidades de Conservação de acordo com a jurisdição
dependiam da desapropriação: as Unidades de Conservação federais expropriadas tiveram
significativamente menos desmatamento do que as expropriadas estaduais (p < 0,001),
expropriadas municipais (p = 0,013) ou municipais não desapropriados (p < 0,001) PA (Tabela
S2).

 O desmatamento na área de 10 km variou significativamente com jurisdição,


desapropriação, bem como a interação entre jurisdição e uso (Tabela S2).
 O desmatamento foi significativamente maior nas Unidades de Conservação
desapropriadas do que nas não desapropriadas (Tabela 2; Tabela S2 p < 0,001).
 O desmatamento foi significativamente menor nas Unidades de Conservação federais do
que nas Unidades de Conservação estaduais ou municipais (p = 0,006 ep = 0,004,; Tabela S2;
Tabela 2).

No entanto, as diferenças no desmatamento no entorno das Unidades de Conservação


dependiam do uso: o desmatamento em torno de Proteção Integral federais foi
significativamente menor do que em torno de Proteções Integrais estaduais ou municipais, áreas
de usos sustentáveis estaduais ou municipais e federais (p < 0,04 em todos os casos, Tabela
S2).
Comparando o desmatamento dentro e fora das Unidades de Conservação, também
observamos a diminuição dentro dos Parques Federais e Estações Ecológicas e parques
estaduais. Todas as outras categorias de Unidades de Conservação apresentaram diferenças
não significativas entre desmatamento interno e externo (Tabela S3).
Se tratando de métodos Foi obtido dados disponível no site do Ibama de todas as
Unidades de Conservação do Cerrado brasileiro, recortando limites de acordo com as fronteiras
onde foram identificadas manchas maiores que 2 hectares.

Em uma área de 10 km foi registrada a presença remanescente do Cerrado dentro de


Unidades de Conservação (Proteção Integral e Proteção de Uso Sustentável), considerando a
quantidade de área desmatada da categoria mais restritiva.
Obtivemos a área total: área total restante e área total desmatada.

Avaliado os efeitos de uso (Proteção Integral e Proteção de Uso Sustentável), jurisdição


(estadual, federal ou municipal), desapropriação (sim ou não) sobre o desmatamento total.

Algumas categorias de Áreas Protegidas são desapropriadas após sua criação: reserva
biológica, Estações Ecológicas, Parque Nacional, Floresta nacional, Reserva Extrativista e
Reserva de Desenvolvimento Sustentável.

Foi avaliada as diferenças no percentual de desmatamento dentro e fora destas áreas.

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