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FACULDADE REGIONAL DE RIACHÃO DO JACUIPE

DAIANE SANTANA LIMA

RESUMO DA OBRA DE RUBEM ALVES: A ALEGRIA


DE ENSINAR

CAPIM GROSSO-BAHIA
2022
DAIANE SANTANA LIMA

RESUMO DA OBRA DE RUBEM ALVES: A ALEGRIA


DE ENSINAR

Trabalho realizado em cumprimento de


nota na disciplina: Psicologia da
Educação II, do Curso dePedagogia.

Orientadora: Jouze Oliveira

CAPIM GROSSO-BAHIA
2022
O autor ressalta a importância de o professor exercer o prazer no ato de ensinar. Se
você não sentir prazer em seu papel, o professor terá falhado em sua missão. Caberia
ao professor ensinar a felicidade e se reconhecer como um 'pastor da alegria', ao qual
seus alunos também poderiam reconhecê-lo.

Toda escola tem uma classe dominante e uma classe dominada: a primeira formada
por professores e administradores, e que detém o monopólio do conhecimento, e a
segunda formada por alunos. A distinção de turmas e a distinção da perspectiva
educacional de aprendizagem por parte dos alunos acaba por impactar na qualidade
da aprendizagem. “Não me surpreende, portanto, que ele tenha aprendido tão pouco
na escola”

Alves considera no trabalho a importância de considerar o grau de satisfação do aluno


no processo de ensino-aprendizagem. No título, o autor faz uma analogia com uma
tira de um recorte de jornal do personagem Charlie Brown. Aos professores, Alves
deixa um conselho: “lembrai-vos que sois pastores de alegria”

Alves lamenta que essa seja uma realidade no universo educacional de muitas
crianças e adolescentes, vistos como máquinas. Alves anuncia seu desejo de que a
educação tenha um viés mais humanista, não apenas no sentido de ensinar para
atingir metas e números. Ele concebe a falta de uma educação mais humanista a
mais holística.

O jogo de boca e forno reflete o universo das escolas, lamenta Alves. “Acho que esse
jogo é uma repetição do que acontece nas escolas As crianças são ensinadas
Aprendem tão bem que se tornam incapazes de pensar coisas diferentes Tornam-se
ecos das receitas ensinadas e aprendidas”

Alves não critica a transmissão do conteúdo, o uso de técnicas já aprendidas. O que


Alves crítica não é levar o aluno a pensar, a desenvolver seu espírito crítico. O autor
conclui, então, que o processo de formação não é estimulado em sentido amplo para
o aluno.

Alves faz uma analogia do processo educacional com a fábula do príncipe que virou
sapo. É preciso que o aluno questione, desnude o que assimila do educador, que
construa para si seu próprio aprendizado. “Uma bela imagem para um mestre: fazer
esquecer para fazer lembrar”

Uma vaca, além de ser um objeto com vantagens práticas e econômicas, é um objeto
de sonho. Alves faz uma analogia com os graduados, acríticos e que seguem seu
caminho com o destino predestinado como o gado. “Que pena – eles não sabem
sonhar”

Alves fala sobre sua experiência pessoal de suas habilidades artesanais e técnicas,
mas que não usou isso para sua escolha profissional. Alves faz uma analogia de
Leonardo Da Vinci com a Universidade, Leonardo foi pintor, músico, arquiteto, poeta,
engenheiro, geólogo, biólogo, todas essas coisas. Dentro de seu corpo vivia um
universo Homem universal, ele era a encarnação do ideal da Universidade.

CAPIM GROSSO-BAHIA
2022
Alves esboça outra crítica à realidade do processo educativo de crianças e jovens.
“Resta um fato fundamental: que só se realiza à custa da morte dos universos que
outrora viveram, como possibilidades adormecidas, no corpo das crianças”

O simples ato de uma brincadeira de criança fez com que Alves encontrasse novos
insights sobre a vida. Na observação de sua neta, o autor esboça algumas reflexões
sobre a prática pedagógica, considerando a criança como autora de seu
conhecimento de mundo. ‘Os sonhos que nascem das crianças viram os nossos de
cabeça para baixo’

Alves fala sobre as metamorfoses pelas quais passamos ao longo de nossa


existência, que influenciam nossa percepção do mundo e nossa visão diante da vida.
Mas Alves questiona que, às vezes, acontece um encontro-amorfose ao contrário,
quando somos levados em nossa trajetória por nossos formadores a vetar nosso
poder criativo e nossa liberdade.

“A mesa onde trabalho tem onze gavetas: cinco de cada lado e uma no meio” “O
mundo é para ser jogado Os adultos não sabem, os professores não entendem: o
mundo da menina com as três bolinhas de gude resume tudo importante para ser
aprendido: a vida é para brincar”

Alves dá dicas muito interessantes para os educadores levarem a vida com mais
leveza. É fundamental que o professor adote esse perfil. O professor é quem ensina a
criança a fazer suas bolinhas de vidro flutuarem dentro das bolhas de sabão. Tudo o
que é pesado flutua no ar.

Para o autor, o conhecimento é repassado pelos mais experientes às gerações mais


jovens. Apesar disso, Alves ressalta a importância do cuidado que as escolas devem
ter para não sedimentar um passado cristalizado em saberes. “Aqui está a escola da
periferia: ensinando tanto o que o passado legou – e ensinando bem”

Alves apresenta o cuidado que o professor deve ter em apresentar ao aluno uma
representação da realidade. O professor deve reconhecer a liberdade do aluno. Esse
professor não possui um arcabouço completo de conhecimento, mas acaba
aprendendo muitas vezes junto com o aluno. “Ele ensinou o que sabia Agora é hora
de ensinar o que não sabe: o desconhecido”

Carrinho Alves relata que recebeu um carrinho, colocado ao lado de materiais de


escritório, como caneta, grampeador, cadeira, usados automaticamente. Só a Carroça
levou o autor a pensar por que a carroça lhe traz lembranças. O rinho do carro fez o
autor lembrar e sonhar. Fez cócegas no meu pensamento.

Alves relata a importância do professor entrar nesse universo de sonhos dos alunos
para a eficiência do aprendizado. Um simples carro feito de uma lata de sardinhas
mostra o poder criativo e mágico que está nas mãos de uma criança. Alves reforça
que sem amor não vem conhecimento, aspecto que deve ser considerado pelas
escolas.

CAPIM GROSSO-BAHIA
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Para Alves, o professor deve ter essa sensibilidade para reconhecer nos alunos seres
com sonhos e com seus próprios saberes. “Os educadores, antes de serem
especialistas em ferramentas de conhecimento, deveriam ser especialistas em amor:
intérpretes de sonhos”, lidar com a aprendizagem é lidar com os sonhos, os sonhos
do educando e a afetividade do educador.

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