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Kart Adaptado A Portadores de Necessidade Especiais
Kart Adaptado A Portadores de Necessidade Especiais
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BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Professor Helder Souza de Oliveira
Orientador (a)
_______________________________________________
Professora Amita Muralikrishna
Co-orientador (a)
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Agradecimentos
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SUMÁRIO
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LISTA DE FIGURAS
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Figura 31: (a) Polia tensionadora; (b) Polia tensionadora fixada na transmissão. 29
Figura 32: (a) Ângulo da manga; (b) Mangas presas á roda. 30
Figura 33: (a) Volante adaptado vista lateral; (b) Volante com seus respectivos manetes. 30
Figura 34: Pinça danificada no primeiro teste. 31
Figura 35: Alunos analisando a velocidade que pode chegar o motor. 31
Figura 36: Polia tensionadora produzida com restos de materiais. 32
Figura 37: (a) Vista lateral do kart; (b) Vista frontal do kart. 33
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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
kW Quilowatt
cc Cilindrada
kg Quilograma
cv Cavalo-vapor
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RESUMO
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ABSTRACT
The karting originated in the United States for about 60 years and is a
sporting activity practiced with small vehicles, available to all persons
regardless of age, experience and skill, verifying the need to adapt the vehicle
to the size of the user. There are a variety of types of karts used that can meet
the demands of the world of competition, or simply use for leisure time. In this
sense, the aim of this study was to develop a concept of a kart with accessibility
for people with special needs, specifically disability of lower limbs, making use
of new materials and structural adaptations of acceleration and braking in
direction.
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1. INTRODUÇÃO
A exclusão social está até dentro das pistas, não havendo possibilidade
de um portador, especificamente com deficiência física dos membros inferiores,
aproveitar o que um kart tem de melhor, pela dificuldade de que o veículo
apresenta pela aceleração e frenagem serem mecanicamente nos pés. A
criatividade rompe barreiras e permite que deficientes físicos acelerem nas
pistas e o kart adaptado vem mudar o paradigma da sociedade com relação a
esses portadores, dando-lhes maiores oportunidades de participar e aproveitar
desta atividade esportiva e de lazer, alterando o uso da aceleração e frenagem
com os pés para a adaptação com as mãos.
O kart adaptado requer mais reflexo e é preciso coordenar os
movimentos das mãos, para não soltar o volante.
Atualmente os karts projetados e produzidos têm como objetivo a
utilização na área de lazer e ao ramo de treinamento automobilístico.
Estruturalmente, o kart tem um comportamento em pista muito peculiar, uma
vez que a inexistência de um diferencial do eixo traseiro impõe a necessidade
que na curva, apenas três das quatro rodas fiquem em contato com o solo,
evitando assim a perda de tração e consequentemente controle do kart.
Diante deste contexto a proposta deste trabalho foi projetar e adaptar um
kart que atenda aos portadores de necessidades especiais, especificamente os
deficientes físicos dos membros inferiores, com adaptação de aceleração e
frenagem junto à direção.
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2. OBJETIVO
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os karts, como hoje são conhecidos, são originários dos Estados Unidos
da América. Por volta dos anos 50, pilotos americanos construíam pequenos
carros motorizados, com tubos metálicos, equipados com pequenas rodas de
aviões. Inicialmente estes pequenos veículos serviam para dar apoio aos
mecânicos nos campos de aviação, só mais tarde o engenheiro Art Ingels
construiu um veículo com a concepção base do kart atual, visível na Figura 1. A
primeira marca a surgir com patente mundial foi lançada com a designação de
Caretta e resultou do trabalho de Ingels e de Lou Borelli, engenheiro
responsável pela manutenção das estações de serviço da Standard Oil.
(a) (b)
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kartódromos foram construídos a partir de 1963, sendo que o mais antigo ainda
em funcionamento, o kartódromo Cabo do Mundo em Matosinhos, foi fundado
em 1979. O ano de 1991 foi onde se verificou uma maior projeção da atividade,
ficando mais acessível a todos os cidadãos. Hoje em dia, existem em Portugal
karts muito avançados, representações de todas as marcas da modalidade, e
mais de 30 kartódromos distribuídos por todo o país. O karting evoluiu tão
consistentemente, que se tornou na melhor das escolas de formação para
jovens pilotos, havendo já lançado nobres nomes da Fórmula 1 como Nelson
Piquet, Ayrton Senna, Nigel Mansell e Alain Prost. Oficialmente, com base em
regulamentos desportivos, o karting é uma atividade que pode ser praticada a
partir dos cinco anos de idade. Desta forma existem karts no mercado com
diferentes dimensões de chassis, associados à faixa etária ou morfologia do
piloto. Os modelos mais comuns, apesar de veículos que não incluem
componentes de controle eletrônico sofisticados, permitem diversos acertos e
afinações mecânicas, assemelhando-se muito a uma fórmula em aceleração e
frenagem, exigindo uma boa preparação física por parte do condutor. É
essencial o piloto conhecer toda a mecânica e os seus pontos de afinação para
atingir o seu melhor desempenho. (Oliveira, 2012)
3.2. O Kart
(a) (b)
Figura 2: (a) Aspecto geral de chassi atual de competição; (b) Chassi de kart.
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Estruturalmente, o kart tem um comportamento em pista muito peculiar,
uma vez que a inexistência de um diferencial do eixo traseiro impõe a
necessidade que na curva, apenas três das quatro rodas fiquem em contato
com o solo, evitando assim a perda de tração e consequentemente controle do
kart. Os chassis dos karts atuais têm na sua maioria uma configuração
estrutural similar à da Figura 2, no entanto, existem diferenças diante a sua
aplicação final, e é por isso que comercialmente podem ser divididos em duas
categorias, sendo elas competição e lazer. Logo abaixo segue a Figura 3 de
uma competição de kart.
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materiais de elevado nível de qualidade. Na maioria dos casos, recorre-se por
isso a componentes consumíveis mais acessíveis economicamente.
Usualmente o peso de um kart de 200cc, sem piloto e sem combustível, é
cerca de 110 kg, já os karts de 270cc poderão atingir os 119 kg nas mesmas
condições. Para dar resposta às necessidades do mercado de aluguel é
frequente encontrar várias frotas de karts disponíveis, de diferentes dimensões
de chassis, num mesmo kartódromo. Logo abaixo segue a Figura 4 de um kart
de pequeno porte.
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exemplo, na categoria entre os 12 e os 14 anos, esse valor é de 145 kg, com o
piloto equipado a bordo, sem combustível. Os karts são monitorizados em pista
através de tecnologia telemétrica, onde são controlados os valores de
velocidade, rotação do motor, temperatura do motor, dos pneus e do líquido de
refrigeração, pressão dos pneus e tempos por volta. Logo abaixo segue a
Figura 5 da tecnologia telemétrica (Oliveira, 2012).
(a) (b)
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Desenhos Egípcios mostram oleiros trabalhando com Tornos a mais de
2000 anos antes de nossa era.
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No fim do século XVIII, os fabricantes de armas para batalhas (cruzadas),
começaram a desenvolver interesse por diversos materiais metálicos,
originando dispositivos mecânico para fabricação de suas armas e ferramentas.
Um Torno mecânico era ajustado antigamente pelo ferramenteiro que
utilizava um conjunto de procedimentos mentais e manuais. Necessitando de
outro tipo de peça, era preciso reajustar todo o equipamento novamente.
Com a chegada da energia elétrica no final do século XIX surge o motor
elétrico, que trouxe junto com a revolução industrial inglesa, o aperfeiçoamento
do Torno e de diversas máquinas no século XX.
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3.4. Fresadora
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Velocidade e potencia do motor;
Peso que a maquina suporta sobre a mesa.
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1. Materiais
Os materiais utilizados foram: Lixa D’água 400, lixa D’água 500, lixa 800,
spray multiuso cor preto fosco, porcas de pressão, arruelas de pressão,
parafuso Allen roda livre, porca sextavada 3/8, lima murça, lima bastarda, óleo
solúvel, óleo lubrificante, torno mecânico, fresadora universal, serra de fita,
serra manual, chave de roda, morsa, chave Allen, chave philips, chave de
fenda, alicate universal, paquímetro, manete de bicicleta, freio á disco, guidão
de bicicleta, martelo, martelo de borracha, picador de solda, polia, correia,
solda elétrica, cabo de aço, conduíte, tirrapia, cavilha, antigripante, polidor de
metais, graxa, brocas, ferramentas de desbaste interno e externo para torno,
cabeçote para fresadora, esmerilhadeira, tarugo de aço carbono 1020, mola de
tração.
(a) (b)
Figura 13: (a) Vista frontal do chassi; (b) Vista lateral do chassi.
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Eixo traseiro: Fornecido pela empresa Kart Center.
(a) (b)
Figura 16: (a) Luva para roda traseira; (b) Luva fixada na roda.
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Manga para roda dianteira: Fornecido pela empresa Kart Center.
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4.2. Métodos
(a) (b)
Figura 19: (a) Alunos do IFSP-SJC na limpeza das peças; (b) Limpeza das peças
fornecidas pela empresa Kart Center.
(a) (b)
Figura 20: (a) Chassi pronto na cor preto fosco; (b) Alunos do IFSP-SJC pintando.
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4.2.3. Usinagem da manga
Havia apenas uma manga dianteira para o lado esquerdo, então foi
fabricada outra para o lado direito.
(a) (b)
Figura 22: (a) Corte do material para usinagem no torno mecânico; (b) Corte do
material para usinagem na fresadora universal.
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(a) (b)
Figura 23: (a) Usinagem no torno mecânico; (b) Usinagem na fresadora universal.
(a) (b)
(a) (b)
(c)
Figura 27: (a) Chapas de aço; (b) Local para fixar as chapas de aço; (c) Motor fixado.
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4.2.7. Montagem da transmissão
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Para tracionar o eixo traseiro do kart foi projetado e adaptado uma polia
tensionadora, onde, para tracionar o eixo tende-se a abaixar uma alavanca
fixada a frente do banco, assim o cabo de aço se estende e para que a
alavanca volte uma mola de tração é fixa nela e em uma chapa soldada no
chassi conforme a Figura 30 logo a seguir:
(a) (b)
Figura 30: (a) Alavanca fixada a frente do banco; (b) Alavanca abaixada.
(a) (b)
Figura 31: (a) Polia tensionadora; (b) Polia tensionadora fixada na transmissão.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Primeiramente a usinagem da manga direita dianteira ficou impecável, o
ângulo das mangas faz com que haja uma cambagem, ou seja, nas curvas a
cambagem faz com que apenas três das quatros rodas fiquem estabilizadas no
solo, evitando assim a perda de tração e consequentemente controle do kart..
Logo a seguir a Figura 32.
(a) (b)
(a) (b)
Figura 33: (a) Volante adaptado vista lateral; (b) Volante com seus respectivos
manetes.
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O freio utilizado não foi aprovado, no primeiro teste o disco danificou a
pinça porque não aguentou o torque fornecido pelo motor, já era esperado, pois
o freio é subdimensionado, pelo fato de ser utilizado normalmente em bicicletas
onde há pequeno torque e pequenas rotações, mas mesmo tendo receio que
não funcionaria foi feito o teste, sendo o freio um novo material estrutural
conforme a Figura 34 a seguir:
A transmissão feita por polias e correias fez com que o kart chegasse a
pouco mais de 50Km/h, a estimativa e que possa chegar até os 60Km/h. Como
não temos a tecnologia telemétrica estes parâmetros foram analisados por nós
alunos e professores. Figura 35 logo abaixo.
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A polia tensionadora foi um dispositivo projetado e adaptado pelos
alunos que faz com que leve a transmissão a um patamar totalmente caseiro,
utilizando restos de materiais conforme a Figura 36 a seguir:
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6. CONCLUSÃO
O projeto foi concluído com todas as adaptações projetadas e
realizadas. A projeção e adaptação deste kart foram feitas com os
conhecimentos adquiridos ao decorrer do curso. A amizade, confiança, força e
fé foram os principais motivadores para conclusão deste projeto. A Figura 37
logo a seguir mostra como ficou o kart adaptado a portadores de necessidades
especiais, especificamente para deficientes físicos dos membros inferiores.
(a) (b)
Figura 37: (a) Vista lateral do kart; (b) Vista frontal do kart.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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