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IV – RECEITA ........................................................................................................................................................................................................ 1
4.1 - Enquadramento Legal .................................................................................................................................................................................... 1
4.2 - Considerações Gerais ...................................................................................................................................................................................... 1
4.3 – Recursos do Orçamento do Estado ............................................................................................................................................................... 2
4.4 - Receita do Estado ............................................................................................................................................................................................ 3
4.4.1- Receitas do Estado por Administração ........................................................................................................................................................ 6
4.4.1.2- Evolução das Receitas da Administração Central, por Região ............................................................................................................... 7
4.4.1.3- Evolução da Receita da Administração Central, por Província ............................................................................................................. 8
4.4.1.4- Evolução das Receitas da Administração Provincial, por Região ........................................................................................................... 9
4.4.1.5 – Evolução das Receitas da Administração Provincial ............................................................................................................................. 9
4.4.2 – Arrecadação dos Impostos Nacionais ....................................................................................................................................................... 10
4.4.2.1 – Arrecadação do Imposto sobre o Valor Acrescentado – IVA .............................................................................................................. 10
4.4.2.1.1 - Reembolsos do IVA .............................................................................................................................................................................. 11
4.4.3 – Arrecadação dos Impostos Sobre o Rendimento ..................................................................................................................................... 13
4.4.3.1 – Reembolso dos Impostos Sobre o Rendimento ..................................................................................................................................... 14
4.4.4 – Arrecadação dos Outros Impostos Nacionais .......................................................................................................................................... 14
4.4.5 – Nível de Fiscalidade ................................................................................................................................................................................... 15
4.4.6 – Contribuição dos Megaprojectos, na Receita do Estado e no PIB ......................................................................................................... 15
4.4.7 – Receitas Próprias ....................................................................................................................................................................................... 16
4.4.7.1- Receitas Próprias de Organismos e Instituições da Administração Central ........................................................................................ 16
4.4.7.2– Receitas Próprias de Âmbito Provincial ................................................................................................................................................ 19
4.4.7.3 – Receitas Próprias de Âmbito Distrital................................................................................................................................................... 21
4.4.8 - Receitas Consignadas ................................................................................................................................................................................. 22
4.4.9 – Receitas de Capital .................................................................................................................................................................................... 23
4.4.10 – Receita Cobrada Através das Execuções Fiscais ................................................................................................................................... 24
4.5 - Benefícios Fiscais ........................................................................................................................................................................................... 25
4.6 - Resultados das Auditorias ............................................................................................................................................................................ 26
4.6.1- Aspectos Gerais ........................................................................................................................................................................................... 26
4.6.2 – Análise da Arrecadação da Receita .......................................................................................................................................................... 27
4.6.2.1 – Receita por Direcção Regional e por Área Operativa de Cobrança ................................................................................................... 27
4.6.2.2 – Sectores do Contencioso Tributário ...................................................................................................................................................... 28
4.6.2.3 – Juízos das Execuções Fiscais .................................................................................................................................................................. 30
4.6.2.4. – Fiscalizações Tributárias....................................................................................................................................................................... 31
4.6.2.5 – Auditorias................................................................................................................................................................................................ 32
4.6.2.6 – Benefícios Fiscais .................................................................................................................................................................................... 33
4.6.2.6.1 – Constatação .......................................................................................................................................................................................... 33
4.6.2.7-Avaliação dos Procedimentos da Tramitação da Receita para a Conta Única do Tesouro ................................................................. 34
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020
Setembro de 2021
IV – RECEITA
De acordo com o preceituado no n.º 1 do artigo 14 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria
o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), constituem receita pública todos os
recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua fonte ou natureza, postos à disposição do
Estado, com ressalva daqueles em que este seja mero depositário temporário.
A receita só pode ser estabelecida, inscrita no Orçamento ou cobrada, em virtude de lei e, ainda
que estabelecida por lei, a mesma só pode ser cobrada se estiver prevista no Orçamento do Estado
aprovado, conforme prescrito no n.º 2 do artigo 14 da lei acima citada.
Nos termos das alíneas b) e d) do n.º 1 do artigo 48 da Lei do SISTAFE, a Conta Geral do Estado
deve apresentar, na sua estrutura, para além de outros documentos básicos, os respeitantes ao
“financiamento global do Orçamento do Estado, com discriminação da situação das fontes de
financiamento” e “os mapas de Execução Orçamental, comparativos entre as previsões
orçamentais e a receita cobrada e daquelas com a despesa liquidada e paga (…) ”.
Para efeitos de elaboração do presente capítulo, foi analisada a informação da Conta Geral do
Estado relativa à arrecadação, classificação e registo da receita, complementada com a obtida das
Direcções Regionais da Autoridade Tributária de Moçambique, nomeadamente, Sul, Centro e
Norte, de que são de destacar as seguintes constatações:
a) apesar de ter sido programado o valor de 120 milhares de Meticais, na rubrica de Taxas
Autárquicas, não há registo de cobrança, no Mapa II da CGE de 2020, Administração
Central. Ainda no mesmo mapa, na Administração Provincial, não foi inscrita a previsão
de 14.403 milhares de Meticais e 13.155 milhares de Meticais, cuja arrecadação foi
contabilizada nas rubricas de Imposto Específico Sobre a Actividade Mineira e de Receitas
de Capital;
b) não foram cobrados 746.236 milhares de Meticais, de Receitas Próprias, da Administração
de nível Central, que tinham sido previstas;
c) não foram colectados 420.610 milhares de Meticais, de Receitas Próprias, da
Administração de nível Provincial, que representam um incumprimento de 37,9%, em
relação ao montante previsto de 1.111.016 milhares de Meticais;
d) da meta prevista de 347.864 milhares de Meticais, de Receitas Próprias, do nível Distrital,
não foram cobrados 317.879 milhares de Meticais, correspondentes a um incumprimento
de 91,4%;
e) no presente exercício, na cobrança das Receitas Consignadas de nível Central, não foi
alcançada a meta orçamentada, pois, de uma previsão de 13.866.061 milhares de Meticais,
foram arrecadados, 8.682.985 milhares de Meticais, o que corresponde a uma realização
de 62,6%.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-1
Setembro de 2021
Do exercício económico de 2019, transitou, para o ano de 2020, um saldo de 71.938.428 milhares
de Meticais e o Estado reuniu recursos financeiros no valor de 371.639.711 milhares de Meticais.
Do montante total de 371.639.711 milhares de Meticais de recursos mobilizados para o ano de
2020, 235.213.260 milhares de Meticais (63,3%) são Receitas do Estado, 38.363.688 milhares de
Meticais (10,3%), Donativos, 43.994.362 milhares de Meticais (11,8%), Empréstimos Externos e
54.068.402 milhares de Meticais (14,5%), Empréstimos Internos, como se dá conta no Quadro n.º
IV.1 que se segue.
Quadro n.º IV.1 – Recursos Mobilizados pelo Estado
(Em milhares de Met icais)
Pe so
C ate gori as Val or
(%)
Receit as do Est ado 235.213.260 63,3
Donat ivos 38.363.688 10,3
Emprést imos Ext ernos 43.994.362 11,8
Emprést imos Int ernos 54.068.402 14,5
Re cu rsos Mobi l i z ados e m 2020 371.639.711 100,0
S al do do an o an te ri or (2019) 71.938.428
Total 443.578.139
Fon te : Mapa I da CGE 2020.
No Gráfico n.º 1 a seguir, é apresentada a estrutura dos recursos mobilizados pelo Estado, por
natureza ou fonte.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-2
Setembro de 2021
Receitas do Estado
Empréstimos Internos
70,0% 63,3% Donativos
Empréstimos Externos
60,0% 14,5%
50,0%
10,3% Empréstimos Externos
40,0%
11,8% Donativos
30,0%
20,0% Empréstimos Internos
10,0%
0,0% Receitas do Estado
No Gráfico n.º IV.2, a seguir, é apresentada a evolução dos Recursos do Estado, segundo o peso e
fontes de financiamento, ao longo do período 2016-2020.
Gráfico n.º IV.2 – Evolução dos Recursos Mobilizados Pelo Estado
74,8% 78,3%
73,1% 2011
72,5% 2012 2013 2014 2015 63,3%
Donativos 21,7% 18,9% 16,0% 8,7% 8,7%
Empréstimos Externos 11,8% 10,8% 15,5% 18,2% 14,4%
Créditos Internos 2,1% 2,2% 1,7% 16,4% 4,3%
16,3% 14,5%
6,6%
Receitas Internas14,7% 64,4% 68,1%
12,3% 66,8%10,4%
56,6% 72,6%
6,7% 10,3% 11,8%
4,0% 5,5% 7,2% 6,2%
3,1% 8,1%
Mostra-se, no gráfico acima, que no período de 2016 a 2020, as Receitas de Estado, em 2019,
representaram 78,3% do total dos recursos e, em 2020, 63,3%. Quanto aos Empréstimos Externos
e Internos, estes foram de 14,5% e 11,8%, respectivamente, e os Donativos, 10,3%.
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-3
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-4
Setembro de 2021
Previs ão Cobrança
Des ignação (Lei n.º 11/2020, de
Pes o
24 de Novembro Valor Realização (% )
(% )
RECEITAS DO ESTADO 214 141 692 235 213 260 109,8 100,0
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 210 564 057 232 165 089 110,3 98,7
Receitas Correntes 200 534 169 226 601 609 113,0 96,3
Receitas Tributárias 195 106 732 212 302 561 108,8 90,3
Impos tos Nacionais 178 492 341 202 960 387 113,7 86,3
Impos tos s obre o Rendimento 84 907 588 99 352 672 117,0 42,2
Impos to s obre o Rend. de P. Colectivas 48 661 455 58 213 959 119,6 24,7
Impos to s obre o Rend. de P. Singulares 35 824 000 40 922 524 114,2 17,4
Impos to Es pecial s obre o Jogo 422 132 216 189 51,2 0,1
Impos tos s obre Bens e Serviços 80 673 183 87 298 851 108,2 37,1
Impos to s /o Valor Acres centado (IVA) 56 786 184 62 565 386 110,2 26,6
Impos to s obre o Comércio Externo 13 374 000 15 130 180 113,1 6,4
Impos to s obre Cons . Es p. Prod. Nacional 4 936 600 5 154 166 104,4 2,2
Impos to s obre Cons . Prod. Importados 5 576 400 4 449 118 79,8 1,9
Taxas s obre os Combus tiveis 6 426 977 6 518 653 101,4 2,8
Impos to Es pecífico da Actividade Mineira 3 409 904 1 497 361 43,9 0,6
Impos to Es pecífico da Actividade Petrolífera 399 741 338 285 84,6 0,1
Outros Impos tos Nacionais 2 674 948 7 954 564 297,4 3,4
Exploração de Bens de Domínio Público 1 668 047 5 117 119 306,8 2,2
Taxas Autárquicas 0 0
Contribuições Sociais 678 655 411 548 60,6 0,2
Contribuições dos Funcionários e Agentes do Es tado 569 463 331 468 58,2 0,1
Outras Contribuições Sociais do Sector Público 109 192 80 080 73,3 0,0
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-5
Setembro de 2021
De acordo com o quadro acima, na Administração Central, não foram alcançadas as metas
previstas nas rubricas Impostos Específicos sobre a Actividade Petrolífera, Taxas Nacionais,
Receitas de Capital e Impostos Específicos Sobre a Actividade Mineira, com 84,6%, 56,2%, 55,5%
e 43,9%, de realização, na mesma ordem.
No que diz respeito às Receitas provenientes da Administração Provincial, estas não atingiram as
previsões da arrecadação, nas rubricas Outros Impostos Nacionais, Patrimoniais, Exploração de
Bens de Domínio Público e Outras Receitas Correntes, cuja cobrança foi de 48,5%, 44,6%, 43,0%,
e 9,5%, nesta ordem.
Do Mapa II - CGE de 2020, na Administração Central, não há registo de cobrança, na rubrica de
Taxas Autárquicas, em que fora previsto o valor de 120 milhares de Meticais, violando o disposto
no n.º 3 do artigo 14 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o SISTAFE. Da Administração
Provincial, no mesmo mapa, não foi programada a colecta de 14.403 milhares de Meticais e 13.155
milhares de Meticais, verificada nas rubricas Imposto Específico Sobre a Actividade Mineira e
Receitas de Capital, por essa ordem, em preterição do n.º 2 do artigo 14 da Lei n.º 9/2002, de 12
de Fevereiro, que cria o SISTAFE, sendo que, obriga a prever e a inscrever, no OE, os valores da
receita a arrecadar.
Sobre esta matéria, o Executivo, no exercício do direito do contraditório, afirmou que as taxas
autárquicas programadas e não cobradas foram erradamente digitadas no sistema e correspondem
a receitas consignadas, dos distritos de Govuro e Mabote, da Província de Inhambane.
Referiu, ainda, que as rubricas Imposto Específico Sobre a Actividade Mineira e Receitas de
Capital, programadas ao nível Central, no exercício de 2022, serão detalhadas para todos os
âmbitos.
Como se observa no Quadro n.º IV.3, em termos de peso no total arrecadado, em 2020, as Receitas
da Administração Central contribuíram com 232.165.089 milhares de Meticais (98,7%) e as da
Administração Provincial, com 3.048.174 milhares de Meticais (1,3%).
Quadro n.º IV.3 – Participação, na Receita do Estado, por Administração
Em milhares de Meticais
Administração
2016 % 2017 % 2018 % 2019 % 2020 %
Central 163.685.252,00 98,4 210.731.477,00 98,8 210.207.015,00 98,7 274.005.483,00 99,0 232.165.089 98,7
Provincial 2.599.796,00 1,6 2.491.423,00 1,2 2.825.184,00 1,3 2.782.675,00 1,0 3.048.174 1,3
Total 166.285.048,00 100 213.222.900,00 100 213.032.199,00 100 276.788.158,00 100 235.213.260 100,0
Fonte: CGE (2016-2020).
A contribuição dos impostos e taxas dos dois níveis de administração, Central e Provincial, na
Receita do Estado, do período, é apresentada no Gráfico n.º IV.3, a seguir.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-6
Setembro de 2021
50
1,6 1,2
1,3 1
1,3
0
2016
2017
2018
2019
2020
Central Provincial
Como se pode ver no Quadro n.º IV.4 e Gráfico n.º IV.4, que se seguem, relativamente à receita
por região, a Região Sul do país teve a maior comparticipação do quinquénio, com 83,7%, em
2016, 85,8%, em 2017, 86,5%, em 2018, 89,5%, em 2019 e 86,3%, em 2020.
Quadro n.º IV.4 – Receitas da Administração Central, por Região
(Em milhares de Meticais)
2016 2017 2018 2019 2020 Var.
Região Peso Peso Var. Peso Var. Peso Var. Peso Var. (%)
Valor Valor Valor Valor Valor
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 20/16
Norte 10.702.244 6,5 9.853.085 4,7 -7,9 11.531.872 5,5 17,0 9.425.357 3,4 -18,3 10.927.943 4,7 15,9 2,1
Centro 16.347.812 9,9 20.151.525 9,6 23,3 16.838.220 8,0 -16,4 19.364.043 7,1 15,0 20.798.351 9,0 7,4 27,2
Sul 138.623.716 83,7 180.726.868 85,8 30,4 181.836.924 86,5 0,6 245.216.082 89,5 34,9 200.438.795 86,3 -18,3 44,6
Total 165.673.772 100,0 210.731.478 100,0 27,2 210.207.016 100,0 -0,2 274.005.482 100,0 30,4 232.165.089 100,0 -15,3 40,1
Fonte: Mapa II-1 da CGE (2016-2020).
Observa-se, no mesmo quadro, que em 2020, no que respeita à variação, a Região Norte registou
15,9%, a Região Centro, 7,4% e a Região Sul, uma variação negativa de 18,3%.
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-7
Setembro de 2021
Gráfico n.º IV.4 – Evolução da Cobrança das Receitas da Administração Central, por
Região
300.000.000
250.000.000
200.000.000
Em mil Meticais
Norte
150.000.000 Centro
Sul
100.000.000
50.000.000
0
2016 2017 2018 2019 2020
Província Peso Peso Var. Peso Var. Peso Var. Peso Var. Var.
Valor Valor Valor Valor Valor
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
20/16
Niassa 469.606 0,3 351.925 0,2 -25,1 423.510 0,2 20,3 458.566 0,2 8,3 483.695 0,2 5,5 3,0
Cabo Delgado 3.361.351 2,0 3.451.422 1,6 2,7 3.799.756 1,8 10,1 2.760.360 1,0 -27,4 3.415.275 1,5 23,7 1,6
Nampula 6.871.287 4,1 6.049.738 2,9 -12,0 7.308.606 3,5 20,8 6.206.431 2,3 -15,1 7.028.973 3,0 13,3 2,3
Zambézia 1.237.687 0,7 871.254 0,4 -29,6 975.033 0,5 11,9 1.321.150 0,5 35,5 1.470.866 0,6 11,3 18,8
Tete 5.937.027 3,6 11.584.730 5,5 95,1 7.905.131 3,8 -31,8 10.951.353 4,0 38,5 11.472.609 4,9 4,8 93,2
Manica 1.101.062 0,7 970.747 0,5 -11,8 1.170.017 0,6 20,5 1.231.444 0,4 5,3 1.266.789 0,5 2,9 15,1
Sofala 8.072.036 4,9 6.724.794 3,2 -16,7 6.788.039 3,2 0,9 5.860.096 2,1 -13,7 6.588.087 2,8 12,4 -18,4
Inhambane 935.227 0,6 797.172 0,4 -14,8 890.550 0,4 11,7 1.091.213 0,4 22,5 1.007.478 0,4 -7,7 7,7
Gaza 594.826 0,4 639.126 0,3 7,4 696.052 0,3 8,9 777.432 0,3 11,7 755.793 0,3 -2,8 27,1
Maputo 11.528.188 7,0 10.416.372 4,9 -9,6 7.949.026 3,8 -23,7 6.868.260 2,5 -13,6 7.300.661 3,1 6,3 -36,7
Cidade de
125.565.475 75,8 168.874.198 80,1 34,5 172.301.296 82,0 2,0 236.479.177 86,3 37,2 191.374.863 82,4 -19,1 52,4
Maputo
Total 165.673.771 100,0 210.731.479 100 27,2 210.207.015 100 -0,2 274.005.482 100 30,4 232.165.089 100 -15,3 40,1
Fonte: Mapa II-1 da CGE (2016-2020).
Verifica-se, ainda, que quanto ao peso na arrecadação, por província, a Cidade de Maputo situou-
se sempre acima de 75,0%, tendo, no ano em apreço, atingido 82,4%. As Províncias de Tete,
Maputo, Nampula, Sofala e Cabo Delgado participaram com 4,9%, 3,1%, 3,0%, 2,8% e 1,5%,
respectivamente.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-8
Setembro de 2021
Como se alcança no Quadro n.º IV.6, no ano em apreço, a Região Sul contribuiu com 35,1% do
total arrecadado no país, o Centro, com 33,5% e o Norte, com 31,4%, como se mostra a seguir.
Quadro n.º IV.6 – Receitas da Administração Provincial, por Região
(Em milhares de Meticais)
Var.
Peso Peso Var. Peso Var. Peso Var. Peso Var.
Região 2016 2017 2018 2019 2020 (%)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
20/16
Norte 324.480 12,5 697.681 28,0 115,0 725.747 25,7 4,0 734.651 26,4 1,2 957.699 31,4 30,4 195,1
Centro 1.267.434 48,8 964.281 38,7 -23,9 1.136.780 40,2 17,9 983.209 35,3 -13,5 1.020.113 33,5 3,8 -19,5
Sul 1.007.882 38,8 829.462 33,3 -17,7 962.682 34,1 16,1 1.064.773 38,3 10,6 1.070.359 35,1 0,5 6,2
Total 2.599.796 100 2.491.424 100 -4,2 2.825.209 100 13,4 2.782.633 100 -1,5 3.048.171 100 9,5 17,2
Fonte: Mapa II-2 da CGE (2016–2020).
No que respeita à variação, no período de 2016 a 2020, a Região Norte registou 195,1%, o Sul,
6,2% e o Centro, com menos 19,5%. Comparativamente ao ano de 2019, a variação, em 2020, das
Regiões Norte, Centro e Sul, foi de 30,4%, 3,8% e 0,5%, respectivamente.
No Gráfico n.º IV.5, apresenta-se a contribuição das regiões do país, na arrecadação das Receitas
da Administração Provincial, em 2020.
Gráfico n.º IV.5 – Distribuição das Receitas da Administração Provincial, por Região
1.200.000
1.020.113 1.070.359
957.699
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
31,4
- 33,5
35,1
NORTE
CENTRO
SUL
No ano em consideração, a maior parcela contributiva é da Região Sul, com 1.070.359 milhares
de Meticais (35,1%), seguindo-se o Centro, que arrecadou 1.020.113 milhares de Meticais (33,5%)
e finalmente, a região Norte colectou 957.699 milhares de Meticais, o que representa 31,4%, como
se alcança do Gráfico n.º IV.5, retro mencionado.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-9
Setembro de 2021
Conforme se demonstra no Quadro n.º IV.2, retro mencionado e nos pontos seguintes, os Impostos
sobre o Rendimento e os Impostos sobre Bens e Serviços (da rubrica Impostos Nacionais) têm a
contribuição mais expressiva, com 79,3%2, nas Receitas do Estado.
O Imposto Sobre o Valor Acrescentado, os Impostos Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
e das Pessoas Singulares, alcançaram as cobranças programadas, com o registo de 62.565.386
milhares de Meticais, 58.213.959 milhares de Meticais e 40.922.524 milhares de Meticais,
respectivamente. Conjugados, os Impostos Sobre o Rendimento alcançaram 117,0% de realização,
com a cobrança de 99.352.672 milhares de Meticais, equivalendo a 42,2% do total das Receitas
do Estado.
De acordo com o disposto nas alíneas a) e b) do número 1, artigo 1 do Código do IVA, aprovado
pela Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro, alterada e republicada pela Lei n.º 13/2016, de 30 de
Dezembro, estão sujeitas ao IVA as transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas à
título oneroso, no território nacional, por sujeitos passivos agindo nessa qualidade e as importações
de bens.
2 (42,2+37,1)
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-10
Setembro de 2021
No quinquénio, a colecta do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, em 2017, registou uma queda
de 5,8%, em relação ao ano de 2016. Nos exercícios de 2018 e 2019, aumentou 21,9% e 15,6%,
nesta sequência e, em 2020, uma diminuição de 2,4%, como se mostra no Quadro n.º IV.8, que se
segue.
Quadro n.º IV.8 – Evolução da Cobrança do IVA
(Em millhões de Meticais)
Var. Var. Var. Var Var.
Ordem IVA 2016 2017 2018 2019 2020
(%) (%) (%) (%) (20/16)
1 Na Importação 29.163 28.855 -1,1 35.570 23,3 37.533 5,5 38.592 2,8 32,3
2 Nas Operações Internas 28.595 25.993 -9,1 29.091 11,9 38.155 31,2 33.828 -11,3 18,3
3 Reeembolsos 9.457 9.363 -1,0 9.211 -1,6 11.570 25,6 9.855 -14,8 4,2
Total 48.301 45.485 -5,8 55.450 21,9 64.117 15,6 62.565 -2,4 29,5
Fonte: Mapa II da CGE (2016-2020).
Nota-se, ainda, no quadro supra, que em 2020, relativamente ao ano anterior, a sub-rubrica de IVA
na Importação teve um aumento de 2,8% e a de Operações Internas, uma redução de 11,3%. O
nível de reembolsos, no exercício, reduziu 14,8%.
Pelo disposto no n.º 1 do artigo 3 do Regulamento do Reembolso do IVA, aprovado pelo Decreto
n.º 78/2017, de 28 de Dezembro, os reembolsos de IVA são solicitados através da declaração
periódica, prevista no artigo 32 do Código do IVA, quando se trate de crédito a favor do sujeito
passivo, nos termos dos n.ºs 5 e 6 do artigo 21 do mesmo Código, devendo considerar-se,
sequencialmente, os créditos mais antigos.
Conforme o Quadro n.º IV.9, adiante, até ao final do ano de 2020, a Direcção de Reembolsos
recebeu 1.948 pedidos de reembolsos, no montante de 25.035.158 milhares de Meticais, tendo sido
tratados 1.642, equivalentes a 84,3%, totalizando 15.591.760 milhares de Meticais (62,3%).
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-11
Setembro de 2021
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-12
Setembro de 2021
Observa-se, no mesmo quadro, que do total de pedidos tratados no ano em apreço, foram
reembolsados 9.854.894 milhares Meticais, correspondentes a 659 solicitações de reembolsos.
Em análise encontravam-se 256 processos, que correspondem a 9.435.735 milhares de Meticais e
o saldo transitado para o exercício seguinte é de 13.579.744 milhares Meticais, relativos a 358
processos.
Compulsados os dados sobre os reembolsos do IVA, verifica-se que ficaram por tratar, pela
Administração Fiscal, processos que totalizam 13.579.744 milhares de Meticais, os quais
correspondem a 54,2%3 do valor solicitado.
Nos termos do Código do IRPC, aprovado pela Lei n.º 34/2007, de 31 de Dezembro, com as
alterações introduzidas pela Lei n.º 19/2013, de 23 de Setembro, o IRPC é um imposto directo que
incide sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, no período de
tributação, pelos respectivos sujeitos passivos.
De acordo com o Código do IRPS, aprovado pela Lei n.º 33/2007, de 31 de Dezembro, alterada e
republicada pela Lei n.º 19/2017, de 28 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º
20/2013, de 23 de Setembro, o IRPS é um imposto directo que incide sobre o valor global anual
dos rendimentos.
No quadro e gráfico seguintes, mostra-se a evolução da arrecadação destes impostos, no
quinquénio 2016-2020.
Quadro n.º IV.10 – Evolução da Cobrança dos Impostos Sobre o Rendimento
(Em milhares de Meticais)
Var. Var. Var. Var.
Imposto 2016 2017 2018 2019 2020
(%) (%) (%) (%)
IRPC 36.725.590 66.928.764 82,2 56.936.528 -14,9 106.542.055 87,1 58.213.959 -45,4
IRPS 26.822.303 29.668.233 10,6 33.051.976 11,4 37.320.492 12,9 40.922.524 9,7
Imposto Especial
257.290 295.379 14,8 390.854 32,3 371.240 -5,0 216.189 -41,8
Sobre o Jogo
Total 63.805.183 96.892.376 51,9 90.379.358 -6,7 144.233.787 59,6 99.352.672 -31,1
Pe so do IRPC
57,6 69,1 63,0 73,9 58,6
(%)
Fonte : Mapa II da CGE (2016-2020) e T abela 8-Receitas do Estado-CGE 2020.
3 (13.579.744/25.035.158)*100
4 (99.352.672/235.213.260)*100
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-13
Setembro de 2021
120.000.000
100.000.000
Em mil Meticais
80.000.000 IRPC
60.000.000 IRPS
40.000.000
20.000.000
Imposto Es pecial Sobre o Jogo
0
2016 2017 IR PC
2018 2019 2020
No Quadro n.º IV.11, seguinte, verifica-se que, no exercício de 2020, foram submetidas 38
solicitações de reembolsos, no valor de 348.939 milhares de Meticais, tendo sido satisfeitos 18, no
montante de 170.605 milhares de Meticais, o correspondente a 48,9%5 do solicitado.
Quadro n.º IV.11 – Reembolsos e Saldos do Imposto Sobre os Rendimentos
(Em milhares de Meticais)
Autorizados
Solicitados Tratados Pagos Indeferidos Em Análise Transitados
Por Pagar
Descrição
Qt Valor Qt Valor Qt Valor Qt Valor Q t Valor Q t Valor Qt Valor
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13=7+11 14=8+10
IRPC 37 348.734 26 249.098 18 170.605 6 5.344 2 73.149 11 99.636 17 104.980
IRPS 1 206 1 206 1 206 1 206
Total 38 348.939 27 249.304 18 170.605 7 5.550 2 73.149 11 99.636 18 105.185
Fonte: O fício n.° 70/GAB-DNCP/2021 de 30 de Junho de 2021.
A arrecadação dos Outros Impostos Nacionais, no exercício em apreço, teve uma realização de
293,3%, como se mostra no Quadro n.º IV.12, a seguir.
5 (170.605/348.939)*100
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-14
Setembro de 2021
O nível de fiscalidade é a relação entre o total dos impostos e o rendimento global do universo
donde emanam. Este indicador evidencia o quanto a tributação acompanha o crescimento
económico, possibilitando a quantificação da importância relativa dos fundos que são transferidos
para o Tesouro Público.
No exercício em apreço, o nível de tributação à economia foi de 21,8%, o que equivale a uma
redução 5,3 pp, em relação ao exercício anterior, conforme é apresentado no Quadro n.º IV.13, a
seguir.
Quadro n.º IV.13 – Evolução do Nível de Fiscalidade
(Em milhões de Meticais)
De 2016 a 2017, o nível de fiscalidade diminuiu, ao passar de 20,1% para 17,2%. No ano de 2018
a 2020, apresentou o rácio de 21,6%, em 2019, de 27,1% e, em 2020, de 21,8%.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-15
Setembro de 2021
No exercício económico de 2020, o peso das Receitas Próprias sobre o total das Receitas do Estado
é de 1,7%. No ano, estas receitas registaram um decréscimo de 53,2% em relação ao ano anterior,
conforme se demonstra no Quadro n.º IV.15, abaixo.
Quadro n.º IV.15 - Receitas Próprias e sua Evolução
(Em milhares de Meticais)
De scrição 2016 2017 2018 2019 2020
Previsão 3.486.518 4.674.265 5.794.933 6.940.755 5.317.213
Cobrança 5.516.951 4.893.803 4.652.455 8.538.210 3.995.656
Re ce itas do Estado 166.285.048 213.222.900 213.032.199 276.788.159 235.213.260
Realização (%) 158,2 104,7 80,3 123,0 75,1
Peso (%) 3,3 2,3 2,2 3,1 1,7
Crescimento (%) -11,3 -4,9 83,5 -53,2
Fonte : Mapa II da CGE (2016-2020) e Mapa II-4 CGE 2020.
Neste ano, a arrecadação das Receitas Próprias correspondeu a 75,1% da previsão, tendo, no ano
anterior, registado um crescimento de 83,5%, obtendo-se, assim, a maior receita do quinquénio,
com 8.538.210 milhares de Meticais.
Comparando os montantes programados com as receitas colectadas, nos exercícios de 2018 e de
2020, as cobranças foram inferiores aos previstos no período.
A seguir, apresentam-se as Receitas Próprias dos Organismos e Instituições do Estado, de âmbito
Central.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-16
Setembro de 2021
C obrança
N.º de
Instituição Pre visão
O rde m
Valor Re aliz ação Pe so
(%) (%)
1 Gabinete do Primeiro Ministro 8.800 5.100 58,0 0,2
2 Ministério da Defesa Nacional 12.000 16.928 141,1 0,5
3 Ministério do Interior 188.567 1.249.235 662,5 38,1
4 Ministério da Administração Estatal e Funҫão Pública 78.802 1.611 2,0 0,0
5 Ministério da Economia e Finanças 507.726 216.904 42,7 6,6
6 Ministério do T rabalho, Emprego e Seguranҫa Social 12.450 9.233 74,2 0,3
7 Ministério da T erra, Ambiente e Desenvolvimento Rural 4.700 16.919 360,0 0,5
8 Ministério da Agricultura e Seguranҫa Alimentar 186.092 45.585 24,5 1,4
9 Ministerio do Mar, Águas Interiores e Pescas 76.812 47.144 61,4 1,4
10 Ministério dos Recursos Minerais e Energia 97.000 26.018 26,8 0,8
11 Ministério dos T ransportes e Comunicações 244.615 75.860 31,0 2,3
12 Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos 813.939 73.305 9,0 2,2
Ministério da Ciência e T ecnologia, Ensino Superior e
13 765.821 881.598 115,1 26,9
T écnico Profissional
14 Ministério da Cultura e T urismo 75.677 5.231 6,9 0,2
15 Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano 77.003 14.795 19,2 0,5
16 Secretaria de Estado de Desportos 19.299 9.570 49,6 0,3
17 Ministério da Saúde 686.962 575.943 83,8 17,6
18 Ministério da Indústria e Comércio 2.067 4.288 207,5 0,1
Total 3.858.334 3.275.265 84,9 100,0
Fonte : Mapa II-4 da CGE 2020.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-17
Setembro de 2021
Nos termos do n.º 3 do artigo 14 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, os montantes de receita
inscritos no Orçamento do Estado constituem limites mínimos a serem cobrados no correspondente
exercício.
À semelhança de anos anteriores, a CGE de 2020 não fornece informação sobre as razões que
ditaram a falta de cobrança de receitas previstas nos orçamentos das entidades.
O Executivo, no exercício do direito do contraditório do Relatório Preliminar, actualizou a
informação em causa, como se apresenta no Quadro n.º IV.17 A, que se segue e esclareceu que do
montante de 750.736 milhares de Meticais, foram cobrados 235.203 milhares Meticais, que
correspondem a 31,5% do planificado.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-18
Setembro de 2021
Assim e como acima se demonstra, ainda não estão a surtir os efeitos desejados, as medidas
aprovadas pelo Executivo, dos Decretos n.º 1/2018, de 23 de Janeiro, n.º 41/2018, de 23 de Julho,
do Diploma Ministerial n.º 23/2018, de 2 de Fevereiro, do Ministro da Economia e Finanças e pela
Circular n.º 1/GAB-MF/2010, de 06 de Maio, do Ministro das Finanças, com vista a melhorar a
orçamentação.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-19
Setembro de 2021
De acordo com a informação constante deste quadro, à excepção das Províncias de Nampula,
Manica, Sofala e Cidade de Maputo, todas as restantes cobraram menos de metade da previsão.
A cobrança das Receitas Próprias de Âmbito Provincial foi de 62,1%, como se mostra, no mesmo
quadro.
No gráfico que se segue, apresenta-se a previsão e a cobrança das Receitas Próprias de Âmbito
Provincial, onde claramente se nota que a cobrança foi sempre inferior à previsão, no período em
análise.
Gráfico n.º IV.7 – Receitas Próprias de Âmbito Provincial
1.600.000
1.400.000
1.200.000
Em mil Meticais
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
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2016 2017 2018 2019 2020
Previsão Cobrança
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-20
Setembro de 2021
Os distritos das Províncias de Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo, das Receitas
Próprias previstas, faltaram à cobrança de 317.8796 milhares de Meticais, o que representa um
incumprimento de 91,4%, em preterição do disposto no n.º 3 do artigo 14 da Lei n.º 9/2002, de 12
de Fevereiro, que cria o SISTAFE, segundo o qual os montantes previstos da receita constituem
limites mínimos a serem cobrados, no correspondente exercício.
No Gráfico n.º IV.8, verifica-se que, no quinquénio, a arrecadação do nível distrital foi sempre
inferior ao montante pré-fixado, impondo-se a melhoria dos mecanismos de planificação e da
cobrança.
Gráfico n.º IV.8 – Receitas Próprias de Âmbito Distrital
900.000
800.000
700.000
Em mil Meticais
600.000
500.000
Previsão
400.000
Cobrança
300.000
200.000
100.000
0
2016 2017 2018 2019 2020
6 (347.864-29.985)
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-21
Setembro de 2021
No mesmo ano, as Receitas Consignadas representaram 3,8% das Receitas do Estado e, em termos
de variação, em relação ao ano de 2019, diminuíram 35,1%.
Do Âmbito Central, em 2020, de um total de 15 entidades, duas alcançaram a meta estabelecida,
designadamente, o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social, e o da Ciência,
Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, com cobranças de 148,9% e 207,0%,
respectivamente. No conjunto, os Municípios tiveram uma realização de 180,0%, como se pode
ver no quadro a seguir.
Quadro n.º IV.21 – Receitas Consignadas da Administração Central
(Em milhares de Meticais)
C obrança
Nº de
Entidade s Pre visão Re aliz ação
O rde m Valor
(%)
1 T ribunal Administrativo 174.624 9.127 5,2
2 Ministério do Interior 211.322 64.130 30,3
3 Ministério da Economia e Finanças 2.137.283 1.444.772 67,6
4 Ministério do T rabalho, Emprego e Segurança Social 231.980 345.481 148,9
5 Ministério da T erra Ambiente e Desenvolvimento Rural 583.410 238.937 41,0
6 Ministerio da Agricultura e Segurança Alimentar 673.000 10.866 1,6
7 Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas 346.596 141.318 40,8
8 Ministério dos Recursos Minerais e Energia 1.474.593 1.448.639 98,2
9 Ministério da Indústria e Comércio 29.550 21.747 73,6
10 Ministério dos T ransportes e Comunicações 2.148.013 1.614.721 75,2
11 Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos 4.404.790 2.910.528 66,1
12 Ministério da Cultura e T urismo 57.461 28.296 49,2
13 Ministério da Saúde 1.371.568 363.952 26,5
14 Ministério da Ciência, T ecnologia, Ensino Superior e T écnico- 4.021 8.339
207,4
Profissional
15 Municípios 17.850 32.132 180,0
Total 13.866.061 8.682.985 62,6
Fonte : Mapa II.3 da CGE de 2020.
Nota-se, ainda, no mesmo quadro, que no presente exercício, na cobrança das Receitas
Consignadas de nível Central, não foi alcançada a meta orçamentada, pois, de uma previsão de
13.866.061 milhares de Meticais, foram arrecadados 8.682.985 milhares de Meticais, o que
corresponde a uma realização de 62,6%.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-22
Setembro de 2021
A cobrança das Receitas de Capital, em 2020, alcançou 5.576.535 milhares de Meticais, o que
representa 55,6% de uma previsão de 10.029.888 milhares de Meticais (Mapa-II da CGE de 2020),
como se pode observar no quadro mais adiante.
No Mapa II, da CGE de 2020, na sub-rubrica relativa à Amortização de Empréstimos Concedidos,
das Receitas de Capital, que tinha a previsão de 73.462 milhares de Meticais, não há registo de
cobrança, em preterição do disposto no n.º 3 do artigo 14 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro,
que cria o SISTAFE, segundo o qual os montantes previstos da receita constituem limites mínimos
a serem cobrados, no correspondente exercício.
Quadro n.º IV.22 - Evolução das Receitas de Capital
(Em milhares de Meticais)
A rubrica de Alienação de Bens teve um aumento de 18,4%, quando comparada com o exercício
anterior e a de Outras Receitas de Capital, 215,1%.
No Quadro n.º IV.23, que se segue, apresenta-se a receita cobrada pela Alienação de Bens, na
Administração Central e Provincial, no montante de 113.224 milhares de Meticais.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-23
Setembro de 2021
A 31/12/2020, o saldo final das dívidas ao Estado, referido nos documentos debitados aos
Recebedores das Unidades de Cobrança (Direcções de Áreas Fiscais e Unidades de Grandes
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-24
Setembro de 2021
De acordo com o preceituado na alínea d) do n.º 2 do artigo 14 da Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto,
alterada e republicada pela Lei n.º 8/2015, de 6 de Outubro, em sede do Relatório e Parecer sobre
a Conta Geral do Estado, o Tribunal Administrativo aprecia, dentre outras matérias, os benefícios
fiscais, créditos e outras formas de apoio concedidos directa ou indirectamente.
Nos termos do artigo 2 do Código de Benefícios Fiscais, aprovado pela Lei n.º 4/2009, de 12 de
Janeiro, são benefícios fiscais, as medidas que impliquem a isenção ou redução do montante a
pagar dos impostos em vigor, com o fim de favorecer as actividades de reconhecido interesse
público, bem como incentivar o desenvolvimento económico do país.
Em 2020, os benefícios fiscais atingiram o nível mais alto, do período 2016-2020, com 24.966,5
milhões de Meticais e um crescimento de 0,3%, em relação ao exercício anterior, com se ilustra
no Quadro n.º IV. 25.
Por espécie de impostos, os benefícios fiscais incidem mais sobre o IVA (na importação), IRPC e
nos Direitos Aduaneiros (na importação), conforme se infere no quadro a seguir.
7 (9.768.262-7.434.929)
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-25
Setembro de 2021
Tendo em vista a certificação dos dados referentes à Conta Geral de Estado de 2020, no que diz
respeito à cobrança das receitas públicas, foram solicitadas informações, para análise, através de
notas de pedido e ofícios, às Direcções Regionais Sul, Centro e Norte, nas Delegações Provinciais
e Unidades de Cobrança (UGC´s de Maputo e Matola, DAF´s da Matola, do 1.º Bairro de Maputo,
de Xai-Xai, de Chókwè, Inhambane e Vilankulos) e feitas auditorias a Unidades de Cobrança da
Autoridade Tributária, cujas principais constatações são apresentadas nos pontos que se seguem.
Na sua aferição, junto das Direcções Regionais, Delegações Provinciais e Unidades de Cobrança,
o Tribunal constatou o seguinte:
a) falta de harmonização dos conteúdos dos relatórios anuais sobre a arrecadação da receita,
pelas Direcções Regionais e Delegações Provinciais, visto que:
i. em algumas Direcções Regionais e Delegações Provinciais da AT, não há registo das
cobranças resultantes das fiscalizações e auditorias realizadas;
ii. foram fornecidas informações divergentes sobre as metas, realizações, valor do
imposto apurado e multas, o que torna menos fiáveis os dados facultados pelas
Direcções Regionais e Delegações Provinciais da AT, no que respeita às auditorias e
fiscalizações realizadas;
iii. nem todas as Delegações Provinciais apresentaram a informação dos impostos
adicionais, resultantes das fiscalizações e das auditorias efectuadas, nem das multas
aplicadas por transgressões fiscais.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-26
Setembro de 2021
No Quadro n.º IV.26, mostra-se que, em 2020, o valor global da receita arrecadada foi de
250.045.913 milhares de Meticais, o que corresponde a 116,1,% da meta de 215.301.278 milhares
de Meticais.
Quadro n.º IV.26 - Receita Arrecadada por Região e por Área Operativa de Cobrança
(Em milhares de Meicais)
Re ce ita por Áre a Jane iro a De z e mbro de 2020
De scrição
O pe rativa Programa Arre cadação De svio Re al.% Pe so%
Imposto Sobre
126.482.248 150.415.195 23.932.947 118,9 60,2
Direcção T ransações Internas
Regional do Imposto Sobre Comércio
38.199.755 42.306.581 4.106.826 110,8 16,9
Sul Externo
Sub-total 164.682.002 192.721.776 28.039.773 117,0 77,1
Imposto Sobre
17.593.318 21.915.012 4.321.694 124,6 8,8
Direcção T ransações Internas
Regional do Imposto Sobre Comércio
13.988.547 14.766.112 777.565 105,6 5,9
Centro Externo
Sub-total 31.581.866 36.681.124 5.099.259 116,1 14,7
Imposto Sobre
9.692.479 11.898.482 2.206.004 122,8 4,8
Direcção T ransações Internas
Regional do Imposto Sobre Comércio
9.344.931 8.744.531 -600.401 93,6 3,5
Norte Externo
Sub-total 19.037.410 20.643.013 1.605.603 108,4 8,3
TO TAL 215.301.278 250.045.913 34.744.635 116,1 100,0
Total de Impostos por Áre a O pe rativa 0,0
Imposto/T ransações Internas 153.768.045 184.228.689 30.460.645 119,8 73,7
Imposto/Comércio Externo 61.533.233 65.817.224 4.283.991 107,0 26,3
Total por Áre a O pe rativa 215.301.278 250.045.913 34.744.635
Fonte : Direcções Regionais e Delegações Provincias da AT
Observa-se, ainda, neste quadro, que 77,1% das Receitas colectadas correspondem à Região Sul,
14,7%, à Região Centro e 8,3%, à Região Norte.
Quanto à cobrança, por área operativa da receita, 73,7% provém dos impostos sobre as transações
internas e 26,3%, dos impostos sobre o comércio externo.
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-27
Setembro de 2021
Nos impostos sobre as transações internas, como nos impostos sobre o comércio externo, destaca-
se a Região Sul, com 60,2% e 16,9%, na devida ordem.
Apuraram-se diferenças, da comparação da informação respeitante à cobrança da receita, constante
dos Relatórios de Actividades das Direcções Regionais da Autoridade Tributária (AT), de
250.045.913 milhares de Meticais, com a dos Mapas II – 1 do Orçamento Central e II – 2 do
Orçamento Provincial, da CGE de 2020, de 235.213.260 Milhares de Meticais conforme o quadro
a seguir.
Quadro n.º IV.27 – Diferenças Apuradas
(Em milhares de Met icais)
Arre cadação
De scri ção Re ce i ta por Áre a O pe rati va Q u adro n .º Mapa II-2 - Mapa II-1- Total
Di fe re n ças 5=(4-1)
IV.30 (1) O P (2) O C (3) 4=(2+3)
Impost o Sobre T ransações
150.415.195
Int ernas
Di re cção
Impost o Sobre Comércio
Re gi on al do S u l 42.306.581
Ext erno
S u b-total - 1 192.721.776 1.070.359 200.438.795 201.509.154 8.787.378
Impost o Sobre T ransações
21.915.012
Di re cção Int ernas
Re gi on al do Impost o Sobre Comércio
14.766.112
C e n tro Ext erno
S u b-total - 2 36.681.124 1.020.113 20.798.351 21.818.464 -14.862.660
Impost o Sobre T ransações
11.898.482
Di re cção Int ernas
Re gi on al do Impost o Sobre Comércio
8.744.531
Norte Ext erno
S u b-total - 3 20.643.013 957.699 10.927.943 11.885.642 -8.757.371
Total 250.045.913 3.048.171 232.165.089 235.213.260 -14.832.653
Fon te : Direcções Regionais/Delegações P rovinciais e Mapas II - 1 e II - 2 da CGE 2020
Ao longo do exercício económico de 2020, nas três Direcções Regionais (Sul, Centro e Norte) da
AT, foram instaurados 5.074 processos de transgressão, que adicionados aos 10.506 que
transitaram de 2019, nos respectivos sectores do contencioso tributário, somam 15.580 processos,
correspondentes a 4.458.119 milhares de Meticais, conforme atesta o quadro que se segue.
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-28
Setembro de 2021
Quadro n.º IV.28 – Ponto de Situação dos Processos nos Sectores do Contencioso Fiscal
(Em milhares de Meticais)
Dire cção
Dire cção Dire cção Re gional
Re gional Total Ge ral
De signação Re gional Sul Norte
Ce ntro
Q tde . Valor Q tde . Valor Q tde . Valor Q tde . Valor Pe so(%)
Processos Existentes
5.176 1.802.962 3.455 677.648 1.875 285.700 10.506 2.766.310
01.01.2020
Processos Instaurados no ano 1.783 1.529.843 2.025 145.040 1.266 16.926 5.074 1.691.809
Sub-Total 6.959 3.332.805 5.480 822.688 3.141 302.626 15.580 4.458.119 100,0
Processos Findos 1.968 721.353 759 12.004 2.727 733.357
Processos Cobrados 373 40.562 458 34.203 575 6.168 1.406 80.933
Pagamento em Prestações 0 1.313 55 15.101 142 824 197 17.239
Anulados 900 298.291 465 10.130 125 1.294 1.490 309.716
Virtualizados/Relaxados 178 357.619 64 1.003 242 358.622
Processos Perdoados 517 23.568 45 4.884 77 24 639 28.476
Contestados 96 140.898 22 6.482 3 20 121 147.400
For a de Prazo e Enviados T F 61 1.123 128 8.574 155 285 344 9.982
Redução da multa 11 4 11 4
Processos .Regularizados de anos
16 1 16 1
anteriores
Processos Enviados ao T A 24 549 24 549
Proc.T ransferidos p/ DAF 3 11.174 46 1.546 49 12.720
Proc.Virtualizados no Juízo 81 4.737 81 4.737
Processos Findos L1 16 1.842 16 1.842
Sub-Total Proce sso Findos 1.968 721.353 1.023 64.319 1.034 9.867 4.025 1.705.577 25,8
Existê ncia Final 4.991 2.611.452 4.457 825.740 2.107 302.932 11.555 3.882.145 74,2
Re pre se ntatividade % 43,2 38,6 18,2 100,0
Fonte : Direcções Regionais e Delegações Provinciais da AT
Como se pode ver, no quadro, dos 15.580 processos existentes, em 2020, foram autuados 4.025
processos (25,8%), no montante de 1.705.577 milhares de Meticais, e transitaram 11.555 processos
(74,2%), no valor de 3.882.145 milhares de Meticais.
Quanto aos 11.555 processos que transitaram para 2021, a Região Sul representa 43,2% e as
Regiões Centro e Norte, 38,6% e 18,2%, sucessivamente.
Assim, observa-se uma demora na tramitação processual que tem como consequência a
acumulação de saldos em dívida a cada ano, que vão transitando para o ano seguinte, impactando,
negativamente, na arrecadação da receita.
A este propósito, o Governo, em sede do contraditório do Relatório Preliminar sobre a CGE de
2020, afirmou que a acumulação de saldos em dívida, que transitam para os períodos seguintes,
deve-se a dificuldades de localização dos infractores para efeitos de notificação, devido à mudança
sistemática de endereços, sem comunicação à Administração Fiscal, e que para a recuperação dos
créditos dos devedores não localizáveis, tem privilegiado a colaboração sistemática da
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-29
Setembro de 2021
Para o exercício económico de 2020, nos sectores do Juízo das Execuções Fiscais, das três Regiões
(Sul, Centro e Norte), transitaram, do ano anterior, 71.951 processos, no valor de 7.916.585
milhares de Meticais e foram instaurados 2.237 processos, durante o ano, no montante de
1.712.330 milhares de Meticais, totalizando 74.188 processos que correspondem a 9.628.915
milhares de Meticais, como se dá conta no quadro a seguir.
Quadro n.º IV.29 – Ponto de Situação dos Processos nos Juízos das Execuções Fiscais
(Em milhares de Meticais)
Direcção
Direcção Direcção
Regional Total
Fase Regional Sul Regional Norte Peso(%)
Centro
Q de. Valor Q de. Valor Q de. Valor Q de. Valor
Proc".
66.509 6.853.483 2.992 505.303 2.450 557.800 71.951 7.916.585
Existentes01/01/2020
Proc Instaurados de
1.305 1.608.771 697 94.678 235 8.881 2.237 1.712.330
"Jan", a "Dez", 2020
Sub-total 67.814 8.462.254 3.689 599.980 2.685 566.681 74.188 9.628.915 100,0
Processos Cobrados 423 178.624 162 7.078 74 2.225 659 187.927
Pagamento em
36 53 89
Prestações 187.674 14.275 2.828 204.777
Anulados artigo 169 301 148.091 43 1 126 1.574 470 149.666
Processos Perdoados 517 23.568 0 0 517 23.568
Relaxados 15 9.061 0 0 15 9.061
Transferidos p/ DAF 3 557 3 557
Julgamentos em Falha 1 113 1 113
Proc.fora de prazo e
enviados ao TF
Processos aguardando
3 3
homologação
Sujeitos passivos em
parte incerta
Notificados 2 37 2 37
Sub-total 1.257 547.131 205 21.353 205 7.221 1.667 575.706 2,2
Saldo em 31/12/2020 66.557 7.915.123 3.484 578.627 2.480 559.460 72.521 9.053.210 97,8
Representatividade% 91,8 4,8 3,4 100,0
Fonte: Direcções Regionais e Delegações Proviciais da AT
Dos 72.521 processos que transitaram para o ano de 2021, 91,8% são da Região Sul, no montante
de 7.915.123 milhares de Meticais, o que demonstra lentidão na tramitação processual.
Sobre esta matéria, à semelhança dos exercícios anteriores, o Executivo, reagindo ao Relatório
Preliminar do Tribunal, informou que está em curso o trabalho de saneamento de processos que
consiste em: (i) julgamento em falha, na ordem de 1.215 processos correspondentes a 728.500
milhares de Meticais; (ii) prescrição, na ordem de 62.144 processos correspondentes a 4.684.130
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-30
Setembro de 2021
Como se mostra no quadro supra, não foram realizadas 4038 fiscalizações, o que representa um
incumprimento de 20,2%, em relação ao programa para o ano de 2020.
Ainda, em todas as Direcções Regionais, não há registo de cobranças, resultantes das fiscalizações
realizadas e as entidades, nos seus relatórios, não se referem às razões que ditaram este
incumprimento.
8 (1.992-1.589)
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-31
Setembro de 2021
Por último, foram apresentados dados diferentes sobre as metas, realizações, valor do Imposto
apurado, e multas, o que torna menos fiável a informação facultada pelas Direcções Regionais e
Delegações Provinciais da AT.
4.6.2.5 – Auditorias
De Janeiro a Dezembro de 2020, foram efectuadas 371 auditorias, que representam 80,5% das 461
programadas pela DAFT (Direcção de Auditoria e Fiscalizações Tributárias). Estas acções
permitiram a entrada, nos cofres do Estado, de 16.389.406 milhares de Meticais e multas aplicadas
no montante de 836.387 milhares de Meticais.
Quadro n.º IV.31 - Ponto da Situação das Auditorias
(Em milhares de Meticais)
Realizações
N.º de
Delegação Provincial Meta Valor Valor das
O rdem Q tde. % Valor Apurado Saldo
Cobrado Multas
Cidade de Maputo 105 101 96,2 121.906 121.906
Direcção Maputo 0 44 881.191 332.240 548.951
Regional Sul Gaza 104 7 6,7 9.252 9.081 171
Inhambane 54 44 81,5 83.658 5.569 78.089
Sub-Total-1 263 196 74,5 1.096.007 346.890 749.117
Sofala 86 120.429 77.376 43.053
Direcção 80 15
T ete 18,8 197.086 197.086
Regional
Centro Manica 0
Zambézia 55 2 3,6 5.858 5.858
Sub-Total-2 135 103 76,3 323.373 77.376 245.997
Relativamente ao incumprimento da meta das auditorias, tal como aconteceu na informação sobre
as fiscalizações, os relatórios das unidades de cobrança, Delegações Provinciais e Regionais, não
fazem alusão às razões que teriam determinado ou influenciado essa situação.
Igualmente, como acontece nas fiscalizações, foram apresentados dados diferentes sobre as metas,
realizações, valor do Imposto apurado, pagamentos e multas, o que torna menos fiável a
informação facultada pelas Direcções Regionais e Delegações Provinciais da AT.
A este propósito, o Executivo, em sede do contraditório, referiu que no âmbito da implementação
das medidas de prevenção e contenção da propagação da Covid-19, à luz da Circular n.º 04/GAB-
DGI/132/2020, de 8 de Abril, foram suspensas temporariamente, as acções de auditorias e
fiscalizações.
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-32
Setembro de 2021
O Governo, em sede do Contraditório, actualizou, uma vez mais, aqueles dados, o que só vem
reforçar a percepção de fragilidade dos sistemas de acompanhamento e registo das acções acima
aludidas.
Nos termos do artigo 2 da Lei n.º 4/2009, de 12 de Janeiro, consideram-se Benefícios Fiscais as
medidas que impliquem a isenção ou redução do montante a pagar dos impostos em vigor, com o
fim de favorecer as actividades de reconhecido interesse público, bem como incentivar o
desenvolvimento económico do país.
Os benefícios fiscais são considerados despesa fiscal e para a sua determinação e controlo é exigida
a declaração apropriada dos benefícios usufruídos em cada exercício fiscal.
Conforme se vê no Quadro n.º IV.32, que se segue, no exercício económico em alusão, foram
concedidos benefícios fiscais a 93 empresas do grupo de Impostos Internos, no montante de
5.238.979 milhares de Meticais. A distribuição, por regiões é de 58, no montante de 3.966.821
milhares de Meticais, da Região Sul, 21, correspondendo a 1.122.905 milhares de Meticais, do
Centro e 14, da Região Norte, no valor de 149.252 milhares de Meticais. No grupo dos Impostos
sobre o Comércio Externo, foram concedidos benefícios fiscais às empresas sediadas nas regiões
Sul, Centro e Norte, de 16.624.696 milhares de Meticais. No conjunto, os benefícios fiscais
concedidos totalizam 21.863.675 milhares de Meticais.
4.6.2.6.1 – Constatação
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-33
Setembro de 2021
É de referir que a discrepância da informação facultada pelo Governo e pela Direcção Nacional de
Contabilidade Pública-DNCP afecta a fiabilidade, bem como a consistência e a comparabilidade,
o que contraria o estabelecido nas alíneas a) e c) do artigo 39 e o preceituado no n.º 1 do artigo 46,
ambos da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que estabelecem a observância do princípio da
clareza, exactidão e simplicidade, na elaboração da CGE, de modo a possibilitar a sua análise
económica e financeira.
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-34
Setembro de 2021
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RELATÓRIO SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2020 IV-35