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BRASÍLIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
DEPARTAMENTO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO EM
ARQUITETURA E URBANISMO
PLANEJAMENTO
FÍSICO HOSPITALAR
Prof. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto
1. INTRODUÇÃO
As presentes Notas de Aula foram especialmente redigidas para o Curso de Pós -
Graduação em Administração Hospitalar e Saúde Pública. Nesta primeira versão foram
consideradas as necessidades do administrador hospitalar em dois sentidos:
Essa é uma primeira lição sobre as fragilidades do nosso país em fase das pressões
comerciais de um mundo francamente globalizado.
essenciais para o planejamento. Falaremos agora desses três níveis, como “malhas
lógicas”, que podem fortalecer e orientar indiretamente a própria modulação física dos
estabelecimentos assistenciais de saúde.
informação, moradia, lazer, convívio comunitário entre outros aspectos de sua vida.
Assim, cada estabelecimento assistencial de saúde participa de um ambiente de bairro, a
um ambiente urbano, a um ambiente regional, de uma rede de cidades - e de
estabelecimentos assistenciais. Não podemos abstrair as políticas públicas da realidade
social e econômica, da organização urbana e da qualidade ambiental do território que
estamos a analisar.
Cores “quentes”:
áreas de risco
Malha de Ações
Preventivas e
Cores “frias”:
áreas controladas Curativas
Fronteiras magenta:
cobertura insuficiente Malha Ecológica
Fronteiras bege:
cobertura regular (População e sua
Fronteiras bege: Epidemiologia)
cobertura controlada
estão incluídas entre as habilidades técnicas das equipes de saúde. Por outro lado, o
administrador (que pode ter uma formação “básica” como médico, enfermeiro, mas que
desenvolveu uma educação própria e formal como administrador, e almeja uma
experiência prática profissional na administração do sistema de saúde, e não confunde
seu papel de administrador com qualquer outro, especialmente com o de profissional da
saúde que também atua “na linha de frente”) deve conhecer bem o conjunto de
atividades desenvolvida em estabelecimentos assistenciais de saúde, em todos os seus
aspectos.
DE SERVIÇOS);
• A OCORRÊNCIA DE EXAMES E DEMAIS ATOS RELACIONADOS AO DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO NAS MODALIDADES “ELETIVA” E “NÃO - ELETIVA”, EM UM MESMO E.A.S.
IMPLICA EM UM IMPORTANTE CONFRONTO DE CRITÉRIOS DE ACESSIBILIDADE: OS
EXAMES ELETIVOS EXIGEM AMPLA ACESSIBILIDADE ÀS UNIDADES PELOS PACIENTES;
OS NÃO - ELETIVOS EXIGEM RESTRIÇÃO DE ACESSO;
• OS HOSPITAIS “GERAIS”, DE ESPECIALIDADES, SÃO TIPOLOGIAS QUE - NO ATUAL
MARCO DE ORGANIZAÇÃO DAS TIPOLOGIAS DE E.A.S.’s - ABRIGAM AS COMPOSIÇÕES
MAIS “ESTÁVEIS” DESSAS ATIVIDADES, SOBRETUDO EM DETERMINADOS PATAMARES DE
COMPLEXIDADE ASSOCIADOS À EXISTÊNCIA DE CENTROS CIRÚRGICO / OBSTÉTRICO E
DE INTERNAÇÕES ESPECIALIZADAS;
• CONTUDO, ADVERTE - SE PARA O FATO DE QUE QUALQUER COMBINAÇÃO DEVE SER
SUBMETIDA AO EXAME DO PAPEL DESEMPENHADO PELO E.A.S. NA REDE
HIERARQUIZADA E REGIONALIZADA: AS “LINHAS DE TRABALHO” DEVEM SER
RELACIONADAS AOS FLUXOS DE REFERÊNCIA, AO ADVENTO DE PACIENTES
ENCAMINHADOS DESDE OS E.A.S.’s; NAS UNIDADES DE DIAGNOSTICO E TRATAMENTO
ESTÁ “SEDIADA” A RESOLUTIVIDADE DOS CASOS MAIS GRAVES / DE MAIOR RISCO QUE
ACESSAM O SISTEMA DE SAÚDE - NESSE SENTIDO O SEU DIMENSIONAMENTO DEVE
CONSIDERAR OS FATORES DE RISCO À SAÚDE EXISTENTES NA REALIDADE REGIONAL.
CONTROLE
DE MEDI-
CAMENTOS CONTROLE DE
ATENDIMENTO
(PACIENTES)
DIREÇÃO CONTROLE
(ADMINISTRATIVA) DE PESSOAL
REALIZAÇÃO INFORMAÇÕES
CHEFIA DE PRIMEIRA
MÉDICA MÉDICAS E
CONSULTA ESTATÍSTICAS
MÉDICA
ASSISTÊNCIA
À CONSULTA REGISTRO DE INGRESSO DE
CHEFIA
MÉDICA PACIENTES PACIENTES
DE ENFERMAGEM
REALIZAÇÃO
DE CONSULTA TRIAGEM DE
DE ENFERMAGEM PACIENTES
INTERNAÇÃO
DE PACIENTES
REALIZAÇÃO
EXAME DE CONSULTA
CLÍNICO DE MÉDICA (ACOM-
PACIENTES PANHAMENTO)
diferentes, mesmo que façamos uso das mesmas Atividades, ou que usemos as mesmas
palavras - chave. Lembre - se que podemos explicar um mesmo fenômeno com
diferentes palavras. Também deve ser observado que é possível fazer diagramas
envolvendo Atividades de diferentes Atribuições (como, por exemplo, entre a
Atribuição 3, prestação de atendimento de assistência à saúde em regime de internação
- atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada por
período superior a 24 horas [pacientes internos] e a Atribuição 6, formação e
desenvolvimento de recursos humanos e de pesquisa - atendimento direta ou
indiretamente relacionado à atenção e assistência à saúde em funções de ensino e
ATRIBUIÇÃO 1 ATRIBUIÇÃO(...) ATRIBUIÇÃO 8
a1 a1 a1
aN aN aN
aN aN aN aN aN aN
aN aN aN aN aN aN
ATIVIDADES:
1.1 - Realizar ações individuais ou coletivas de prevenção à saúde tais como:
imunizações, primeiro atendimento, controle de doenças, visita domiciliar, coleta de
material para exame, etc.;
1.2 - Realizar vigilância epidemiológica através de coleta e análise sistemática
de dados, investigação epidemiológica, informação sobre doenças, etc.;
1.3 - Promover ações de educação para a saúde, através de palestras,
demonstrações e treinamento “in loco”, campanha, etc.;
1.4 - Orientar as ações em saneamento básico através da instalação e
manutenção de melhorias sanitárias domiciliares relacionadas com água, esgoto e
resíduos sólidos;
1.5 - Realizar vigilância nutricional através das atividades continuadas e
rotineiras de observação, coleta e análise de dados e disseminação da informação
referente ao estado nutricional, desde a ingestão de alimentos à sua utilização biológica;
1.6 - Recepcionar, registrar e fazer marcação de consultas;
1.7 - Proceder à consulta médica, odontológica, psicológica, de assistência
social, de nutrição, de farmácia, de fisioterapia, de terapia ocupacional, de
fonoaudiologia e de enfermagem;
1.8 - Realizar procedimentos médicos e odontológicos de pequeno porte, sob
anestesia local (punções, biópsia, etc.);
1.9 - Realizar procedimentos diagnósticos que requeiram preparação e/ou
observação médica posterior, por período de até 24 horas *;
1.10 - Realizar procedimentos terapêuticos, que requeiram preparação e/ou
observação médica posterior, por período de até 24 horas *;
1.11 - executar e registrar a assistência médica e de enfermagem por período de
até 24 horas; e
1.12 - Realizar treinamento especializado para aplicação de procedimento
terapêutico e/ou manutenção ou uso de equipamentos especiais.
ATIVIDADES:
3.1 - Internação de pacientes adultos e infantis:
3.1.1 - proporcionar condições de internar pacientes, em ambientes
individuais ou coletivos, conforme faixa etária, patologia, sexo e intensividade
de cuidados;
3.1.2 - executar e registrar a assistência médica diária;
3.1.3 - executar e registrar a assistência de enfermagem, administrando as
diferentes intervenções sobre o paciente;
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DEPARTAMENTO DE PROJETO
ATIVIDADES:
4.1 - Patologia clínica:
4.1.1 - receber ou proceder a coleta de material (no próprio laboratório
ou descentralizada);
4.1.2 - fazer a triagem do material;
4.1.3 - fazer análise e procedimentos laboratoriais de substâncias ou
materiais biológicos com finalidade diagnóstica e de pesquisa;
4.1.4 - fazer o preparo de reagentes/soluções;
4.1.5 - fazer a desinfecção do material analisado a ser descartado;
4.1.6 - fazer a lavagem e preparo do material utilizado; e;
4.1.7 - emitir laudo das análises realizadas.
4.2 - Imagenologia:
4.2.1 - proceder à consulta e exame clínico de pacientes;
4.2.2 - preparar o paciente;
4.2.3 - assegurar a execução de procedimentos pré-anestésicos e realizar
procedimentos anestésicos;
4.2.4 - proceder a lavagem cirúrgica das mãos;
4.2.5 - realizar exames diagnósticos e intervenções terapêuticas:
a) por meio da radiologia através dos resultados de estudos
fluoroscópicos ou radiográficos;
b) por meio da radiologia cardiovascular, usualmente recorrendo a
catéteres e injeções de contraste. Executam-se também procedimentos
terapêuticos como angioplastia, drenagens e embolizações terapêuticas;
c) por meio da tomografia - através do emprego de radiações ionizantes;
d) por meio da ultra-sonografia - através dos resultados dos estudos
ultrasonográficos;
e) por meio da ressonância magnética - através de técnica que utiliza
campos magnéticos;
f) por meio de endoscopia digestiva e respiratória;
g) por outros meios;
4.2.6 - elaborar relatórios médicos e de enfermagem e registro dos
procedimentos realizados;
4.2.7 - proporcionar cuidados pós - anestésicos e pós-procedimentos;
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DEPARTAMENTO DE PROJETO
ATIVIDADES:
5.1 - Proporcionar condições de assistência alimentar a indivíduos enfermos e
sadios:
5.1.1 - receber, selecionar e controlar alimentos, fórmulas, preparações e
utensílios;
5.1.2 - armazenar alimentos, fórmulas, preparações e utensílios;
5.1.3 - distribuir alimentos e utensílios para preparo;
5.1.4 - fazer o preparo dos alimentos e fórmulas;
5.1.5 - fazer a cocção das dietas normais, desjejuns e lanches;
5.1.6 - fazer a cocção das dietas especiais;
5.1.7 - fazer o preparo de fórmulas lácteas e não lácteas;
5.1.8 - fazer a manipulação das nutrições enterais;
5.1.9 - fazer o porcionamento das dietas normais;
5.1.10 - fazer o porcionamento das dietas especiais;
5.1.11 - fazer o envase, rotulagem e esterilização das fórmulas lácteas e
não lácteas;
5.1.12 - fazer o envase e rotulagem das nutrições enterais;
5.1.13 - distribuir as dietas normais e especiais;
5.1.14 - distribuir as fórmulas lácteas e não lácteas;
5.1.15 - distribuir as nutrições enterais;
5.1.16 - distribuir alimentação e oferecer condições de refeição aos
pacientes, funcionários, alunos e público;
5.1.17 - distribuir alimentação específica e individualizada aos pacientes;
5.1.18 - higienizar e guardar os utensílios da área de preparo;
5.1.19 - receber, higienizar e guardar utensílios dos pacientes além de
descontaminar e esterilizar os utensílios provenientes de quartos de isolamento;
5.1.20 - receber, higienizar e guardar as louças, bandeja e talheres dos
funcionários, alunos e público;
5.1.21 - receber, higienizar e guardar os carrinhos;
5.1.22 - receber, higienizar e esterilizar mamadeiras e demais utensílios
utilizados, e;
5.1.23 - receber, higienizar e esterilizar os recipientes das nutrições
enterais.
ATIVIDADES:
6.1 - Promover o treinamento em serviço dos funcionários;
6.2 - Promover o ensino técnico, de graduação e de pós - graduação, e;
6.3 - Promover o desenvolvimento de pesquisas na área de saúde.
ATIVIDADES:
7.1 - Realizar os serviços administrativos do estabelecimento:
7.1.1 - dirigir os serviços administrativos;
7.1.2 - assessorar a direção do EAS no planejamento das atividades e da
política de investimentos em recursos humanos, físicos, técnicos e tecnológicos;
7.1.3 - executar administração de pessoal;
7.1.4 - fazer compra de materiais e equipamentos;
7.1.5 - executar administração orçamentária, financeira, contábil e
faturamento;
7.1.6 - organizar, processar e arquivar os dados de expediente;
7.1.7 - prestar informações administrativas aos usuários e funcionários, e;
7.1.8 - apurar custos da prestação de assistência e outros.
7.2 - Realizar os serviços de planejamento clínico, de enfermagem e técnico:
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ATIVIDADES:
8.1 - Proporcionar condições de lavagem das roupas usadas
8.1.1 - coletar e acondicionar roupa suja a ser encaminhada para a
lavanderia (externa ao EAS ou não);
8.1.2 - receber, pesar a roupa e classificar conforme norma;
8.1.3 - lavar e centrifugar a roupa;
8.1.4 - secar a roupa;
8.1.5 - costurar e/ou confeccionar, quando necessário, a roupa;
8.1.6 - passar a roupa através de calandra, prensa ou ferro;
8.1.7 - separar e preparar (dobragem, etc.) a roupa lavada ;
8.1.8 - armazenar as roupas lavadas;
8.1.9 - separar e preparar os pacotes da roupa a ser esterilizada;
8.1.10 - distribuir a roupa lavada;
8.1.11 - zelar pela segurança dos operadores, e;
8.1.12 - limpar e desinfectar o ambiente e os equipamentos.
8.2 - Executar serviços de armazenagem de materiais e equipamentos:
8.2.1 - receber, inspecionar e registrar os materiais e equipamentos;
8.2.2 - armazenar os materiais e equipamentos por categoria e tipo, e;
8.2.3 - distribuir os materiais e equipamentos.
8.3 - Proporcionar condições técnicas para revelação, impressão e guarda de
chapas e filmes;
8.4 - Executar a manutenção do estabelecimento:
8.4.1 - receber e inspecionar equipamentos, mobiliário e utensílios;
8.4.2 - executar a manutenção predial (obras civis e serviços de alvenaria,
hidráulica, mecânica, elétrica, carpintaria, marcenaria, serralharia, jardinagem,
serviços de chaveiro);
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C C C C C
Visitantes
Pacientes de Diagnóstico Atendimento
Administração Ambulatório
C internação eletiva & Tratamento Imediato
ATENDIMENTO
Residência
Centro Unidade Anatomia
Médica e Internação e Centro
S.A.M.E. C de Tratamento C
Treinamento Alta Obstétrico Cirúrgico Patológica
Intensivo
em Servço
MARÇO DE 2009
Especialidades
Clínica Clínica Clínica Clínica
Convalescença
Médica Pediátrica Obstétrica Cirúrgica
Crônicos
TERAPIAS INTENSIVAS
E INTERNAÇÃO
APOIOS
TEC/LOG
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P1
P2
P4...
Pn
• Unidade de Ambulatório:
- Como funciona ? Qual o período principal de funcionamento - e por quê ? Quais as
clínicas existentes ? Há enfermagem especializada ? Em que casos há medicação do
paciente no ambulatório ? É necessário separar os fluxos de pacientes e de serviço ? O
que é o prontuário do paciente ? De onde vem o prontuário ? O paciente vem “referido”
de onde ? O que é “referência” e “contra-referência” ? Quais os programas comuns
entre o hospital e os Centros de Saúde ? O ambulatório encaminha o paciente para
exames no próprio hospital - que exames são os mais comuns ? Deve-se ter ambientes
distintos para as crianças e mulheres ? Como os pacientes são chamados para os
consultórios ? Quem controla o fluxo de pacientes ? O ambulatório é facilmente
acessível ? Os pacientes e acompanhantes estão bem acomodados nas esperas ? Quais
os principais problemas existentes no setor ?
• Agência Transfusional:
- Como funciona ? Qual a sua rotina ? Qual a sua relação com o Hemocentro ? O sangue
armazenado pode ser transportado para outros hospitais ? Como é tratado o doador ?
Qual é o setor que mais demanda os seus serviços ? Quais os principais problemas
existentes no setor ?
- Como funciona ? Qual a rotina de exame dos pacientes ? Quais os exames realizados ?
Há controle de segurança das radiações ? Há especialista em física na área radiológica
no hospital ? Há pacientes que são transportados desde a emergência para a radiologia ?
E desde as áreas de internação ? Há exames que exigem o preparo de pacientes - qual a
sua rotina ? Qual é o setor que mais demanda os seus serviços ? Quais os principais
problemas existentes no setor ?
• Unidade de Emergência:
- Como funciona ? Quais os principais tipos de atendimento prestados ? Como são
admitidos os pacientes graves e politraumatizados ? Como são admitidos os casos de
menor gravidade ? Como é feita a observação do paciente, de modo geral ? Deveria
haver enfermarias para observações mais prolongadas ? Deve haver setor de isolamento
na emergência ? Quanto tempo de observação, de modo geral, é tolerado ? Como é feita
a alimentação do paciente ? Quando se decide pela internação do paciente ? Quais as
diferenças no atendimento de crianças, mulheres e homens ? Há equipes diferenciadas
na emergência? O setor deve estar próximo de que outros setores ? Como o setor se
organizaria no caso de uma demanda que superasse as condições normais de
atendimento (quantitativamente ) ? Como é feita a higienização do paciente ? Como é
feito o controle do tratamento dado a cada paciente, com a mudança das turmas de
trabalho ? Qual a rotina das âmbulâncias e dos padioleiros ? Qual a rotina dos policiais
de plantão no setor ? Admite-se acompanhantes de pacientes em que casos ? Como
acompanhantes não admitidos podem ser informados do estado do paciente ? Quais os
principais problemas existentes no setor ?
• Centro Cirúrgico:
- Como funciona ? Como é admitido o paciente ? (ATENÇÃO: TODA A ROTINA DO
PACIENTE DEVE SER DESCRITA) A maca de transporte pode entrar no Centro ?
Qual o papel do posto ( e da equipe ) de enfermagem ? Como é feito o preparo do
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• Centro Obstétrico:
- Como funciona ? Como é realizada a admissão da paciente ? Qual a rotina de sua
preparação ? (ATENÇÃO: TODA A ROTINA DA PACIENTE DEVE SER
DESCRITA) Por quê o Centro Obstétrico é distinto do Centro Cirúrgico ? Há a
necessidade de separação de Sala de Parto Cirúrgico das demais salas de parto ? Qual a
rotina dos cuidados com o recém-nascido ? Qual a rotina de recuperação da parturiente
? É freqüente que o parto contamine a Sala ? Qual o procedimento de isolamento em
caso de parto contaminado ? Qual o procedimento no caso de a mãe e/ou o filho
apresentarem complicações ? Quais os principais problemas do setor ?
verificado o material que vai ser limpo ? Como é processado o material no lado limpo ?
Quais as condições de assepsia e conforto no conjunto ? Há vestiários para os
funcionários? Como é feito o controle de qualidade do que é limpo ? Por quê há um
setor de costuraria ? Como é armazenado o material limpo ? Como é enviado aos
centros consumidores ? Quais os setores que mais demandam os seus serviços ? Quais
os principais problemas do setor ? OBS: FAÇA CROQUIS DA ORGANIZAÇÃO DA
LAVANDERIA HOSPITALAR, COM O LAY-OUT DE CADA EQUIPAMENTO,
SUA DENOMINAÇÃO E FUNÇÃO.
• Setor de Vestiários:
- Como é feito seu controle e utilização ? Como se localiza em relação aos demais
setores do hospital ? É efetivamente utilizado ? Quais os grupos de funcionários que
mais os utilizam ? Como procedem os funcionários que não os utilizam (inclusive os de
nível superior ) ? Há ambiente específico para o servidor portador de deficiência física ?
• Creche:
- O hospital possui creche para os servidores ? O Serviço Social do hospital tem
alternativas para o abrigo de filhos de pacientes ? Se há creche, qual a sua organização ?
Atende, em média a quantas crianças ? Se não há, como os servidores têm solucionado
esse problema (trazem seus filhos para o hospital, em situações normais ou especiais ) ?
• Residência Médica:
- Onde se localiza a residência médica ? A localização é adequada ? Qual a sua
capacidade? Qual o número de estudantes por aposento ? Quais os recursos que
dispôem, oferecidos pelo hospital, para o aprendizado (biblioteca, comissão de tutores,
programa de pesquisas, etc) ? Quais os problemas desse setor ?
• Unidade de Lactário:
- Como funciona ? (CARACTERIZE A ROTINA DE TRABALHO DO LACTÁRIO)
A quem serve ? O que produz (há diferenças entre os seus produtos) ? Como produz ?
Qual a divisão de espaços em seu interior ? Quem realiza o trabalho ? Quais os
principais problemas do setor?
• Unidade de Berçário:
- Qual a capacidade total do setor ? (CARACTERIZE A ROTINA DO BERÇÁRIO)
Como está organizada esta capacidade ( grau de risco e/ou tipos de doenças ) ? Como
são acomodados os recém-nascidos ? Como são as bancadas de apoio ao seu cuidado -
se, possível, como deveriam ser ? Sua organização espacial impõe restrições ao acesso
de pessoas estranhas ? A higiene do pessoal é controlada de que forma ? Há o uso
intencional das cores no ambiente ( para estimular, equilibrar estímulos, neutralizar
estímulos do ambiente, nas paredes e tetos, nas roupas, nos objetos e mobiliário ) ?
Quais são os principais problemas do setor ?
ambientes específicos para outras doenças, como as que são hiper-sensíveis a fatores do
ambiente - como o tétano ? Como é feito o controle de infecções hospitalares ( nestre
setor, que acolhe pacientes adultos de ambos os sexos, com praticamente todo o
repertório de infecções e outros males ) ? Quais os principais problemas do setor ?
4.3.2.1) Tipos de acesso: quantos acessos o hospital tem, e com que finalidade ? Como é
feito o controle desses acessos ? Vendo-se o conjunto, é fácil localizar os principais
acessos de público ( ambulatório, emergência, administração ) ? Há como o paciente ou
visitante ingressar no hospital, desde a calçada mais externa, “mais pública”, até o
acesso disponível, sem cruzar com pista de rolamento ? Há degraus ou desníveis nos
acessos que impeçam o deslocamento de cadeiras de rodas ? ESQUEMATIZE EM
CROQUIS A IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL E COMENTE AS FORMAS DE
ACESSO (POR AUTOMÓVEL, POR ÔNIBUS, PELO PEDESTRE, POR
AMBULÂNCIA;
• - Os croquis de alguns lugares podem ser associados entre si: por exemplo, os dos
setores de serviços, o conjunto de laboratórios associados ao ambulatório (quando for
o caso), etc;
A equipe é convidada a “ensaiar” sobre essa coletânea de pontos de vista: não se trata
somente de transcrever o que foi ouvido - uma tarefa imensa, se levada ao pé-da-letra -
mas de montar, de certo modo, uma sensível crônica do dia-a-dia numa instituição que
depende do trabalho coordenado de tantas pessoas ( e por falar nisso, você já sabe o
número total de pessoas que o hospital em estudo tem como recursos humanos ? E o
número médio de atendimentos realizados diaria, mensal, e anualmente ? E as
estatísticas do controle de infecção hospitalar ?).
QUADRO-RESUMO DE ÁREAS
(EM METROS QUADRADOS): - Seção de Ponto e Controle 56
- Setores de Serviços Gerais e Manutenção ABAIXO
- Unidade de Administração Hospitalar 613 Serviço de Manutenção 279
- Unidade de Ambulatório (15 a 25 salas.) 524 Serviço de Transportes 287
- Unidade de Banco de Leite 40 Empresa de Vigilância 65
- Serviço de Arquivo Médico e Estatístico 191 Empresa de Limpeza e Conservação 77
- Agência Transfusional (2 a 3 cadeiras) 132 Câmara de Lixo 156
- Laboratório de Patologia Clínica 352 Casa de Caldeiras 132
- Unidade de Radiologia Clínica: 364 Unidade do Corpo de Bombeiros 28
- Unidade de Anatomia Patológica 239 Áreas Industriais 396
- Unidade de Emergência (50 a 60 boxes) 1297 Áreas de Apoio 4.900(*)
- Unidade de Trat. Intensivo (8 a 12 leitos) 282 - Creche 677
- Centro Cirúrgico (3 a 4 salas) 389 - Residência Médica (12 a 18 estudantes) 252
- Centro Obstétrico (3 a 4 salas) 461 - Unid. de Intern. da Clín. Pediátrica (40 leitos) 652
- Central de Material Esterilizado 209 - Unidade de Lactário 57
- Unidade de Farmácia Hospitalar 271 - Unid. de Intern. da Clín. Obstét. (40 leitos) 554
- Unidade de Almoxarifado Hospitalar 237 - Unidade de Berçário (16 a 24 berços) 198
- Seção de Bens Patrimoniais 149 - Unid. de Intern. da Clín. Cirúrg. (40 leitos) 539
- Unidade de Lavanderia Hospitalar 415 - Unid. de Intern. da Clín. Méd. (40 leitos) 539
- Unidade de Cozinha Hospitalar 529 - Unidade de Ensino Técnico (inc. Bibliot.) 1471
- Setor de Vestiários (inclui sanit. colet.) 320 ÁREA TOTAL 13429
estudo de caso realizado.
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Caderno de Especificações e
Encargos
negócios, e entram para o setor público, como DIRIGENTES. Nem sempre é necessário
SAIR do setor privado para se beneficiar pesadamente dos recursos públicos. No
Distrito Federal houve o caso recente do ex-Secretário de Saúde que promoveu
privilegiado convênio entre os cofres públicos e o hospital privado que pertencia,
nominalmente, à sua irmã. Cerca de 25% de todos os recursos distritais para a saúde
pública eram consumidos por esse convênio, que atendia a menos de 4% da população.
Hospitais devem ser pensados para durar muito. Para serem usados
intensamente. Devemos considerar que os avanços nas tecnologias bio-médicas são
avassaladoras, e todos os hospitais, sem exceção, deveriam ser modernizados
constantemente. O conceito de sistemas “hierarquizados” de EAS – sobretudo hospitais-
, evidentemente, continua a ser aplicável à situação atual, mas seu sentido é cada vez
mais associado à escassez de recursos humanos para a formação das equipes de saúde,
do que à escassez de equipamentos. Nosso país não tem políticas realmente qualificadas
para as equipes de saúde, seja dentro dos grandes sistemas públicos (federal e dos
estados mais ricos), seja nos grandes sistemas privados. Há exceções, como a Rede
Sarah Kubitscheck de Hospitais de Doenças do Aparelho Locomotor, e grandes
hospitais privados no eixo Rio-São Paulo. Enfatizamos aqui, numa apostila que introduz
temas comuns à Arquitetura Hospitalar e à Administração Hospitalar, a importância dos
programas de humanização dos hospitais de forma centrada em dois grupos: no grupo
de usuários (que recebe a atenção geralmente dada, no tema da “humanização”) e no
grupo de profissionais de saúde.
Podemos dizer que dois aspectos dos planos “tradicionais” – com referência aos
Planos Diretores dos hospitais universitários das décadas de 1980 e 1990 – continuam a
ser imprescindíveis: (1) a descrição físico-funcional do EAS, feita de forma
“arquitetural”, mostrando “como o hospital funciona” de modo explicitadamente
associado à sua organização física. Esse é um aspecto de importância fundamental, e
não se pode admitir um Plano Diretor que não apresente essa descrição, de forma
“econômica” (sempre que possível, com ilustrações que mostrem o conjunto, mais que
as partes) e “suficiente” (sem esquecer as importantes indicações de instalações e
equipamentos, em seus eixos de passagem e características técnicas gerais); (2) o Plano
de Obras, que resume a programação de trabalho em termos de modernização
continuada dos espaços físicos do hospital. Como veremos, a diferença que se impõe,
quanto a esse ponto, é a de que o Plano de Obras é fortemente vinculado a objetivos de
Gestão hospitalar.
5.3.3 Humanização
De modo sucinto, fala-se em “humanização” como uma forma de
embelezamento do edifício hospitalar e, ainda, da realização de atividades “paralelas’
com pacientes, para seu acolhimento. Sem descartar essa abordagem estetizante da
humanização, assim como essa margem de tempo dedicada à atenção personalizada de
determinados pacientes, o sentido de “humanização dos hospitais” deve ser discutido
nos planos das práticas profissionais e políticas da organização hospitalar, e envolver os
estudos de Avaliação de Pós-Ocupação, que permitem colocar importantes problemas
ambientais numa perspectiva bem definida.
contidas nas Atribuições do EAS. A linha de tempo é definidora, por sua vez, do prazo
de validade do próprio Plano Diretor Hospitalar.
capacidade de adaptar-se a essas exigências é crucial para a vida do EAS, assim como
para a sua manutenção e melhorias. O plano de sustentação financeira deve ser
delineado no Plano Diretor.
6. REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução (2002) RDC nº 50, de 21 de
fevereiro de 2002. Brasília: ANVISA.
Barbieri, J. C., Machline, C. (2006). Logística hospitalar. São Paulo: Saraiva.
Bettarello, S. V., Silva, M. C. F., Greco, F. (2008). Fundamentos e prática em
hospital. São Paulo: Atheneu Editora.
Boeger, M. A. (2008). Gestão em hotelaria hospitalar. São Paulo: Editora Atlas.
Borba, V. R. (2006). Do planejamento ao controle de gestão hospitalar. São
Paulo: QualityMark.
Couto Filho, A. F., Souza, A. P. (2008). Responsabilidade civil, médica e
hospitalar. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
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