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ATIVIDADES COMPLEMENTARES – PALESTRA

CONVERSANDO SOBRE EDIFÍCIOS DA SAÚDE

A palestra proferida pelo arquiteto e professor João Carlos Bross, abordou as


relações entre arquitetos e demais projetistas, desde tempos passados, e sua

constante necessidade de adequação aos novos modelos de participação


integrada no projeto. E falou sobre cenários e práticas em empreendimentos de
saúde, esboçando inovadoras atuações frente as mudanças.

Como dirigente da Bross Consultoria e Arquitetura, produziu nas últimas


décadas, os projetos executivos de arquitetura e engenharias de edifícios
hospitalares que operam hoje mais de dez mil leitos, totalizando a concepção de
cerca de duzentos edifícios de saúde, cuja área soma mais de um milhão de
metros quadrados. Realizou projetos de hospitais privados para hospitais como:
Hospital Nove de Julho, Hospital Paulistano, Hospital Amil Vila Mariana, AACD
– Associação de Assistência à Criança Deficiente, UNIMED São Paulo, entre
outros. Também fundador e primeiro presidente da ABDEH – Associação
Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.

Na palestra Bross fala dos aspectos que envolvem projetos para edifícios
hospitalares. Entre eles, alguns relevantes, como a tendência à humanização
dos ambientes e a necessidade de o arquiteto conhecer as tecnologias médicas
que provocarão impacto sobre a nova organização do prédio, já antevendo
situações de futuro crescimento.

Para ele os principais aspectos que envolvem a arquitetura de edifícios médico-


hospitalares são as demandas em forma de prestação de serviços e
remuneração deles, as questões ligadas à incorporação de novas tecnologias
médicas, que são exigências não só dos profissionais, como também do
mercado e que os arquitetos precisam compreender primeiro o negócio, para
depois compreender o prédio.

Entende-se que a maneira de abordar o edifício não parte de um programa


arquitetônico, mas de uma definição da estratégia do negócio. E o arquiteto tem
que participar porque os maiores investimentos são feitos tanto na área de
infraestrutura do prédio como na tecnologia médica.
Bross comenta que quando nos referimos à arquitetura hospitalar, é necessário
que venhamos, progressivamente, tirando o foco do hospital. Entende-se o
hospital como um local de longa permanência, quando, na realidade, estão
surgindo novos tipos de edifícios, voltados para pacientes submetidos a
procedimentos de baixo risco e de curta permanência. Que uma tendência futura
são os hospitais se unirem em rede, operacionalmente. Ou seja, surgirão novas
atribuições.

Foi possível ao longo da palestra entender a partir das informações de Bross que
o arquiteto precisa estar junto do processo de estabelecimento da estratégia da
empresa, para também definir o seu trabalho. Ou seja, “o que vou fazer, para
quem vou fazer e como vou fazer”. O “como vou fazer” representa uma
incorporação de tecnologia de espaços para que se faça melhor, mais e a menor
custo.

A compreensão do arquiteto no que se refere ao edifício de saúde precisa ter um


aprimoramento maior e incorporar um conhecimento muito grande. Por isso é
importante que o profissional participe dos estudos que, tecnicamente, se
chamam de tendências. A concepção não consolida um prédio. Ela oferece o
edifício para uso naquele momento, mas já antevendo algumas situações de
futuro crescimento e acréscimo de novas tecnologias. Não existe um modelo. É
necessário analisar os processos e atividades que ocorrem dentro daquele
espaço.

Foi muito importante o compartilhamento destes conhecimentos expostos pelo


arquiteto Bross, pois foi possível entender que o hospital precisa de uma
ossatura, uma estrutura, e fechamentos que permitam constante flexibilidade. É
necessário organizar as instalações e estruturas de tal forma que se possam
adequar, com certa facilidade, os ambientes internos.
ANEXOS

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