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O silêncio dos inocentes

Música composta por Os Compositores Howard Shore & Hans Zimmer

Ganhador de vários Oscas


Sinopse
Uma jovem e talentosa agente do FBI é aconselhada pelo Dr. Hannibal Lecter, um
psiquiatra brilhante e também um psicopata violento e canibal, a fim de conseguir
capturar outro assassino.
A trilha sonora do filme
Densidade, referências aos clássicos eruditos e construção atmosférica que mescla doses
generosas de horror com traços dramáticos profundos. Assim é a condução musical das
produções audiovisuais do universo de Hannibal Lecter
Uma obra-prima, tal como o filme que acompanha. Assim é a trilha sonora de O
Silêncio dos Inocentes, um dos tantos triunfos de Howard Shore, compositor que
conduz a trajetória evolutiva de Clarice Starling e Hannibal Lecter com pompa. O
canadense, parceiro de David Cronenberg em longas jornadas em torno de tramas
enigmáticas e psicologicamente densas, assumiu aqui, um trabalho opressor,
acompanhado por latões, cordas constantes, harpas, flautas, dentre tantos outros
instrumentos peculiarmente trabalhados para a construção do tom ideal para o filme
dirigido por Jonathan Demme. O tema principal é um primor auditivo. Começa suave e
sobre gradativamente, por meio da sonoridade de cordas graves, instrumentos de sopro
baixos e acordes que parecem ondular na textura inquietante. Encontramos trepidação,
lentidão proposital e cordas taciturnas em The Asylum, composição que nos passa um
pouco de ansiedade. Clarice traz protagonismo dos sopros e elementos das composições
anteriores. É uma das faixas mais importantes, pois expõe a intensidade da protagonista
em sua jornada passional.
Quid Pro Quo e Lambs Screamings são demasiadamente sombrias, a primeira por conta
do uso assertivo de trompas e a segunda por unificar cordas e sopro suave, numa
simbiose quase romântica. The Cellar, faixa que representa o choque entre Buffalo Bill
e Clarice Starling, traz densas cordas que soam como uivos, num contraste entre
instrumentos de sopro, antecipação de Finale, composição com presença firme de
harpas dedilhadas e flexibilidade das cordas que entre um ponto e outro da música,
ressoa travessa, antes de triunfar em seu desfecho denso. O trabalho de Hans Zimmer na
sequência é também maravilhoso, mas a textura de Shore é o ponto alto de todo este
universo de personagens esféricos e conflitos dramáticos poderosos. Desenvolvida pelo
músico com base na montagem bruta do filme, sem necessariamente se prender ao
roteiro, a trilha sonora de O Silêncio dos Inocentes reflete o ponto de vista feminino da
protagonista, bastante significativo, num trabalho com progressão de acordes,
instrumentos justapostos em camadas e uma proposta que se tornou assustadora, sem ser
a intenção inicial de seu compositor.

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