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Roteiro de Ficção Prof° Efrem Pedroza

FICHA BÁSICA DE UMA HISTÓRIA

Título:
Lisístrata e a Greve do Sexo

Longline (História em uma frase): As mulheres das antigas cidades gregas


envolvidas na Guerra entre Atenas e Esparta, lideradas pela ateniense Lisístrata,
decidem instituir uma greve de sexo até que seus maridos parem a luta e
estabeleçam a paz.

Tema (Moral): As mulheres gregas, espartanas e atenienses, e os escravos estavam


excluídos da participação na vida pública e política. Qualquer crítica da democracia
ateniense é anacrônica. No entanto, as mulheres gregas protestavam e Aristófanes
deu-lhes voz nessa comédia pacifista. Ah um ensinamento de Platão: o mérito das
pessoas, independentemente do sexo e do gênero. Na sua “cidade ideal”, as
mulheres estão presentes. Os mais sábios, os melhores, devem governar.
Werner Jaeger delineia bem a honra da mulher:
"A mulher é honrada não só como um ser útil, como sucede no estágio
campesino descrito por Hesíodo, não só na qualidade de mãe dos filhos legítimos,
como se vê na burguesia dos tempos posteriores, mas acima de tudo e
principalmente porque, numa raça nobre de cavaleiros, a mulher pode ser mãe de
uma geração ilustre. Ela é a mantenedora e a guardiã dos mais altos costumes e
tradições."
Os gregos quando não ficam anos fazendo guerra, estavam fazendo filosofia.
Porem era mais guerra que qualquer outra coisa, e a mulher ficava em casa,
cuidando dos filhos, das terras, dos negócios. Ela era muito importante. Mas elas
não protestavam como as feministas, porque queriam fazer parte da vida pública.
Elas estavam protestando porque não aguentavam ver seus maridos e filhos
morrerem nas guerras
Em suma a mulher é desarma as inclinações mais brutas do coração humano. O
mesmo acontece com a Helena de Tróia. Menelau só fica bruto quando fica muito
tempo se vê-la, e quando ele coloca os olhos nela, ele deixa de ser violento. E isso
em uma sociedade barbara que era a grega. Então esse é o poder da mulher
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Personagem principal:

Lisístrata a personagem principal, é uma mulher ateniense que tenta junto com
outras mulheres acabar com a guerra do Peloponeso através de uma greve de sexo.

Objetivo principal:

Atenas estava envolvida na guerra do Peloponeso desde 431 a.C. Cansadas de


guerra, as mulheres de Atenas, de Esparta, de Beócia e de Corinto (cidades gregas
mais duramente atingidas pela), sob a liderança de Lisístrata, executam dois planos
para forçar os homens a acabar a guerra: a ocupação da Acrópole de Atenas pelas
mulheres atenienses, que assim impediriam os homens de ter acesso ao Tesouro de
guerra, guardado ali, decidiram por fim às hostilidades usando de uma tática pouco
ortodoxa: uma greve de sexo.

Conflito - Oposição:

Guerra entre Atenas e Esparta que foi causada diretamente pelos interesses
econômicos, políticos e militares.

Final impactante:

Os representantes de Esparta se encontram com os representantes de Atenas;


todos estão tremendamente excitados. Lisístrata aparece, e intermedeia o acordo
para a paz. Atenienses e espartanos, reconciliados, comemoram o fim da guerra.
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Resumo dos Atos

ATO I:

Tudo se passa na cidade de Atenas. No primeiro plano, de um lado a casa de


Lisístrata, do outro a de Cleonice. Ao fundo, a Acrópole, Um caminho estreito e
cheio de curvas
conduz até lá. No meio dos rochedos, em segundo plano, a gruta de Pã.
Lisístrata anda pra lá e pra cá, diante da casa. Segue dialogos entre Lisístrada,
Cleonice e Lampido.

Ponto de transição I:

Lisístrata chama suas amigas e companheiras, bem como as demais mulheres da


região, para em assembléia, explicar-lhes em que consistia sua idéia: uma greve de
sexo, seguida da tomada da Acrópole, pois era lá que estava guardado o tesouro de
sustentação financeira do combate.

ATO II:

Aceita a idéia, as mulheres dirigem-se à Acrópole para tomá-la. Um grupo de velhos,


representado pelo Coro de Velhos, tenta impedi-las e até mesmo expulsá-las do
local, fazendo uso de tochas de fogo. Não logram êxito graças ao Coro de Velhas
que apagam o fogo com vasos de água.

Ponto de transição II:


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Soldados ajudando um comissário chegam ao local a fim de prender Lisístrata,


porém foram proibidos pelas outras mulheres. Os dois iniciam um debate, ela
defendendo apaixonadamente os pontos de vista contrários aos do comissário, que
era no momento o representante da classe masculina.

ATO III:

Cinésias chega ao portão de Acropóle desesperado por sexo. Sua esposa Mirrina
leva a crer que terá seu desejo atendido. Após excitá-lo e saindo várias vezes para
buscar objetos que aumentariam o conforto no ato, volta correndo para os portões
de Acropóle. Um embaixador com orgão sexual ereto, chega de Esparta e a paz é
negociada. Depois disso, todos entram na Acrópole e fazem uma grande festa de
comemoração.

Clímax:

O clímax é atingido quando Mirrina finge estar pronta para agradar o marido
Cinésias, quando ele corre para pedir que ela cuide do filho e satisfaça suas
necessidades carnais, e ela o deixa de pé. Nenhum dos dois lados envolvidos na
guerra pode resistir mais porque sua "virilha está inflamada". Os espartanos enviam
um soldado como embaixador para fazer a paz e para que as mulheres voltem para
casa. Depois de um tempo, Lisistrata é quem os convence completamente a assinar
a paz.

Sinopse (que deverá ser escrita atrás do DVD e que tem por objetivo chamar a atenção
de quem lê):

Na Antigüidade grega, as comédias eram vistas pelas classes cultas como um


gênero popular menor, que nada acrescentava ao espírito. Entretanto, a genialidade
do poeta ateniense Aristófanes (445 - 385 a. C.) conseguiu suplantar o descaso com
que as peças cômicas eram vistas pelos eruditos – aqueles que, justamente,
determinavam e registravam o que iria passar à posteridade –, e várias das suas
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comédias chegaram até nós. A mais representativa e importante delas é,


provavelmente, Lisístrata, lançada em Filme com fidelidade a obra escrita. Em meio
a uma guerra que se prolonga, ceifando a vida dos homens e filhos de Atenas e
esvaziando os cofres públicos, as mulheres gregas, lideradas por Lisístrata, decidem
fazer o que está ao seu alcance: negar os deveres matrimoniais aos seus maridos,
até que estes assinem um acordo de paz. De quebra, elas se apoderam do erário
público – recurso fundamental para financiar as incursões guerreiras. Oriunda de
uma época em que as mulheres não subiam ao palco, assim como não eram
autorizadas entre o público do teatro, Lisístrata é um retrato de seu tempo e da
civilização ocidental. Um retrato bem-humorado, no entanto: inversões de papéis e
situações absurdas e carnavalizadas marcam o texto. Nesta obra-prima do pai da
comédia, o que se vê é a discussão de temas tão sérios quanto atuais, como o a paz
e a democracia, o amor à pátria e o preço da guerra.

Argumento (máximo 2 páginas): O roteiro segue fielmente a narrativa da


comédia teatral grega “Lisístrata”, de Aristófanes adaptada para a area
cinematográfica. O desafio é que como adaptação de filme, também tem a
preocupação em ser mais literário ou menos literário junto a linguagem da Grécia
antiga (Século V) presente na narrativa, visto que lida-se com outro sistema
semiótico. Tanto o roteiro para filme quanto o livro comunicam-se com seus
públicos, mas, naturalmente, por serem meios distintos de comunicação, cada um
possui suas vantagens e desvantagens. É inviável a comparação entre um e outro
justamente porque são maneiras diferentes de se ter contato com um conteúdo, são
maneiras distintas de interpretação de um mesmo ponto.

A peça de Aristófanes (445 - 385 a. C.) foi uma tentativa real de acabar com
uma guerra de verdade. Na época em que foi representada a peça (411 a.C.),
Atenas atravessava um período dificílimo de sua história, ainda não refeita do
desastre da expedição malograda à Sicília (413 a.C.). Abandonados por seus
aliados, os atenienses tinham a 24 quilômetros de suas cidades as tropas
espartanas. Essa luta fatricida enfraquecia a Grécia toda, pondo-a à mercê dos
bárbaros. Inspirado por um profundo sentimento de patriotismo e humanidade,
Aristófanes se fez porta-voz de todas as esposas e mães gregas e, por intermédio
de Lisístrata, lançou um veemente apelo em favor da paz, não somente aos
atenienses mas a todos os gregos. Infelizmente a mensagem em forma de peça
teatral de Aristófanes não foi ouvida e a guerra continuou, arruinando a Grécia, e as
guerras continuaram, mutilando o mundo.
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Embora Lisístrata seja a mais licenciosa das comédias de Aristófanes, pela


elevação dos sentimentos que animam a heroína, pela nobreza das intenções do
comediógrafo e por suas próprias qualidades como teatro a peça bem merece a
fama que até hoje desfruta em todas as platéias civilizadas.

Na Antigüidade grega, as comédias eram vistas pelas classes cultas como um


gênero popular menor, que nada acrescentava ao espírito. Entretanto, a genialidade
do poeta ateniense Aristófanes (445 - 385 a. C.) conseguiu suplantar o descaso com
que as peças cômicas eram vistas pelos eruditos aqueles que, justamente,
determinavam e registravam o que iria passar à posteridade, e várias das suas
comédias chegaram até nós.

Lisístrata, permeia numa relação de liderança sujeita protagonismo título à


obra. Lisístrata ao tomar a iniciativa de reunir as mulheres em torno de um acordo
para acabar com as guerras, através da greve de sexo, promove uma associação
entre elas, que acarretará uma tomada de consciência a respeito do papel da
mulher, e o seu grau de submissão, dispostas em passagens que denotam diversas
catarses. No primeiro momento ao propor a intervenção, há um choque geral dentre
as outras mulheres por não ser um padrão comumente empregado, já que a esfera
social na qual elas estão dispostas inviabilizaria essa iniciativa por não terem
autonomia plena sobre as decisões sociais e políticas. Ao analisar onde, após a
tomada da Acrópole, os homens querem reagir em ofensiva, observa-se adiante
toda categorização de fala de Lisístrata ao indagar sobre o sistema patriarcal, com
as variadas formas de repreensão e submissão da mulher, nas formas mais básicas
que encadeiam o sistema.

Por fim, nos momentos finais, Lisístrata consegue estabelecer um acordo


dentre os homens, que já não agüentavam mais toda a situação, e faz com que haja
um acordo entre as cidades-estados para a regulação da paz e a volta dos soldados
ao convívio social com suas determinadas esposas.

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