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Grécia
01. Analise a imagem a seguir:

Qual obra literária da Grécia Antiga é retratada pela imagem?


a) A Odisseia, o retorno do herói Ulisses.
b) A Ilíada, os últimos anos da guerra de Troia.
c) A Teogonia, a origem dos homens e dos deuses.
d) Os Trabalhos e os Dias, manual agrícola dos gregos.
e) O Asno de ouro, o mais antigo livro considerado como romance.

02. “O discurso de Heródoto aborda a relação envolvendo gregos e não gregos,


trazendo para o primeiro plano os grupos étnicos considerados bárbaros por não
usarem a língua grega como meio de comunicação. Entretanto (...) não deixa
transparecer a conotação negativa de preconceitos étnicos devido à diferença na cor
da pele.”
CÂNDIDO, Maria Regina. A África Antiga sob a ótica dos clássicos gregos e o viés africanista, p. 24
(adaptado).

Conforme o texto acima, é CORRETO afirmar que os gregos


a) rejeitavam os africanos como seres humanos.
b) desconheciam qualquer tipo de preconceito étnico.
c) percebiam a humanidade inteira como uma única família.
d) reputavam os africanos como intrinsecamente inferiores.
e) consideravam bárbaros aqueles que não falavam a língua grega.

03. Leia o trecho abaixo: “A superação da narrativa mitológica pela HISTÓRICA


coincide com a substituição da escrita (narrativa) poética pela prosa. Heródoto
designava o registro do tempo pelo homem, sem mais a presença dos deuses, como
“Historiai” enquanto pesquisa, informação, relatório, atividade de exploração e
descrição do real”.
(BARROS, Armando Martins de. Breves notas ao Ensino de História da Educação. Rio de Janeiro: E-
Papers Serviços Editoriais, 2004, p. 129. Adaptado).
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O autor do trecho fala da distinção fundamental entre mito e história na Grécia. Qual
das alternativas a seguir representa o MITO, e não a HISTÓRIA?
a) “(...) Diante disso, Dario enviou uma mensagem a Megabizo, que o havia deixado
na Trácia à frente de um exército (...)” (Heródoto. História, Livro V: XIV).
b) “Duros sois todos os deuses e mais invejosos que os homens, que vos zangais,
quando, acaso, uma deusa se acolhe no leito de homem mortal” (Homero. A
Odisseia, Canto V: 118-120).
c) “No dia seguinte, Ciro reuniu seus soldados e lhes falou assim: Amigos, está a
chegar o dia da batalha. Os adversários vêm se aproximando” (Xenofonte. Ciropédia,
Livro II).
d) “(...) a tarefa do historiador: ordenar os acontecimentos de forma bela e mostrá-
los da maneira mais clara possível.” (Luciano de Samósata. Como se deve escrever
a História, 51).
e) “Não entendo os longos discursos dos atenienses, pois, embora elogiando-se
muito eles, em parte alguma, negam estar maltratando nossos aliados e o
Peloponeso” (Tucídides. A Guerra do Peloponeso, Livro I: 86).

04. “Atenas possuía uma cultura retórica. Assim como são variadas as formas de
desempenho, também são diversos os espaços nos quais um ambiente performático
se estabelece.”
(MOERBECK, Guilherme. Entre a religião e a política: Eurípides e a Guerra do Peloponeso. Curitiba:
Editora Prismas, 2017, p. 81, Adaptado.)

Aponte, dentre as opções abaixo, aquela que NÃO se caracteriza como um espaço
performático da política ateniense.
a) O lar
b) O teatro
c) Os tribunais
d) As assembleias
e) A ágora (a praça pública)

05. ―(...) aprendemos executando o que temos que executar. Exemplo: homens se
tornam construtores construindo e se tornam tocadores de lira tocando lira. É a
realização de atos justos que nos torna justos, a de atos moderados que nos torna
moderados, a de atos corajosos que nos torna corajosos (...).‖
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado).

Segundo o texto, para Aristóteles, as virtudes são


a) puramente inatas ao ser humano.
b) frutos do nascimento nobre.
c) oriundas da prática e do exercício.
d) exclusivas dos atenienses.
e) proibidas aos bárbaros.

06. ―(...) o teatro trágico usava histórias e personagens que todos conheciam e
mostrava o que acontecia a esses personagens, de tal forma que, no final, os
espectadores entendessem que as histórias da carochinha que lhes contavam,
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quando eram crianças, expressavam uma espécie de coerência interna no destino


do homem, uma experiência simuladora, cujo objetivo era mostrar o caráter
necessário de tudo aquilo que acontecera a um tipo de indivíduo socialmente definido
(herói, rei, etc.)
Eyler, Flávia Maria Schlee. História Antiga: Grécia e Roma: a formação do Ocidente. Petrópolis:
Vozes, 2014, p. 106. (Adaptado).

O trecho fala da função social do teatro trágico em Atenas, que tinha como principal
objetivo a
a) diversão dos cidadãos.
b) incorporação dos estrangeiros à cidade.
c) educação cívica por meio da performance.
d) evolução econômica dos metecos.
e) destruição da moral dos espartanos.

07. É bem provável que você tenha ouvido falar de Alexandre, o Grande (no mínimo,
por causa do filme com Collin Farrell e Angelina Jolie). É bem provável que tenha
ouvido falar da democracia ateniense. Mas também é bastante provável que nunca
tenha se dado conta de que esses dois extremos do espectro político, a democracia
e a monarquia absoluta, assim como as sociedades e os mundos diametralmente
opostos por ele definidos estivessem separados no mundo antigo pela duração de
uma vida.
(SCOTT, Michael. Dos democratas aos reis. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 24.)

Entre os anos finais da democracia ateniense (c. 403 a.C.) e o domínio macedônico
(388 a.C.), a(s) principal(ais) característica(s) sociopolítica(s) de Atenas foi(foram) a
a) formação dos grandes complexos filosóficos, em especial o Socrático.
b) ampliação da democracia que havia iniciado com Péricles, cerca de cem anos
antes.
c) dissolução da cidade-estado e sua incorporação pelas cidades vizinhas, como
Tebas e Esparta.
d) desagregação do regime democrático e as constantes disputas com as cidades-
estado vizinhas.
e) institucionalização da monarquia com a derrubada do regime democrático,
instituído um século antes.

08. O homem que destrói cidades é demente como o profanador de templos e


túmulos, asilos sacrossantos dos parentes mortos. Quem age dessa forma, cedo há
de perder-se.
Esse é um fragmento da tragédia As Troianas, escrita por Eurípides. Apresentada
pela primeira vez em 415 a.C., encontrou a cidade de Atenas e muitas outras póleis
gregas envolvidas na Guerra do Peloponeso (431-404 AEC). Sobre esse conflito, é
CORRETO afirmar que
a) envolveu a maior parte dos Estados do Mediterrâneo Oriental, como a Pérsia e o
Egito.
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b) opôs as duas principais cidades-estado, Atenas e Esparta, e seus aliados,


organizados em ligas rivais.
c) foi rápido graças à evolução militar das falanges.
d) apesar de ter durado décadas, seu impacto na vida cotidiana dos gregos foi
limitado.
e) as cidades marítimas apoiaram Esparta, uma potência militar mais avançada que
Atenas.

09. Quando Jasão conquistou o velocino de ouro, e a nau Argos velejava com
Medeia rumo à Grécia, o sonho da princesa parecia realidade. Quem ainda se
lembrava do monstro? Contudo, para o herói, o monstro jamais é um só. Por isso se
deixa esquecer; todo monstro é um prelúdio ao monstro sucessivo. É mais fácil que
a princesa seja esquecida. Os monstros possuem uma identidade difusa, que se
encontra e se repete em cada fragmento do monstro, ao passo que cada mulher é
um perfil e, a todo momento, um novo perfil pode encobrir os outros. Assim, as
histórias entre os heróis e as princesas tendem a terminar mal.
(CALASSO, Roberto. As núpcias de Cadmo e Harmonia. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p.
225. Adaptado.)

O texto remonta à mitologia grega, cujo ponto principal é a história de Medeia, escrita
por Eurípedes. No sistema mitológico, a figura de Medeia foi definida como uma
a) exaltação da condição social da mulher na Grécia.
b) personagem do teatro grego, atribuída ao gênero comédia.
c) descrição das boas e igualitárias condições da mulher na Antiguidade.
d) metáfora para explicar os bons modos e costumes para as mulheres gregas.
e) mulher bárbara que afronta as leis humanas e divinas, matando os próprios filhos.

10. Na Grécia, o conceito de povo abrange tão somente aqueles indivíduos


considerados cidadãos. Assim é possível perceber que o conceito de povo era muito
restritivo. Mesmo tendo isso em conta, a forma democrática vivenciada e
experimentada pelos gregos atenienses nos séculos IV e V a.C. pode ser
caracterizada, fundamentalmente, como direta.
MANDUCO, A Ciência Política. São Paulo: Saraiva. 2011.

Naquele contexto, a emergência do sistema de governo mencionado no excerto


promoveu o(a)
a) competição para a escolha de representantes.
b) campanha pela revitalização das oligarquias.
c) estabelecimento de mandatos temporários.
d) declínio da sociedade civil organizada.
e) participação no exercício do poder.

11. Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses


acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se
trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não
existiria a cidade. BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000
(adaptado).
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De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade


Clássica tinha como característica fundamental o(a)
a) dedicação altruísta em ações coletivas.
b) participação direta em fóruns decisórios.
c) ativismo humanista em debates públicos.
d) discurso formalista em espaços acadêmicos.
e) representação igualitária em instâncias parlamentares.

12. Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça.
Muitos gregos sabiam de cor inúmeros versos das peças dos seus grandes autores.
Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas
como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes
personagens falavam em verso e os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios
aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso.
Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma
forma
a) de manipulação do povo pelo poder, que controla o teatro.
b) de diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade.
c) de entretenimento popular, que se esgota na sua função de distrair.
d) de manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças.
e) de entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela televisão.

13. Analise o trecho da música a seguir

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos

Orgulho e raça de Atenas. BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos,
1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga,


caracterizada, naquela época, em razão de
a) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses.
b) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.
c) seu rebaixamento de status social frente aos homens.
d) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.
e) sua igualdade política em relação aos homens.

14. No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre
cidadãos, definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço
público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a qualidade de
instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso
dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.

No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte


modelo de prática democrática:
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a) Direta.
b) Sindical.
c) Socialista.
d) Corporativista.
e) Representativa.

15. O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra


sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate
contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo
intelectual, assim como do jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora


tinha por função
a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.
b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus
magistrados.
c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as
questões da comunidade.
d) reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem
tomados em caso de guerra.
e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se
em assembleias.

16. Analise a imagem a seguir.

Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.C,


na Grécia, para escrever “Os 300 de Esparta”. A adaptação da história em
quadrinhos de Miller foi levada ao cinema, em 2006, pelo diretor Zack Sn der, com o
título “300”.
A respeito do contexto das Guerras Médicas (500-479 a.C), tema abordado no filme,
assinale a alternativa correta.
a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre
o mar Egeu, o que ocasionou a formação de uma aliança defensiva grega.
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b) Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Esparta


que, agrária e oligárquica, permaneceu fechada à expansão territorial.
c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e
estabelecido o controle persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a
soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito grego-pérsico.
d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o
patriotismo incondicional ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que
ameaçavam as instituições democráticas gregas.
e) O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as
pólis gregas permitiu que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a
supremacia militar e se sagrasse vencedora.

17. Relacione os deuses da mitologia grega, indicados na Coluna A, às


características que os identificam, listadas na Coluna B.
COLUNA A COLUNA B
1. Afrodite ( ) Deusa da fertilidade, das frutas e
2. Ártemis das colheitas.
3. Deméter ( ) Deus dos oceanos e das águas.
4. Posseidon ( ) Deusa da lua e da caça, protetora
dos animais e das crianças.
( ) Deusa da beleza e do amor

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente os parênteses, de


cima para baixo.
a) 1, 2, 3, 4
b) 3, 4, 2, 1
c) 4, 3, 2, 1
d) 2, 4, 1, 3
e) 3, 4, 1, 2

18. Para responder à questão, considere as afirmativas abaixo, sobre a cidade-


estado (polis), base da organização sociopolítica da Grécia Antiga.
I. Esparta, que englobava as regiões da Lacônia e da Messênia, e Atenas, que
correspondia a toda a região da Ática, eram exceções quanto à grande dimensão
territorial, se comparadas à maioria das demais cidades-estado.
II. As cidades-estado consolidaram suas estruturas fundamentais no chamado
período arcaico da história grega e conheceram sua máxima expressão política e
cultural durante o período clássico.
III. A acrópole, parte alta da zona urbana da polis, concentrava as atividades
econômicas essenciais para o sustento material da cidade, suplantando a produção
agrícola da zona rural nesse setor.
IV. As cidades-estado formavam unidades politicamente autônomas e
economicamente autossuficientes, não tendo desenvolvido processos significativos
de expansão territorial por colonização de novas áreas até o período helenístico.
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Estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

19. Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo.


Para um grande número de historiadores, a Atenas do século V a.C. tornou-se um
modelo de democracia e de liberdade. Entretanto, esse modelo de democracia tem
sido questionado, porque, em Atenas,
1 – a sociedade era dividida em três classes distintas: cidadãos, metecos e
escravos.
2 – a democracia e a liberdade eram limitadas a uma minoria composta por
homens adultos nascidos em solo ateniense.
3 – a ação da Assembleia Popular era limitada pelo Conselho dos Quinhentos,
que preparava os projetos de lei a serem votados
.
Quais propostas estão corretas?
a) Apenas 1.
b) Apenas 2.
c) Apenas 3.
d) Apenas 1 e 2.
e) 1, 2 e 3.

20. “Atenas era uma cidade extraordinariamente cosmopolita. Um ateniense poderia


observar milhares de imigrantes temporários e permanentes de outras cidades
gregas ou de terras não gregas trabalhando a sua volta, muitas vezes fazendo
exatamente o mesmo trabalho que ele, sem, contudo, compartilhar de nenhum de
seus direitos de cidadão. A característica mais marcante da cidadania ateniense é
que, quando viajava para além dos limites de sua própria pólis, era imediatamente
privado de seus direitos políticos”.
(JONES, Peter V. O mundo de Atenas: uma introdução à cultura clássica ateniense. São Paulo:
Martins Fontes, 1997, p. 156) (Grifo do Autor)
No que se refere à democracia ateniense, é correto afirmar que:
a) apesar da não inclusão de estrangeiros na cidadania ateniense, as leis da pólis
ateniense eram amplas e incluíam direitos e deveres dos metecos.
b) o cosmopolitismo ateniense contribuiu para diversos avanços intelectuais e
econômicos da cidade-estado ateniense, mas não interferiu na constituição de um
sistema político democrático que realmente incluísse estrangeiros, mulheres e
escravos na cidadania. C - a manutenção da escravidão durante a vigência da
democracia ateniense foi um fator impeditivo e desestruturante do regime
democrático na cidade-estado.
d) a transição da Aristocracia para a Democracia, na Atenas do período clássico, se
baseou nas reformas de Drácon e Sólon, que pretendiam restringir o poder dos
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eupátridas (nobres), em favor da ampliação dos direitos dos cidadãos: homens,


mulheres, nativos e estrangeiros.
e) a cosmopolita sociedade ateniense do século V a.C. deu origem à democracia
como regime político derivado da convivência multicultural de nativos atenienses e
estrangeiros, chamados metecos, oriundos de civilizações mediterrâneas diversas.

21. O texto abaixo analisa o mundo do trabalho na Grécia Antiga.


“Ao lidarmos com escravos, não deveríamos permitir que fossem insolentes para
conosco, nem deixá-los totalmente sem controle. Aqueles que cuja posição está mais
próxima das dos homens livres deveriam ser tratados com respeito; aqueles que são
trabalhadores deveriam receber mais comida. Já que o consumo de vinho também
torna homens livres insolentes [...], é claro que o vinho jamais deveria ser dado a
escravos, ou só muito raramente.”
Aristóteles (Século IV a.C.) In: CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho compulsório na antiguidade.
Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 108.

Sobre esse mundo do trabalho, é correto afirmar que


a) a sociedade grega era extremamente rigorosa no tratamento com os escravos,
embora fossem brandos quando se tratava daqueles que trabalhassem em vinícolas.
b) embora a mão de obra escrava fosse predominante na Grécia Antiga, os
trabalhadores livres também constituíam a força de trabalho.
c) os gregos consideravam que a comida era uma expressão de respeito ao
trabalhador que vendia a sua força de trabalho.
d) os homens livres eram tidos como sustentáculo da economia grega,
especialmente na cidade-estado de Esparta.
e) foi à custa do trabalho escravo que a cidade ateniense se tornou o maior exemplo
de teocracia do mundo antigo.

22. Levando-se em consideração os conhecimentos acerca da historiografia grega


na antiguidade, julgue os itens abaixo colocando V para os itens verdadeiros e F
para os falsos e em seguida assinale a alternativa correta:
1 – A estrutura político-administrativa de Esparta diferia da estrutura social de
Atenas, haja vista que a primeira estava organizada da seguinte maneira: Diarquia,
Gerúsia, Ápela, Éforos, enquanto na segunda observamos a divisão em três classes
sociais distintas: Eupátridas, Metecos e Escravos.
2 – A DEMOCRACIA ateniense pode ser classificada como sendo elitista, patriarcal
e escravista. Elitista, porque só os eupátridas tinham direitos políticos; patriarcal,
porque excluía as mulheres e escravista, porque eram os escravos que sustentavam
a glória dos senhores.
3 – Quanto à vida econômica na Grécia, de um modo geral, observa-se para a prática
agrícola um solo desfavorável. Com exceção de algumas planícies férteis, o solo é
pobre, árido e as chuvas são raras.
4 – A investigação intelectual e o espírito de curiosidade foram grandes
características da mente grega. Foi assim que nasceu entre eles a filosofia (do grego
filos = amizade; sofia = sabedoria). É na filosofia grega que encontramos, por
exemplo, figuras como Sócrates, Platão, Aristóteles, Agostinho e Tomas de Aquino
que tanto marcaram o pensamento Ocidental;
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5 – Na religião grega, podemos destacar duas características fundamentais: o


politeísmo (adoração a um único deus – Zeus) e o antropomorfismo (os deuses
retratados como figuras de animais que assumiam forma e comportamento
semelhantes aos dos homens).
6 – Traçando um quadro comparativo entre Atenas e Esparta, observaremos as
seguintes distinções:
A) enquanto em Atenas o regime político adotado era a democracia em Esparta era
a oligarquia e, B) Quanto aos povos fundadores: Atenas foi fundada pelos jônios e
Esparta pelos dórios.

a) 1 – V; 2 – V; 3 – V; 4 – F; 5 – F; 6 - V.
b) 1 – F; 2 – V; 3 – V; 4 – F; 5 – F; 6 - F.
c) 1 – V; 2 – F; 3 – V; 4 – F; 5 – V; 6 – V.
d) 1 – V; 2 – V; 3 – F; 4 – V; 5 – F; 6 - V.
e) 1 – F; 2 – V; 3 – F; 4 – V; 5 – F; 6 – F.

23. A Grécia Antiga não conheceu um Estado centralizado. Organizou-se por meio
de cidades-estados, denominadas pólis. A esse respeito, assinale a alternativa
incorreta.
a) A pólis era uma construção social e política autodeterminada; todavia, a disputa
pela hegemonia na antiga Grécia a movia.
b) Na pólis, não havia espaço para cultos, deuses e santuários, nem mesmo para
consulta aos oráculos anteriormente à tomada de decisões.
c) A pólis expressava uma cultura e uma identidade próprias, marcadamente
urbanas, denominadas de ethos.
d) Nas pólis, a norma jurídica (lei), promulgada nos regimes democráticos ou
outorgada nos regimes aristocráticos, era reconhecida como ato orientado pela
razão e, portanto, humano.
e) A experiencialização social e cultural que o grego antigo viveu nas pólis permitiu
a capacidade de explicar os problemas da comunidade no âmbito dela própria,
fundamentalmente apartada dos deuses.

24. “Uma das principais expressões da arte grega, o teatro, tem suas origens ligadas
às Dionisíacas, festas em homenagem a Dioniso, deus do vinho.”
(Myriam Mota e Patrícia Braick, História das Cavernas ao Terceiro Milênio, 2002. p. 65.)

Dois gêneros clássicos do teatro grego originaram-se destes festivais, são eles:
a) melodrama e tragédia
b) drama e pantomima
c) tragédia e drama
d) vaudeville e comédia
e) tragédia e comédia
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25. No século V antes de Cristo, Atenas emergiu como uma proeminente cidade-
estado (polis) grega. Marque a única alternativa que condiz com a organização
política e econômica ateniense.
a) O modelo de democracia ateniense é uma criação da era moderna. Uma
sociedade escravocrata, onde mulheres nada decidem e só os homens com posses
é que podem votar e ser votados não pode ser mesmo aceita como democrática.
b) Atenas não conseguiu fazer crescer o comércio terrestre e marítimo, mesmo tendo
desenvolvido seu sistema político-democrático, já que, ao contrário das outras
cidades-estado gregas, não se situava na costa.
c) A formação de uma economia escravista contribuiu para o florescimento da
civilização urbano-democrática ateniense, pois liberou os cidadãos livres do trabalho,
dando-lhes tempo para se dedicarem à vida política e social da polis.
d) Ao contrário de todas as outras cidades-estado gregas, em Atenas se aceitava
que estrangeiros participassem das assembleias que decidiam o funcionamento da
sociedade. Isto a colocava como a polis mais democrática de toda a Grécia clássica.
e) A existência de clãs e tribos alfabetizados, independentes econômica e
militarmente, pouco contribuiu para o desenvolvimento da democracia, já que
defendiam formas de governos tiranos ou autocratas.

26. No território da Antiga Grécia, existiam dezenas de cidades-estados,


destacando-se Atenas, Tebas, Mégara, Esparta, Corinto, Mileto e Argos.
Acerca das cidades-estados, é correto afirmar que
a) compunham um mosaico de experiências e eram politicamente autônomas.
b) possuíam uma organização econômica solidária.
c) mantinham política e administração comuns.
d) possuíam princípios religiosos antagônicos.
e) estavam unidas na política de organização do Mediterrâneo.

27. Canto de guerra espartano composto no século VII a.C.:


“É belo que o homem bravo, combatendo por sua pátria, tombe na primeira
fila; mas o que deserta de sua cidade e dos seus campos férteis e vai
mendigar, errando com sua querida mãe, seu velho pai e seus filhos, é o mais
miserável dos homens...
Nós, corajosamente, combatemos por esta terra, morremos por nossos filhos,
não poupamos nossa vida.
Ó jovens, combatei, unidos uns aos outros, não temais senão a vergonha da
fuga, estimulai no vosso coração uma valente e sólida coragem, e não vos
inquietais com a vida lutando contra o inimigo.”
Sobre a vida na sociedade espartana é correto afirmar:
a) Se dava grande valor às artes e ao conhecimento em geral, apesar do militarismo
imperante.
b) As mulheres gozavam de certos direitos, inclusive o da participação militar no
exército.
c) A nobreza tinha o privilégio de ser isenta do serviço militar, destinado somente aos
homens comuns.
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d) Os cidadãos eram livres e seu regime democrático permitia a todos a participação


no poder político independentemente da renda ou origem.
e) Se priorizava a formação física e militar e a vida familiar estava subordinada ao
convívio coletivo.

28. Na antigüidade clássica greco-romana, os cidadãos participavam ativamente da


vida pública, social, religiosa e militar, sempre exercendo as funções de comando e
liderança.
Em relação a esse fato, assinale a alternativa incorreta:
a) A era helenística marcou a transição da civilização grega para a romana.
b) O cristianismo conseguiu se converter em religião oficial do Estado somente no
ano mil.
c) As olimpíadas foram criadas pelos gregos, como forma de homenagem à sua
divindade suprema, Zeus.
d) Na sociedade espartana, a rigorosa disciplina e a educação militarizada tinham
claros objetivos políticos.
e) A exemplo do Coliseu, os anfiteatros romanos foram cenários de festas e
espetáculos, vulgarizados na prática do pão e circo.

29. Com relação aos regimes sociais e políticos da Grécia Antiga, é CORRETO
afirmar que
a) os gregos protagonizaram a experiência democrática mais plena da história, uma
vez que a democracia se estendia para o âmbito econômico, social e religioso.
b) a democracia grega possibilitava às mulheres o direito ao voto, ao exercício de
cargos políticos do executivo e a participação efetiva nas assembleias legislativas.
c) na sociedade ateniense, apenas os cidadãos tinham direitos políticos, e somente
era considerado cidadão o indivíduo do sexo masculino, maior de idade, nascido em
Atenas e filho de pais atenienses.
d) a filosofia grega, sobretudo a de Aristóteles, defendia a plena igualdade entre
todos os indivíduos, independentemente de classe social, gênero ou etnia.
e) embora somente Atenas tenha desenvolvido em sua plenitude os ideais
democráticos, todas as demais cidades gregas adotaram instituições e princípios
básicos idênticos aos dos atenienses.

30. A cultura grega contribuiu diretamente na inauguração de várias manifestações


artísticas, filosóficas e científicas. Também marcou a origem da Mitologia, que
buscava a explicação para as principais questões da existência humana, da natureza
e da sociedade. Sobre a história política da Grécia, na Antiguidade Clássica, pode-
se dizer que esta se caracterizou:
a) pela alternativa de dinastia hegemônica.
b) por uma federação estável, que era regida de forma ditatorial.
c) por uma organização imperial.
d) pela existência de cidades-estados que atuavam, politicamente, como unidades
autônomas.
e) por uma organização teocrática.
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31. Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre a Grécia Antiga no
Período Clássico.
I. As Guerras Médicas opuseram o Império Persa em expansão às cidades-estados
gregas, pelo controle da Ásia Menor e das rotas comerciais nos mares Egeu e Negro.
II. A vitória das cidades-estados gregas sobre o Império Persa marca o início da
hegemonia ateniense na Grécia e o apogeu da democracia.
III. O "Século de Péricles" alternou a democracia, caracterizada pela extensão dos
direitos políticos aos comerciantes estrangeiros e o fim da escravidão, com o
imperialismo ateniense sobre as outras cidades-estados gregas.
IV. A hegemonia ateniense não encontrou resistência entre as outras cidades-
estados gregas, mas sucumbiu diante da falta de apoio militar para enfrentar a
invasão da Grécia por Alexandre da Macedônia.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que somente são corretas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

32. O período helenístico foi marcado por grandes transformações na civilização


grega. Entre suas características, podemos destacar:
a) O desenvolvimento de correntes filosóficas que, diante do esvaziamento das
atividades políticas das cidades-Estado, faziam do problema ético o centro de suas
preocupações visando, principalmente, o aprimoramento interior do ser humano.
b) Um completo afastamento da cultura grega com relação às tradições
orientais,decorrente, sobretudo, das rivalidades com os persas e da postura
depreciativa que considerava bárbaros todos os povos que não falavam o seu
idioma.
c) A manutenção da autonomia das cidades-Estado, a essa altura articuladas
primeiro na Liga de Delos, sob o comando de Atenas e, posteriormente, sob a Liga
do Peloponeso, liderada por Esparta.
d) A difusão da religião islâmica na região da Macedônia, terra natal de Felipe II,
conquistador das cidades-Estado gregas.
e) O apogeu da cultura helênica representado, principalmente, pelo florescimento da
filosofia e do teatro e o estabelecimento da democracia ateniense.

33. "... tendo-se posto à frente do povo no quarto ano após a queda dos tiranos, sob
o arcontado de Iságoras, começou primeiramente por repartir todos os Atenienses
em dez tribos, em lugar de quatro, querendo misturá-los, a fim de que mais pessoas
participassem na politeia [...]. Depois estabeleceu que a Boulé teria quinhentos
membros, em vez de quatrocentos. [...] Dividiu o território da cidade em trinta grupos
de demos, dez consagravam os demos urbanos, dez os de Parália, dez os da
Masogeia e deu a estes grupos o nome de trítias."
(ARISTÓTELES, Athenaiôn Politeia XXI. In: MOSSE, C. As instituições gregas. Lisboa: Edições 70,
1985, p. 38.)
17

Ao texto podem ser associadas:


a) as reformas arquitetônicas de reconstrução e embelezamento de Atenas,
promovidas por Péricles;
b) as reformas legais de organização e registro, por escrito, das leis, promovidas por
Drácon;
c) as reformas públicas, gerando emprego a thetas e georgóis descontentes,
promovidas por Psístrato;
d) as reformas sociais entre as quais se destacava o fim da escravidão por dívidas,
promovidas por Sólon;
e) as reformas políticas que deram fim à ditadura e inauguraram a democracia,
promovida por Clístenes.

34. Das afirmativas seguintes, indique aquelas que você considera corretas.

I. Situada na península da Ática, mais interiorana do que a maioria das cidades


gregas, Esparta foi colonizada pelos dórios, de forte tradição guerreira, e seu modelo
de educação e disciplina militar exerceram, em última instância, influência em todo
o mundo grego.
II. A tradição mítico-religiosa jamais desapareceu na Grécia, mas coexistiu com um
crescente racionalismo, com a ideia da investigação sistemática, de que o mundo é
regido por leis da natureza, não por deuses cheios de caprichos, um modelo que
duvida de tudo, investigador e experimental.
III. Ao franquear a Assembleia a todos os cidadãos homens e ao tirar os cargos do
domínio exclusivo dos grandes proprietários de terra, Licurgo, o legislador mítico,
enfraqueceu os direitos tradicionais da aristocracia hereditária e deu início às
transformações políticas de Atenas, de uma oligarquia aristocrática em uma
democracia.
IV. A tirania era comum nas cidades-estados gregas. Os tiranos geralmente
apareciam como defensores dos pobres em sua luta contra os aristocratas. Indício
de que o governo devia levar em consideração as necessidades de toda a
comunidade.
a) II e III
b) I e II
c) II e IV
d) III e IV
e) I e III

35. A aspiração máxima do escravo, obtido por guerra, era alcançar a alforria. Vários
textos aconselhavam a promessa de liberdade como estímulo. A decisão de libertar
o escravo partia do senhor na imensa maioria dos casos e, com frequência, o
candidato à alforria pagava seu preço ao dono.
(CARDOSO, C. O trabalho compulsório na antiguidade. Adaptado. Rio de Janeiro: Graal, 2003. p. 57)

Em Atenas, no século V a.C., normalmente quando o escravo de um particular era


libertado, ele passava a ser considerado:
a) cidadão com plenos direitos.
18

b) indivíduo que obrigatoriamente participava do exército da cidade.


c) meteco, estrangeiro livre residente na cidade.
d) escravo do Estado, sujeito a trabalhos forçados.
e) indivíduo que ameaçava a cidade, sendo, portanto, expulso.

36. No Período Homérico, da História Antiga da Grécia (séc. XII a.C. – VIII a.C.), já
existiam formas precoces de cidades, comunidades agrárias, coletivistas, como
apontam as pesquisas arqueológicas. Mas foi no Período Arcaico (séc. VIII a.C. – VI
a.C.) que as cidades-estado gregas, definidas como pólis ou urbes, desenvolveram-
se. Essas cidades-estado tinham como características políticas ___________entre
si e governos _________________, que representavam _________________.
a) dependência – centralizados – os cidadãos livres e os monarcas hereditários
b) dependência – centralizados – os deuses e as figuras mitológicas
c) independência – centralizados – os cidadãos livres
d) independência – centralizados – os monarcas hereditários e a corte
e) dependência – descentralizados – os nobres, os sacerdotes e os estrangeiros

37. No período clássico grego (Séc. V–IV a.C) Atenas com sua ordem democrática,
seu desenvolvimento econômico e sua expansão pelo mar Egeu, destacou-se como
a mais importante entre as cidades-estados da Grécia antiga. O fortalecimento
grego-ateniense apoiado numa forte política expansionista deflagrou inúmeros
conflitos com o Império Persa, outra potência que disputava com os Gregos o
controle da Jônia (região costeira da Ásia Menor). Posteriormente, deflagraram-se
as guerras entre as polis gregas contra a hegemonia ateniense, fortalecida ainda
mais após as guerras com os Persas. Dessas lutas entre cidades-estados, a derrota
de Atenas significou o declínio da sociedade grega clássica.
A quais acontecimentos, respectivamente, se refere o texto acima?
Assinale a alternativa correta.
a) Guerras Médicas e Batalha de Pelusa.
b) Guerra do Peloponeso e Batalha de Pelusa.
c) Guerras Púnicas e Guerra do Peloponeso.
d) Guerras Médicas e Guerra do Púnicas.
e) Guerras Médicas e Guerra do Peloponeso.

38. Sólon, legislador ateniense, iniciou uma reforma que mediou as lutas sociais,
entre os ricos e os pobres, que eclodiram na Ática, na virada do século VI. Entre as
medidas desse reforma, está a abolição da servidão por dívidas no campo, o que
significou o fim do
a) privilégio da nobreza, que monopolizava os cargos políticos e controlava a
produção do campo e a sua força de trabalho, no caso, os escravos.
b) mecanismo pelo qual os pequenos camponeses caiam nas mãos dos grandes
proprietários fundiários e se tornavam seus cultivadores dependentes.
c) conflito entre cidadãos e plebeus, que culminou com o aumento da produção de
cereais, tornando o campo uma potência nas relações comerciais atenienses.
d) regime servil, fato que transformou a Ática no maior exemplo de democracia, na
qual todos os habitantes da região eram considerados cidadãos.
19

e) crescimento das propriedades dos nobres e o alargamento das conquistas sociais,


o que resultou numa reforma agrária ampla, geral e irrestrita.

39. O sistema de pólis caracterizou o mundo grego em seu período clássico (V – IV


a.C.). Sobre a pólis, analise as afirmativas.
I - Seu regime político era apenas a democracia.
II - Suas instituições políticas eram a Assembléia, o Conselho e as Magistraturas.
III - Sua cidadania abrangia os homens e as mulheres, excluídos os estrangeiros e
os escravos.
IV - Sua consolidação ocorreu paralelamente à expansão do uso da mão-de-obra
escrava.

Estão corretas as afirmativas


a) II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

40. SAÚDE E ESPORTE


A primeira maratona dos Jogos Olímpicos modernos foi realizada no ano de 1896. A
maratona moderna originou-se da lenda segundo a qual um herói grego sacrificou a
sua vida para percorrer os 40 km entre as cidades de Maratona e Atenas, na Grécia.
O corredor era Pheidíppides, que correu essa distância para levar a notícia da vitória
grega sobre os persas, na Batalha de Maratona, no ano de 490 antes de Cristo. Em
1908, nos Jogos Olímpicos de Londres, o percurso da maratona sofreu uma
alteração. Para que a família real britânica pudesse assistir ao início da prova do
jardim do Castelo de Windsor, o comitê organizador aferiu a distância total em 42.195
metros, que continua até hoje. Atualmente o recorde mundial pertence ao
marroquino, naturalizado americano, Khalid Khannouchi, de 30 anos, que, no dia 14
de abril de 2002, em Londres, estabeleceu o tempo de 2h5min38s, média de
2min57s por quilômetro (1h2min42s nos 21 km iniciais). O primeiro resultado oficial
de uma mulher a correr uma maratona pertence à inglesa Violet Piercy, com o tempo
de 3h40min22s, no ano de 1926.
A Batalha de Maratona foi um episódio importante no contexto das guerras greco-
pérsicas. Em consequência dessas guerras,
a) Atenas conquistou a liderança e a hegemonia no mundo grego.
b) a expansão persa foi contida e se iniciou a expansão da Macedônia.
c) o poder de Esparta saiu fortalecido e o de Micenas entrou em crise e decadência.
d) a expansão persa foi contida na direção do Norte e foi direcionada para o Oriente.
e) Esparta e a liga de Delos, por ela liderada, passaram a ter hegemonia no mundo
grego.

41. Muito do que se conhece sobre os primórdios da civilização grega deve-se à obra
literária atribuída a Homero. Um dos eventos mais marcantes desse período foi a
Guerra de Troia cuja motivação primária:
20

a) Foi a disputa pelas rotas comerciais entre a península do Peloponeso e os povos


micênicos, opondo as esquadras de Ulisses e Agamenon.
b) Deveu-se a invasão troiana nas colônias gregas da Ásia Menor por Ulisses,
provocando a reação de Aquiles, rei da Tessália.
c) Foi o rapto feito por Páris, filho de Príamo, rei de Troia, da jovem Helena, esposa
de Menelau, rei de Esparta, motivando a reação deste último.
d) Derivou das disputas pela hegemonia da Grécia entre as principais cidades-
estados, lideradas por Ulisses, Aquiles e Paris.
e) Foi a constituição de uma aliança militar entre Esparta e Troia, visando restringir
a expansão Ateniense na região.

42. Verdadeiros fundadores da filosofia, os pensadores “pré-socráticos”


inauguraram, a partir do século VI a.C., uma nova atitude mental ante a realidade
material, substituindo progressivamente as elaborações de cunho mitológico por
especulações de caráter científico-filosófico. A propósito desse importante momento
da história da filosofia, são feitas as seguintes afirmações:

I) Segundo a tradição, Tales de Mileto foi o primeiro filósofo a tratar a questão da


origem e transformação de todas as coisas. Para ele, “a água era o princípio de
tudo”.
II) Atribui-se a Pitágoras de Samos (e a seus seguidores) a ideia de que “ todas as
coisas são como os números”, ou seja, de que todo o mundo – inclusive a alma –
se forma segundo uma estrutura harmônica.
III) Os atomistas (Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera) afirmavam ser toda a
matéria formada por átomos, ou seja, pó “partículas minúsculas, eternas e
indivisíveis”, que, em movimento, se chocavam entre si, provocando assim o
nascimento, a mudança e aniquilamento de todas as coisas.

Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas II é correta.
c) se apenas III é correta.
d) se apenas I e II são corretas.
e) se I, II e III são corretas.

43. É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a
riqueza, [...] [os muitos ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos
magistrados [...] Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria desses
benefícios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns
incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros,
incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma
autoridade despótica. (Aristóteles, A Política)
Segundo Aristóteles (384–322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades
gregas, o bom exercício do poder político pressupõe:
a) o confronto social entre ricos e pobres.
b) a coragem e a bondade dos cidadãos.
21

c) uma eficiente organização militar do Estado.


d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.
e) um pequeno número de habitantes na cidade.

44. “Desde o século VII a.C. Atenas conheceu grande desenvolvimento econômico,
ampliando suas relações comerciais a partir do Porto do Pireu, e a escravidão na
produção agrícola. Como conseqüência, a luta de classes tornou-se mais acirrada,
forçando mudanças políticas, que determinaram a perda do monopólio, que
beneficiou as camadas populares, mas em especial os mercadores, pequenos
proprietários e artesãos.”
O texto refere-se ao apogeu de Atenas e sobre este período é correto afirmar que:
a) o conceito de democracia para os antigos atenienses se restringia a menos de
10% dos habitantes da polis.
b) o advento da democracia possibilitou a integração de toda Hélade em torno de um
único soberano.
c) a economia de mercado fez com que os atenienses montassem um gigantesco
império comercial, sem encontrar descontentamentos das outras cidades.
d) na sua evolução, a democracia ateniense acabou estendendo a participação
política às mulheres e aos estrangeiros.
e )o escravismo foi abolido definitivamente com a dominação macedônica.

45. O nome perieco, em grego [perioikos], significava morador “em torno da casa” e
servia para designar uma classe com várias obrigações de Estado, entre elas a do
serviço militar. Com base nestas obrigações estatais dos periecos em Esparta antiga,
é correto afirmar que estes homens socialmente eram reconhecidos como:
a) cidadãos espartanos que cumpriam o dever cívico desde o nascimento, servindo
como guerreiros e sustentando a ordem dentro e fora da militarizada cidade-Estado
de Esparta.
b) homens livres, mas com direitos limitados, estando politicamente submetidos aos
esparciatas, os cidadãos espartanos, os quais definiam o lugar dos periecos na
guerra.
c) trabalhadores servos, presos à terra e sem direitos políticos, estando sob a
autoridade direta dos hilotas, os cidadãos espartanos, que os levavam para a guerra
como escravos.
d) escravos de uma categoria superior a dos hilotas. Os periecos recebiam alforria
com mais facilidade e não podiam ser maltratados por seus senhores, pois serviam
na guerra.
e) pequenos proprietários rurais que ganharam cidadania espartana depois da
guerra do Peloponeso, quando Esparta teve que convocar mais homens além dos
seus cidadãos.

46. Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. Somos, antes,
exemplos que imitadores. Nominalmente, como as coisas não dependem de uma
minoria, mas, ao contrário, da maioria, o regime se denomina democracia. No
entanto, se, em matéria de divergências particulares, a igualdade de todos diante da
lei é assegurada, cada um, em virtude das honras devidas à posição ocupada, é
julgado naquilo que pode ocasionar sua distinção: no que se refere à vida pública,
22

as origens sociais contam menos que o mérito, sem que a pobreza dificulte a alguém
servir à cidade por causa da humildade de sua posição (...)
Uma pessoa pode, ao mesmo tempo, ocupar-se de seus assuntos e dos do Estado
e a multiplicidade das ocupações não impede o julgamento dos assuntos públicos.
Somos os únicos a taxar, efetivamente, aqueles que não fazem parte dos ativos, mas
dos inúteis.
Tucídides, História da Guerra do Peloponeso.

Tratando da democracia ateniense, o autor destaca, nesse texto:


a) a influência que outros modelos políticos exerceram sobre Atenas;
b) a importância do princípio da isonomia entre os cidadãos;
c) seu desprezo por aqueles que se dedicavam à vida pública;
d) o critério censitário que determinava a participação política;
e) a exigência de dedicação exclusiva aos assuntos públicos.

47. Ao povo dei tantos privilégios quantos lhe bastam à sua honra; nada tirei nem
acrescente; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também
neles pensei que nada tivessem de infamantes... Entre uma e outra facção, a
nenhuma permitiu vencer injustamente. (Sólon, século VI a.C.)

No governo de Atenas, o autor procurou


a) Restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas
demandas pusessem em perigo a realeza.
b) Impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse
alterado no sentido da democracia.
c) Permitir a participação dos cidadãos pobres na política para derrubar o monopólio
dos grandes proprietários de terras.
d) Abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo em que
mantinha sua exclusão da vida política.
e) Disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos
cidadãos a ilusão de que participavam da política.

48. Através da cultura, a sociedade humana constrói seu conhecimento sobre a


natureza e procura decifrar os mistérios do universo. A produção cultural foi um dos
Destaques da Grécia na Antiguidade. Na época, o teatro grego:
a) conseguiu sintetizar as preocupações religiosas da sociedade, criticando as
concepções mitológicas dominantes.
b) teve suas encenações ao ar livre bastante admiradas, com atores do sexo
masculino, usando máscaras nas representações.
c) divertiu o povo com suas comédias cheias de ironia filosófica, evitando a
representação de temas sobre as angústias humanas.
d) representou a vida confusa dos deuses gregos, contribuindo para esvaziar o poder
dos mitos e da aristocracia.
e) foi à expressão das preocupações filosóficas do seu povo, divulgando uma ética
democrática sem ligações com a religião.
23

49. A sociedade grega criou seus mitos e deuses, mas também elaborou um
pensamento filosófico que expressava sua preocupação com a verdade e a ética.
Além de Aristóteles, Platão e Sócrates, muitos pensadores merecem ser citados e
discutidos, como os sofistas, que:
a) formularam princípios éticos, revolucionários para a época e de grande significado
para o pensamento de Platão.
b) defenderam a liberdade de expressão, embora estivessem ligados à aristocracia
ateniense, contrária à ampliação da cidadania.
c) construíram reflexões sobre o comportamento humano que serviram de base para
Aristóteles pensar a sua metafísica.
d) criticaram a existência de verdades absolutas, afirmando ser o homem a medida
de todas as coisas.
e) ajudaram a consolidar o pensamento conservador grego, reafirmando a
importância da mitologia.

50. Na antigüidade clássica greco-romana, os cidadãos participavam ativamente da


vida pública, social, religiosa e militar, sempre exercendo as funções de comando e
liderança.

Em relação a esse fato, assinale a alternativa incorreta:


a) A era helenística marcou a transição da civilização grega para a romana.
b) O cristianismo conseguiu se converter em religião oficial do Estado somente no
ano mil.
c) As olimpíadas foram criadas pelos gregos, como forma de homenagem à sua
divindade suprema, Zeus.
d) Na sociedade espartana, a rigorosa disciplina e a educação militarizada tinham
claros objetivos políticos.
e) A exemplo do Coliseu, os anfiteatros romanos foram cenários de festas e
espetáculos, vulgarizados na prática do pão e circo.

51. Atenas viveu, após as reformas implementadas por Clístenes em 508 a.C., sob
um regime democrático. As reformas na distribuição dos cidadãos por tribos,
ampliadas de 4 para 10 e a repartição de cada tribo em três demos, um na cidade,
um no litoral e outro na área rural, foram as bases para as reformas posteriores.
Sobre o assunto, assinale a afirmativa incorreta:
a) O ostracismo, aplicado pela primeira vez no período 488 – 487 a.C., estabelecia
a expulsão do cidadão denunciado como politicamente perigoso e a cassação de
seus direitos políticos por um prazo de dez anos.
b) Entre as reformas implementadas por Péricles, a criação da mistoforia –
remuneração ao exercício de cargos e à participação nas assembléias – permitiu
que os cidadãos mais pobres pudessem participar da política sem colocar em risco
a sua subsistência material.
c) Todos os habitantes de Atenas, maiores de dezoito anos, de qualquer gênero, de
qualquer procedência, ou de qualquer classe de riqueza podiam votar na assembléia
popular – Eclésia.
d) Na Atenas do século IV a.C., a Eclésia era o centro de vida política, englobando
entre suas funções as dimensões legislativa, executiva, judiciária e eleitoral.
24

e) Ao longo do século IV a.C., a democracia ateniense enfrentou dificuldades para


manter suas instituições, dentre elas as advindas do volume de recursos para
sustentar as remunerações dos cidadãos, como a mistoforia.

52. Os poemas homéricos são fontes históricas para se conhecerem os primeiros


tempos da cultura e da sociedade grega. No chamado período homérico:
a) a sociedade grega tinha na religião sua grande base de poder;
b) os gregos conservaram formas de governo sem intervenção da religião;
c) essa sociedade viveu as primeiras experiências democráticas;
d) observa-se uma grande atuação dos principais filósofos gregos;
e) os gregos valorizaram o pacifismo e o teatro épico de Aristófanes.

53. A Grécia conviveu com formas políticas de governo variadas que contribuíram
para debates significativos sobre a ética e a cidadania. A experiência política dos
gregos, no período governado por Péricles, em Atenas:
a) reforçou a monarquia eletiva, com a ampliação da cidadania para os estrangeiros
asiáticos, garantindo um sistema democrático na escolha dos governantes;
b) promoveu a divisão da população da Ática em dez tribos, contribuindo para o
fortalecimento de práticas democráticas, de acordo com as condições da época;
c) consolidou o poder da nobreza, influenciando o surgimento da tirania e do
ostracismo e excluindo os estrangeiros da participação política;
d) trouxe uma maior consolidação da democracia, com a existência de uma
assembléia, onde votavam os cidadãos atenienses, revelando um grande interesse
pelos debates políticos;
e) garantiu maior poder para os cidadãos, transformando a Bulé no órgão mais
importante do governo, garantindo novos rumos para as relações políticas da época,
em toda a Grécia, e condenando o imperialismo dos persas.

54. Os conhecimentos sobre o papel representado pelas cidades na história do


mundo ocidental permitem afirmar:
a) A cidade-estado grega cresceu a partir do desenvolvimento das trocas e do
artesanato, tornando-se um centro de exploração do trabalho escravo e de
camponeses pobres, pois também incluía as terras e os campos vizinhos.
b) As cidades européias, durante a época feudal, tornaram-se grandes centros
culturais e religiosos, sendo formadas por uma população diversificada, que incluía
intelectuais humanistas e burgueses envolvidos na atividade comercial, em plena
expansão nesse período.
c) O crescimento urbano, no início da Idade Moderna, resultou da expansão da
ideologia socialista e do crescimento do proletariado.
d) A industrialização inglesa do século XVIII intensificou a urbanização, baseada,
exclusivamente, em um proletariado originário das próprias cidades.
e) As cidades coloniais brasileiras nasceram a partir de um traçado urbano originário
da Metrópole, privilegiando os sistemas de esgotamento sanitário e de
abastecimento de água.
25

55. A respeito do desporto na Grécia Antiga, é correto afirmar que:


a) o desporto grego, apesar de bastante competitivo, muito raramente era sangrento
e mortal, haja vista que tinha caráter religioso e comemorava a paz entre Atenas e
Esparta;
b) por volta de 500 a.C., os maiores festivais atléticos estavam em completa
decadência, deixando de conferir prestígio e glória às grandes familias e às cidades
de origem dos atletas;
c) em seus primórdios, as mais antigas competições em Olímpia tinham um
significado meramente desportivo, ao passo que no século VIII a.C. passaram a ter
um sentido estritamente religioso;
d) os gregos acreditavam no valor do desporto como treino, sobretudo para a guerra,
haja vista que ambos, guerra e desporto, tinham para eles muito em comum;
e) nos tempos de Homero, vários atletas adquiriram grande prestígio e glória em
suas cidades natais, chegando mesmo a serem vistos como deuses, cujas estátuas
podiam fazer milagres e, por esse motivo, eram cultuadas publicamente.

56. Na construção da sociedade ocidental, há um destaque, dado por muitos


historiadores, aos feitos da civilização grega, nos setores mais diversos da sua vida.
Muitos feitos culturais dos gregos:
a) permanecem atuantes na contemporaneidade, contribuindo para o pensamento
ocidental, inclusive na formulação de seus valores éticos e políticos;
b) distanciam-se totalmente dos princípios dos nossos tempos, não sendo retomados
pelos pensadores do mundo atual;
c) estão restritos aos tempos da Antiguidade Clássica, onde predominavam os
interesses da aristocracia comercial de Atenas;
d) são diferentes dos feitos dos romanos e dos de outros povos da Antiguidade, pela
universalização das suas práticas democráticas e estéticas;
e) ficaram restritos às conquistas estéticas da arquitetura e da escultura, onde se
salientava a harmonia das formas como princípio estético.
26

Roma
01. “E enquanto Paulo os esperava em Atenas (...) disputava na sinagoga com os
judeus e prosélitos, e na praça todos os dias com aqueles que se achavam
presentes. E alguns filósofos epicureus e estoicos disputavam com ele”.
Fonte: Bíblia. Atos dos Apóstolos, c. 17: 16 – 21.

Esse texto é um testemunho da cena religiosa no Império Romano do começo de


nossa era por demonstrar a
a) obrigação do culto ao imperador.
b) proibição à livre difusão das ideias religiosas.
c) interdição do proselitismo, a atividade de conversão.
d) promoção da diversidade religiosa e seitas que disputavam fiéis.
e) determinação do monoteísmo como regra geral para todo o Império.

02. Leia a imagem e o texto a seguir:

Em 2017, a rede inglesa BBC produziu um desenho animado chamado “Life in


Roman Britain” (Vida na Bretanha Romana), de onde vem essa imagem. A
representação de romanos de pele escura causou polêmica na época. Sobre esse
debate, a profa. Hella Eckardt afirmou: “Não há dúvida de que existiam pessoas de
outras partes do mundo na Bretanha romana. Não sabemos, necessariamente, qual
a cor de suas peles, mas sabemos que havia movimentos. Temos norte-africanos
confirmados na Muralha de Adriano, por exemplo”.
De acordo com esse texto, é CORRETO afirmar que
a) a diversidade étnica dos romanos é um fato comprovado.
b) a Bretanha não recebia imigrantes graças ao seu afastamento.
c) o Império romano era governado exclusivamente por italianos.
d) inexistiam movimentos populacionais dentro do Império Romano.
e) a Bretanha jamais foi conquistada pelos romanos, logo o debate é absurdo.
27

03. Observe o quadro a seguir: "O Saque de Roma em 410 pelos Vândalos" (1890),
do pintor francês Joseph-NoëlSylvestre. Musée Paul-Valéry.

Qual compreensão sobre romanos e bárbaros o


artista quis transmitir?
a) Os vândalos são preservadores da civilização.
b) São pessoas iguais, sem grandes distinções.
c) Os vândalos vêm destruir a civilização,
representada por Roma.
d) A civilização está ameaçada pelos romanos,
sendo salva pelos vândalos.
e) Os romanos foram bárbaros por terem
conquistado vários territórios.

Textos de 1 a 5 para as questões 4 e 5.


Texto 1 ―(...) puni por seus crimes os que mataram meu pai (Júlio César) e,
em seguida, venci-os duas vezes em combate ao declararem guerra à
república. Muitas vezes fiz guerras, civis e externas, na terra e no mar, por
todo o mundo (...)‖. Otávio Augusto, Feitos do Divino Augusto.

Texto 2 ―Os alamanos, devastadas as Gálias, penetraram na Itália. A Grécia,


a Macedônia, o Ponto, a Ásia foram devastadas pelos Godos. A Panônia foi
devastada pelos Sármatas e pelos Quados; os Germanos penetraram até as
Hispânias. Os Partos, ocupada a Mesopotâmia, começaram a tomar para si a
Síria‖. Flávio Eutrópio, Historiae Romanae.

Texto 3 ―Todos os acontecimentos que afetaram cada um desses povos –


refiro-me aos romanos e aos cartagineses – foram causados por um único
homem e um único espírito – quero dizer Aníbal‖. Políbio, Historiae.

Texto 4 ―Pacificada assim toda Gália, tal foi o nome desta guerra que grassou
pelos bárbaros, que até povos que habitavam além do rio Reno, enviaram
embaixadores a César, que os obrigou a dar-lhes reféns e cumprir o que lhe
fosse ordenado‖. Júlio César, Comentários sobre a Guerra Gálica.

Texto 5 Os hunos ―têm todos o corpo robusto e firme, de pescoço muito forte.
São extraordinariamente deformados e grandes até o ponto de serem
confundidos com animais de dois pés, ou com essas estacas que são usadas
para adornar pontes. Com aspecto humano, apesar da sua rudeza, levam uma
vida tão agreste que não precisam de fogo, nem de alimentos saborosos além
de raízes e ervas selvagens‖. Amiano Marcelino, História.
28

04. Qual dos textos acima representa melhor a Crise da República Romana no último
século antes de Nossa Era?
a) Texto 1 b) Texto 5 c) Texto 3 d) Texto 2 e) Texto 4
05. Qual dos textos acima representa melhor a Expansão Romana pelo centro-norte
europeu?
a) Texto 1 b) Texto 5 c) Texto 3 d) Texto 2 e) Texto 4
06. Observe a imagem a seguir:

Ela retrata um pedestal romano encontrado em Mainz, na Alemanha, no qual se


observam dois cativos acorrentados. Essa imagem representa a(s) seguinte(s)
característica(s) sociopolítica(s) da Roma Antiga:
a) o apurado trabalho escultórico das populações eslavas.
b) a crítica à instituição da escravidão pela religião oficial romana.
c) a difusão e a importância do trabalho escravo na sociedade romana.
d) o racismo da cultura romana especializada na escravidão negra africana.
e) o respeito com que as populações conquistadas pelo Império eram tratadas.

07. Depois da morte de Galério em 311, quatro imperadores disputam o poder:


Constantino, Maximino Daia, Maxêncio e Licínio. A guerra entre eles torna-se
inevitável. Licínio e Maximino se enfrentavam no Oriente, e Constantino e Maxêncio,
no Ocidente. Em um primeiro momento, Licínio e Maximino fizeram um acordo. Em
313, Licínio casa-se com a meia-irmã de Constantino, Flávia Júlia Constantina, com
quem teve um filho, Licínio II. Por razões políticas, volta-se contra Maximino Daia,
derrotando-o no mesmo ano. Maximino foi condenado à morte. Desse modo, o
Oriente voltou a ter um único senhor. Com a derrota e morte de Maxêncio em 312,
uma nova aliança é estabelecida entre Constantino e Licínio.
(CARLAN, Cláudio Umpierre. Constantino e as transformações do Império Romano no séc. IV)
29

Esse cenário dá origem à futura assinatura do Edito de Milão em 313, que tinha como
principal objetivo
a) a restrição dos lugares de culto aos cristãos.
b) o estabelecimento do paganismo como religião oficial do império.
c) o aumento da perseguição religiosa e a proibição do Cristianismo.
d) o confisco de propriedades dos cristãos e sua venda em praça pública.
e) a legitimação do Cristianismo e o fim da perseguição religiosa no império.

08. Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o Senado romano governavam
a República em harmonia e sem paixão, e não havia entre os cidadãos luta por glória
ou dominação; o medo do inimigo mantinha a cidade no cumprimento do dever. Mas,
assim que o medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os males pelos quais
a prosperidade tem predileção, isto é, a libertinagem e o orgulho.
SALUSTIO. A conjuração da Catilina/A guerra de Jugurta Petrópolis Vozes. 1990 (adaptado).

O acontecimento histórico mencionado no texto de Salústio, datado de I a.C.,


manteve correspondência com o processo de
a) demarcação de terras públicas.
b) imposição da escravidão por dívidas.
c) restrição da cidadania por parentesco.
d) restauração de instituições ancestrais.
e) expansão das fronteiras extrapeninsulares.

09. Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na sala de jantar. Na pequena


célula cristã, dividia-se a refeição e durante elas os crentes conversavam, rezavam
e liam cartas de correligionários residentes em locais diferentes do Império Romano
(século II da Era Cristã). Esse ambiente garantia peculiar apoio emocional às
experiências intensamente individuais que abrigava.
SENNET. R, Carne e pedra. Rio de Janeiro; Record, 2008

Um motivo que explica a ambientação da prática descrita no texto encontra-se no(a)


a) regra judaica, que pregava a superioridade espiritual dos cultos das sinagogas.
b) moralismo da legislação, que dificultava as reuniões abertas da juventude livre.
c) adesão do patriciado, que subvertia o conceito original dos valores estrangeiros.
d) decisão politica, que censurava as manifestações públicas da doutrina dissidente.
e) violência senhorial, que impunha a desestruturação forçada das famílias escravas.

10. No aniversário do primeiro decênio da Marcha sobre Roma, em outubro de 1932,


Mussolini irá inaugurar sua Via dell impero; a nova Via Sacra do Fascismo, ornada
com estátuas de César, Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo e à glória do
Império Romano e de espaço comemorativo do ufanismo italiano. Às sombras do
passado recriado ergue-se a nova Roma, que pode vangloriar-se e celebrar seus
imperadores e homens fortes; seus grandes poetas e apólogos como Horácio e
Virgílio.
SILVA, G. História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da Antiguidade sob o regime
de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
30

A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do patrimônio cultural foi


realizada com o objetivo de
a)afirmar o ideário cristão para reconquistar a grandeza perdida.
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o regime político.
c) difundir os saberes ancestrais para moralizar os costumes sociais.
d) refazer o urbanismo clássico para favorecer a participação política.
e) recompor a organização republicana para fortalecer a administração estatal.

11. Os escravos tornam-se propriedade nossa seja em virtude da lei civil, seja da lei
comum dos povos; em virtude da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos
permitir a venda de si própria com a finalidade de lucrar conservando uma parte do
preço da compra; e em virtude da lei comum dos povos, são nossos escravos
aqueles que foram capturados na guerra e aqueles que são filhos de nossas
escravas.
CARDOSO, C. F Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003.

A obra instituías, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), instrui sobre a
escravidão na Roma antiga. No direito e na sociedade romana desse período, os
escravos compunham uma
a) mão de obra especializada protegida pela lei.
b) força de trabalho sem a presença de ex-cidadãos.
c) categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos.
d) condição legal independente da origem étnica do indivíduo.
e) comunidade criada a partir do estabelecimento das leis escritas.

12. A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por escrito um velho
direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última
análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” — isto
é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que
os plebeus
a) modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.
b) exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.
c) conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.
d) ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos.
e) reinvindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis.

13. Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas
oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia
aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os
plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas — os decênviros — para
escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação
de Sólon.
COULANGES. F. A cidade antiga São Paulo: Martins Fontes, 2000.
31

A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve


relacionada à
a) adoção do sufrágio universal masculino,
b) extensão da cidadania aos homens livres.
c) afirmação de instituições democráticas.
d) implantação de direitos sociais.
e) tripartição dos poderes políticos.

14. Leia o cartum a seguir:

O cartum trata das relações entre o Egito, na figura da rainha Cleópatra, e Roma, na
representação do general Marco Antônio, durante a crise da República romana. Ao
elaborar uma visão contemporânea dessas relações, o cartum remete a um contexto
histórico, no qual se destacava
a) o domínio de Cleópatra sobre os generais romanos, os quais lhe concediam
primazia nas conquistas territoriais.
b) a postura autoritária de Cleópatra, considerando a ausência de legitimidade dos
líderes do exército romano.
c) a atuação de Cleópatra no Senado Romano, administrando suas disputas
internas.
d) o conhecimento militar de Cleópatra, rivalizando com a política expansionista
romana.
e) a estratégia política de Cleópatra, objetivando a ampliação dos seus territórios em
prejuízo dos romanos.

15. Considere a ilustração:

Durante muitos séculos, os antigos romanos divertiram-se com a atuação dos


gladiadores nos chamados espetáculos públicos, que utilizavam diferentes tipos de
armas, permitidas pelas autoridades de Roma, como as que podem ser observadas
na ilustração. Esses gladiadores eram recrutados, principalmente, entre
32

a) homens poderosos da plebe.


b) cidadãos da nobreza romana.
c) servos dos latifúndios estatais.
d) escravos das áreas dominadas.
e) heróis das conquistas romanas.

16. Na Roma Antiga, a expressão "até tu Brutus?" foi atribuída a Júlio César que, de
acordo com fontes históricas, a teria proferido no momento de seu assassinato, em
44 a.C. Nesse contexto da história de Roma, Júlio César tornou-se conhecido
porque
a) iniciou o processo de expansão romana, desencadeando as chamadas guerras
púnicas, por meio das quais Roma se converteu em potência marítima.
b) criou o primeiro código escrito, denominado "Leis das Doze Tábuas", que tratava
de assuntos referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal.
c) adquiriu grandes poderes e privilégios especiais, como os títulos de ditador
perpétuo e de censor vitalício, suscitando lutas políticas pelo poder, sobretudo no
Senado Romano.
d) contribuiu, com as suas leis abolicionistas, para crise geral do escravismo romano,
que abalou as atividades agrícolas de todo o Império Romano.
e) propôs à Assembleia Romana o seu projeto de reforma agrária, limitando a
ocupação de terras públicas aos cidadãos romanos.

17. Durante toda a História, os homens criaram tecnologias, inclusive para proteger
o corpo, buscando atingir seus objetivos. Podemos ver um exemplo disso nas
formações militares desenvolvidas pelos romanos, chamadas de “tartaruga” ou
“testudo”. Nessas formações, a aproximação com o inimigo era facilitada por grandes
escudos empunhados à frente e acima do corpo pelos soldados, como podemos ver
na imagem apresentada.

Sobre o período da República Romana, em que foram desenvolvidas as formações


militares citadas, é correto afirmar que ele foi caracterizado
a) pela expansão territorial, que levou ao domínio de territórios na Europa e no
Mediterrâneo.
33

b) pelo governo dos grandes imperadores, que centralizavam o poder em todo o


território romano.
c) pela predominância de Assembleias populares e democráticas, conduzidas por
senadores e magistrados.
d) pelos conflitos entre plebeus e patrícios, visando à libertação dos escravos de
origem africana.
e) pelos tratados de cooperação entre reis e senadores, para evitar guerras contra
os bárbaros germânicos.

18. A grandiosidade do Império Romano criava muitos problemas administrativos e


conflitos de poder, dificultando a ação dos seus governantes. Na arte, os romanos
seguiram soluções práticas para facilitar sua vida urbana. A arquitetura romana, por
exemplo, foi:
a) marcada pela influência dos etruscos no uso do arco e da abóbada.
b) definida pelas influências grega e egípcia, o que resultou em contruções
grandiosas em homenagem aos deuses.
c) marcada pela utilização de pedras e tijolos, utilizados em grandes edifícios
públicos.
d) suntuosa nas construções públicas, que eram de grande originalidade para a
época.
e) baseada no uso exclusivo do arco, graças à influência dos mesopotâmicos.

19. Toda a Gália está dividida em três partes, uma habitada pelos belgas, outra pelos
aquitanos, a terceira por aqueles que nós chamamos de gauleses (em sua língua,
celtas). Essas nações diferem entre si pela língua, pelos costumes e pelas leis.
(Júlio César, Guerra das Gálias.)

Esse trecho de Júlio César se refere às conquistas da Roma Antiga e à maneira


como os romanos viam os povos que conquistavam. Sobre as conquistas romanas,
é correto afirmar:
a) O exército romano era composto somente por escravos.
b) Os povos conquistados eram considerados incultos e menosprezados pelos
romanos.
c) As estruturas administrativas construídas pelos romanos foram pouco duráveis, o
que limitou a sua capacidade de expansão.
d) Os romanos não tinham uma política de destruição, nem de integração cultural
dos povos conquistados, preservando a posição das elites que se aliassem a eles.
e) Durante as guerras de conquista, houve uma diminuição do número de escravos
capturados pelos romanos.

20. Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais


que, à maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder
a) teocrático.
b) democrático.
c) aristocrático.
d) burocrático.
e) autocrático.

21. Os romanos deram o nome de pax romana ao período de estabilização das


fronteiras. Nesse período, 300 mil soldados, deslocando-se rapidamente pelas
34

estradas do Império, defenderam as fronteiras junto aos rios Reno e Danúbio contra
as incursões das tribos germânicas, contiveram invasões orientais e sufocaram
rebeliões internas. A paz romana foi, antes de tudo, uma “paz armada”, o maior
símbolo do apogeu do Império, que, no entanto, já carregava em seu interior os sinais
de sua decadência.
(Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da História)

O fim das conquistas romanas


a) fortaleceu os plebeus, em especial os mais ricos, que conquistaram a instituição
do tribunato da plebe e a permissão do casamento com os patrícios.
b) provocou a guerra de Roma contra Cartago – as Guerras Púnicas –, pois os
cartagineses colocaram em risco as conquistas romanas na Sicília e no norte da
África.
C) gerou o término do suprimento de escravos, decorrendo disso todo um processo
de desordem econômica em Roma, com a fragilização do Exército e o avanço dos
germanos.
d) estabeleceu uma nova condição jurídica para os plebeus, que não podiam mais
ser vítimas da escravização por dívidas e foram beneficiados com a distribuição de
terras.
e) motivou o crescimento dos espaços urbanos no Império, com o consequente
aumento das atividades manufatureiras e comerciais, além do crescimento da
população.

22. A partir do século III assiste-se ao longo processo de crise do Império Romano
do Ocidente e ao desenvolvimento das instituições feudais, que daria início ao
período medieval. Assinale o item que NÃO se enquadra nesse contexto.
a) A expansão do Império Romano do Ocidente cessou, levando ao decréscimo da
obtenção de escravos e riquezas.
b) As fronteiras pouco controladas devido à fragilidade romana possibilitaram a
invasão dos povos bárbaros e a fragmentação territorial do Império.
c) O poder político exercido pelas grandes cidades se manteve, levando a um
crescimento da urbanização e desenvolvimento das instituições comerciais.
d) Desenvolveu-se o sistema de colonato através do qual escravos e plebeus
empobrecidos passaram a trabalhar como colonos nas terras dos grandes
proprietários.
e) Iniciaram-se as relações de suserania e vassalagem baseadas em fidelidade e
prestação de serviços dos vassalos para com os senhores.

23. Nos últimos anos, a indústria hollywoodiana investiu em filmes sobre a


Antiguidade Clássica que se tornaram grandes sucessos. Heróis como Máximo em
“Gladiador” ou Aquiles em “Troia” não deixam de representar um estímulo para um
conhecimento aprofundado desse momento histórico. A respeito do referido período
você pode afirmar que:
I. No século V a.C. os gregos consideravam a polis como o único contexto em que o
homem podia realizar as suas capacidades espirituais, morais e intelectuais, ou seja,
a sua cidadania.
II. O princípio de liberdade política, fundamental à política grega e estranho à
experiência política do Oriente Próximo, era vital para a conformação do ideal
democrático no Ocidente.
35

III. A grande realização de Roma foi transcender a estreita orientação política da


cidade-Estado e criar um Estado universal que unificou as diferentes sociedades do
mundo mediterrâneo.
IV. Entre os resultados do imperialismo romano sobressaem-se o afluxo de capitais,
desenvolvimento de uma economia monetária, a concentração da propriedade
fundiária e o crescimento da mão de obra servil.

Com relação a estas afirmativas, você pode concluir que:


a) Todas as proposições estão corretas;
b) Apenas as proposições II, III e IV estão corretas;
c) Apenas as proposições I, II e IV estão corretas;
d) Apenas as proposições I, II e III estão corretas;
e) Todas as proposições estão erradas.

24. Tal como a história dos gregos, também a dos romanos começou pelo
desenvolvimento de instituições políticas assentadas na cidade e elaboradas em
benefício de uma comunidade de homens livres – os cidadãos – proprietários de
terras e que reivindicavam a descendência direta dos fundadores de sua pátria. Em
ambos os casos, estes cidadãos privilegiados conseguiram, no momento em que a
vida urbana começou ganhar certa amplitude e consistência, eliminar a monarquia
(cuja origem se confudia com a própria origem da pátria) dando início a instituições
capazes de assegurar o seu domínio.
FLORENZANO, M. B. O Mundo Antigo: economia e sociedade. SP: Brasiliense, 1986, p. 56.

O texto aponta que os cidadãos romanos percorreram uma trajetória política singular.
Sobre as instituições latinas ao longo deste processo podemos destacar:
I. O Senado, instituição mais importante do período republicano, que, no plano
legislativo, aprovava as leis votadas nas assembleias, propunha novas leis para
serem submetidas ao voto do povo, além de decidir sobre medidas excepcionais,
como a de atribuir o poder supremo aos cônsules.
II. A Ditadura ou uma magistratura extraordinária, dotada de poderes excepcionais,
substitutiva do Império, ao qual se recorria em momentos de particular gravidade.
III. O Tribunato da Plebe, cuja função era defender indivíduos e propriedades da
plebe e administrar os jogos públicos, sendo o poder dos tribunos derivado do fato
de serem invioláveis.

a) Apenas II é correta.
b) Apenas I é correta.
c) Apenas III é correta.
d) I, II e III são corretas.
e) I, II, e III são incorretas.

25. Os visigodos, ou seja, aqueles outros aliados e cultivadores do solo ocupado


estavam aterrados como o haviam estado seus parentes e não sabiam que fazer,
por causa do povo dos Hunos [...] enviaram embaixadores à România [...] para dizer
que se lhes dessem uma parte da Trácia ou da Mésia a fim de cultivarem, eles se
submeteriam às suas leis e decisões. E para que pudesse ter maior confiança neles,
prometeram tornar-se cristãos [...] Quando [imperador] Valente ouviu isto, concedeu
36

alegre e prontamente o que ele próprio havia tencionado pedir [aliança


romana/visigótica].

(JORDANES apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. Textos e testemunhas. São


Paulo: UNESP, 2000.)

Sobre o assunto abordado no texto, assinale a afirmativa correta.


a) O paganismo ou a heresia ariana professada pelos invasores germânicos foi um
elemento que impediu qualquer possibilidade de assimilação ou negociação com os
romanos.
b) O Império Romano necessitava de mão de obra, por isso iniciou uma política de
incorporação das tribos germânicas que foram escravizadas para atender aos
interesses dos latifundiários.
c) O avanço dos povos germânicos no Império Romano aconteceu tanto de modo
violento, por meio da conquista militar, quanto de maneira pacífica, por intermédio
dos pactos de federação.
d) O esgotamento do solo do Império Romano, em decorrência dos muitos séculos
de cultivo intensivo, tornou a agricultura pouco rentável, o que permitiu que amplas
regiões fossem entregues aos germânicos em troca de impostos.
e) Imperador Valente de conceder terras aos germânicos, pois significava a perda
de parte de suas propriedades.

26. O primeiro Triunvirato foi um sinal inequívoco da crise vivida pela República
romana. Apenas três homens, Pompeu, César e Crasso, acumularam quase todos
os títulos e cargos importantes. O fim dessa aliança, marcado pela morte de Crasso
em 53 a.C., representou imediatamente
a) o aumento da rivalidade entre os dois sobreviventes, César e Pompeu, que
resultou em uma violenta guerra civil.
b) o enfraquecimento da influência de César, em virtude do fracasso de sua
campanha militar na Gália.
c) o assassinato de César por membros da aristocracia romana dentro do próprio
senado.
d) a formação de um novo triunvirato, constituído por Otávio, Marco Antônio e Lépido.
e) A nomeação pelo Senado de outro repesentante para o triunvirato, Otaviano.

27. O advento do cristianismo representou uma revolução na história ocidental,


ultrapassando a dimensão religiosa. Ele influenciou de maneira decisiva as
estruturas políticas, sociais, culturais e econômicas do Ocidente. Tendo sido
perseguido de forma implacável durante um longo período, o cristianismo foi
incorporado pelo Império Romano no governo de Constantino. Ao longo do processo
histórico que propiciou a expansão do movimento cristão, observa-se que
a) a ampliação e consolidação do Império Romano resultaram essencialmente de
sua aliança precoce com o movimento cristão, sendo que este representou um
instrumento formidável de sustentação para o governo imperial.
b) o cristianismo proporcionou a dinamização da economia do Império Romano,
acelerando o processo do colonato que havia sido iniciado na crise do século III,
garantindo a hegemonia de Roma sobre todo o mundo mediterrâneo.
c) o cristianismo apresentava um caráter herético e subversivo, na medida em que
rompia com os dogmas judaicos e, ao mesmo tempo, representava um fator de
desestruturação social e política para o governo de Roma.
37

d) o Império Romano apresentou uma forte expansão de suas fronteiras a partir da


conquista da Gália e da Germânia, tendo sido favorecido nesse processo pela
conversão das populações dessas regiões ao cristianismo.

28. O Império Romano ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo. Esse fato
tornou possível, entre outros aspectos, a comunicação, as transações comerciais e
o deslocamento de tropas para as diversas regiões romanas.
Sobre a expansão em questão, é correto afirmar que
a) as conquistas propiciaram, pela primeira vez na Antiguidade, a combinação entre
o trabalho escravo em larga escala e o latifúndio, associação que constituiu uma
alavanca de acumulação econômica graças às campanhas militares romanas.
b) a conquista de novos territórios desacelerou o processo de concentração fundiária
nas mãos da aristocracia patrícia, uma vez que o Estado romano estabeleceu um
conjunto de medidas que visava distribuir terras aos pequenos e médios proprietários
e à plebe urbana empobrecida.
c) apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos não conseguiram estabelecer
a integração das diversas formações sociais ao sistema escravista nem tampouco
se dispuseram a criar mecanismos de cooptação social e política dos seus
respectivos grupos dominantes.
d) as conquistas militares acabaram por solucionar o problema agrário em Roma,
colocando em xeque as medidas defendidas por líderes como os irmãos Graco, que
postulavam a expropriação das terras particulares dos patrícios e sua repartição
entre as camadas sociais empobrecidas.
e) a expansão militar levou os romanos a empreender um duro processo de
latinização dos territórios situados a leste, o que se tornou um elemento de constante
instabilidade político-social durante a República e também à época do Império.

29. A fim de controlar as inúmeras revoltas dos escravos e o descontentamento


popular entre os plebeus, o Imperador romano Otávio Augusto adotou a seguinte
medida:
a) a criação do Primeiro Triunvirato e a concessão de cidadania aos plebeus.
b) Redividiu as terras e criou novas colônias para acabar com a desocupação da
plebe urbana e atraí-la para o trabalho rural.
c) Determinou que os latifundiários fossem obrigados a empregar pelo menos um
terço dos trabalhadores livres.
d) Usou uma política chamada pelos romanos de Pão e Circo, na qual o governo
organizava os espetáculos públicos onde se distribuía porções de trigo à população.
e) A criação em 493 a.C., do Tribunato da Plebe, assembleia formada
exclusivamente por plebeus.

30. Dentre os movimentos sociais que marcaram a República Romana, podemos


destacar as lutas entre patrícios e plebeus. Sobre estas lutas, é correto afirmar:
a) O casamento entre patrícios e plebeus não foi permitido, apesar das conquistas
do povo romano nas lutas contra os patrícios.
b) Apesar da marginalização política, não havia discriminação entre patrícios e
plebeus.
c) Os plebeus conquistaram, em 367 a.C, o direito de participar do consulado com a
promulgação da Lei Licínia, que também regulamentou a exploração das terras
públicas.
38

d) Quando um patrício tornava-se insolvente, sem condições de pagar dívidas, tinha


de se submeter ao nexum. Este foi um dos fatores que causou os conflitos entre
plebeus e patrícios.
e) Em 450 a.C, foi publicada a Lei das Doze Tábuas, um dos fundamentos do Direito
Romano, que não assegurou a igualdade jurídica entre patrícios e plebeus.

31. Considerada a área do conhecimento mais aperfeiçoada pelos romanos na


Antiguidade, a área do Direito foi uma de suas maiores contribuições para a cultura
da chamada “civilização ocidental”. Após longa e complexa evolução, o Direito
atingiu seu apogeu na época do Principado. No entanto, no período monárquico (753
a.C. – 509 a.C.) e no início do período republicano, o Direito Romano era todo oral e
baseado nos costumes. Diversos conflitos entre patrícios e plebeus surgiram por
causa dessa situação. O Direito Romano passou a ser escrito com:
a) A criação das Leis das XII Tábuas em 450 a. C.
b) A criação da Lei Licínia em 367 a.C.
c) As reformas políticas de Tibério e Caio Graco, em 133 a. C. e 121 a.C.
d) A criação do Principado de Otávio Augusto, a partir de 30 a.C.
e) A criação do Corpus Júris Civilis, de Justiniano.

32. As fronteiras do grandioso Império Romano foram, aos poucos, ocupadas. Ao


longo dos Rios Reno e Danúbio, se instalaram grandes massas de Germanos. Sobre
as principais causas dessa ocupação é correto afirmar que os Germanos
a) almejavam o controle dos itinerários e das rotas comerciais do mar Mediterrâneo
que conduziam à Ásia.
b) ocuparam as fronteiras do Império Romano, pois foram derrotados, pressionados
e expulsos de suas terras pelos Partos.
c) eram ambiciosos e tinham aversão e desprezo pelo modo de vida dos romanos,
especialmente sobre suas práticas políticas corruptas.
d) foram pressionados por povos oriundos da Ásia central e para fugir da miséria e
da guerra expandiram-se para o Ocidente.

33. O poder político dos romanos não foi uma sucessão de vitória e de crescimento
de riquezas sem limites. A expansão do Império trouxe problemas e dificultou os
governos, trazendo um aumento constante de conflitos políticos. Na época de
Rômulo Augusto houve:
a) a redução do poder dos sacerdotes e da Igreja católica.
b) a adoção oficial da religião cristã em todo o Império.
c) a divisão administrativa do Império para fortalecer sua força militar.
d) a construção de uma aliança política com os muçulmanos.
e) queda de Roma, em 476, com a invasão dos chamados bárbaros, fragmentando
o Império.

34. No governo de Otávio Augusto, ocorreu em Roma:


a) um massacre dos povos insubordinados culturalmente.
b) um aumento majestoso dos gastos militares.
c) negociação entre os povos cristãos e o imperador.
d) a decadência administrativa e a crise militar.
e) um tratamento político mais diplomático com os povos vencidos.
39

35. A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do império, não evitou


que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças
religiosas, os romanos:
a) evitaram o politeísmo, seguindo os ensinamentos do cristianismo.
b) fugiram de divindades e de princípios religiosos que lembravam a falta de ética.
c) imitaram os gregos em muitos princípios e na aceitação das divindades.
d) desprezavam os cultos familiares, considerados supersticiosos e vazios.
e) tinham, inicialmente, uma religião ética e politeísta, com rituais rígidos.

36. A expansão imperial romana resultou, a partir do século I d.C., na utilização do


trabalho escravo em grande escala e no aumento significativo do número de plebeus
desocupados, aos quais se juntaram levas de pequenos agricultores arruinados. Isso
incrementou o êxodo rural e provocou o inchamento das cidades, especialmente de
Roma. Para amenizar o problema social dessas massas, o Estado passou a dar-lhes
subsídios.
Essa política caracterizou-se pela distribuição de:
a) terras para os desocupados, caracterizando uma verdadeira reforma agrária,
conhecida como a política agrária, de Licínio.
b) dinheiro para a aquisição de roupas e alimentos, combatendo a inflação que
assolava a República, provocada pela política de Tucídides.
c) grãos a preços baixos e espetáculos públicos gratuitos, conhecida como a política
do pão e circo, de Augusto.
d) sementes, instrumentos agrícolas e escravos para o cultivo de terras na Sicília e
no norte da África: a política de colonização, de Suetônio.
e) escravos para estimular a agricultura da Península Ibérica, conhecida como a
política agrícola, de Cláudio.

37. No ano 313 d.C., o Imperador Constantino reconheceu o cristianismo como


religião oficial do Império Romano, por meio do Édito de Milão. Sobre o cristianismo
na Antiguidade, é INCORRETO afirmar:
a) Os primeiros cristãos sofreram grandes perseguições por motivos políticos.
b) Por serem politeístas, os romanos inicialmente resistiram em aceitar o
monoteísmo cristão.
c) Durante a Antiguidade, ocorreram conversões ao cristianismo de muitos povos
chamados “bárbaros”.
d) No início de sua formação, a Igreja Cristã baseou sua estrutura na organização
do Império Romano, reproduzindo também sua divisão de poder.
e) A partir do Édito de Milão, ficou estabelecido que somente autoridades religiosas
poderiam determinar os rumos da Igreja.

38. A preocupação romana, com as guerras e a manutenção do império, não evitou


que a religião tivesse grande importância na vida cotidiana. Nas suas crenças
religiosas, os romanos:
a) evitaram o politeísmo, seguindo os ensinamentos do cristianismo.
b) fugiram de divindades e de princípios religiosos que lembravam a falta de ética.
c) imitaram os gregos em muitos princípios e na aceitação das divindades.
d) desprezavam os cultos familiares, considerados supersticiosos e vazios.
e) tinham, inicialmente, uma religião ética e politeísta, com rituais rígidos.
40

39. A mais notável contribuição romana à cultura ocidental ocorreu no campo do


Direito. Até hoje, os Códigos de Leis romanos permanecem entre os fundamentos
do Direito contemporâneo.
Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo, com relação ao
Direito Romano.
( ) Era um código que tratava apenas da esfera pública, pois o Direito Privado, tal
como entendemos hoje, estava ausente da preocupação dos juristas romanos.
( ) As leis romanas foram criadas para dar uma solução prática aos problemas
decorrentes das lutas entre os grupos sociais e pelas guerras de conquista.
( ) Estava dividido em Civil, que regulamentava a vida dos cidadãos; Estrangeiro,
aplicado aos que não eram cidadãos; e Natural, que regulamentava a vida de todos
os habitantes de Roma.

Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.


a) V – V – V
b) V – F – F
c) V – V – F
d) F – F – V
e) F – V – V

40. Durante sua primeira fase, os romanos assentavam sua organização política na
forma monárquica de poder, mas já ali existia o Senado, uma das instituições
políticas mais antigas de Roma.Neste momento inicial, o Senado:
a) Era formado pelos centuriões que, nomeados pelo rei, representavam as 100
mais importantes famílias patrícias de Roma.
b) Alcançou notável autonomia, limitando frequentemente o poder régio através do
veto, o que ocorria quando dois terços de seus membros manifestavam-se contrários
as decisões do monarca.
c) Funcionava como uma assembleia aristocrática de assessoramento às
deliberações do Rei e era constituído pelos mais velhos (seniores), sendo vedada a
presença de plebeus.
d) Composto por representações paritárias de patrícios e plebeus, restringiu suas
funções à prática legislativa, elaborando o corpus jurídico do estado romano.
e) Funcionava como uma espécie de Assembleia de Notáveis que impunha
obediência ao monarca e definia as ações estratégicas do Estado.

41. “Mesmo para um cidadão romano, seria impossível dizer, com certeza, se o
sistema, em seu conjunto, era aristocrático, democrático ou monárquico. Com efeito,
a quem fixar a atenção no poder dos cônsules, a constituição romana parecerá
totalmente monárquica; a quem fixar no Senado parecerá aristocrática, e a quem se
fixar no poder do povo, parecerá claramente democrática.
(...) cada uma das três partes [do Estado] é capaz, se desejar, de criar obstáculos ás
outras, ou de colaborar com elas (...) Nenhum dos poderes predomina sobre os
outros nem pode desprezá-los.”
(Políbio, História, século II a.C.)

De acordo com o historiador grego, Políbio, a Constituição de Roma, que favorecera


as conquistas no Mediterrâneo, era:
a) baseada no predomínio do Senado sobre a autoridade dos cônsules e do povo.
b) certamente democrática, por entregar aos plebeus a maior parte dos poderes.
41

c) marcada pelo conflito entre os diferentes poderes que compunham o Estado.


d) claramente aristocrática, por concentrar o poder nas mãos dos cônsules.
e) caracterizada pelo equilíbrio de poder entre os cônsules, o Senado e o povo.

42. As lutas por riquezas e territórios sempre estiveram presentes na História. Na


Antiguidade, o Mediterrâneo foi disputado nas Guerras Púnicas por:
a) romanos e cartagineses.
b) gregos e persas.
c) macedônicos e romanos.
d) romanos e germânicos.
e) gregos e romanos.

“O Homem e o mundo”.
O homem e o mundo De ciência avançada
O homem e o mundo Mas também de AIDS
e fome
Que mundo?
De guerra, de terror.
Onde a paz se faz ausente
Mundo de pobres
E a violência presente Mundo de ricos
Que violência? Mundo, imundo, sujo e
Do campo? Onde morrem poluído.
os lavradores. Enfim ... Homem
Da cidade? Onde o homem
É este o mundo que tens
sofre horrores Para nele viver, procriar e
Mundo de ontem, devagar morrer.
Mundo de hoje, apressado, De que?
Mundo de nets, sites, e De velhice, de doença, de
email. fome ou mesmo vítima da
violência.
Lenora Maria

43. Dado o questionamento da autora no verso “Que mundo? De guerra, de terror,


onde a paz se faz ausente e a violência presente” é possível refletir sobre o quadro
político que caracterizou a Roma Antiga, no período republicano. Neste cenário, a
instituição da guerra:
a) representou a luta por conquistas políticas dos plebeus, a qual resultou nas leis
agrárias aprovadas pelo Senado, no estabelecimento do Tribuno da Plebe, e na
difusão da Pax Romana nos territórios conquistados.
b) enfraqueceu o desenvolvimento da política do pão e circo, que atendia aos
anseios da plebe romana, o que provocou ondas de terror e de violência que
resultaram na queda da República e a ascensão do Principado.
c) contribuiu para a expansão e conquistas territoriais, aumentando as tensões entre
os povos conquistados e também entre a plebe e o patriciado romano, os quais
reivindicavam maior participação política.
d) favoreceu a criação da Assembléia Centuriata, na qual se destacava a figura do
centurião romano que, a partir daí, se fortaleceu politicamente, facilitando o acesso
dos chefes legionários às magistraturas romanas.
42

e) permitiu a anexação de Reinos do Antigo Oriente, destacando-se o Egito dos


Selêucidas, alcançado depois das guerras púnicas, quando os romanos venceram o
exército dos cartagineses e dominaram o Mediterrâneo.

44. Leia o texto abaixo.


“Todos os caminhos levam a Roma!" O ditado é famoso. Mas, nos dias de hoje, a
que Roma essas palavras estariam se referindo? À Roma atual, metrópole
cosmopolita, capital da Itália, um dos mais importantes países da Europa? Ou à
Roma antiga, capital de um dos mais poderosos impérios conhecidos pela
humanidade? Ou, ainda, à Roma cristã, que tem no Vaticano a sede da Igreja
Católica?”.
(Trecho retirado de um site de turismo: (http://www.ardus.com.br/inf/guia/roma.htm )

Nos dias de hoje, podemos duvidar sobre qual Roma visitar no final da Idade Antiga,
no entanto, quando o ditado acima transcrito se popularizou, Roma era uma cidade
única. Sobre esta especificidade de Roma antiga, é correto afirmar que esta cidade
era:
a) conhecida como a sede do poder cristão, tendo o Vaticano e o Papa como ícones
máximos do mundo cristão.
b) na Antiguidade uma “metrópole cosmopolita”, onde produtos de todas as partes
circulavam de forma capitalista.
c) a principal cidade do Império Romano Ocidental, local central do exercício do
poder político e da efetivação da cidadania romana.
d) a capital da Itália e símbolo da unificação européia centralizada desde a época
Imperial.
e) conhecida por cidade luz, pois abrigava diferentes tipos de pessoas e
nacionalidades que conviviam democraticamente como cidadãos.

45. “Em Roma a “voz do sangue” falava muito pouco; o que falava mais alto era a
voz do nome de família”.
VEYNE, Paul. História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, v. I, p. 25.

A partir da frase anterior, e de seus estudos históricos, é correto afirmar que os


romanos:
a) escolhiam seus herdeiros em função do reconhecimento e legitimidade dos filhos,
podendo deixar bens tanto para os filhos de sangue, quanto para os adotados.
b) distribuíam seus bens de acordo com o nascimento de seu filho, valorizando o
primogênito e descartando os demais, sobretudo as mulheres;
c) selecionavam seus herdeiros de acordo com a educação recebida, cabendo aos
homens e mulheres, com melhor desempenho escolar, a herança maior;
d) escolhiam seus herdeiros de acordo com o nome de família, ou seja, aqueles que
eram de linhagem nobre eram os herdeiros, nada cabendo aos bastardos e aos
adotados.

46. A Pax Romana, que caracterizou os dois primeiros séculos da Era Cristã, marca
um período de controle das guerras civis, das revoltas coloniais e dos conflitos
urbanos. A adoção dessa política ocorreu no governo de:
a) Caio Júlio César;
b) Otávio;
c) Nero;
d) Calígula;
43

e) Tibério.

47. Na Roma republicana, “o tribunal e a assembléia tribal foram simplesmente


acrescentados às instituições centrais existentes no Senado, Consulado e
Assembléia centuriada: não significavam uma abolição interna do complexo
oligárquico de poder que guiava a República.”

Assinale a alternativa correta a respeito da organização e do processo sociopolítico


na Roma Antiga republicana:
a) A luta de classes em Roma foi por vezes violenta e prolongada, produziu
desempenhos heróicos, como os de Caio e Tibério Graco, e alterações que
beneficiavam a plebe, mas jamais aboliu ou substituiu a estrutura cívica de poder da
nobreza hereditária.
b) O Senado Romano só teve poder no início da República e era constituído pelos
indivíduos considerados mais capazes, independentemente de sua origem familiar.
c) Embora a democracia provenha da Grécia, a escolha dos magistrados em Roma
era feita do modo mais democrático possível para os padrões da Antiguidade: eram
escolhidos por todos os habitantes da cidade, em assembléia na praça pública.
d) Quem governava, na Roma republicana, era o cônsul, enquanto o Senado se
constituía numa simples representação honorífica de família.
e) A plebe romana representava-se por uma assembléia tribal, que reunia os
representantes das aldeias estrangeiras dominadas e ainda organizadas em
comunidade primitiva.

48. Para responder à questão 5, considere o texto abaixo:


“Depois de meio século de lutas internas, Caio Júlio César, um general aristocrata
que se dizia descendente de Vênus e Enéias, conquistou em poucos anos a Gália,
uma enorme área que corresponde, mais ou menos, à atual França, Suíça, Bélgica
e parte da Alemanha. Quando o Senado não lhe quis permitir que continuasse a
comandar as tropas, César recusou-se a obedecer (...) e tornou-se ditador em
seguida”.
FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 89.

Considerando a história política da Roma Antiga, o contexto refere-se a uma


culminância da crise:
a) da Realeza;
b)da República;
c) do Principado;
d) do Alto Império;
e) do Baixo Império.

49. Por cerca de cinco séculos, a Roma Antiga reinou sobre uma imensa formação
imperial. Em relação aos elementos constitutivos desse Império, assinale com V
(verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo:

( ) O sistema econômico imperial repousava sobretudo na exploração de tributos


impostos ao mundo conquistado (as províncias) em proveito dos conquistadores
romanos.
( ) O uso do latim na administração e no Exército fez dessa língua o instrumento
oficial de comunicação na parte ocidental do Império.
44

( ) A crise final do Império esteve ligada ao aumento excessivo do trabalho escravo,


que arruinou os pequenos proprietários rurais e os camponeses pobres.
( ) O Édito de Caracala concedeu a cidadania a todos os homens livres do Império.
( ) Em nome da Pax Romana, os estrangeiros eram rigorosamente proibidos de
entrar na capital do Império.
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) F – F – V – V – V.
b) V – V – F – F – F.
c) V – V – F – V – F.
d) V – F – V – F – V.
e) F – F – V – F – V.

50. Os impérios da Antiguidade conseguiram dominar extensas áreas territoriais com


força militar e negociações políticas. A grandeza dos romanos é sempre ressaltada,
quando se refere ao domínio de outros povos. Os romanos:
a) construíram um império baseado apenas na sua expressiva força militar,
decorrente de um numeroso e combativo exército;
b) dominaram toda península Ibérica, não conseguindo derrotar povos de outras
regiões da Europa;
c) conseguiram construir uma complexa administração para manter seu império, com
feitos administrativos seguidos pela cultura ocidental;
d) fracassaram na tentativa de dominar os gregos que resistiram nas lutas realizadas
no Mar Mediterrâneo;
e) não se preocuparam com a cultura dos outros povos, mantendo sua identidade
cultural e religiosa, basicamente ocidental.

51. Na história política de Roma, durante os governos monárquicos, os plebeus:


a) possuíam latifúndios, exercendo influência sobre as relações políticas existentes
na época;
b) não eram cidadãos romanos, mas tinham poderes políticos destacados, inclusive
na escolha dos monarcas;
c) dominavam o núcleo central do poder, obtendo vitória nas eleições em face dos
seus privilégios políticos;
d) gozavam de privilégios diferentes daqueles concedidos aos patrícios, pois não
eram vistos como descendentes dos fundadores de Roma;
e) tornaram-se grandes proprietários de terra e exportadores da produção agrícola
de Roma para a Grécia.

52. O Império Romano constituiu-se como um dos mais importantes da Antiguidade,


tanto pela área de sua abrangência quanto pelas heranças culturais deixadas para
a posteridade do mundo ocidental, nas áreas de conhecimento e nos diversos
campos de atividades.
Acerca do exposto, todas as alternativas estão corretas, exceto:
a) Na Palestina, alvo de conflitos interétnicos que estão na ordem do dia, surgiu o
cristianismo, que se tornou a religião oficial do Império Romano.
b) O Direito Romano dividia-se em dois ramos fundamentais, o Direito Público e
Direito Privado, classificação ainda usada na atualidade.
c) O termo mecenato, usado até os dias atuais, referia-se à proteção do estado
romano para as instituições de crédito que promoviam obras sociais.
45

d) Abóbadas, arcos e cúpulas, freqüentemente utilizados em obras da arquitetura


moderna, eram de uso comum no estilo funcional das construções romanas.
e) As terminologias científicas utilizadas internacionalmente para a denominação de
insetos, animais, doenças e medicamentos derivam, em grande parte, do latim.

53. Analise as afirmações a seguir:


I. A Igreja Cristã, perseguida pelos romanos, transformou-se na instituição religiosa
oficial do Império Romano, a partir do século IV d.C.
II. Inspiradas na cultura grega, a mitologia, a religião e as artes romanas
consagraram uma unidade que caracterizou o mundo ocidental grecoromano.
III. Controlando um império de proporções gigantescas, os romanos criaram e
mantiveram um exército forte e bem treinado, além de uma estrutura jurídica ampla
e eficiente.
IV. A República Romana se caracterizou por um governo centralizado e monárquico
em que os imperadores controlavam toda a política, fechando instituições como o
Senado.
V. A economia romana era totalmente voltada ao comércio com o Oriente. A
agricultura era desenvolvida nas províncias do Império Romano, sendo que elas
produziam somente o que ele desejasse e determinasse.
A alternativa que contém todas as afirmações corretas é:
a) I – II – IV – V
b) I – II – V
c) II – III – IV
d) III – IV – V
e) I – II – III

54. Sobre reconhecimento do Cristianismo no contexto da história do Império


Romano, é correto afirmar que:
a) após ter sido batizado por Paulo III, em 275, o imperador Constantino I declarou
o Cristianismo como religião oficial do Império Romano;
b) temendo que os cristãos pudessem estimular ainda mais as rebeliões de escravos
e, com isso, aprofundar a crise do sistema econômico escravista, o Império
reconheceu o Cristianismo como religião em 330, mas cuidou de transferir seus
seguidores para Constantinopla, recém-fundada capital do Império Romano do
Oriente;
c) como nova religião, o Cristianismo gradualmente ganhou um caráter universal; a
defesa da igualdade e a promessa de salvação após a morte deram, de início, um
novo sentido à vida de setores populares urbanos e logo se estenderam aos campos
e às classes de proprietários. Aos poucos, o Cristianismo adotou uma organização
hierárquica, nos moldes do sistema administrativo imperial, até que, em 313, pelo
Edito de Milão, o Estado romano reconheceu oficialmente a religião cristã;
d) o caráter público das reuniões mantidas pelos cristãos, seu apego às categorias
sociais e honras terrenas, sua participação no culto imperial, a propaganda exaltada
em defesa da vida militar e o apoio à escravidão, tudo isso levou o Cristianismo a
ser reconhecido como a religião oficial do Império Romano;
e) após a morte de Jesus, rapidamente o Cristianismo se propagou em Roma, até
ser, em 46, declarado como religião oficial do Império, tendo à frente Pedro, o
pescador da Galiléia, como o primeiro papa da Igreja Católica Apostólica Romana.
46

55. Intensos conflitos fronteiriços com povos bárbaros, desvalorização da moeda,


vazio de poder, desintegração do sistema de impostos, revoltas no campo, falta de
mão-de-obra escrava, tendência à ruralização,
auto-suficiência dos domínios e insegurança principalmente nas cidades. O quadro
descrito refere-se ao:
a) declínio do Império Romano e à passagem da Antigüidade ao feudalismo;
b) processo de transição do feudalismo ao capitalismo;
c) período que marcou o surgimento das cidades e o ressurgimento do comércio;
d) aparecimento de uma sociedade caracterizada pela propriedade coletiva da terra
e centrada nas cidades;
e) declínio da sociedade urbana na Idade Média e ao surgimento de comunidades
aldeãs.

56. Associe corretamente as tabelas I e II e assinale a alternativa correta:

Tabela I
I. Autoridade máxima da República romana
II. Administravam a justiça em Roma
III. Organizavam jogos e festividades públicas em Roma
IV. Autoridade máxima da Monarquia romana
V. Título de Júlio César

Tabela II
( ) Ditador perpétuo
( ) Senado
( ) Pretores
( ) Edis
( ) Rei

a) V - I - II - III - IV
b) V - II - III - I - IV
c) V - IV - III - II - I
d) I - IV - III - V - II
e) IV - V - I - II - III
47

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