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Alice Oseman

Alice Oseman é uma premiada autora,


ilustradora e roteirista, e nasceu em 1994
em Kent, Inglaterra. Ela escreveu quatro
romances contemporâneos Jovem Adulto
sobre desastres na adolescência: Solitaire,
Radio Silence, I Was Born for This e Loveless.
Ela é a criadora do webcomic de romance
LGBTQ+ Heartstopper, que agora é publicado
em formato físico pela editora Seguinte, e ela
é escritora, criadora e produtora executiva
da adaptação televisiva de Heartstopper,
que está no catálogo da Netflix.
01
O primeiro romance de Alice, Solitaire, foi
publicado quando ela tinha dezenove anos.
Seus romances YA foram indicados para o YA
Book Prize, o Inky Awards, a Carnegie Medal
e o Goodreads Choice Awards
Alice Oseman frequentou um colégio só
para meninas na sua adolescência,que ficava
em frente a um colégio só para meninos
também, daí que veio a sua ideia do cenário
de heartstopper e os personagens. Seus
romances focam-se na vivência adolescente
contemporânea no Reino Unido e foram
premiadas várias vezes

01
Representação
no Cinema
Ao contrário do que muitos
pensam, a representação do
personagem homossexual no
cinema não é tardia. Desde o
princípio ela está nas telinhas. Em
1895, Thomas Edison fez um filme
experimental, “The Gay Brothers”,
em que 2 homens dançavam
ao som de um violinista. Já o
primeiro beijo entre duas pessoas
do mesmo sexo, foi registrado no
filme “Wings”, de 1927, sendo este
o primeiro vencedor do Oscar de
Melhor Filme. Antes disso,algumas
situações de temática gay já eram
encontradas em filmes de Chaplin
(Behind the Screen, 1916) ou
em alguns curtas de O Gordo e
o Magro. Após, até em musicais,
como em “A Alegre Divorciada”
(1934), estrelado por Fred Astaire
e Ginger Rogers.

Mas infelizmente, essa temática


começou a ser tratada como uma
comédia, os gays eram literalmente,
bobos da corte, que tinham a única
função de ser um alívio dramático.
Ainda assim, havia espaço para
algumas notáveis exceções, como
a famosa cena de “Marrocos” (1930) em que
a cantora personagem de Marlene Dietrich
aparece em um smoking,e num movimento
inesperado beija suavemente uma das
mulheres na plateia, num ato claramente
provocante para homens e mulheres nas
poltronas dos cinemas (desde sempre as
mulheres eram sexualizadas, como podemos
notar).
A liberdade artística viveu momentos de
ameaças com o nascimento do Código de
Hays, que tinha o objetivo de evidenciar o que
as famílias não poderiam assistir, e em 1934
foi aplicado severamente, sendo adotado
pela igreja, ameaçando então o sucesso das
histórias de cinema, foi aí que os produtores
começaram a trabalhar de acordo com o que
o Código previa.

O Código de Hays condenava nos filmes


situações que envolvessem beijos de língua,
cenas de sexo, sedução, estupro, aborto,
prostituição, escravidão (de brancos),
nudez, aborto, obscenidade e profanação. O
termo homossexual, ainda que não citado,
provavelmente se encaixava nesta última
proibição. O código foi seguido fielmente
pela grande maioria dos filmes produzidos em
Hollywood até 1968, quando a MPAA criou
o seu novo termo de conduta e censura, com
bases muito similares ao anterior, e usado
até hoje. Filmes que envolvem situações
sexuais ainda são ma is censurados do que
filmes ultraviolentos e aqueles que envolvem
relacionamentos homossexuais certamente
um tanto mais. é extensa. Em “Festim Diabólico”
(1948), obra-prima de Alfred
À época, as proibições instituídas Hitchcock, a dupla de assassinos
pelo código tiveram efeito pior que desafia o personagem de
do que banir o personagem James Stewart em um jogo
homossexual do cinema; elas psicológico é carregada de desejo
mudaram a sua representação, homoerótico. Os vilões de muitos
instituindo apenas a possibilidade filmes do agente 007, como foi
de 2 papéis: a de antagonista brilhantemente dissecado por
naturalmente perverso ou Umberto Eco em seus ensaios,
a de personagem trágico (e são em sua maior parte gays
nesse momento chegamos a naturalmente malévolos ou
uma discussão enorme, quem dotados de uma incurável mania
nunca se perguntou o porquê de grandeza.
personagens que são claramente Como se não bastasse, ainda
os vilões, tem trejeitos de pessoas existia a ideia de que o destino
homossexuais? Quem nunca se do personagem gay deveria
perguntou o motivo pelo qual ser sempre trágico, fosse pela
homossexuais sempre morrem falência de suas ambições dentro
no final? Isso será uma discussão do universo narrativo ou pelo
para outro bloco). A galeria de proibido do seu desejo. Como é o
vilões de clara, porém jamais caso da cena final de “Juventude
aberta, orientação homossexual Transviada” (1955), de Nicholas
Ray, em que o personagem de
Sal Mineo, apaixonado pelo de
James Dean, comete o sacrifício
final para salvar o amigo.

Elizabeth Taylor, protagonizou 2


adaptações bem-sucedidas de
peças de Tennessee Williams
ao cinema que tratavam o tema
homossexual: “Gata em Teto de
Zinco Quente” (1958) mostrava mensagem era uma só: se viveram
Paul Newman como um ex- como monstros, deveriam morrer
jogador (não abertamente) como monstros.
homossexual frustrado e Qualquer cena ou argumento
alcoólatra, e “De Repente, No que tratasse o personagem
Último Verão” (1959) em que gay de forma aberta estava
a personagem de Taylor sofreu destinada a alguma censura,
o terrível trauma de assistir o fosse da MPAA ou dos próprios
seu primo, homossexual, ser produtores/cineastas. Dessa
linchado enquanto passavam forma, um romance sobre um
férias num vilarejo espanhol. escritor alcoólatra e sexualmente
A cena que descrevia esse confuso (“Farrapo Humano”,
linchamento foi filmada de forma 1945) virou um filme sobre um
idêntica à observada em “Noiva escritor alcoólatra com bloqueio.
de Frankenstein” (1934) e a Outro romance, sobre ataques
a homossexuais e assassinato
se tornou um filme sobre
antissemitismo e assassinato
(“Rancor”, 1947). Uma cena
de “Spartacus” (1960), em que
há uma relação de erotismo
entre 2 homens, tão comum e
popularmente conhecida como
típica da Roma e Grécia Antigas, e
um diálogo sugestivo foi cortada
da versão final. O mesmo, por
outro lado, não acontecera um
ano antes com a antológica cena
final de “Quanto Mais Quente
Melhor” (1959): ou seja, se o
romance gay fosse sugerido como
real não era tolerado, se fosse
para efeito cômico, aí continuava
não havendo problema. prima “Persona” (1966), de Ingmar
Os primeiros sinais de evolução Bergman, explorou a tensão
referente ao tema, vieram do homossexual entre 2 mulheres
cinema inglês. Em 1961, no filme de maneira dificilmente igualada
“Meu passado me Condena”, posteriormente e que seria
foi a primeira vez que o termo retratada novamente na década
homossexual era usado em um seguinte com “Gritos e Sussurros”
filme. O cinema autoral europeu, (1972). Durante a década de
em muito motivado pela 1960, Pier Paolo Pasolini fez
conjuntura histórica da década o brilhantemente iconoclasta
de 1960, retomaria a temática “Teorema” (1968), em que usava
gay em inúmeros clássicos. a homossexualidade como uma
“Satyricon” (1969), de Fellini, das armas para libertação de uma
abordava abertamente o erotismo família burguesa.
homossexual. Antes dele, a obra-
Porque
os gays
morrem
nas
telas?
O termo Burry your gays (en- namento, muito provavelmente
terrem os seus gays) surgiu logo aquele responsável por “perver-
depois que personagens queers ter” o outro enfrentará graves
morriam com uma frequência consequências.
desproporcional e/ou sem justi- E ainda há os casos de But Not
ficativa, talvez por serem vistos Too Gay ou de Bait-and-Switch
como mais dispensáveis no âm- Lesbians, em que os criadores
bito das narrativas. conseguem dar continuidade ao
Entre proibições e subtextos, romance, mas evitam mostrá-lo
o cinema sempre deu um jeito em detalhes matando um dos
de eliminar ou punir severamen- personagens. Para completar, te-
te as personagens LGBTQIA+. O mos o tropo Dead Lesbian Syn-
tropo Depraved Homosexual é drome, atirbuído ao risco subs-
um exemplo disso. Nele, perso- tancialmente maior de morte
nagens explicitamente gays são entre lésbicas, por muitas razões,
vinculados à uma ideia de vila- uma delas sendo o suicídio.
nia e sua sexualidade é encara-
da como traço negativo. Ainda
que consiga engatar um relacio-
Queerbait é outro problema
que acontece frequentemen-
te nas séries, e é nada mais do
que uma estratégia de marketing
usada para se aproximar da co-
munidade LGBTQIA+, dando a
entender que os personagens de
um projeto vivem um relaciona-
mento homoafetivo, quando, na
verdade, isso não fica claro no
filme.
Um dos queerbait mais conhe-
cidos vem da série sobrenatural,
nunca foi dito no canon nada so-
bre a heterossexualidade de ne-
nhum deles. Pelo contrário até,
Já foi muito dito e falado sobre
implicações de Dean ser bisse-
xual. As poucas vezes que Dean
disse que ele não “jogava pra esse
lado” foi para um policial, e sabe-
mos que Dean mente demais. A bissexualidade de Dean foi
até dita pelos próprios escritores
e produtores, repito, Ambos fala-
ram. E sim, o anjo Castiel que está
apaixonado pela humanidade
vulgo Dean. Depois de todas es-
sas implicações, mas nunca com
uma resposta oficial da parte dos
produtores, nenhum amparo no
qual podemos nos agarrar com
firmeza, restando apenas chorar
pelos paralelos, pelas falas, ce-
nas, tropes, tomadas de câmera
e até escolha de cores para as
roupas e cenas.
Hannibal é outro exemplo de que ele é parte fundamental na
queerbait, Bryan Fuller, gay as- construção da história. Para Ful-
sumido e criador da versão tele- ler, o homoerotismo é essencial
visiva do canibal, já falou aberta- para retratar a dinâmica da gran-
mente do vínculo homoerótico de desenvolvida entre homens
que Will Graham e Hannibal Lec- héteros, sejam eles rivais ou ami-
ter têm entre si. Ele até chegou gos.
a afirmar que o envolvimento
sexual dos personagens não é
o foco principal da série, entre-
tanto, a forma como os prota-
gonistas são desenvolvidos não
compromete o engajamento da
audiência.
A natureza física e psicossexual
da relação entre os protagonistas
de Hannibal serve para construir
a co dependência doentia que o
detetive nutre pelo seu psiquia-
tra e vice-versa. Em momento
algum a produção nega a exis-
tência do subtexto narrativo, já
SEGUNDA
TEMPORADA
Em Setembro de 2022, a Netflix
Brasil postou em suas redes so-
ciais que a segunda temporada
de Heartstopper já estava em
produção. Além disso, também
foi divulgado que os novos epi-
sódios teriam novos persona-
gens.
Em dezembro de 2022, Kit Con-
nor e Joe Locke participaram da
CCXP para divulgar a segunda de divulgação.
temporada da série, e interagir A Netflix anunciou a segunda
com seus fãs. Além disso, após temporada de Hearstopper em
o evento, eles realizaram junta- dezembro de 2022, afirmando
mente com a Netflix Brasil fotos que os novos episódios serão

A CCXP

A Comic Con Experience, popu-


larmente conhecida como CCXP,
acontece anualmente em São
Paulo, mas é necessário que citar
que o evento não acontece so
mente no Brasil, também
ocorrendo nos Estados
Unidos, porém, sua ver-
são na maior metrópole
do país, é nomeada como
o maior festival de cultura
pop do mundo.
Mesmo com toda essa
descrição, é possível que
você ainda não se lembre
desse evento pelo nome,
então é necessário dizer
que é nele que aqueles fa-

mosos cosplayers que passam na televi-


são e aparecem nas redes sociais, ocor-
rem. A CCXP é o ambiente ideal para
os cosplayers expressarem a sua arte. A
prova disso é que temos o maior con-
curso de Cosplay do Brasil, com o maior
prêmio da categoria do país. E quem
faz Cosplay sem a intenção de compe-
tir também conta com um espaço com
a estrutura necessária para trocar de
roupa, fazer maquiagem e tudo que for
necessário.
Entre os protagonistas da edição passa-
da do evento, destaca-se Kit Connor e
Joe Locke, que estiveram presentes jun-
tamente com a Netflix Brasil, para divul-
gar a segunda temporada da série. Eles
chegaram para ser uma atração surpre-
sa, sendo visto nas terras tupiniquins no
dia 2 de dezembro de 2022, e sua parti-
cipação seria no dia 3 (sábado).
As diferenças entre a HQ e a série

Umas das diferenças entre a ele aparece com vários livros in-
HQ e a série heartstopper são os teressantes como Manual de As-
personagens que foram retirados sasinato Para Boas Garotas e até
e adicionados, um dos persona- mesmo Radio Silêncio.
gens que foi retirado foi o Aled
Last que é um dos amigos mais
próximos do Charles que tem
um livro que conta um pouco da
sua história junto com a Frances,
Radio Silêncio é um livro que vai
contar sobre descobertas de-
pois de formar no ensino médio
e como estamos sempre preocu-
pados com o futuro e a universi-
dade, mas o mais novo persona-
gem isaac foi colocado para não
deixar o espaço de Aled vazio e
Quem leu os quadrinhos vai
perceber que a personagem Imo-
gen é um personagem adiciona-
da na série, ela foi adicionada
para colocar um pouco de drama
na série, e outro personagem re-
tirado da série foi o irmão mais
novo do Charles, o Oliver Spring,
e ele foi retirado por nao tem ne-
nhum papel na trama além de ser
fofo.

Principais livros que Isaac leu ao


decorrer da série

Orgulho e Duna Naruto


preconceito
O QUE
AS CORES
SIGNIFICAM
Ao assistir um filme ou ao Nick e a amarela ao Charlie, estando
série, é muito comum essas em diversos locais da escola e dos
não se atentar a todos os ambientes frequentados pelos protago-
detalhes e significados nistas.
que as cores e elemen- É preciso dizer, que não é porque uma
tos transmitem, por esse cor representa um personagem, que ela
motivo, resolvemos trazer vai estar sempre presente nas suas rou-
um olhar mais atento so- pas ou acessórios, o Charlie por exem-
bre Hearstopper. plo, muito por conta do uniforme da
As cores azul e amarela re- escola, acaba se vestindo bastante com
presentam uma dualidade o azul, nesse sentido, quem acaba sen-
interessante. Enquanto a do mais representado com a sua cor é o
primeira representa se- Nick.
gurança, compreensão e
lealdade, a segunda sim-
boliza otimismo, alegria e
criatividade. É claro que
esses significados de co-
res nem sempre precisam
ser levados à risca, já que
o contexto de um filme ou
série tem muito mais im-
portância.
Inspirado nos quadrinhos,
as cores azul e amarelo são
muito utilizadas na trama,
sendo a cor azul referente
Você já percebeu que a
cor amarela é predomi-
nante na sala de artes?
Existe um motivo para
isso, esse é o lugar onde
Charlie se refugia ao lado
de seu professor.
As cores azul e amarela re-
presentam uma dualidade
interessante. Enquanto a
primeira representa se-
gurança, compreensão e
lealdade, a segunda sim-
boliza otimismo, alegria e
criatividade. É claro que
esses significados de co-
res nem sempre precisam
ser levados à risca, já que

o contexto de um filme ou
série tem muito mais im-
portância. Na cena final,
por exemplo, quando os
dois estão na praia, cada
um deles está deitado em
uma toalha da cor que o re-
presenta (Nick tem uma to-
alha azul e Charlie tem uma
toalha amarela), mas é Nick
quem está vestido de cami-
seta amarela, o que indica
sua paixão pelo novo na-
VOCÊ
SABIA?
Uma curiosidade sobre
a série, é que o google
percebendo a fama de
Hearstopper, liberou as
animações presentes nos
episódios, no momento
em que ocorre a busca do
elenco ou sobre a série.
Saiba o que A HQ MAIS FOFA QUE JÁ LI
Tudo nessa HQ é perfeito! Os perso-
nagens, a forma como a autora fala sobre

as pessoas
bullying, sobre estar no armário, sobre se
questionar e não saber se rotular! Todo
jovem deveria ler! A leitura é fácil e rápi-
da, pq são quadrinhos, e a arte é LINDA

estão
DEMAIS!!! É um romance leve e fofo que
te faz sentir borboletas no estômago!
Tudo começa pq o garoto tímido da es-
cola senta junto com o jogador de rugby

falando no
1 ano mais velho: o Nick. Eles viram super
amigos e dai o romance vai se desenro-
lando, sendo que o Charlie já é assumido
gay (inclusive fala sobre o bullying que ele
sofreu) e o Nick ainda estão tentando en-
tender os rótulos.

Melhor leitura para uma manhã chuvosa.


Heartstopper é uma graphic novel romântica e
muito fofa.
Charlie e Nick Nelson são completamente opos-
tos, um é estudioso e inseguro o outro é popular e
Acolhedor! atleta. Mas ao serem colocados para se sentar lado
Confesso que comecei a ler essa hq pois a lado na aula, a amizade surge e floresce.
queria assistir a série. Quem ainda não leu esse quadrinho, deveria ler.
Nossa, eu não esperava me surpreender É uma das coisas mais fofas que li esse ano, e que
tanto com os quadrinhos, a história, a evolução assisti também.
dos personagens. Assim que terminei a leitura fui conferir a adap-
Realmente, é uma obra de arte. tação... só posso dizer que fiquei com o coração
Esse livro mesmo que para jovens, retrata
quentinho com esse romance maravilhoso.
a história de muita gente ao redor do mundo.
Os personagens são muito fofos e a história é
Das adversidades, dos olhares, conversas e in-
sinuações maldosas. essa é a realidade muitas encantadora, os amigos de Charlie são perfeitos e
pessoas. Nick Nelson é especial em todos os sentidos.
A história do Charlie e do Nick, vai de um oi Nunca vi um romance adolescente tão impecá-
na sala de aula, a uma caneta estourada, para vel.
uma partida de rugby, para uma amizade sin- Sem os conflitos terríveis e aquela dinâmica des-
cera, um abraço carinhoso, para uma visita à gastante que existe sempre que a história envolve
casa um do outro e para o desenvolvimento de alunos do colegial.
sentimentos entre eles. Essa é diferente, foca no romance sem tornar
uma estreia linda, emocionante e acolhedo- nenhum dos personagens totalmente errado, para
ra.
depois se redimir.
Com certeza, vou ler todas as hqs uma atrás
da outra. Aqui vemos um casal que começa de forma coe-
rente e que vai crescendo a cada página.
Eu me apaixonei pelos personagens, e adorei a
representatividade colocada de forma tão simples
e cativante.
Amei essa história, e estou doida para ler as con-
tinuações.
SIGNOS DE CADA UM
DOS PERSONAGENS
Charlie Spring , 27 de Abril
São conhecidos por ser calmos e pacien-
tes.
Se apegam muito a bens materiais.
No amor, as pessoas desse signo são mui-
to românticas, mas só se envolvem com
alguém se for realmente para valer.

Nick Nelson, 4 de Setembro


Os Virginianos são conhecidos pela sua
organização.
A perfeição é uma qualidade muito bus-
cada pelos virginianos. Todavia, eles ten-
dem a racionalizar tudo.
Os Virginianos são dedicados e têm um
coração sensível, por esse motivo pen-
sam duas vezes antes de se relacionar.

Tao Xu - 23 de Setembro
Librianos sabem olhar para a situação e
ver os pontos que as partes têm em co-
mum. Evitar conversas mais difíceis ou
deixar de se posicionar quando é neces-
sário para manter a paz.
Libra é praticamente sinônimo de relacio-
namento, pois é o signo ligado às relações
e parcerias.
Tara Jones, 3 de Julho
Câncer é o signo das emoções. As pes-
soas nascidas nesse período são emoti-
vas e super acolhedoras.
Podem ter um pouco de dificuldade de
entrar em confronto ou dizer o que pen-
sam.
Câncer é um signo super romântico, e
geralmente já querem casar quando se
relacionam com alguém.

Darcy Olsson , 9 de Janeiro


O capricorniano pensa no longo prazo
e não tem problema nenhum em deixar
os pequenos prazeres para depois do
trabalho importante. Capricórnio pen-
sa muito sobre tudo o que é necessário
para a estabilidade durar para sempre.
No amor, capricornianos não dão aten-
ção para assuntos ou pessoas que não
valham a pena.

Elle Argent - 4 de Maio


Mais uma taurina.
Como dito anteriormente, touro é um
signo que gosta de bens materias, e es-
tar bem. São pessoas que prezam a es-
tabilidade.
No amor, só se envolvem com alguém
se for realmente para valer, pois valo-
rizam a estabilidade e conforto, então
preferem achar a pessoa certa.
Personagens com
Esteriótipos gays

Já se perguntou o motivo pelo mente de mídias infantis como


qual você ama vilões e muitas ve- animações, serem sempre retra-
zes consegue se identificar mais tados com ‘traços gays’. Grande
com eles do que com os heróis parte dos vilões “queer coded”
das tramas? Se você for LGBT, de estúdios como a Disney, por
com certeza se identifica ainda exemplo, eram desenhados e es-
mais, porém existe um motivo critos por artistas LGBT dentro
real por trás disso e vamos falar da indústria, que achavam no vi-
dele por aqui. Existem centenas lão, a única forma de inserir uma
de artigos, matérias e editoriais pequena ‘representatividade’ ali.
inteiros falando sobre o proble-
ma de tantos vilões, principal-
Foi o caso de vilões como a
icônica Úrsula de ‘A Pequena Se-
reia’. A personagem foi desenha-
da em homenagem à drag que-
en Divine, que muito antes do
filme, era uma grande amiga de
Howard Ashman, que fazia parte
da equipe de produção do filme
e escreveu as músicas de toda a
animação, além de Rob Minkoff,
que também conhecia a perfor-
mer da cena noturna LGBT.

Harris Glenn Milstead nascido


em 19 de Outubro de 1945 cres-
ceu em uma família conservado-
ra. Sua mãe, era filha de Sérvios
que haviam se mudado para os
EUA em 1891. Aos 12 anos, so-
freu bulling na escola onde es-
tudava por ser afeminado. Pos-
teriormente, Harris não pode
servir o exército devido à Distro-
fia Muscular.
Gleen (assim como sua mãe o
chamava para o diferenciar do
nome do pai) gostava de flores,
pintar e sempre ajudava os pais
na creche que havia em sua casa,
se fantasiando de Papai Noel
para as crianças. Com sua ida
para a Marinella Beauty School,
Gleen iniciou fazendo perfor-
mances para pagar algumas dívi-
das, fantasiado de sua atriz favo-
rita, Elizabeth Taylor.
Capitão Gancho é um dos prin- Outro exemplo clássico é o tio
cipais exemplos de queer coding Scar, de Rei Leão. Apesar de ser
da Disney. O pirata persegue Pe- um animal, Scar é diferenciado
ter Pan pela Terra do Nunca em dos outros por gesticular, tem os
busca de vingança por ter perdi- olhos delineados e anda mexen-
do sua mão e é um homem vai- do o quadril, como se estives-
doso, temperamental e covarde. se sempre desfilando por onde
Além disso, vive com um com- passa. Todos os trejeitos afemi-
panheiro do mesmo sexo, o Sr. nados de Scar foram removidos
Smee. Depois de Gancho, outros na versão live-action de 2019, o
vilões espalhafatosos a ponto de que consequentemente deixou
serem cômicos surgiram. o personagem sem uma perso-
nalidade marcante

David Thorpe, documentarista to de grande parte dos filmes é


do novo filme “Do I sound gay?, a trama do casamento. Os gays
levantou uma hipótese recente- viviam à parte desse tipo de ob-
mente sobre vilões terem carac- jetivo até bem recentemente.”
teristica queers: Homossexuais eram vistos como
“Os filmes precisam de vilões, uma “ameaça à ordem moral”,
e por muito tempo, o homem afirma o documentarista, e esse
afetado, aristocrático e afemina- perigo simbólico era apresenta-
do era o vilão. O principal assun- do em inúmeros filmes.

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